Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
- Autoridades ucranianas e russas combinaram para segunda-feira um encontro negocial que irá decorrer na fronteira entre a Bielorrússia e a Ucrânia. O presidente ucraniano disse não acreditar num resultado positivo das negociações, mas prometeu que “vai tentar”;
O primeiro-ministro britânico falou novamente, esta noite, com o presidente ucraniano Zelensky.
Nesta conversa, o presidente Zelensky disse acreditar que as próximas 24 horas serão cruciais para a Ucrânia. Boris Johnson, por sua vez, prometeu que fará o possível para garantir que a ajuda defensiva do Reino Unido e aliados chega à Ucrânia.
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, recusa-se a condenar a invasão da Ucrânia pelo presidente russo, Vladimir Putin, ao afastar-se da posição oficial do seu governo na Organização das Nações Unidas, afirmando que o Brasil permanecerá neutro.
Na sexta-feira, o Brasil votou a favor de um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU que denuncia a invasão russa da Ucrânia, apesar da relutância de Bolsonaro.
Em conferência de imprensa, Bolsonaro disse que conversou durante duas horas com Putin este domingo. "O Brasil permanecerá neutro no conflito", afirmou, relembrando que a Rússia e a Ucrânia são "nações praticamente irmãs".
"Não vamos tomar partido, vamos continuar neutros e ajudar no que for possível", disse Bolsonaro. "Grande parte da população da Ucrânia fala russo", observou.
Questionado depois por um jornalista se estava disposto a condenar as ações de Putin, Bolsonaro respondeu que iria esperar por um relatório final, ou ver como a situação se resolve, antes de dar a sua opinião.
Bolsonaro afirmou que não acredita que as forças russas irão levar a cabo um "massacre" na Ucrânia. "Um chefe de Estado como o da Rússia não quer cometer um massacre em lugar nenhum", disse o presidente brasileiro.
Em referência ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, Bolsonaro disse que os ucranianos "colocaram a esperança do seu país nas mãos de um comediante".
Numa publicação no Facebook, o chefe do Estado-Maior disse que membros da força de defesa nas bases aéreas militares de Vasylkiv, a oeste de Kiev, estavam a resistir a ataques de artilharia russos.
“Devido às restrições do espaço aéreo impostas pelas autoridades europeias, a Aeroflot irá suspender a partir de 28 de fevereiro de 2022 e até novo aviso os seus voos para todos os destinos europeus”, disse a empresa em comunicado.
Washington aconselhou os seus cidadãos a considerarem "deixar imediatamente a Rússia", perante o cancelamento de voos e fecho do espaço aéreo anunciados por muitos países em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.
“Os cidadãos norte-americanos devem considerar deixar a Rússia imediatamente através das opções comerciais ainda disponíveis”, aconselhou a embaixada dos EUA na Rússia este domingo.
O mesmo conselho foi dado por parte do governo francês. O Ministério dos Negócios Estrangeiros aconselhou todos os cidadãos franceses em visitas de curto prazo à Rússia a deixarem o país “imediatamente” perante o aumento das restrições às viagens aéreas resultantes das crescentes sanções à Rússia.
As novas sanções à Rússia, como a exclusão do sistema Swift e a interdição de companhias russas no espaço aéreo europeu "têm efeito imediato, com implementação nas próximas horas ou dias", disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros português.
"As medidas relativas às interdições de transações com o banco central da Rússia, do afastamento da Rússia do sistema Swift e do banimento dos voos no espaço aéreo europeu são medidas que têm efeito imediato, com implementação nas próximas horas ou dias", disse à Lusa o ministro Augusto Santos Silva.
O governante falava no final da reunião, por videoconferência, dos ministros dos Negócios Estrangeiros (MNE) da União Europeia (UE), para decidir o reforço da ajuda militar às forças ucranianas face à invasão russa.
Augusto Santos Silva afirmou que a reunião do conselho dos MNE destinou-se a dar acordo político às propostas apresentadas pela Comissão Europeia e pelos altos representantes que "reforçam substancialmente as sanções contra a Rússia".
Em causa está a exclusão de vários bancos russos do sistema financeiro Swift, o fecho a companhias aéreas russas do espaço aéreo europeu e a interdição de atividades de difusão de órgãos de comunicação social "que fazem parte do aparelho de propaganda e desinformação da Rússia", disse o ministro.
Continuam a surgir mais casos de cidadãos portugueses na Ucrânia, sem conseguir fugir. Há também relatos de quem tenha decidido ficar e esteja disposto a pegar em armas.
A ofensiva russa já provocou 368 mil refugiados. O número foi divulgado hoje pelas Nações Unidas. A Europa calcula que este número possa chegar aos sete milhões de pessoas. Todos os dias, são milhares os que procuram fugir à guerra.
O ministro português da Defesa descreveu as últimas palavras de Vladimir Putin como "irresponsáveis e extremamente perigosas". João Gomes Cravinho considera ainda que o acionamento do sistema de armas nucleares mostra "alguma desorientação" por parte do presidente russo. O ministro da Defesa afirmou, em entrevista no Telejornal, que a "UE tem uma visão muito clara de que há um antes e um depois do dia 24 de fevereiro". "A segurança na Europa enfrenta hoje um desafio que é completamente diferente daquele que enfrentávamos há poucas semanas", disse João Gomes Cravinho, acrescentando que "a UE está claramente a compreender a mudança radical e está a agir em conformidade". "Putin não deve ter ilusões sobre a UE", asseverou.
O ministro da Defesa Nacional considera que "a Europa tem de repensar o investimento militar" e avançou que "é provável que aumentemos o investimento militar".
De Lviv a Kiev, as equipas da RTP enviadas à Ucrânia descreveram, em direto para o Telejornal, as últimas horas da ofensiva russa. Lviv estava sob ameaça de bombardeamento, mas acabou por não se concretizar.
Em Kiev viveu-se um dia difícil, com muitos bombardeamentos nos arredores da capital ucraniana. As sirenes tocaram várias vezes ao longo do dia.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE deram aval a um pacote de 450 milhões de euros para financiar o fornecimento de armas letais ao exército ucraniano, que luta contra a invasão russa, anunciou o chefe da diplomacia europeia.
"Decidimos usar as nossas capacidades para fornecer armas, armas letais, assistência letal, ao exército ucraniano com um pacote de apoio no valor de 450 milhões, a que acrescem mais 50 milhões para fornecimento de material não letal, designadamente combustível e equipamento de proteção", anunciou em Bruxelas o Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell.
Falando numa conferência de imprensa no final de uma videoconferência dos chefes de diplomacia dos 27, o chefe da diplomacia europeia explicou que, tendo sido esta uma reunião informal ao nível dos ministros dos Negócios Estrangeiros, o que resultou deste Conselho extraordinário foi a aprovação do financiamento do armamento.
E para segunda-feira foi já agendada uma reunião de ministros da Defesa, "para coordenar como converter esta assistência em material, e como transportar o material para a linha da frente, para as forças armadas ucranianas que lutam contra a invasão russa", acrescentou.
O quarto dia de guerra na Ucrânia foi marcado pelo ataque russo mais próximo de sempre de uma fronteira NATO. A RTP apurou junto da Frontex que um míssil disparado da Bielorrússia atingiu uma base situada a 12 quilómetros da fronteira com a Polónia. O governo ucraniano confirmou o disparo de cinco misseis Iskander a partir da Bielorrússia já depois de este país ter proposto negociações com Kiev.
A FIFA cancelou hoje a realização de jogos na Rússia, admitindo que as seleções de futebol do país joguem em campo neutro, sem espetadores e sem hino, e sob a designação da sua federação nacional e não do país.
Statement from The FA: pic.twitter.com/mBTJ2y5gh8
— The FA (@FA) February 27, 2022
Em comunicado, o organismo que tutela o futebol mundial garante que as medidas hoje anunciadas foram tomadas por unanimidade pelas seis confederações que o compõem e são a primeira resposta à ofensiva militar russa ao território da Ucrânia.
O voo de apoio ao regresso de uma parte dos cerca de 50 portugueses e luso-ucranianos que saíram da Ucrânia pela Moldova e Roménia será realizado na segunda-feira, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
"Será realizado amanhã, segunda-feira 28 de fevereiro, um voo de apoio ao regresso de cidadãos portugueses e luso-ucranianos que saíram da Ucrânia nos últimos dias, sob organização da Embaixada em Kiev e alguns também por meios próprios, e que se encontram na Roménia", indica o ministério em comunicado.
Segundo o MNE, o voo partirá de Lisboa com destino à Roménia, onde está um grupo de cerca de 50 pessoas, e regressará a Lisboa no mesmo dia com parte deste grupo.
"Outros elementos viajarão para Portugal pelos seus próprios meios e ficarão no terreno elementos da embaixada de Portugal na Ucrânia", acrescenta o ministério liderado por Augusto Santos Silva.
De acordo com o comunicado, a hora do voo, que será operado pela TAP, "será divulgada oportunamente, aguardando-se o término de preparativos operacionais".
O ministério recorda que "os cidadãos que saiam da Ucrânia e que desejem vir para Portugal devem contactar as embaixadas de Portugal dos países de trânsito, para atualizar a informação relativa à sua localização e para que possa ser-lhes prestado o apoio de que necessitem.
A Ucrânia apresentou queixa contra a Rússia no Tribunal Penal Internacional, em Haia. Volodymyr Zelensky entende que o Kremlin deve responder perante a Justiça por manipulação, ao usar a palavra genocídio para justificar a agressão militar em curso. O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros diz que a Rússia tem de ser responsabilizada.
As tropas russas destruíram o maior avião de carga do mundo, o Antonov An-225, num ataque contra o aeroporto de Hostomel, perto de Kiev, anunciaram hoje as autoridades de Kiev.
"Os invasores russos destruíram a aeronave principal da força aérea ucraniana, o An-225, no aeroporto Antonov em Hostomel, onde estava a ser reparada", disse o grupo da indústria de defesa Ukroboronprom.
O aeroporto, situado a 25 quilómetros a noroeste de Kiev, tem sido palco de violentos confrontos desde que o exército russo iniciou a invasão da Ucrânia, na quinta-feira, por se tratar de uma infraestrutura estratégica.
"A Rússia destruiu o nosso `Mriya` ["Sonho", em ucraniano]. Mas nunca irá destruir o nosso sonho de um Estado europeu forte, livre e democrático. Ganharemos!", escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, na rede social Twitter.
Com 84 metros de comprimento, uma envergadura de 88 metros e um trem de aterragem de 32 rodas, o An-225, de que só existia um exemplar, podia transportar até cerca de 250 toneladas de carga a velocidades até 850 quilómetros por hora.
O diretor-geral da indústria de defesa ucraniana, Yuri Husev, disse que a recuperação do avião custará mais de 3.000 milhões de dólares (mais de 2.600 milhões de euros) e poderá demorar mais de cinco anos.
A polícia deteve mais de 2000 pessoas em protestos anti-guerra realizados em 48 cidades da Rússia este domingo, segundo revelou um grupo de monitorização de protestos.
Mais de 5.500 pessoas foram detidas em vários protestos contra a guerra desde que a invasão começou, na quinta-feira.
Talked to 🇵🇹 President Marcelo Rebelo de Sousa. Thanked for the closed sky for Russian planes, support for the decision to disconnect Russia from SWIFT and concrete defense assistance. 🇵🇹 provided weapons, individual protection means & other equipment to 🇺🇦. Together - stronger.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) February 27, 2022
“Falei com o Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. Agradeci o fecho do espaço aéreo aos aviões russos, o apoio à decisão de retirar a Rússia do SWIFT e a assistência concreta em termos da defesa”, escreveu Zelensky, sublinhando que Portugal “forneceu armas, meios de proteção individual e outros equipamentos à Ucrânia”. "Juntos somos mais fortes", rematou.
A secretária de Estado da Administração Interna admite que Portugal ainda não determinou o número de refugiados ucranianos que pode acolher. No fim de uma reunião em Bruxelas, Patrícia Gaspar revelou que a Comissão Europeia espera que possam chegar cinco milhões de pessoas às fronteiras externas da União Europeia.
A petrolífera britânica BP anunciou hoje que vai deixar a gigante russa Rosneft, na qual detém uma participação de 19,75%, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Num comunicado, citado pela agência France-Presse, o grupo petrolífero especificou que o diretor administrativo Bernard Looney demitiu-se do conselho de administração da Rosneft, "com efeito imediato", assim como outro diretor indicado pela BP.
"O ataque da Rússia à Ucrânia é um ato de agressão que tem consequências trágicas em toda a região", disse o presidente do conselho de administração da BP, Helge Lund.
Segundo o responsável, a "BP opera na Rússia há mais de 30 anos (...), mas esta ação militar representa uma mudança fundamental", levando "o conselho de administração da BP a concluir, após um processo minucioso, que o nosso envolvimento na Rosneft, uma empresa detida pelo estado, simplesmente não poderia continuar".
Assim como a BP, a gigante petrolífera russa Rosneft também está cotada em Londres. A presença entre os seus acionistas da BP desde 2013, que detinha a segunda maior participação a seguir ao Estado russo, foi regularmente alvo de críticas no Reino Unido.
O comissário europeu para a Ajuda Humanitária e a Gestão de Crises, Janez Lenarčič, indicou este domingo que a Europa está perante a maior crise humanitária em muitos anos, na sequência da ofensiva russa na Ucrânia.
"Estamos a testemunhar aquela que poderá ser a maior crise humanitária no Continente Europeu em muitos, muitos anos. As necessidades estão a crescer enquanto falamos", vincou Lenarčič.
Por sua vez, a secretária de Estado portuguesa da Administração Interna, Patrícia Gaspar, admitiu, após uma reunião em Bruxelas, que Portugal ainda não definiu o número de refugiados ucranianos que pode acolher. Disse ainda que a Comissão Europeia espera que possam chegar cinco milhões de pessoas às fronteiras externas da União.
17h35 - Marcelo e Zelensky falaram ao telefone
"O Presidente Zelensky ligou esta tarde ao Presidente da República. Foi abordada a atual situação na Ucrânia", lê-se numa nota publicada no portal da Presidência.
Marcelo, prossegue o mesmo comunicado, "reiterou a condenação veemente de Portugal e o apoio solidário à corajosa resistência ucraniana. Apoio esse cuja concretização tem sido efetivada pelo Governo, nomeadamente através dos Ministérios competentes. Sublinhou igualmente o papel da excecional comunidade ucraniana em Portugal".
"Foi ainda referida a parceria no âmbito da política europeia de vizinhança da qual a Ucrânia é parte".
17h29 - Manifestações e repressão prosseguem em São Petersburgo
17h17 - Moscovo admite baixas
Pela primeira vez desde o início da ofensiva contra a Ucrânia, o Ministério russo da Defesa admitiu a existência de baixas entre as suas forças - mas não avança com números concretos.
"Tem havido mortos e feridos entre os militares russos durante a operação militar especial", reconheceu o Ministério russo num comunicado citado pela agência Tass.
"Estas perdas sofridas pelas Forças Armadas russas são muitas vezes menores do que o número de nacionalistas exterminados", acrescenta.
16h57 - União Europeia parte para mais sanções
Entre as medidas a adotar num novo pacote de sanções estão o bloqueio do espaço aéreo de todo o bloco europeu à aviação russa, o bloqueio a agências de notícias controladas pelo Governo de Vladimir Putin, nomeadamente a Sputnik, e medidas adicionais contra as exportações da Bielorrússia. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que, pela primeira vez, a União vai financiar a compra e a entrega de armamento com destino à Ucrânia.
16h49 - Conselheiro ucraniano reporta disparos de mísseis russos
Um conselheiro do Ministério ucraniano do Interior afirma que as forças russas terão lançado mísseis Iskander contra território da Ucrânia, cerca das 17h00 locais, a partir da Bielorrússia.
"Iskanders novamente lançados contra a Ucrânia nas proximidades de Mozyr", escreveu Anton Herashchenko no Facebook, para deixar, em seguida, uma questão: "Isto significa que levaram a morte a algum lugar... é então este o tipo de cessar-fogo que temos?".
16h40 - Nasce plataforma de ajuda em Portugal
A Associação dos Ucranianos em Portugal anuncia a criação de uma plataforma, com a participação de diferentes associações, para satisfazer os pedidos de apoio na sequência da invasão russa da Ucrânia.
Num discurso durante a manifestação deste domingo na Praça do Comércio, em Lisboa, o presidente da associação, Pavlo Sadokha, apelou às muitas associações e grupos da sociedade civil para que se juntem à nova plataforma.
16h36 - Centenas em protesto junto à embaixada russa em Lisboa
À porta da representação diplomática da Rússia, centenas de pessoas manifestam-se esta tarde "pela paz, contra a invasão". A ação foi organizada pelas juventudes de várias forças partidárias. A manifestação visa a "condenação da invasão militar conduzida pela Rússia a um país soberano, a Ucrânia".
16h31 - Deutsche Bahn abre via verde para ucranianos
A empresa ferroviária alemã anuncia que os refugiados com identificação ucraniana vão poder viajar sem custos em comboios de longa distância desde a Polónia até à Alemanha.
16h25 - Ponto de situação
- O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou ao comando militar do seu país a colocação das forças de dissuasão em alerta, o que engloba as capacidades balísticas;
- A Presidência ucraniana aceitou conversações, sem condições prévias, com a Rússia;
- A capital ucraniana, Kiev, permanece sob controlo das autoridades do país. As forças ucranianas afirmam ter repelido uma tentativa russa de captura de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia;
- O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados estima em mais de 368 mil o número de pessoas que rumaram a países vizinhos da Ucrânia desde o início da invasão russa, na passada quinta-feira. As Nações Unidas avisam que este número pode chegar, nos próximos dias, a quatro milhões;
- A Organização Mundial da Saúde avisa que há milhares de vidas em risco na Ucrânia, face à crescente escassez de oxigénio;
- Mais de 17 países europeus, incluindo Portugal, decidiram vedar os respetivos espaços aéreos a voos russos.
16h13 - Apelo olímpico
A Associação dos Atletas Olímpicos de Portugal veio este domingo apelar a todas as autoridades desportivas nacionais que suspendam todos contactos ou competições com representantes da Rússia e da Bielorrússia.
16h11 - Áustria, Canadá e Espanha fecham espaços aéreos à aviação russa
A Áustria, país neutro que não faz parte da NATO, Canadá e Espanha decidiram encerrar os respetivos espaços aéreos aos aviões russos a partir da tarde deste domingo, medida já adotada por muitos países da União Europeia, entre os quais Portugal.
16h05 - Êxodo ucraniano pela fronteira romena
Imagens captadas na fronteira entre Ucrânia e Roménia voltam a mostrar a separação de homens que ficam para trás e as famílias que procuram escapar à guerra.
16h01 - Mais manifestantes detidos na Rússia
A polícia russa deteve, nas últimas horas, mais de 900 pessoas que protestavam contra a invasão da Ucrânia em 44 cidades da Rússia, segundo o grupo independente OVD-Info, citado pela BBC.
A mesma estrutura afirma que foram já feitas mais de quatro mil detenções deste tipo desde o início da invasão, há quatro dias.
As manifestações deste domingo ocorrem quando se completam sete anos desde o assassínio do oposicionista russo Boris Nemtsov.
15h50 - Conversações entre ucranianos e russos apontadas para segunda-feira
O vice-ministro ucraniano do Interior, Evgeny Yenin, adianta, em declarações citadas pela norte-americana CNN, que as conversações entre delegações da Rússia e da Ucrânia só terão lugar na manhã de segunda-feira.
"Os políticos concordaram em que a delegação ucraniana se encontre com a delegação russa sem pré-condições na fronteira ucraniano-bielorrússia, perto do Rio Pripyat", avançara antes o gabinete do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
15h38 - Portugal fecha espaço aéreo à aviação russa
A decisão é confirmada num tweet do Ministério português dos Negócios Estrangeiros.
🇵🇹🇺🇦Portugal vai fechar o seu espaço aéreo a companhias de aviação da Rússia. Tomamos esta medida em articulação com os nossos parceiros europeus e em resposta à agressão da Rússia contra a Ucrânia.
— N Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) February 27, 2022
15h25 - "Ameaças que não existem"
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, acusa o presidente russo, Vladimir Putin, de estar "a fabricar ameaças que não existem".
Jen Psaki pronunciou-se depois de Moscovo ter anunciado que a colocação em alerta da "força dissuasora", que pode incluir a componente nuclear.
"Ordeno ao ministro da Defesa e ao chefe de Estado-Maior que ponham a força dissuasora do exército russo em alerta especial de combate", declarou Vladimir Putin durante uma reunião com chefes militares.
"Este é um padrão repetido que temos visto do presidente Putin durante este conflito, que consiste em fabricar ameaças que não existem para justificar uma agressão contínua", reagiu Jen Psaki.
"Em momento algum a Rússia foi ameaçada pela NATO ou pela Ucrânia", acrescentou.
15h15 - Administração norte-americana reforça ajuda humanitária
Os Estados Unidos, através da Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e o Departamento de Estado, estão a organizar o envio de assistência humanitária adicional à Ucrânia no valor de 54 milhões de dólares.
A assistência, lê-se num comunicado da USAID, incide em produtos médicos e de higiene, água potável e "proteção para crianças vulneráveis".
15h14 - Tributo à Ucrânia na Casa da Música
O Concerto de Carnaval da Casa da Música, previsto para as 18h00 deste domingo, será antecedido de uma mensagem em áudio de apoio à Ucrânia. Músicos e público vão ouvir de pé.
Estará presente, a título particular, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
15h08 - Manifestações contra invasão da Ucrânia repetem-se em Lisboa e Coimbra
15h06 - Manifestação contra a guerra junta milhares em Praga
15h04 - Conversações "já são uma vitória"
Citado na edição online do jornal britânico The Guardian, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, afirmou que o país "não cederá um único centímetro de território" no âmbito das anunciadas conversações com Moscovo.
Kuleba acrescenta que o facto de se abrir a possibilidade de negociações "já é uma vitória".
14h56 - Grupo de 168 angolanos procura refúgio na Polónia
Um grupo de 168 angolanos residentes na Ucrânia deverá chegar nas próximas horas à Polónia, onde outros dois compatriotas chegaram no sábado, tendo sido acolhidos pela Embaixada de Angola naquele país, escreve o Jornal de Angola.
14h55 - Portugal "a fazer tudo" para acolhimento seguro de ucranianos
As autoridades portuguesas estão "a fazer tudo" para garantir que os cidadãos ucranianos que queiram refugiar-se em Portugal o possam fazer "em condições de segurança, com toda a integração possível", afirma a secretária de Estado da Administração Interna.
À entrada para uma reunião extraordinária de ministros dos Assuntos Internos da União Europeia, convocada para discutir a resposta à situação na Ucrânia, Patrícia Gaspar começou por "reafirmar aquela que é a posição de Portugal, de completa solidariedade com aquilo que está a acontecer com o povo ucraniano". "Estamos aqui hoje para debater uma série de assuntos, que relevam sobretudo para a área da Administração Interna, no que diz respeito ao eventual acolhimento de cidadãos ucranianos que queiram vir para Portugal. E aqui importa obviamente sobretudo concertar posições ao nível da UE e daquilo que está a ser feito em linha com outros países. E, nessa medida, hoje é de facto uma reunião importante", declarou.
14h49 - Milhares de detidos em protestos na Rússia contra invasão da Ucrânia
Por todo o mundo, decorrem protestos contra a invasão russa da Ucrânia. No sábado, milhares de pessoas manifestaram-se em várias cidades europeias. Na Rússia, também há manifestações e já terão sido detidas mais de três mil pessoas.
14h39 - O que é o sistema Swift?
O sistema Swift é uma plataforma de mensagens entre bancos a nível mundial que permite transações financeiras de forma rápida e segura. Sete bancos russos foram excluídos do sistema, mas as consequências vão estender-se um pouco por todo o mundo.
14h28 - Conversações. Onde?
"A delegação ucraniana encontrar-se-á com a russa sem fixar condições prévias na fronteira ucraniano-bielorrussa, na região do Rio Pripyat", adantou entretanto a Presidência da Ucrânia nas redes sociais.
A France Presse observa que a localidade mais próxima daquele sector, no flanco ucraniano, é Pripyat, nas proximidades do que resta da central nuclear de Chernobyl.
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que o encontro poderá ter lugar na região bielorrussa de Gomel, sem mais detalhes. Esta é precisamente uma região que faz fronteira com Pripyat.
Kiev não adiantou qualquer data para as negociações. Moscovo diz que poderão ter lugar ainda esta domingo. O Kremlin indicou, ao início da manhã, ter enviado uma delegação para Gomel.
O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, garantiu ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que "os aviões, helicópteros e mísseis destacados no território da Bielorrússia permanecerão no solo durante a chegada, as negociações e a partida da delegação ucraniana".
14h14 - Suspensos vistos dourados para russos
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras suspendeu os vistos gold para cidadãos russos. A decisão foi anunciada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O ministro Augusto Santos Silva afirma que o SEF suspendeu todas as candidaturas de autorização de residência para investimento em Portugal por parte de cidadãos russos.
14h00 - Janela de diálogo
Fonte da presidência da Ucrânia acaba de confirmar à agência France Presse a abertura para conversações com Moscovo, na fronteira entre a Ucrânia e a Bielorrússia. Por agora, não é revelado o local exato do encontro nem quem está a mediar as negociações. Desconhece-se também se está já a decorrer ou se vai ter lugar este domingo ou nos próximos dias.
13h59 - "É preciso trazer os adultos para a sala"
Questionado, no Jornal da Tarde, sobre a notícia do estado de alerta das forças nucleares de dissuasão da Rússia, o major-general Agostinho Costa afirmou que "a primeira baixa, em qualquer conflito, é a verdade". "Temos muito pouca informação operacional e temos muita propaganda", sustentou o militar.
13h40 - Putin coloca forças nucleares de dissuasão em alerta
O presidente russo ordenou às estruturas militares do país que coloquem as forças nucleares de dissuação em alerta, face a "declarações agressivas" por parte da NATO. A ordem terá sido emitida na sequência de uma reunião entre Vladimir Putin, o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, e o chefe do Estado-Mario das Forças Armadas, Valery Gerasimov.
13h29 - De Lviv a Kiev. A perspetiva dos enviados da RTP
As equipas da RTP enviadas à Ucrânia descreveram, em direto para o Jornal da Tarde, as últimas horas da ofensiva russa. Há notícia de problemas logísticos entre as forças russas e até de soldados com dificuldade para disparar sobre ucranianos.
13h25 - O combate por Kharkiv
As forças ucranianas terão reconquistado o controlo de Kharkiv, segundo o governador regional, Oleg Sinegubov, horas depois de ter sido anunciado um avanço do exército russo e combates de rua na segunda cidade da Ucrânia.
13h22 - Japão junta-se às sanções envolvendo o sistema Swift
O Japão vai juntar-se aos países ocidentais para excluir alguns bancos russos do sistema internacional de pagamentos, crucial para os fluxos financeiros mundiais, anunciou o primeiro-ministro nipónico, Fumio Kishida.
13h18 - Militares percorrem Kiev porta a porta
Está em vigor a lei marcial na Ucrânia. Na capital, só os militares podem percorrer as ruas. Os enviados especiais da RTP observaram soldados ucranianos a fiscalizarem o cumprimento do recolher obrigatório.
13h15 - Milhares em Berlim em apoio à Ucrânia e pela paz
Tal como sábado, estão marcadas diversas manifestações contra a guerra russa na Ucrânia. Em Berlim, ao início da tarde, o protesto juntou milhares de pessoas, ucranianas e alemãs.
13h04 - Rússia exige que Google restabeleça acessos no YouTube
A Roskomnadzor, reguladora russa das comunicações escreveu à Alphabet, detentora do Google, exigindo o restabelecimento do acesso a canais dos media russos no YouTube em solo ucraniano.
12h58 - Reunião ministerial do G7
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países do G7 vão reunir-se por videoconferência ainda este domingo, adiantou o gabinete do alto representante da União Europeia para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell. Sobre a mesa estará nova vaga de sanções contra a Rússia.
No sábado, Estados Unidos e aliados avançaram com o bloqueio do acesso de alguns bancos russos ao sistema internacional de pagamentos Swift.
12h53 - Aviação russa fora do espaço aéreo francês
O Governo francês acaba de encerrar o espaço aéreo do país "a aviões e companhias aéreas russas".
12h48 - "Incoerência", responde Putin
O presidente russo veio já esta manhã acusar a Ucrânia de não querer capitalizar "a oportunidade" de conversações na Bielorrússia.
"A delegação russa encontra-se na cidade bielorrussa de Gomel e está pronta para negociar com os representantes de Kiev. Estes, mostrando incoerência, não aproveitaram esta oportunidade até agora", apontou Vladimir Putin durante uma conversa telefónica com o primeiro-ministro isrealita, Naftali Bennett.
12h46 - Zelensky falou com presidente bielorrusso
O presidente ucraniano diz ter conversado nas últimas horas com o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko. Todavia, Volodymyr Zelensky não avançou com quaisquer detalhes sobre este diálogo.
O Kremlin enviou uma delegação à Bielorrússia com o objetivo declarado de abrir um canal de conversações com o Governo ucraniano. Zelensky rejeitou a ideia, alegando que tal cenário apenas seria concebível se as tropas russas não tivessem invadido território ucraniano a partir da Bielorrússia.
12h40 - Combatentes europeus ao lado dos ucranianos?
Questionada pela BBC sobre a possibilidade de cidadãos europeus decidirem, a título individual, juntar-se às tropas ucranianas no combate à invasão russa, a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, respondeu: "Apoio. É algo que as pessoas podem decidir por si. O povo da Ucrânia está a combater pela liberdade e pela democracia, não apenas pela Ucrânia, mas por toda a Europa".
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, lançou um apelo neste sentido.
12h20 - Papa apela ao "silêncio das armas" e diz-se de "coração ferido"
O Papa Francisco apelou ao "silêncio das armas" na Ucrânia, dizendo que o seu coração está "ferido pelo que está a acontecer" no país invadido pela Rússia.
O Papa disse estar "com o coração partido pelo que está a acontecer" no país, que foi invadido pela Rússia, e apelou ao "silêncio das armas" após a sua tradicional oração do Angelus na Praça de São Pedro. "Deus está com aqueles que procuram a paz, não com aqueles que recorrem à violência", sublinhou o Papa, que já hoje apelou à comunidade internacional para abrir "com urgência" corredores humanitários para acolher os refugiados que fogem da Ucrânia e procuram refúgio da invasão russa, considerando que os "que fazem a guerra esquecem a humanidade".
Na cidade do Porto, ao início da noite, rezou-se pela paz numa vigília que juntou a Igreja Ortodoxa, a Igreja Católica e a comunidade ucraniana. Durante o encontro ecuménico, as orações foram dirigidas a quem ainda não conseguiu abandonar a Ucrânia.
11h58 - Kiev lança portal para russos conhecerem destino de soldados abatidos
As autoridades ucranianas lançaram este domingo um site que permite aos familiares e próximos de soldados russos mortos em combate conhecerem o seu destino. Isto porque a Rússia não divulga baixas.
No quarto dia da invasão russa, o portal 200rf.com - referência a um código empregue para soldados mortos em combate - passa a divulgar fotos de passaportes ou documentos militares pertencentes a operacionais russos alegadamente abatidos em território ucraniano.
11h54 - Ucranianos e russos juntos na Austrália contra a guerra
As comunidades russa e ucraniana na Austrália têm demonstrado união nos protestos contra a invasão da Ucrânia ordenada por Vladimir Putin, observa a Al Jazeera.
11h51 - Imagem do Dia no site da RTP
O êxodo ucraniano - Imagem do Dia, RTP Notícias https://t.co/mBaaVK6MNH
— RTPNotícias (@RTPNoticias) February 27, 2022
11h49 - Papa pede abertura "urgente" de "corredores humanitários"
"Penso nas pessoas idosas, em todos aqueles que, neste momento, procuram refúgio, nas mães em fuga com os seus filhos. São irmãos e irmãs pelos quais é urgente abrir cordões humanitários e que é preciso acolher", defendeu Francisco a partir da Praça de São Pedro, no Vaticano.
11h26 - "Intervenção de Putin destina-se a animar espírito combativo"
O correspondente da RTP em Moscovo sintetizou a última intervenção pública do presidente russo, Vladimir Putin, que elogiou o "heroísmo" das tropas destacadas para a invasão da Ucrânia.
11h24 - Borrell propõe financiamento militar para a Ucrânia
O alto representante da UE para a política externa, Josep Borrell, tenciona propor a utilização de fundos comunitários para o abastecimento de armas e outros produtos, entre os quais combustível, à Ucrânia.
11h13 - Zelensky quer expulsão da Rússia do Conselho de Segurança
O presidente ucraniano defendeu este domingo a expulsão da Rússia do Conselho de Segurança das Nações Unidas, considerando que a invasão da Ucrânia equivale a um ato de genocídio - Vladimir Putin tem acusado as autoridades ucranianas de genocídio na região de Donbass.
"A Rússia tomou o caminho do mal e o mundo deveria vir a privá-la do seu lugar no Conselho de Segurança das Nações Unidas", clamou Volodymyr Zelensky numa mensagem em vídeo.
11h09 - Nova atualização do número de refugiados
O número de pessoas em fuga à guerra na Ucrânia, com destino a países vizinhos, ascende a 368 mil, de acordo com o mais recente balanço do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. O número "continua a aumentar", enfatiza o ACNUR.
A contagem assenta "em dados disponibilizados pelas autoridades nacionais", explica o ACNUR no Twitter.
À Polónia chegaram, desde a passada quinta-feira, pelo menos 156 mil pessoas - em comboios, automóveis ou a pé. Os refugiados estão também a chegar diariamente à Eslováquia, à Roménia, à Hungira e à Moldávia.
10h46 - AIEA prepara reunião de emergência
A Agência Internacional de Energia Atómica vai reunir-se na próxima quarta-feira para discutir a situação na Ucrânia, segundo diplomatas ouvidos pela agência Reuters.
Sobre a mesa, indicou uma das fontes da agência, estarão "as implicações de segurança e salvaguardas da situação". Outra fonte diplomática precisou que a reunião foi convocada pelo Canadá e pela Polónia, a pedido das autoridades ucranianas.
10h41 - Notários oferecem serviços de autorizações de saída de menores
A Ordem dos Notários está a ser inundada por pedidos de ajuda de ucranianos e disponibilizou um serviço gratuito para tratar de autorizações de saída para os filhos menores que estão no país invadido pela Rússia. Jorge Batista Silva, bastonário da Ordem dos Notários, explica a resposta aos pedidos.
10h36 - Alemanha reforça orçamento militar
A Alemanha vai desbloquear um pacote extraordinário de 100 mil milhões de euros para a modernização das suas Forças Armadas, anunciou o chanceler Olaf Scholz.
As despesas militares do país serão aumentadas em mais de dois por cento do PIB por ano.
10h33 - Alex Pinto é português e empresário. E vai ficar na Ucrânia
Alex Pinto é um empresário portugues que vive em Kiev. Por segurança está agora numa aldeia na cidade de Poltava com a família. E vai ficar no país. Em declarações à RTP, Alex explica que está preocupado com as centrais nucleares da Ucrânia, uma delas bem perto do local onde está neste momento.
10h24 - Mais de 200 mil escaparam para países vizinhos
Mais de 200 mil ucranianos chegaram a países vizinhos desde o início da invasão russa, indica o último balanço do Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados.
O ACNUR adianta, no Twitter, que os números de pessoas que fogem das tropas russas estão em constante evolução, remetendo para as próximas horas novo balanço.
O Governo polaco afirmara no sábado que mais de 100 mil ucranianos haviam atravessado a fronteira em 48 horas.
10h15 - Banco Central da Rússia garante liquidez em rublos
O Banco Central da Rússia afiançou este domingo que vai garantir a liquidez em moeda nacional das entidades bancárias do país, na sequência das sanções anunciadas pelo Ocidente.
O regulador russo indica, em comunicado citado pela Efe, que "abastecerá de maneira ininterrupta a liquidez em rublos" aos bancos russos. Na manhã de segunda-feira, fará acordos de recompra ou reposição sem limite e satisfará todas as solicitações.
"O sistema bancário russo é estável, tem suficientes reservas de capital e liquidez para o seu normal funcionamento em qualquer situação", enfatiza o Banco Central.
10h04 - Governo ucraniano faz novo cálculo de baixas russas
A vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Malyar, afirma que as forças russas destacadas para a invasão do país terão já perdido 4.300 soldados, número que, admite a governante, terá ainda de ser clarificado.
No Facebook, Malyar disse também que a Rússia perdeu 146 tanques, 27 aviões e 26 helicópteros.
9h52 - Zelensky saúda "coligação" internacional de ajuda
O presidente ucraniano saudou este domingo o que descreveu como a "coligação" internacional de países fornecedores de ajuda à Ucrânia, ao quarto dia de ofensiva russa.
"Nós recebemos armas, medicamentos, alimentos, combustível, dinheiro. Uma coligação internacional forte formou-se para apoiar a Ucrânia, uma coligação anti-guerra", afirmou Volodymyr Zelensky, num vídeo divulgado nas redes sociais.
O presidente ucraniano aplaudiu, em concreto, o envio de armas por parte da Alemanha e da Bélgica, assim como o acordo europeu para a exclusão de bancos russos da plataforma internacional de pagamentos Swift.
9h46 - Federação de Judo suspende Putin
A Federação Internacional de Judo suspendeu Vladimir Putin, que detinha os títulos de presidente honorário e embaixador. O presidente da Rússia possui o cinto negro da disciplina.
9h25 - Noite e manhã mais tranquilas em Kiev
9h10 - Balanço russo
Acrescentou, também que mais de 400 militares ucranianos foram detidos.
8h48 - Finlândia fecha espaço aéreo à Rússia
Este país nórdico, que tem uma fronteira de mais de 1.300 quilómetros com o seu vizinho russo, "prepara-se para fechar o espaço aéreo ao tráfego de aviões da Rússia", declarou o ministro dos Transportes, Timo Harraka, numa mensagem na rede social Twitter publicada esta madrugada.
O bilionário japonês Hiroshi Mikitani anunciou hoje que vai doar mil milhões de ienes (7,7 milhões de euros) ao Governo de Kiev, chamando a invasão russa de "atropelamento da Ucrânia" e "desafio à democracia".
O fundador da Rakuten, a gigante japonesa de comércio eletrónico e outros serviços `online`, pediu, numa carta ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, para que a doação seja usada para "atividades humanitárias para ajudar pessoas na Ucrânia que são vítimas de violência".
Mikitani disse que visitou Kiev em 2019 e se encontrou com Zelensky.
"Os meus pensamentos estão consigo e com o povo da Ucrânia", disse o bilionário japonês na carta enviada ao Presidente ucraniano.
"Acredito que atropelar uma Ucrânia pacífica e democrática pela força indevida é um desafio à democracia", defendeu Mikitani.
O Governo australiano anunciou hoje que irá enviar armas para as tropas ucranianas e que está a considerar a expulsão do embaixador russo.
O primeiro-ministro, Scott Morrison, disse aos jornalistas que está em comunicação com os aliados Estados Unidos e Reino Unido sobre o envio de material "letal", sem especificar a quantidade ou composição do envio.
"Acabo de falar com o ministro da Defesa [australiano] e procuraremos dar todo o apoio possível para a assistência [militar] letal através dos nossos parceiros da NATO, particularmente os Estados Unidos e o Reino Unido", disse.
O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, disse hoje que a Polónia está pronta para acolher "um grande número" de refugiados ucranianos em fuga da guerra.
"Daremos as boas vindas a quem necessitar. Vemos o medo crescer na sociedade ucraniana. Estamos preparados para dezenas de milhares, centenas de milhares, milhões de pessoas que chegarão", disse Morawicki numa entrevista ao diário francês Ouest-France.
O líder polaco disse que o país tem vindo a preparar-se "há semanas" para uma crise migratória, uma vez que a sua análise da situação previa uma estratégia para "enfraquecer a parte norte" da fronteira da Polónia com a Bielorrússia.
"Este ataque na nossa fronteira não resultou, mas atacar com migrantes é diferente de atacar com tanques e mísseis. Agora os ucranianos encontram-se numa situação muito difícil. Mais de 100.000 pessoas atravessaram a nossa fronteira desde que a invasão começou", explicou o Presidente polaco.
Tendo em conta o êxodo de pessoas da Ucrânia devido ao conflito armado, a Polónia preparou centros de receção para os milhares de ucranianos que se espera que cheguem ao país.
O Ministério da Defesa da Lituânia avançou que "a primeira operação logística" chegou à Ucrânia para oferecer apoio militar ao país, que está a ser atacado pela Rússia.
"Acabou de terminar a primeira operação logística, durante a qual soldados lituanos entregaram grandes quantidades de metralhadoras automáticas, munições, capacetes e coletes à prova de balas ao exército ucraniano", disse o Ministério da Defesa lituano.
Numa nota publicada na rede social Twitter, as Forças Armadas da Lituânia agradeceram aos soldados lituanos que implementaram "com sucesso" a operação de transporte para a Ucrânia.
"A Lituânia e as Forças Armadas da Lituânia estão entre os países que prestam assistência militar à Ucrânia, que já está em guerra", sublinhou o Ministério da Defesa lituano.
O antigo Presidente dos EUA Donald Trump classificou a invasão russa de "ataque à humanidade" e sustentou que, se estivesse na Casa Branca, o Presidente russo não teria tomado a decisão "cruel" de invadir a Ucrânia.
Por outro lado, elogiou os "corajosos" ucranianos e vangloriou-se de ter sido o Presidente mais duro dos EUA para com a Rússia, apesar das "notícias falsas" que disse terem sido divulgadas pelos meios de comunicação "desonestos" sobre a sua suposta fraqueza perante Vladimir Putin.
Trump lembrou que sob a administração de George W. Bush, a Rússia invadiu a Geórgia; sob Barack Obama, a Crimeia; e sob Joe Biden, a Ucrânia.
"Sou o único Presidente americano do século XXI em cujo mandato a Rússia não invadiu outro país", afirmou, antes de garantir que, se fosse Presidente dos EUA, teria sido "muito fácil impedir isto", criticando ainda as "fracas sanções" impostas por "líderes burros".
Cuba acusou os Estados Unidos e a NATO de terem causado a guerra na Ucrânia por terem aumentado a tensão com a Rússia, defendendo uma "solução diplomática séria, construtiva e realista" da crise.
"O esforço dos EUA para continuar a expansão progressiva da NATO para as fronteiras da Federação Russa levou a um cenário, com implicações de alcance imprevisível, que poderia ter sido evitado", disse o ministério das Relações Exteriores de Cuba em comunicado.
Washington prosseguiu uma política de "supremacia militar, desafiando a legítima exigência da Rússia pela sua segurança", pode ler-se numa mensagem publicada sábado no `site` do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, assinada por um investigador da Sociedade para o Estudo da Política Internacional.
"A causa raiz da crise ucraniana reside também no autoritarismo e arbitrariedade dos Estados Unidos", acrescentou.
Diz que nao tem experiência, mas está disposta a lutar pelo país e até a pegar nas armas. Mas apela a que todo o mundo ajude a Ucrânia
Centenas de pessoas amontoadas, à espera de conseguir entrar numa composição que os leve até território seguro.
Tentam chegar à Polónia, mas também à Roménia.
Relatos impressionantes de famílias inteiras que são separadas pela guerra.
Mulheres, crianças e idosos fogem do país, os homens entre os 18 e os 60 anos ficam para trás porque estão proibidos de sair da Ucrânia.
Têm de estar prepardos para lutar pelo país. Na cidade, a noite foi calma.
Querem defender o país contra a ofensiva russa. Alguns estão em Dnipro a juntar equipamentos e mantimentos.
Assumem que tinham muito medo, mas agora estão prontos e com vontade de avançar contra os militares russos.
Vêm-se pessoas a prepararem cocktails molotov em pequenos armazéns.
É a resposta ao apelo de ajuda feito pelas autoridades ucranianas e pelo próprio presidente para travar a invasão russa.
No Facebook, Oleksii Reznikov perguntou onde estão aqueles que prometeram apturar Kiev em duas horas. O ministro diz que nao os consegue ver, só os consegue ouvir a justificarem-se.
Provocou a morte de um menino de seis anos e feriu várias outras pessoas, segundo um hospital local. Um médico disse que os feridos incluem dois adolescentes e três adultos.
7h10 - Combates em Kharkiv
A informação é do serviço estatal de comunicações especiais e proteção de informações da Ucrânia.
As autoridades ucranianas estão a avisar as populações para a possibilidade de existirem gases tóxicos
Não se sabe ainda se esta explosão poderá levar a interrupções no sistema de gás fora da cidade ou do país.
Apesar da guerra, a Ucrânia tem continuado a enviar gás natural russo para toda a Europa.
Diz que foi atingido por "artilharia inimiga". Provocou a morte de uma mulher.
O serviço de emergência disse que o prédio foi amplamente danificado e cerca de 80 pessoas foram resgatadas. A maioria estava abrigada na cave do edifício.
Este é outro vídeo de outra zona, também dos arredores da capital ucraniana. Imagens de um vídeo amador, cuja origem não é possível confirmar.
A garantia foi dada pela presidente da câmara que num video confirmou que os misseis também provocaram um incendio num deposito petrolífero.
Quem avança essa informação é o conselheiro do governo de Kiev, Anton Heraschenko.
Imagens de veículos a circular nas ruas da cidade e de um veículo a arder estão a ser partilhadas nas redes sociais.
Há relatos de veículos militares e um tanque a percorrerem as estradas da cidade, que fica no nordeste da Ucrânia.
Kharkiv foi a capital da Ucrânia até 1934, localizada a leste do país. Tem cerca de um milhão de habitantes.
O Ministerio da Defesa russo, citado pela agência TASS, refere que estas duas cidades estão completamente bloqueadas.
As duas cidades têm em conjunto 400 mil habitantes. As autoridades ucranianas estão a pedir à população para não sair à rua.
Pelo menos 50 portugueses e luso-ucranianos estarão nas próximas horas e dias de regresso a Portugal. O futebolista Nelson Monte foi o primeiro a chegar e não esquecerá nunca o que viveu.
Um pouco por todo o mundo, das praças e ruas das capitais incluindo Moscovo, aos eventos desportivos, sucederam-se durante o dia de sábado as manifestações de apoio à Ucrânia e à paz e de repúdio ao ataque russo e ao Presidente Vladimir Putin.
Esta vai enviar 12.000 peças de munição de artilharia, combustível e sistemas anti minas e o primeiro-ministro belga anunciou por seu lado oo envio de 3.800 toneladas de combustível e 2.000 metralhadoras.
Quem o diz é o ex-vicepresidente do banco central russo. Sublinha que a retirada da Rússia do sistema SWIFT terá um enorme impacto na economia e que será "uma catástrofe" no mercado russo já na próxima segunda-feira.
O antigo vice-presidente referiu ainda que "a taxa de câmbio será fixada num nível artificial, tal como aconteceu no tempo soviético".