FIFA resguarda Blatter de escândalo de detenções na Suíça

Conhecida a notícia das detenções de seis dirigentes da FIFA, por suspeitas de corrupção, o porta-voz do organismo máximo do futebol saiu a público para sublinhar que o presidente Joseph Blatter não está envolvido no processo.

RTP /

Foto: Ennio Leanza, EPA

A notícia avançada esta quarta-feira pelo jornal norte-americano The New York Times abriu um "momento difícil" para a FIFA, nas palavras do porta-voz da instituição.
As detenções acontecem a dois dias das eleições para a presidência da FIFA. Fonte da abortada candidatura de Luís Figo disse entretanto à RTP que o ex-internacional não ficou surpreendido com este caso.


Walter De Gregorio garantiu, ainda assim, que Joseph Blatter, candidato a um quinto mandato, não tenciona sair de cena, dado que não está envolvido neste processo.

"É um momento difícil para nós. Mas é bom para a FIFA. Confirma que estamos no caminho certo. Dói. Não é fácil. Mas é a forma correta de agir", enfatizou.

Seis dirigentes da FIFA foram detidos ao início da manhã desta quarta-feira no luxuoso hotel Baur au Lac, nos Alpes. Entre eles estará Jeffrey Webb, vice-presidente do organismo mundial de futebol.
Duas investigações

Os responsáveis estavam num quarto de hotel quando foram surpreendidos pela polícia. Serão agora extraditados para os Estados Unidos. São suspeitos de terem recebido vários milhões de dólares em subornos.

O Departamento de Estado norte-americano acredita que estes dirigentes terão sido continuamente subornados desde o início dos anos 90 até hoje. No total estarão em causa mais de 100 milhões de dólares.

As autoridades da Rússia já vieram garantir, por sua vez, que estas detenções não estão relacionadas com a atribuição do Mundial de 2018.

No entanto, paralelamente, o Ministério Público Suíço adiantou ter em curso uma outra investigação relativa à atribuição do Mundial à Rússia e ao Qatar, neste caso em 2022.
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