Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Mariana Ribeiro Soares, Cristina Sambado - RTP

Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações


00H40 - Sanções britânicas alargam-se

O Reino Unido vai sancionar 65 novas personalidades e empresas russas para "cortar indústrias vitais que alimentam a máquina de guerra de Putin".

Quando a guerra na Ucrânia entra no segundo mês, Londres prepara-se para atingir mais oligarcas, grupos empresariais e "assassinos mercenários", afirma a revista Forbes.

00H30 - Rússia acusa Hunter Biden de financiar fábricas de armas biológicas na Ucrânia

00h00 - AIEA inquieta com ataques à cidade onde vivem trabalhadores de Chernobyl

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) exprimiu esta noite a sua "inquietação" depois de ter sido informada pelas autoridades ucranianas de bombardeamentos da cidade onde vive o pessoal que trabalha na central de Chernobyl.

"A Ucrânia informou a AIEA que as tropas russas bombardearam os postos de controlo ucranianos" na comuna de Slavoutitch, "colocando em perigo as habitações e as famílias" dos trabalhadores da central nuclear, segundo um comunicado da agência da ONU baseada em Viena.

O seu diretor-geral, Rafael Grossi, exprimiu a sua inquietação com este desenvolvimento, que acontece apenas alguns dias depois da primeira rotação" dos empregados desde o início da invasão.

23h40 - Bélgica destina mais 1.000 ME à Defesa para reforçar flanco leste da NATO

A Bélgica vai aplicar mais 1.000 milhões de euros na Defesa para apoiar o dispositivo da NATO que tem vindo a reforçar o flanco leste, desde o início da invasão russa da Ucrânia, divulgou hoje o governo belga.

O objetivo é "aumentar a curto prazo o nível de preparação e capacidade de resposta da Defesa, no contexto do conflito em andamento na Ucrânia", realçou a ministra da Defesa belga, Ludivine Dedonder, em conferência de imprensa à margem da cimeira extraordinária da NATO que decorreu hoje em Bruxelas.

Este orçamento suplementar, previsto para o período entre 2022 e 2024, duplica os gastos previstos para a atual legislatura e será adicionado ao "aumento já aprovado de 1.000 milhões de euros" desde a entrada em funções do atual governo, em outubro de 2020.

23h20 - Zelensky falou com al-Sisi do Egito

O Presidente ucraniano reportou na sua conta Twitter o teor da conversa telefónica desta quinta-feira com o presidente do Egito Abdel Fattah al-Sisi.

"Informei o presidente do Egito", escreveu Zelensky, "sobre as dificuldades do povo contra a agressão russa. Agradeci-lhe a ajuda providenciada aos ucranianos. Concordamos na necessidade de restaurar a paz" refere o tweet.
23h05 - Ucrânia repeliu cinco ataques russos na frente leste

O jornal Kiev Independente cita responsáveis militares ucranianos, os quais afirmam que o exército neutralizou num único dia 130 soldados russos, nove carros armados e seis veículos de infantaria na frente leste.

O Grupo Tático Operacional "Leste" repeliu cinco ataques russos separados esta quinta-feira dia 24.
As últimas horas têm registado combates ferozes em muitas aldeias e vilas ao longo das linhas da frente da região leste de Donbass, tomada por separatistas pró-russos em 2014. A Rússia estará a avançar para ocidente, de Donetsk para a área fronteiriça.

Analistas acreditam que a tática russa vise unir esta com a frente da Crimeia para isolar forças ucranianas e forçá-las a recuar.

22h45 - EUA e UE prometem mais de 1,4 ME em ajuda humanitária

Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) disponibilizaram-se hoje a avançar com 1,4 mil milhões de euros em ajuda humanitária para apoiar a população ucraniana a enfrentar os "graves impactos" da guerra na Ucrânia provocada pela Rússia.

"Continuamos a mobilizar e coordenar ajuda humanitária significativa para apoiar as pessoas dentro da Ucrânia, aqueles que foram forçados a fugir e aqueles que foram afetados pelos graves impactos que a guerra da Rússia está a causar em todo o mundo", salientam a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente norte-americano, Joe Biden, numa declaração publicada esta noite.

"Isto inclui mais de mil milhões de dólares [cerca de 900 milhões de euros, no câmbio atual] em assistência humanitária que os Estados Unidos estão dispostos a fornecer e 550 milhões de euros da UE", acrescentam.

22h03 - Von der Leyen e Biden querem impedir Rússia de pagar guerra com reservas de ouro

A líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente norte-americano, Joe Biden, comprometeram-se hoje a limitar a capacidade do regime russo em utilizar reservas internacionais, incluindo de ouro, para financiar a guerra na Ucrânia.

"Os Estados Unidos e a União Europeia [UE] estão a trabalhar em conjunto no sentido de diminuir a capacidade da Rússia de utilizar as suas restantes reservas internacionais, incluindo ouro, para apoiar a sua economia e financiar a sua guerra ilegal", vincam Ursula von der Leyen e Joe Biden, numa declaração conjunta divulgada esta noite.

No dia em que Joe Biden está presencialmente em Bruxelas, após ter participado em cimeiras na NATO, do G7 e no arranque dos trabalhos do Conselho Europeu, os dois responsáveis vincam que, também hoje, "EUA e UE reforçaram e alinharam os seus regimes de sanções, juntamente com os parceiros de todo o mundo que partilham da mesma opinião".

21h16 - A Rússia anuncia abertura de "corredor humanitário" para 67 barcos internacionais que ficariam retidos em portos ucranianos

O responsável do Centro de Controlo da Defesa Nacional russo, Mikhail Mizintsev, disse num comunicado que se trata de barcos de 15 países que não podem sair de forma segura dos portos de Mykolaiv, Chernomorsk, Ochakov, Odessa e Yuzhny.

20h57 - Recep Tayyip Erdogan diz que discussão de estatuto da Crimeia e Donbass desagrada a Kiev

A Ucrânia está a chegar a acordo com a Rússia na sua relação com a NATO, desarmamento e outros pontos, mas "não lhe parece bem" a negociação do estatuto da Crimeia e do Donbass, indicou o Presidente turco.

"No processo [negocial] que prossegue na Bielorrússia pode dizer-se que há acordos sobre alguns temas, seja a NATO, seja o desarmamento, seja a segurança coletiva ou o estatuto oficial da língua russa. Mas fora disto estão os temas da Crimeia e Donbass, e isso desde logo não pode ser bem recebido pela Ucrânia", disse o Presidente Recep Tayyip Erdogan numa referência a uma possível renúncia de Kiev a esses territórios.

A península da Crimeia foi anexada em 2014 pela Rússia, e Moscovo reconheceu a independência das autoproclamadas repúblicas do Donbass três dias antes da invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro.

20h39 - Nova lei pune até 12 anos de cadeia colaboração com a Rússia

A Rada, o Parlamento ucraniano, aprovou um projeto de lei que torna a "colaboração" com a Rússia punível com até 12 anos de prisão, numa votação que aconteceu um mês após o início da invasão russa da Ucrânia. O texto foi aprovado por 350 votos a favor, nenhum contra e 39 abstenções, de acordo com um comunicado.

O projeto de lei agora aprovado acrescenta ao código penal ucraniano em vigor um novo artigo intitulado "Ajuda e cumplicidade com o Estado agressor", que pune com penas de "de 10 a 12 anos" de prisão qualquer "cooperação" com "o inimigo", o seu Governo e os seus exércitos ou forças paramilitares.

Além da pena de prisão, os condenados serão proibidos de exercer cargos administrativos, incluindo cargos da administração local, por até 15 anos, e poderão ver os seus bens confiscados.

19h33 - Um mês de guerra. Capacidade de resistência da Ucrânia continua a surpreender

Ao fim de um mês de invasão russa, a grande surpresa está a ser a capacidade de resistência da Ucrânia. Os combates mantêm-se nos arredores de Kiev, mas alegadamente as tropas ucranianas estão a conseguir travar o avanço dos rivais.

No entanto, algumas localidades nos arredores de Kiev estão já tomadas por Moscovo.

Com o passar deste mês, a Ucrânia já conseguiu cativar cerca de um milhão de pessoas, entre civis, para dar treino e fazerem defesa territorial.

A enviada especial da RTP a Kiev, Cândida Pinto, está a acompanhar todos os desenvolvimentos.

19h27 - Conselho Europeu em reunião extraordinária para debater guerra na Ucrânia e impactos

Uma reunião do 27 após a cimeira extraordinária da NATO. Em cima da mesa a situação na Ucrânia mas sem esquecer a necessidade de controlar os preços da energia na Europa.

Nesta reunião vão ser debatidas medidas para mitigar "essa subida preços" e "novas sanções contra a Rússia", como conta Duarte Valente.

19h25 - Forças ucranianas bombardearam navio russo

19h21 -  Biden "esperançoso" que China não se envolva na guerra

O Presidente dos Estados Unidos mostrou-se hoje "esperançoso" que a China não se irá envolver na invasão russa da Ucrânia, sustentando que Pequim percebe que o seu "futuro económico está muito mais ligado ao Ocidente do que à Rússia".

"Acho que a China percebe que o seu futuro económico está muito mais ligado ao Ocidente do que à Rússia, por isso estou esperançoso de que não se irão envolver", afirmou Joe Biden.

O Presidente dos Estados Unidos falava numa conferência de imprensa no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), em Bruxelas, depois de ter participado na cimeira extraordinária de líderes da Aliança Atlântica e numa cimeira de líderes do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).

Abordando uma conversa telefónica que teve com o Presidente da China, Xi Jinping, na passada sexta-feira, Biden disse que se assegurou, "de maneira muito clara", de que o líder chinês percebia as "consequências que teria se ajudasse a Rússia [na Ucrânia], como tinha sido relatado e era esperado".

"Não fiz nenhuma ameaça, mas indiquei-lhe o número de empresas americanas e estrangeiras que deixaram a Rússia devido ao seu comportamento bárbaro, e transmiti-lhe que conhecia -- porque tivemos longas discussões no passado -- o seu interesse em manter relações económicas e de crescimento com os Estados Unidos e a Europa", referiu.

O Presidente norte-americano sublinhou assim que, em caso de auxílio da China à Ucrânia, a vontade chinesa de manter o relacionamento económico com o Ocidente ficaria em "grande perigo".

19h15 - António Costa considera que "NATO no conflito não seria do interesse do mundo"

19h14 - Cimeira da NATO. Aliança envia mais tropas para flanco leste

A NATO vai duplicar as tropas na Europa que passam a cobrir uma faixa do Mar negro ao báltico. A Aliança de Defesa do Atlântico Norte decidiu ainda reforçar a ajuda à Ucrânia. Com defesas contra armas químicas, biológicas e até nucleares. Uma decisão tomada durante uma cimeira extraordinária com a presença de Joe Biden e do presidente ucraniano.

18h35 - ONU aprova resolução responsabilizando Rússia por crise na Ucrânia

Assembleia-Geral das Nações Unidas aprova com esmagadora maioria de 140 votos uma resolução responsabilizando a Rússia pela crise humanitária na Ucrânia devido à guerra.

A resolução, apresentada pela França e pelo México e apoiada pela Ucrânia, obteve 140 votos a favor, cinco contra e 38 abstenções, dos 193 Estados-membros das Nações Unidas.

Votaram contra este texto a Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte e Eritreia, e entre os países que se abstiveram estão Angola, Moçambique, Guiné-Bissau ou China.

Portugal, Cabo Verde, Brasil e Timor-Leste votaram a favor e o voto da Guiné Equatorial não foi registado, segundo o placar da votação apresentado na Assembleia-Geral.

A resolução lamenta as "terríveis consequências humanitárias" da agressão da Rússia, que diz ser "numa escala que a comunidade internacional não vê na Europa há décadas". Lamenta os bombardeamentos, ataques aéreos da Rússia a cidades densamente povoadas, incluindo à cidade de Mariupol, e exige acesso irrestrito à ajuda humanitária.

Além da questão humanitária, a resolução hoje aprovada na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, "exige" da Rússia um fim "imediato" da guerra na Ucrânia.

O embaixador da Rússia junto da ONU, Vasily Nebenzya, classificou esta resolução como "outro `show` político anti-russo, desta vez ambientado num contexto supostamente humanitário".

Nebenzya alertou na quarta-feira que a adoção deste projeto de origem franco-mexicano "tornará uma soluação para a situação na Ucrânia mais difícil", uma vez que encorajará os negociadores ucranianos e irá "estimulá-los a manter a atual posição irrealista, que não está relacionada com a situação no terreno, nem com a necessidade de atacar as causas profundas" da ação militar da Rússia.

18h04 - Ataque com armas químicas pela Rússia “terá resposta”, alerta Joe Biden

Após a cimeira da NATO, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu em conferência de imprensa que a Aliança irá responder se a Rússia utilizar armas químicas na guerra contra a Ucrânia.

"Nós responderíamos. A natureza da resposta dependeria da natureza do uso [dessas armas]", acrescentou Biden.

O presidente dos Estados Unidos sublinhou ainda que a NATO “nunca esteve tão unida como hoje”, afirmando que isso é “exatamente o oposto do que Putin pretendia como consequência da invasão da Ucrânia”.
Em Bruxelas, Joe Biden também afirmou que deixou claras as consequências de um eventual apoio chinês à Rússia e disse acreditar que a China entende essas mesas consequências.

Biden defendeu ainda que a Rússia deve ser excluída do G20 e a Ucrânia deve assistir às reuniões do grupo.

17h40 - Uso de armas químicas “seria catastrófico para Putin”, alerta Boris Johnson

O primeiro-ministro britânico alertou que o uso de armas químicas, biológicas e nucleares “seria catastrófico” para o presidente russo. “Se Putin utilizar estas armas, as consequências seriam muito graves”, reiterou.
Johnson acrescentou ainda que a acusação russa de que os EUA e os seus aliados estariam a preparar um ataque com estas armas é um “prelúdio para uma operação de bandeira falsa” por parte de Moscovo, mas reitera: “Seria um erro desastroso”.

17h30 - Reino Unido diz que vai aumentar “ajuda letal” à Ucrânia

Numa conferência de imprensa à saída da reunião do G7, em Bruxelas, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que irá "aumentar a ajuda letal à Ucrânia".

Johnson anunciou que o Reino Unido irá enviar 6000 mísseis adicionais e mais do que duplicará a ajuda letal que Londres já forneceu à Ucrânia.

"Devemos apoiar uma Ucrânia livre e democrática a longo prazo", defendeu Johnson. “Não vamos ficar parados enquanto Putin descarrega a sua fúria na Ucrânia”, acrescentou.

17h05 - Líderes do G7 prontos para impor novas sanções à Rússia “se necessário”

Os países do G7 disseram que estão preparados para adotar “mais sanções, se necessário”, contra a Rússia pela invasão à Ucrânia. “Estas sanções têm impacto e são tangíveis e temos de as manter pelo seu efeito dissuasor”, defendeu Macron durante uma entrevista coletiva após a cimeira dos G7.

Numa declaração conjunta, os líderes do G7, que estiveram reunidos esta quinta-feira em Bruxelas, condenam a “guerra de escolha” do líder russo Vladimir Putin e o seu ataque “injustificável, não provocado e ilegal” à Ucrânia.

Os líderes do G7 alertam ainda a Rússia que deve cumprir mediatamente e “sem demora” a ordem do Tribunal Internacional de Justiça de suspender as operações militares.

Os líderes dos sete países mais industrializados do mundo também pediram à Bielorrússia, aliada de Moscovo, que “evite uma nova escalada e se abstenha de usar as suas forças militares contra a Ucrânia”, enquanto exortaram “todos os países a não prestarem assistência militar ou de outra natureza à Rússia”.

“Não pouparemos esforços para responsabilizar o presidente Putin e os arquitetos e apoiantes desta agressão, incluindo o regime de Lukashenko na Bielorrússia, pelas suas ações”, sublinham.

16h37 - Líderes do G7 alertam Rússia contra uso de armas químicas, biológicas e nucleares

Os líderes do G7 alertaram a Rússia contra o urso de armas biológicas, químicas ou nucleares na guerra contra a Ucrânia.

"Alertamos contra qualquer ameaça de uso de armas químicas, biológicas e nucleares ou material relacionado", disseram os líderes num comunicado conjunto divulgado pela Alemanha esta quinta-feira, após as negociações que decorrem em Bruxelas.

"Se a Rússia estiver a preparar uma operação de bandeira falsa para usar essas armas, isso violaria todas as regras, acordos e protocolos", disse o chanceler alemão, Olaf Scholz, a jornalistas após a cimeira da NATO em Bruxelas.

Esta quinta-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a alertar para o “risco muito real” de uso de armas químicas na Ucrânia por parte de Moscovo. "O risco de uso em larga escala de armas químicas pela Rússia no território da Ucrânia é muito real", disse Zelensky numa mensagem de vídeo dirigida aos chefes de Estado e de governo.

A NATO também alertou esta quinta-feira que “qualquer utilização de armas químicas irá mudar totalmente a natureza do conflito”, mostrando-se “preocupada” com a possibilidade de a Rússia estar a tentar criar um pretexto para o uso de tais armas na Ucrânia.

16h17 - Europa não pagará pelo fornecimento de energia em rublos, garante primeiro-ministro da Eslovénia

O primeiro-ministro da Eslovênia, Janez Jansa, afirmou esta quinta-feira que a Europa não pagará em rublos à Rússia depois de Moscovo ter exigido que os países "hostis" liquidassem as contas de petróleo e gás na moeda russa.

"Acho que ninguém na Europa sabe sequer como são os rublos, ninguém vai pagar em rublos", disse Jansa aos jornalistas à chegada para a cimeira de líderes da UE, em Bruxelas.

A companhia petrolífera polaca PGNiG também anunciou esta quinta-feira que continuará a pagar o gás russo de acordo com o contrato atual e recusa, assim, pagar em rublos.

A Alemanha – que disse que a exigência russa é uma "rutura de contrato" – e a Áustria também já rejeitaram este pedido feito na quarta-feira pelo presidente russo, Vladimir Putin.

16h07 - ONU aprova resolução de ajuda à Ucrânia e exige o “fim imediato” da guerra

A Assembleia-Geral das Nações Unidas exigiu, de forma esmagadora, mais ajuda e proteção civil na Ucrânia esta quinta-feira e criticou a Rússia por criar uma situação humanitária “devastadora” como consequência da guerra na Ucrânia.

A resolução, elaborada pela Ucrânia e aliados, recebeu 140 votos a favor e cinco votos contra (da Rússia, Síria, Coreia do Norte, Eritreia e Bielorrússia), enquanto 38 países se abstiveram.

A Assembleia-Geral da ONU também aprovou esta quinta-feira, com uma esmagadora maioria de 140 votos, uma nova resolução que "exige" à Rússia o fim "imediato" da guerra na Ucrânia.

No total, 140 países votaram a favor, 38 abstiveram-se e cinco votaram contra. A 2 de março, numa votação descrita como “histórica” pela Assembleia-Geral, 141 países aprovaram uma primeira resolução não vinculativa que “exige que a Rússia pare imediatamente de usar a força contra a Ucrânia”. Cinco países, incluindo a Rússia, votaram contra e 35 abstiveram-se.

15h42 - Um mês de guerra na Ucrânia

Completa-se esta quinta-feira um mês desde o início da invasão russa da Ucrânia. As Nações Unidas calculam em mais de 1000 os civis mortos. O número real pode ser muito superior.

O conflito já provocou mais de 3,5 milhões de refugiados e quase sete milhões de deslocados internos.

Cidades destruídas, bombardeamentos a prédios residenciais, hospitais ou escolas, uma realidade que, em 2022, ninguém esperava assistir na Europa.


15h07 - Ucrânia acusa Rússia de estar a bloquear os esforços de evacuação em Mariupol

A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, disse que as forças russas impediram que civis deixassem a cidade cercada de Mariupol esta quinta-feira, embora as autoridades ucranianas tenham preparado 40 autocarros para a evacuação.

Durante um discurso televisivo, Vereshchuk não especificou como as tropas russas impediram que as pessoas saíssem da cidade portuária ucraniana.

A Ucrânia e a Rússia têm trocado acusações de não respeitar os acordos temporários de cessar-fogo para permitir que os civis deixem a cidade sitiada com segurança.

14h45 - Número de civis mortos ultrapassa barreira do milhar, segundo a ONU

De acordo com dados da ONU divulgados esta quinta-feira, a ofensiva russa na Ucrânia já provocou a morte de 1035 pessoas e 1650 ficaram feridas.

Entre os mortos estão 90 crianças e há também 118 menores entre os feridos. A ONU alerta que os números exatos deverão ser significativamente maiores.

O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), dirigido pela Alta-Comissária Michelle Bachelet, insiste que a maioria das vítimas civis morreram ou ficaram feridas devido ao uso de explosivos, incluindo projéteis lançados por artilharia pesada, sistemas de lançamento múltiplo de `rockets`, mísseis e bombardeamentos aéreos.

A ONU teme que os números de vítimas da guerra na Ucrânia, que entrou hoje no seu 29.º dia, aumentem consideravelmente quando houver maior acesso a cidades cercadas ou sob intensos combates, caso de Mariupol e Volnovakha (ambas na região separatista de Donetsk), Izium (Kharkiv) e diversas localidades nas regiões de Lugansk e Sumy.

As autoridades da Ucrânia também registaram a morte de cinco jornalistas e 148 crimes contra repórteres e meios de comunicação social no primeiro mês de guerra, anunciou hoje um centro ucraniano sobre comunicação e informação.

Além dos jornalistas mortos, sete ficaram feridos, seis foram raptados e um foi dado como desaparecido, segundo o Centro Ucraniano para a Segurança Estratégica da Comunicação e da Informação, citado pela agência espanhola EFE.

A organização Repórteres Sem Fronteiras identificou os jornalistas mortos na Ucrânia desde a invasão russa, em 24 de fevereiro, como sendo os ucranianos Olexandra Kuvshynova e Evgeny Sakun, a russa Oksana Baulina, o franco-iraniano Pierre Zakrzewski e o norte-americano Brent Renaud.

O Centro Ucraniano para a Segurança Estratégica da Comunicação e da Informação registou também a ocorrência de cinco incidentes com armas de fogo e 11 ameaças de morte contra jornalistas.

Quatro meios de comunicação social foram ocupados ou destruídos pelas forças russas e 70 suspenderam a atividade desde a invasão, de acordo com a mesma fonte.

(com Lusa)

14h33 - EUA anunciam sanções a todos os membros da Duma russa

Os Estados Unidos impuseram esta quinta-feira novas sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia, incluindo sanções contra dezenas de empresas de defesa, a todos os 328 membros da câmara baixa do Parlamento russo (Duma) e ao presidente-executivo do Sberbank, o maior banco da Rússia.

Segundo um comunicado do Departamento de Estado dos EUA, os 328 membros da Duma “apoiaram as violações do Kremlin da soberania e integridade territorial da Ucrânia, inclusive por meio de tratados que reconhecem a autoproclamada independência das áreas controladas por representantes russos do leste da Ucrânia, a chamada República Popular de Donetsk (DNR) e a República Popular de Luhansk (LNR)”.

14h28 - António Costa: "Defenderemos o território da NATO se houver alguma ofensiva"

No culminar dos trabalhos da cimeira extraordinária da NATO, a primeira de três reuniões de alto nível, esta quinta-feira, em Bruxelas, António Costa salientou o compromisso de apoio à Ucrânia. O primeiro-ministro falou também do reforço das capacidades de dissuasão da Aliança Atlântica no leste da Europa.

"Ficou muito claro aqui o reforço da relação transatlântica", prosseguiu o governante.
"O facto de já a seguir termos o presidente Biden no Conselho Europeu é um excelente sinal de que é inequívoca a vontade recíproca da NATO e da União Europeia de trabalharem em conjunto", assinalou Costa.

Questionado sobre os apelos do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no sentido de um apoio mais abrangente por parte da NATO, o primeiro-ministro reconheceu que "é sempre muito difícil, do ponto de vista emocional" manter o diálogo com um chefe de Estado que "está sob fogo".

14h13 - NATO avisa: “Qualquer utilização de armas químicas irá mudar totalmente a natureza do conflito”

A Rússia pode estar a tentar criar um pretexto para o uso de armas químicas na Ucrânia, acusando os Estados Unidos e os seus aliados de preparar tal ataque, disse o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

“Estamos preocupados. Por um lado porque vemos a retórica e vemos que a Rússia está a tentar criar um pretexto para tal, acusando a Ucrânia, os EUA e a NATO de estarem a preparar-se para usar armas químicas e biológicas”, disse Stoltenberg em resposta aos jornalistas à saída da cimeira da Aliança.

“Já vimos no passado a Ucrânia a acusar os outros para criar um pretexto para fazer aquilo de que acusa os outros”, acrescentou.

Desta forma, o secretário-geral da Aliança alerta que “qualquer utilização de armas químicas irá mudar totalmente a natureza do conflito”.

“Será uma violação clara do direito internacional e terá consequências alargadas e muito perigosas”, sublinhou Stoltenberg, acrescentando que o uso de tais armas “irá afetar o povo ucraniano, mas há também o risco de ter um efeito direto nas pessoas que vivem em países da NATO”.

Stoltenberg anunciou que os aliados concordaram em enviar equipamento para ajudar a Ucrânia a proteger-se de armas químicas, biológicas, radioativas e nucleares, o que inclui equipamento de deteção, apoio médico de proteção e de formação para o caso de contaminação e também em gestão de crises.

“Estamos também a aumentar o nível de preparação dos aliados para estas ameaças”, afirmou Stoltenberg, anunciando que foram ativados os elementos de defesa da NATO contra este tipo de armas.

14h02 - NATO não vai enviar tropas para a Ucrânia. Isso seria “entrar num conflito total com a Rússia”

O secretário-geral da NATO sublinhou que a Aliança tem de dar apoio à Ucrânia, “mas em simultâneo temos a responsabilidade de impedir que este conflito não se torna numa guerra total entre a NATO e a Rússia. E é por isso que os aliados deixaram bem claro que não vamos enviar tropas para o terreno na Ucrânia”.

“Não vamos enviar tropas para a Ucrânia porque a única forma de o fazer seria estarmos preparados para entrar num conflito total com as tropas russas”, justificou Jens Stoltenberg à saída da cimeira da NATO.

13h53 - NATO exorta China a abster-se de “reforçar esforços de guerra da Rússia”

O secretário-geral da NATO pediu que a China “se abstenha de reforçar estes esforços de guerra da Rússia”. “Não deve dar apoio económico ou militar à invasão. Deve usar, sim, a sua influência significativa sobre a Rússia promovendo uma resolução imediata pacífica”, afirmou Jens Stoltenberg.

Os aliados acordaram também que a Bielorrússia deve “parar de agir como cúmplice desta invasão de Putin”.

13h33 - NATO vai reforçar apoio militar à Ucrânia

Os líderes da NATO acordaram em enviar mais apoio militar à Ucrânia. “Vamos continuar a impor custos sem precedentes à Rússia e vamos reforçar as missões de dissuasão e defesa”, anunciou o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, à saída da reunião da Aliança que decorreu em Bruxelas.

Vão ser enviados quatro novos grupos de defesa para a Bulgária, Hungria, Roménia e Eslováquia, em adição aos que já estão nos Países Bálticos e na Polónia. “Por isso temos oito grupos de combate da NATO deslocados, do Mar Báltico até ao Mar Negro”, disse Stoltengerg.

“Em toda a Europa há 100 mil tropas norte-americanas a apoiar os esforços da NATO. Temos 40 mil forças sob comando direto da NATO, especialmente na parte oriental da aliança”, afirmou o secretário-geral da Aliança.
“Vamos prolongar este apoio de dissuasão e defesa para enfrentar esta nova realidade de segurança. Em terra vamos ter mais forças na parte oriental da Aliança, vamos aumentar consideravelmente essas forças com mais equipamento e aprovisionamento. No ar vamos ter mais jatos e reforçar a nossa defesa integrada aérea e míssil. No mar teremos grupos de submarinos, porta-aviões e um número significativo de embarcações de combate”, sublinhou.

Os aliados estão também a equipar a Ucrânia com equipamentos de defesa antiaérea, drones e defesa antitanques, bem como defesa humanitária e financeira. O objetivo é “dar mais apoio á Ucrânia para os ajudar a manter e a defender o seu direito à autodefesa”, afirmou Stoltenberg.

13h23 - Putin tem “de ser derrotado”, afirma Charles Michel

O Presidente do Conselho Europeu afirmou em Bruxelas, no final da reunião da NATO, que o Presidente russo “deve ser derrotado” e, para que isso aconteça, “precisamos de apoiar a Ucrânia tanto quanto possível” – inclusivamente através da aplicação de sanções.

A NATO, os países do G7 e a União Europeia estão a trabalhar em conjunto e “são sólidos e unidos, porque esta guerra tem de parar para que o direito internacional e os princípios diplomáticos sejam protegidos”, acrescentou Charles Michel.

13h16 - Finlândia vai enviar ajuda militar para a Ucrânia

O país nórdico anunciou que vai enviar equipamento adicional para Ucrânia, três semanas após um primeiro carregamento de armas.

A 28 de fevereiro, a Finlândia enviou 1500 armas antitanques, 2500 espingardas e munições para apoiar a Ucrânia face à invasão russa. Com este envio, Helsínquia rompeu com a sua doutrina de entregar armas em zonas de guerra.

O país, que faz fronteira com a Rússia, está atualmente a considerar a possibilidade de se candidatar à adesão à NATO devido à ameaça russa. Apesar de Helsínquia ter excluído uma candidatura imediata.

Vários países, incluindo o Reino Unido, Alemanha e Suécia anunciaram esta semana novas entregas de armas à Ucrânia, após apelos do Presidente Volodymyr Zelensky para mais ajuda militar.

13h09 - Moscovo acusa Varsóvia de “perigosa escalada na região” após expulsão de diplomatas

A Rússia acusou a Polónia de uma “perigosa escala na região” após Varsóvia ter expulsado 45 diplomatas russos acusados de espionagem.

“Varsóvia levou a cabo uma perigosa escalada na região, orientada não pelos seus interesses nacionais, mas pelos princípios da NATO baseados na russofobia aberta à política oficial”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

Sergey Lavrov promete uma resposta “que fará os provocadores polacos pensarem duas vezes”.

12h54 - Alemanha prepara manutenção de centrais a carvão para substituir gás russo

O Governo alemão anunciou hoje a possibilidade de "suspender" o encerramento de algumas centrais a carvão para substituir o gás russo, mas mantém o objetivo de deixar esta energia fóssil em 2030.

"O encerramento de centrais a carvão pode ser suspenso até nova ordem, após exame da Agência Federal de Recursos", indica-se num acordo assinado entre os partidos da coligação de Olaf Scholz, hoje divulgado.

"Mantemos o objetivo de uma saída do carbono, idealmente até 2030", a meta fixada pelo Governo aquando da sua entrada em funções, no final de 2021.

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, os preços do gás atingiram recordes no continente europeu.

A Alemanha é particularmente afetada, devido à dependência dos combustíveis russos, nomeadamente do gás, que representa cerca de 55% das importações.

(agência Lusa)

12h45 - Polónia recusa pagar gás russo em rublos

A companhia petrolífera polaca PGNiG anunciou esta quinta-feira que continuará a pagar o gás russo de acordo com o contrato atual e recusa, assim, pagar em rublos, tal como passou a exigir Moscovo.

A Alemanha – que disse que a exigência russa é uma "rutura de contrato" – e a Áustria também já rejeitaram este pedido feito na quarta-feira pelo presidente russo, Vladimir Putin.

"Nós realmente não equacionamos essa possibilidade", disse o presidente da petrolífera polaca, Pawel Majewski.

"O contrato, cujos detalhes não posso revelar, fixa a forma de pagamento. Não se perite que uma parte possa modificá-lo à vontade", acrescentou, segundo a agência polaca PAP. "Vamos cumprir este contrato de acordo com os nossos compromissos", concluiu.

O Reino Unido, por sua vez, disse estar a “avaliar cuidadosamente” a exigência de pagamento em rublos.

12h36 - Moscovo ameaça retaliar pela expulsão dos seus diplomatas da Polónia

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia disse esta quinta-feira que Moscovo irá responder à expulsão de 45 diplomatas russos pela Polónia, que, segundo a Rússia, ameaça destruir as relações dos dois países, já tensas.

"A Rússia não deixará este ataque hostil sem resposta, o que fará os provocadores polacos pensar e sofrer", disse o Ministério em comunicado.

12h02 - Cruz Vermelha defende acordo antes de retirar os civis

O responsável da Cruz Vermelha considera que é necessário um acordo entre os exércitos russo e ucraniano antes de os civis começaram a ser retirados.

“Estamos, atualmente, confrontados com uma linha da frente muito complexa na Ucrânia. Há muitas pessoas presas na linha da frente”, afirmou Peter Maurer numa conferência de imprensa em Moscovo após ter estado reunido com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia,

Segundo Peter Maurer, “não é possível pensar no acesso ou evacuação, quer em Mariupol ou noutra cidade, se não existir um acordo sólido e detalhado entre os militares que estão no terreno”.

11h55 - Presidente ucraniano pede mais apoio militar à NATO

Volodymyr Zelensky apelou aos países membros da NATO para amentar o apoio militar ao seu país contra as forças russas.

“A Rússia que ir mais longe. Contra os membros da NATO. Os Estados Bálticos. A Polónia com certeza”, afirmou Zelensky num vídeo pré-gravado para a cimeira que está a decorrer em Bruxelas e divulgado pelo Governo ucraniano.

Para o Presidente ucraniano, “a NATO tem de mostrar o que pode fazer para salvar as pessoas”.

11h45 - Reino Unido anuncia novas sanções contra 65 pessoas e empresas russas e bielorrussas

O Governo britânico anunciou hoje uma nova série de sanções que passam a atingir mais 59 pessoas e empresas russas e seis bielorrussas, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada há um mês.

Empresas como a gigante russa de diamantes Alrosa, o grupo privado de serviços militares Wagner ou o das centrais hidroelétricas Rushydro fazem agora parte da lista de sancionados.

A lista de personalidades visadas cresceu com o fundador do Tinkoff Bank, Oleg Tinkov, o influente presidente do primeiro banco russo Sberbank, German Gref, e Polina Kovaleva, filha da alegada amante do ministro dos Negócios Estrangeiros russo Serguei Lavrov, que vive em Londres e cuja punição era pedida por ativistas anticorrupção.

Segundo um comunicado do governo divulgado hoje, existem “motivos razoáveis para se suspeitar que Polina Kovaleva esteja associada ao ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, através do relacionamento que ele mantém com a sua mãe".

Sancionados são ainda Evgeny Shvidler, ex-administrador do grupo siderúrgico Evraz, e Galina Danilchenko, que foi colocada como presidente da câmara da cidade ucraniana de Melitopol pelas forças russas que a ocupam.

Num comunicado, a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, indicou que estas sanções, que elevam para um total de mil as personalidades e entidades atingidas, "visam indústrias chave que apoiam a invasão ilegal da Rússia" e incluem os Caminhos de Ferro russos e a empresa de defesa Kronshtadt, o principal produtor de aviões não tripulados (‘drones’).

"Esses oligarcas, empresários e assassinos a soldo são cúmplices da morte de civis inocentes e é justo que paguem o preço", disse Truss.
(agência Lusa)

11h32 - Suíça congelou mais de seis mil milhões de dólares de bens russos

O Governo suíço congelou 5,75 mil milhões de francos suíços (6,17 mil milhões de dólares) de ativos russos na Suíça cobertos por sanções, e é provável que o número aumente.

Entre os bens congelados estão uma série de propriedades que servem de estâncias turísticas em vários cantões.

A Suíça é um destino popular para a elite russa.

11h25 - China rejeita acusações de que está a espalhar desinformação

A China recusou as acusações de que está a ajudar a Rússia a espalhar desinformação sobre o envolvimento dos Estados Unidos na Ucrânia, enquanto repete as alegações infundadas de Moscovo sobre laboratórios secretos de guerra biológica norte-americanos.

“Acusar a China de espalhar desinformação sobre a Ucrânia é desinformação em si”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Wang Wenbin, em conferência de imprensa.

Segundo referiu, a China agiu de “maneira objetiva e justa”.

Wang afirmou que a comunidade internacional continua a ter “graves preocupações” sobre os laboratórios dos EUA na Ucrânia, apesar das refutações de cientistas independentes.

“Os EUA não se podem remeter ao silêncio ou alegar isso como desinformação. Os EUA devem fazer esclarecimentos sérios sobre se isso é desinformação ou não”, disse Wang.

(agência Lusa)

11h14 - A Rússia já não é “autoritária” mas “totalitária”, afirma PM polaco

O primeiro-ministro polaco, Mateusz Mazowiecki, afirmou que a Rússia de tinha tornado “um Estado totalitário” e apelou a mais sanções contra Moscovo.

“A Rússia já não é um Estado autoritário, mas um Estado totalitário, como a União Soviética nos anos 80”, afirmou Mateusz Mazowiecki.

Para o primeiro-ministro polaco “as sanções ocidentais não são suficientes”.

“Estamos a viver um momento decisivo. Se Putin vencer na Ucrânia, vai avançar, dentro de um ano ou dois, para outros objetivos. Avançará sobre Helsínquia, Vilnius, Varsóvia, Bucareste, talvez sobre Berlim”, acrescentou.

11h04 - Zelensky acusa a Rússia de usar "bombas de fósforo" na Ucrânia, um mês após o início da invasão

11h02 - Presidente ucraniano pede à NATO “assistência militar sem restrições”

10h43 “Ucrânia luta pela Europa e deve ser membro de pleno direito da UE”, defende Zelensky

A Ucrânia luta pela segurança de toda a Europa e deve ser um membro em pleno direito da União Europeia, afirmou, por videoconferência, o Presidente ucraniano no Parlamento sueco.

“Não estamos apenas a lutar pelo povo ucraniano, mas pela segurança da Europa e demonstrámos que merecemos ser um membro de pleno direito da União Europeia”, defendeu Volodymyr Zelensky.

10h33 - Cerca de 4,3 milhões de crianças deslocadas devido à guerra

Mais da metade das crianças ucranianas, cerca de 4,3 milhões, deixaram as suas casas para fugir da insegurança e dos combates desencadeados pela invasão da Rússia iniciada a 24 de fevereiro, indicou hoje a UNICEF.

"Um mês de guerra na Ucrânia deslocou 4,3 milhões de crianças, mais da metade da população infantil do país, estimada em 7,5 milhões", referiu o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em comunicado.

Cerca de 1,8 milhões de crianças cruzaram a fronteira da Ucrânia para buscar refúgio em países vizinhos e 2,5 milhões estão deslocadas internamente.

"A guerra causou um dos deslocamentos de crianças em larga escala mais rápidos desde a Segunda Guerra Mundial", disse a diretora-geral da UNICEF, Catherine Russell.

(Agência Lusa)

10h22 - Von der Leyen e Biden reúnem-se na sexta-feira para debater cooperação

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reúnem-se na sexta-feira em Bruxelas para discutir a cooperação no contexto da invasão russa na Ucrânia.

“Amanhã (sexta-feira, 25 de março) às 09h00 [08h00 em Lisboa], a presidente @vonderleyen vai reunir-se com o @POTUS Biden para discutir a cooperação no contexto da invasão da Rússia na Ucrânia”, escreveu o porta-voz da Comissão Europeia, Eric Mamer, na sua conta na rede social Twitter.

10h02 - Rússia reivindica a captura da cidade ucraniana de Izyum

A Rússia afirma que está a controlar a cidade de Izyum na região de Kharkiv, no leste da Ucrânia, avança o canal estatal de notícias Rossiya 24.

"As forças armadas russas continuam a levar a cabo as missões de uma operação militar especial. Na manhã de 24 de março, unidades do exército russo tinham tomado o controlo total da cidade de Izyum na região de Kharkiv", disse o porta-voz russo do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov.

No entanto, a administração ucraniana da cidade afirma que os combates prosseguem.

Izyum está numa rota chave para a região oriental de Donbass e é um centro regional na região de Kharkiv, com uma população de cerca de 50 mil pessoas, e um importante nó ferroviário.

9h53 - Embaixador russo afirma que Polónia bloqueou as contas bancárias da embaixada

O embaixador da Rússia em Varsóvia acusou a Polónia de bloquear as contas bancárias da embaixada para alegadamente financiar "atividades terroristas", informou a agência noticiosa RIA.

9h40 - Rússia quer “isolar a Ucrânia do mar”

O Governo russo não tem interesse em negociar um cessar-fogo na Ucrânia para já, uma vez que o seu exército ainda não atingiu os seus objetivos militares, afirmou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

“Neste momento, a Rússia não quer sentar-se e negociar nada. O que quer é ocupar terreno. Quer cercar a costa até à fronteira com a Moldávia e isolar a Ucrânia do mar. Apenas quer negociar a sério quando tiver garantida uma posição de força”, afirmou Josep Borrell à TVE.

9h25 - Putin “ultrapassou a linha vermelha”, afirma Boris Johnson

O primeiro-ministro britânico afirmou que o Presidente russo tinha “ultrapassado a linha vermelha em barbárie” e que é necessária uma resposta rápida o Ocidente. Saiba mais aqui.

9h17 - Fluxos de gás russo para a Europa com ligeiro aumento

Os fornecimentos de gás russo à Europa através do gasoduto Nord Stream 1 aumentaram ligeiramente, enquanto que o gasoduto Yamal-Europa continuou a fluir para leste a partir da Alemanha para a Polónia.

Os fluxos para a Alemanha através do Nord Stream 1 atingiram 67.690.040kilowatt horas por hora (kWh/h) às 0733 GMT, um ligeiro aumento de 65.258.213 kWh/h à meia-noite, mostrou o website Nord Stream.

Já os fluxos de Yamal para leste situavam-se em 1.776.236 kWh/h no ponto de fronteira de Mallnow Alemanha-Polónia, acima dos 951.458 kWh/h à meia-noite, mostraram os dados do operador Gascade.

9h05 - "No território da NATO ninguém entra", afima António Costa em Bruxelas

"A paz está distante desde o primeiro dia em que a guerra começou", afirmou esta quinta-feira o primeiro-ministro à entrada para a cimeira da NATO, em Bruxelas, que discutirá um reforço de meios militares no leste da Europa e do apoio à Ucrânia na resposta à invasão russa. António Costa acrescentou que "um minuto de guerra já é um minuto a mais".

"Esta guerra tem sido conduzida de uma forma particularmente brutal, particularmente violenta, de uma forma particularmente dura, não se dirigindo a alvos militares, mas, pelo contrário, uma destruição massiva de cidades, numa falta de humanidade como eu creio que nenhum de nós tem memória de ter visto numa guerra", acentuou o governante português.
Questionado sobre a ameaça russa de utilização de armamento nuclear, Costa retorquiu que "a NATO não contribuirá em nada para essa escalada".

8h56 - Navio da marinha russa destruído no porto de Berdyansk

O exército ucraniano afirma que o navio russo Orsk foi destruído perto da cidade portaria de Berdyansk, no mar de Azov, sul da Ucrânia.

Numa publicação no Facebook, a marinha ucraniana acrescenta que a embarcação foi atingida e incendiada no Mar de Azov.

Vários órgãos de comunicação social ucranianos afirmam que um navio russo se afundou e outros dois estão a arder. Além das embarcações, também um depósito de munições e um armazém de combustíveis foram atingidos.

A Rússia capturou Berdyansk há semanas e tem estado a usar o porto, que fica entre a Crimeia e a cidade de Mariupol, para reabastecimento.

8h44 - Secretário-geral da NATO espera que aliados concordem em acelerar investimentos na defesa

O secretário-geral da NATO disse esperar que os aliados concordem hoje em acelerar os investimentos em defesa, no atual contexto do regresso da guerra à Europa, "a mais grave crise de segurança numa geração".

"Constato um novo sentido de urgência entre os aliados. Todos percebem que é preciso fazer mais. Enfrentamos a mais grave crise de segurança numa geração, pelo que temos de investir mais na nossa segurança. E os aliados compreendem que a única forma de o fazer é destinar mais dinheiro para os orçamentos nacionais de defesa", disse Jens Stoltenberg, à chegada ao quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, para uma cimeira extraordinária de líderes da NATO, exatamente um mês depois do início da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Stoltenberg disse então esperar que os 30 membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) "concordem em acelerar a implementação dos compromissos" e afirmou-se "satisfeito por vários aliados já terem feito anúncios sobre o aumento de investimentos".

8h30 - Pagar petróleo e gás com rublos e “ajudar os russos a matar ucranianos”

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, exortou as nações da União Europeia a recusarem-se a exigência de Vladimir Putin de que o petróleo e o gás russos teriam de ser pagos em rublos.

“Se algum país da União Europeia se inclinar perante as exigências humilhantes de Putin de pagar o petróleo e o gás em rublos, será como ajudar a Ucrânia com uma mão e ajudar os russos a matar ucranianos com a outra. Exorto os países a fazerem uma escolha sábia e responsável”, escreveu Dmytro Kuleba no Twitter.

8h24 -Gazprom afirma que a Rússia continua a enviar gás para a Europa via Ucrânia

Segundo a empresa os pedidos subiram a 104 milhões de metros cúbicos hoje, contra 106,5 na véspera.

8h16 - Ações da Renault em queda

As ações do fabricante de automóveis francês Renault caíram 1,5 por cento depois de a empresa ter anunciado que suspendia as operações na sua fábrica em Moscovo.

A Renault, a fábrica de automóvel ocidental mais exposta ao mercado russo, revelou que vai avaliar opções sobre a sua participação maioritária na empresa russa Avtovaz.

8h12 - Bruxelas avalia cenários para fornecimento de gás no próximo inverno

A União Europeia está a avaliar um cenário que inclui uma paragem total dos fornecimentos de gás russo no próximo Inverno, como parte dos seus planos de contingência para os choques de abastecimento, afirmou o vice-presidente da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis.

"Estamos a reavaliar cenários de interrupção parcial e total das leis de gás da Rússia no próximo Inverno para ajudar os estados-membros a rever os seus planos de contingência de fornecimento de gás", afirmou Dombrovskis no Parlamento Europeu.

8h03 - Austrália critica eventual participação de Putin na próxima cimeira do G20

O primeiro-ministro australiano criticou hoje a possibilidade do Presidente russo, Vladimir Putin, participar na próxima cimeira do G20 na Indonésia, em novembro, devido à invasão da Ucrânia.

"A ideia de se sentar à mesma mesa com Vladimir Putin..., é ir longe demais", disse Scott Morrison aos jornalistas, na cidade de Melbourne, salientando que os Estados Unidos concluíram que a Rússia cometeu crimes de guerra na Ucrânia durante a invasão "violenta e agressiva", o que viola o "Estado de direito internacional".

As declarações de Morrison surgiram depois da embaixadora da Rússia em Jacarta, Lyudmila Vorobieva, ter dito na véspera que Putin pretende participar na cimeira do G20, em Bali.
(Agência Lusa)

7h49 - Pelo menos quatro mortos e seis feridos na cidade de Roubijné perto de Lugansk

Pelo menos quatro pessoas morreram, incluindo duas crianças, e outras seis ficaram feridas, em ataques russos na cidade de Rubizhne, perto de Lugansk, no leste da Ucrânia, declarou hoje governador da região, Sergiï Gaïdaï.

O governador regional acrescentou que o número de vítimas poderá ainda "ser mais alto".

Este e outros responsáveis desta região acusaram os russos de terem usado bombas de fósforo nos últimos dias, acusações que ainda não foram confirmadas de forma independente.

"Os russos estão a agonizar, não conseguem avançar, por isso começaram a usar armas pesadas", lamentou Gaïdaï.

Os ataques russos também atingiram Lysychansk e Novodrujesk, duas cidades a 80 quilómetros a noroeste de Lugansk, disse o governador regional, sem dar mais detalhes.

(Agência Lusa)

7h47 - Alcançado acordo para sete corredores humanitários

A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, revelou que foi alcançado um acordo sobre o estabelecimento de sete corredores humanitários para evacuar civis de cidades e vilas ucranianas.

Os civis que tentarem sair de Mariupol encontram transporte em Berdyansk.Segundo Iryna Vereshchuk, a Rússia não está a permitir a criação de um corredor seguro de ou para o centro da cidade de Mariupol. 

Berdyansk é a cidade portuária onde há relatos não confirmados de que as forças ucranianas destruíram o navio de desembarque russo Orsk enquanto este estava atracado no porto do Mar Negro.

Ponto da situação

O Presidente da Ucrânia pede aos cidadãos de todo o mundo para saírem às ruas a partir de hoje em manifestações de apoio à Ucrânia.

“Agradeço a todos os que agem a favor da Ucrânia e da liberdade, mas a guerra continua. Os atos de terror contra pessoas pacíficas continuam. Já duram há um mês. Assim tanto tempo. Quebra-me o coração, os corações de todos os ucranianos e de todas as pessoas livres no planeta. É por isso que peço que se ergam contra a guerra”, afirmou o Presidente ucraniano numa mensagem em inglês.
“A partir de 24 de março, exatamente um mês após a invasão russa. A partir deste dia e depois dele. Mostrem a vossa posição. Saiam dos vossos escritórios, casas, escolas e universidades. Saiam em nome da paz, saiam com símbolos ucranianos, para apoiarem a Ucrânia, para apoiarem a liberdade, para apoiarem a vida. Saiam para as vossas praças, para as vossas ruas. Tornem-se visíveis e façam-se ouvir. Digam que as pessoas são importantes, que a liberdade é importante e que a Ucrânia é importante".

No mesmo dia em que Bruxelas acolhe três cimeiras de alto nível, com os líderes da NATO, do G7 e da União Europeia a procurarem transmitir um sinal de forte unidade face à guerra lançada pela Rússia na Ucrânia, há precisamente um mês. Volodymyr Zelensky espera “passos significativos” nestes encontros.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de visita à Europa, participará nas três cimeiras, tornando-se o primeiro chefe de Estado norte-americano a marcar presença fisicamente num Conselho Europeu, naquela que é simultaneamente a quarta cimeira de líderes da União Europeia (UE) nas últimas cinco semanas, e na qual deverá também intervir, por videoconferência, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

O dia começa com a reunião extraordinária de líderes da Aliança Atlântica, no quartel-general da NATO, em Bruxelas, às 10h00 locais (9h00 de Lisboa), durante a qual os aliados deverão aprovar o aumento de forças no leste da Europa, designadamente através do “empenhamento de quatro novos grupos de combate” para a Bulgária, Hungria, Roménia e Eslováquia, anunciou na quarta-feira o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg.

A NATO convidou Zelensky a discursar, através de videoconferência, na cimeira da Aliança.

A Rússia está a deslocar tropas para as fronteiras da Ucrânia após ter sofrido perdas pesadas desde o início da invasão.

O Estado Maior General das Forças Armadas da Ucrânia afirma que, para colmatar as perdas, “as forças russas continuam a formar e a deslocar unidades adicionais de forças armadas da Federação Russa para as fronteiras ucranianas”.

Ontem, a NATO afirmou que entre sete a 15 mil soldados russos possam ter sido mortos no primeiro mês do conflito, e que o número de feridos ronde os 30 e 40 mil. A título de comparação, a Rússia perdeu cerca de 15 mil soldados durante 10 anos no Afeganistão.

Segundo o Pentágono, o Exército russo recuou mais de 30 quilómetros a leste de Kiev nas últimas 24 horas e começou a estabelecer posições defensivas em várias frentes na Ucrânia.

Segundo a mesma fonte, as forças russas começaram a criar trincheiras e estabelecer posições defensivas em vários pontos.

“Não significa que não estão a avançar. Significa que eles não estão a tentar avançar, estão a estabelecer posições defensivas”, vincou.

As forças russas também continuam ‘estagnadas’ a 10 quilómetros do centro de Chernihiv, a nordeste de Kiev, segundo estimativas do Pentágono.

Nesta região, o Exército russo está mesmo a ceder, movendo-se na direção oposta, embora pouco, salientou.