Luís Montenegro defende reforma do Conselho de Segurança da ONU e limitação do veto
No discurso perante a Assembleia Geral das Nações Unidas, o primeiro-ministro português condenou "a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia" e manifestou a "profunda preocupação" com a questão humanitária e a escalada de violência no Médio Oriente.
"Move-nos a determinação de contribuir para uma ordem internacional mais justa, pacifica (…) assente na carta das Nações Unidas", acrescentou o chefe de Governo.
Por isso, Portugal apoia as pretensões do Brasil e da Índia de fazerem parte do Conselho de Segurança. O primeiro-ministro afirmou que deve haver uma limitação e “maior escrutínio do direito de veto” e criticou o silêncio do Conselho de Segurança “enquanto a guerra prossegue na Ucrânia”.
"A guerra de agressão da Federação Russa contra a Ucrânia constitui uma violação flagrante do Direito Internacional, que condenamos de forma veemente".
"Numa altura em que em muitas partes do mundo autocracias põem em causa a democracia, temos confiança na força da liberdade. Numa altura em que enfrentamos ameaças à paz, temos confiança na força do multilateralismo e da responsabilidade coletiva".
A seguir repetiu a palavra “imperativo”, primeiro para apelar a “cessar incondicionalmente as hostilidades, garantir a entrada de ajuda humanitária e o respeito pelo Direito Internacional Humanitário”. A seguir outra questão imperativa diz respeito a retomar negociações para a “solução dos dois Estados – a única que poderá trazer paz e estabilidade à região”.
Nesta intervenção, o líder do Governo lembrou que a língua portugesa é o quarto idioma mais falado no mundo como língua materna, "unindo hoje mais de 260 milhões de pessoas em todos os continentes".
Ou seja, estas são algumas razões para "ver a língua portuguesa reconhecida como língua oficial das Nações Unidas".