Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Joana Raposo Santos, Carlos Santos Neves, Inês Geraldo - RTP

Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

22h56 - Mais mortes em Kharkiv

A Reuters reportou na noite deste domingo que Volodymyr Zelensky atualizou os números de vítimas mortais na cidade de Kharkiv, havendo agora 18 mortos e mais de 100 feridos devido a ataques de artilharia russa.

22h51 - Perto de cinco milhões de ucranianos saíram do país

A ONU anunciou este domingo que mais de quatro milhões e oitocentos mil ucranianos já saíram do país desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro, de acordo com a AFP.

Deste número, 215 mil são estudantes ou trabalhadores de fora da Ucrânia. De acordo com a AFP, perto de dois terços das crianças ucranianas foram obrigadas a mudar de casa, mesmo aquelas que continuam em território ucraniano.

Seis em cada dez ucranianos que fugiram do seu país, dirigiram-se para a Polónia, sendo que mais de 700 mil foram para a Roménia e também entraram na vizinha Moldávia.

Perto de meio milhão de refugiados foram para a Rússia e 458 mil refugiados ucranianos dirigiram-se para a Hungria. De acordo com o gabinete das Nações Unidas para as Migrações, mais de sete milhões de ucranianos fugiram das suas casas mas continuam em território ucraniano.

21h21 - Zelensky falou com FMI sobre reconstrução da Ucrânia

Volodymyr Zelensky anunciou este domingo que conversou com o Fundo Monetário Internacional e com a diretora Kristalina Georgieva sobre a estabilidade financeira da Ucrânia e a reconstrução do país no pós-guerra.

"Falei com a diretora do FMI Georgieva sobre a garantia de oferecer estabilidade financeira e condições para a reconstrução no pós-guerra. Temos planos claros para agora, como uma visão a longo prazo. Estou certo que dará frutos", disse Zelensky numa publicação nas redes sociais.

21h00 - Novo pacote de sanções europeu proíbe circulação de camiões russos e bielorrussos

Entrou em vigor à meia noite um novo pacote de sanções da Europa que proíbe a circulação de camiões russos e bielorrussos. Com o aproximar do ultimato, criou-se uma fila de mais de 40 horas de espera na fronteira da Polónia com a Bielorrússia. Muitos não conseguiram atravessar a tempo.


20h51 - Papa Francisco acredita que paz na Ucrânia é possível

O Papa diz que a Paz é possível. A Ucrânia esteve no centro da mensagem de hoje durante a bênção Urbi et Orbi. Perante 50 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, Francisco usou termos como crueldade e insensatez e disse que não nos podemos habituar à guerra.


20h46 - Zelensky atribuiu uma das mais altas condecorações

Volodomyr Zelensky atribuiu uma das mais altas condecorações do país, a ordem da coragem. O presidente ucraniano quis reconhecer o enorme sacrifício de quem dá tudo em troca de nada.


20h41 - Páscoa na Ucrânia. Muitos pais choram os filhos mortos na guerra

O domingo de Páscoa serviu para vários ucranianos visitarem os cemitérios onde estão sepultados os filhos vítimas da guerra. Apesar de muitos destes espaços terem sido parcialmente destruídos ou continuarem com minas terrestres ativas depois da invasão russa.


20h39 - Cherniyiv está longe de recuperar dos danos causados pela guerra

A setenta quilómetros da fronteira da Bielorrússia, a cidade de Cherniyiv está longe de recuperar dos danos provocados pela guerra. A Administração Regional diz que tem cerca de 500 mortos confirmados, na cidade mas teme que possam ser muitos mais. O Estádio de futebol e o hotel no centro de Cherniyiv, não escaparam aos bombardeamentos.


20h33 - Zelensky espera por visita de Biden a Kiev

A Ucrânia continua a pedir armas à União Europeia e ao G7 para conseguir continuar os combates contra a ofensiva russa no território que leva já mais de 50 dias.


20h32 - Odessa ajuda cidade de Mykolaiv em combates contra russos

Com o ultimato de rendição em Mariupol, em Odessa ajuda-se a cidade de Mykolaiv contra os ataques das tropas russas.


20h26 - Míssil russo deixou Mykolaiv sem energia elétrica

Um míssil russo deixou sem energia elétrica parte da cidade ucraniana de Mikolaiv, na Ucrânia. A população está sem agua corrente há seis dias porque os russos sabotaram o sistema de distribuição pública. A cidade, que antes da guerra tinha cerca de meio milhão de habitantes, é ainda o tampão do avanço russo de Mariupol para Odessa.


20h16 - Rússia fez ultimato a últimos combatentes ucranianos em Mariupol

A Rússia fez um ultimato a exigir a rendição total das tropas ucranianas em Mariupol. Moscovo diz que está prestes a conseguir o maior troféu em dois meses de combate.

A cidade portuária de Mariupol garante a conexão entre o Donbass, já parcialmente ocupado pelos russos, e a Crimeia, anexada por Moscovo há oito anos.

19h08 - Biden reza pela Ucrânia na Páscoa

O presidente dos Estados Unidos disse este domingo estar a rezar por todos aqueles que perderam entes queridos e os que vivem "na sombra escura da guerra e pobreza".

Ainda hoje, Volodymyr Zelensky disse à CNN que espera ver Joe Biden em Kiev num futuro próximo.

"Penso que vem... mas é uma decisão sua, claro, e depende da situação de segurança. No entanto, acho que ele é o líder dos Estados Unidos e por isso deveria vir e ver o que está a acontecer".

17h53 - Cai busto soviético em Kharkiv

Um monumento ao marechal Georgy Zhukov, comandante soviético e herói da II Guerra Mundial, foi removido do local onde se encontrava na cidade ucraniana de Kharkiv.

O incidente ocorreu pelas 11h00 locais. As autoridades locais opunham-se à remoção do busto.

17h18 - "Default da Rússia pode tornar-se o default da Europa"

É o que escreve no Telegram o antigo presidente russo Dmitry Medvedev, uma das figuras mais próximas de Vladimir Putin em Moscovo. Trata-se de uma resposta a declarações da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, à imprensa alemã.

"A falência do Estado russo é apenas uma questão de tempo", declarou Von der Leyen ao jornal alemão Bild am Sonntag.

"O default da Rússia pode tornar-se o default da Europa. Tanto moral quanto, muito possivelmente, material. O sistema financeiro da UE não é muito estável, a confiança das pessoas está a cair. E não tremeu tanto mesmo no memorável 2008 e então foi muito difícil", escreve Medvedev, que se refere a Ursula von der Leyen como "a tia europeia".

"Aguarde pela poderosa gratidão dos europeus comuns pela hiperinflação, que não pode ser atribuída aos malvados russos, pela falta de produtos básicos nas lojas e pelo fluxo de refugiados, que provocará uma onda de crimes violentos pior do que a albanesa", continua o político russo.

"E então, nas ruas das cidades europeias bem cuidadas, arderão fogueiras de pneus em homenagem aos heróis da Maidan", conclui, numa alusão à mais emblemática praça de Kiev.

17h10 - 46 mil milhões. A verba que Kiev pede ao G7

A Ucrânia pediu aos países do G7 um apoio financeiro de 46 mil milhões de euros para ajudar a cobrir o défice orçamental nos próximos seis meses, além do esforço que a guerra tem representado para os cofres do país.

17h04 - Zelensky quer ver Biden em Kiev

O presidente ucraniano desafia, na entrevista emitida este domingo pela norte-americana CNN, o presidente dos Estados Unidos a deslocar-se a Kiev.

16h26 - Kiev "não tem qualquer intenção" de abdicar do Donbass

Em entrevista à norte-americana CNN, emitida na íntegra este domingo, o presidente ucraniano deixou claro queo país "não tem qualquer intenção" de entregar a região oriental do Donbass aos separatistas pró-russos e, por arrasto, à Rússia de Vladimir Putin.

"A Ucrânia e o seu povo são claros. Não reinvidicamos territórios de quem quer que seja, mas não vamos abdicar dos nossos", frisou Volodymyr Zelensky.

16h18 - Ponto de situação

  • As derradeiras tropas ucranianas na cidade portuária de Mariupol continuam a combater, ignorando assim a exigência de rendição colocada pelas tropas russas. "A cidade não caiu", assegurou entretanto o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal.

  • A presidente da Comissão Europeia veio exortar os países-membros da União a fornecer "rapidamente" mais armamento à Ucrânia. Ursula von der Leyen sinaliza ainda que as sanções europeias podem vir a visar o russo Sherbank e incluir um embargo ao petróleo russo.

  • Pelo menos cinco pessoas morreram em bombardeamentos russos contra Kharkiv. Outras 13 pessoas ficaram feridas, segundo o departamento de saúde desta cidade ucraniana. Em Zolote, no leste da Ucrânia, uma outra vaga de bombardeamentos matou pelo menos duas pessoas e feriu outras quatro.

  • Rússia e Ucrânia não acertaram a abertura de qualquer corredor humanitário para este domingo, travando assim a retirada de civis de zonas de guerra.

  • Às primeiras horas da manhã, um ataque russo com recurso a mísseis abateu-se sobre a cidade de Brovary, perto de Kiev. O Ministério russo da Defesa disse ter destruído uma fábrica de munições nos arredores da capital ucraniana.

  • Na bênção Urbi et Orbis, diante da Praça de São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco assinalou uma "Páscoa de guerra", criticando implicitamente a Rússia por um conflito "cruel e sem sentido" na Ucrânia.

  • Moscovo manifestou-se "preocupada" com o que diz ser a crescente atividade da NATO no Ártico, acenando com o risco de "incidentes", noticiou a agência Reuters.

15h42 - Mariupol, "linha vermelha"

Num eco do que havia já declarado o presidente Volodymyr Zelensky, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, diz em entrevista à norte-americana CBS que a situação em Mariupol poderá ser "a linha vermelha" para a continuação das conversações com a Rússia.

15h38 - "Tenham coragem nos vossos corações"


O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, proibido por Moscovo de entrar na Rússia, a par de outros membros do seu Executivo, deixou este domingo uma mensagem em ucraniano às vítimas da guerra: "Tenham coragem nos vossos corações".

15h14 - Mariupol. "A cidade não caiu"

Entrevistado no programa This Week, da estação televisiva norte-americana ABC, o primeiro-ministro ucraniano reiterou este domingo que as derradeiras forças que defendem a cidade portuária de Mariupol continuam a combater.

"A cidade não caiu", garantiu Denys Shmyhal. "As nossas forças militares, os nosso soldados, continuam lá. Eles vão combater até ao fim. À hora a que vos falo eles continuam em Mariupol", completou.

15h10 - Ucranianos juntam-se em Vila Praia de Âncora

A comunidade ucraniana residente em Caminha juntou, num convívio de Páscoa, os ucranianos que fugiram da guerra e as famílias que os acolheram.
Já chegaram ao concelho 54 refugiados.

15h04 - Ataques contínuos em Mikolaiv

Em declarações à BBC, o governador da região de Mikolaiv, no sul da Ucrânia, adianta que esta cidade está a ser alvo de contínuos ataques com rockets russos desde a manhã deste domingo.

"Hoje de manhã houve rockets que danificaram as linhas de eletricidade que abastecem uma das zonas da nossa cidade", relatou Vitaliy Kim.

14h44 - Ucrânia aguarda ataque final russo a Mariupol

O assalto final a Mariupol, cidade que já estará mais de 90 por cento destruída, deve acontecer nos próximos dias. A Ucrânia fala de uma situação desesperada para os poucos defensores.
Num domingo de Páscoa que não trouxe qualquer trégua, houve também ataques com mísseis nos arredores de Kiev.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, avisa que o mundo tem de estar preparado para o que diz ser uma certeza: a Rússia acabará por usar armas nucleares táticas na Ucrânia.

14h27 - Mais cinco mortes em Kharkiv


Pelo menos cinco pessoas morreram e outras 13 ficaram feridas este domingo numa vaga de ataques russos contra Kharkiv, no nordeste da Ucrânia. Há relatos de incêndios na cidade.

13h49 - Falência da economia russa? "É uma questão de tempo"

A presidente da Comissão Europeia sustenta que a entrada da Rússia em incumprimento é uma "questão de tempo", tendo em conta as sanções ocidentais.

"A falência do Estado russo é apenas uma questão de tempo", declarou Ursula von der Leyen ao jornal alemão Bild am Sonntag.

A responsável afirmou ainda que as sanções estão a afetar cada vez mais a economia russa, "semana após semana", e que as "exportações de bens para a Rússia caíram 70 por cento".

"Centenas de grandes empresas e milhares de especialistas deixaram o país. O PIB na Rússia, de acordo com as previsões atuais, irá diminuir em 11 por cento", disse.

13h45 - Abrigos repletos na cidade de Severodonetsk

Quase dois meses depois do início da guerra, são muitas as famílias que continuam a viver em abrigos.
Na cidade de Severodonetsk, no leste do país, foram já sepultados 400 civis.

13h22 - Mikolaiv há seis dias sem rede de água

Um míssil russo provocou o corte parcial da energia elétrica em Mikolaiv, cidade do sul da Ucrânia. O ataque foi testemunhado pelos enviados especiais da RTP.
A cidade está também privada de água nas torneiras há já seis dias.

13h18 - Kiev. Região da capital ucraniana "está de novo a ser atacada"

Os enviados especiais da RTP em Kiev descrevem os últimos desenvolvimentos da ofensiva russa naquela região.
12h59 - A guerra dos números

O Ministério da Defesa da Ucrânia indica que, desde 24 de fevereiro, primeiro dia da invasão, morreram 20.300 soldados russos no país.

A Rússia calcula em 23.367 o que descreve como "perdas irreparáveis" entre as fileiras ucranianas, sem precisar se se trata de mortos ou mortos e feridos.

12h44 - Enviados especiais da RTP em Mikolaiv

O jornalista António Mateus e o repórter de imagem Rodrigo Lobo percorreram Mikolayev, no dia em que esta cidade do sul da Ucrânia voltou a ser atingida por um míssil e ficou parcialmente privada de energia elétrica.

Estas são imagens captadas em Mikolaiv pelos enviados da RTP.


12h34 - Resistência perdura em Mariupol

Um conselheiro do presidente da câmara de Mariupol garante, no Telegram, que o que resta das tropas ucranianas na cidade "continua a aguentar a defesa". Isto apesar do "corredor de rendição" aberto pelos russos.

Petro Andriushchenko acrescenta que as hostilidades não se circunscrevem ao complexo de produção de aço Azovstal: "Durante os combates, os ocupantes voltaram a bombardear zonas residenciais com artilharia pesada".

11h53 - Ponto de situação

  • As forças russas emitiram um ultimato aos soldados ucranianos que resistem em Mariupol, cidade portuária do sudeste do país. Estes combatentes teriam até à madrugada deste domingo para se renderem. Se o fizessem, seriam poupados, segundo o comando militar russo.

  • Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério russo da Defesa, anunciou que as forças russas destruíram, às primeiras horas da manhã, uma alegada fábrica de munições nos arredores de Kiev, por meio de um ataque com mísseis.

  • O papa Francisco assinalou, por ocasião da tradicional bênção Urbi et Orbi, diante da Praça de São Pedro, no Vaticano, uma "Páscoa de guerra", criticando implicitamente a Rússia por um conflito "cruel e sem sentido".

  • A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, promete sanções para a banca russa e afirma que Bruxelas continua a procurar "mecanismos inteligentes" de forma a incluir o petróleo neste processo.

11h42 - Primeiro-ministro italiano lamenta ineficácia do diálogo com Putin

Mario Draghi lamenta a aparente ineficácia do "diálogo" com o presidente russo, ao apontar que todos os canais de conversações não travaram o "horror" na Ucrânia.

"Estou a começar a pensar que aqueles que dizem é inútil falar com ele, está apenas a perder tempo, estão certos", afirmou o primeiro-ministro italiano, em entrevista ao jornal Corriere della Sera.

"Sempre defendi Macron e continuo a argumentar que, como atual presidente da União Europeia, ele está certo em tentar todas as vias possíveis de diálogo. Mas tenho a impressão de que o horror da guerra com a sua carnificina, com o que fizeram a crianças e mulheres, é completamente independente das palavras e telefonemas feitos".

"Até agora, o objetivo de Putin não foi a busca da paz, mas a tentativa de aniquilar a resistência ucraniana, ocupar o país e entregá-lo a um governo amigo", acentuou Draghi.

11h35 - A mensagem de Francisco

Num assinalar de uma "Páscoa de guerra", o papa exortou este domingo os líderes internacionais a ouvirem o apelo dos povos à paz na Ucrânia, criticando implicitamente a Rússia por um conflito "cruel e sem sentido".
Diante de dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, no Vaticano, por ocasião da bênção Urbi et Orbi (à cidade e ao mundo), Francisco afirmou que a Ucrânia enfrenta "a violência e a destruição de uma guerra cruel e sem sentido para a qual foi arrastada".

11h28 - Imagens de Mikolaiv

Mykolaiv é uma das cidades do sul da Ucrânia fustigadas pela ofensiva russa. Os enviados especiais da RTP percorreram as ruas deste centro urbano.



11h18 - Mais um general russo abatido na Ucrânia

O vice-comandante do 8.º Exército da Rússia, Vladimir Petrovich Frolov, morreu nos combates em território ucraniano, noticiou a agência russa Tass.

O governador de São Petersburgo, Alexander Beglov, confirmou a morte de Frolov na Ucrânia, referindo-se-lhe como um desfecho "heróico".

10h48 - Situação "desumana" em Mariupol

O presidente ucraniano classifica como "desumana" a situação em Mariupol, cidade portuária do sudeste do país. Volodymyr Zelensky renova o apelo aos países ocidentais para que enviem "imediatamente" armamento pesado para a Ucrânia.

As forças russas deram até à última madrugada aos soldados ucranianos em Mariupol para que abandonassem as armas. E prometeram poupar os combatentes que se rendessem.

10h41 - Bulgária fecha portos a navios russos

A Bulgária proibiu a entrada de navios de pavilhão russo nos seus portos do Mar Negro, no quadro das sanções da União Europeia.

"Todos os navios registados sob bandeira russa, bem como todos os navios que tenham trocado a sua bandeira russa ou registo marítimo para qualquer outro Estado após 24 de fevereiro, estão proibidos de aceder aos portos marítimos e fluviais búlgaros", anunciou a Autoridade Marítima búlgara, citada pela Associated Press.

As exceções aplicam-se a navios em perigo ou que procurem assistência humanitária, ou navios que transportem produtos energéticos, alimentos e produtos farmacêuticos para países da União.

10h31 - Rússia anuncia ataque a fábrica militar de Kiev

As forças russas bombardearam este domingo um complexo fabril militar nos arredores de Kiev, num quadro de intensificação dos ataques à capital ucraniana, anunciou o Ministério da defesa da Rússia.

"Mísseis de alta precisão lançados por aeronaves da noite para o dia destruíram uma fábrica de munição perto de Brovary, na região de Kiev", indica o Ministério russo da Defesa no Telegram.

Por sua vez, o autarca de Brovary, Igor Sapojko, afirmou que "algumas infraestruturas foram atingidas" às primeiras horas do dia.

Todavia, um repórter da France Presse no local diz não ter observado qualquer destruição.

10h21 – Bruxelas atribui fundo de 50 milhões de euros de ajuda humanitária à Ucrânia


A União Europeia vai fornecer um fundo de 50 milhões de euros em ajuda humanitária à Ucrânia para apoiar as pessoas afetadas pela guerra iniciada pela Rússia.

“Conforme a luta e os ataques de mísseis continuam a destruir infraestruturas civis críticas, as necessidades humanitárias na Ucrânia permanecem extremamente elevadas”, escreveu a Comissão Europeia em comunicado este domingo.

Deste modo, “a UE vai atribuir mais um fundo humanitário, no valor de 50 milhões de euros, às pessoas afetadas pela guerra russa na Ucrânia, incluindo 45 milhões de euros para projetos humanitários e cinco milhões de euros para a Moldova”.

Com este novo fundo, o total da ajuda humanitária europeia à Ucrânia ascende a 143 milhões de euros.

10h06 – Rússia acusa Zelensky de tentar ganhar tempo para pedir ajuda à NATO

O presidente da Duma (Câmara Baixa do parlamento) russa, Viacheslav Volodin, acusou hoje o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de usar as negociações com Moscovo para ganhar tempo e conseguir ajuda militar da NATO.

"Zelensky afirmou que a Ucrânia está pronta para discutir com a Rússia a sua retirada da NATO e o estatuto da Crimeia, mas somente depois de as ações militares cessarem e as tropas russas deixarem o território ucraniano", escreveu o deputado russo na sua conta no Twitter.

Viacheslav Volodin lembrou, na mesma mensagem, que o presidente ucraniano se expressou nos mesmos termos antes das negociações no final de março em Istambul, Turquia, quando as tropas russas estavam às portas de Kiev, o que levou a Rússia a reduzir a sua atividade militar naquela área.

Então, destacou Volodin, "Kiev retirou os compromissos que tinha assumido" e "hoje propõe o mesmo cenário", sublinhando que "a causa é óbvia" e que o presidente ucraniano "quer ganhar tempo e simultaneamente pede ajuda militar à NATO".

(Agência Lusa)

09h55 – Vice-primeira-ministra da Ucrânia fala em desacordo sobre evacuação

A Ucrânia e a Rússia não chegaram a um acordo este domingo sobre rotas humanitárias para a retirada de civis de áreas afetadas pela guerra, disse a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk.

"Não conseguimos chegar a um acordo sobre o cessar-fogo e rotas de evacuação. É por isso que, infelizmente, não vamos abrir corredores humanitários hoje", explicou a responsável na rede social Telegram.

Vereshchuk disse ainda que as autoridades ucranianas pediram corredores humanitários para a retirada de civis e soldados ucranianos feridos no porto sitiado de Mariupol.

09h47 – Abramovich em Kiev para ajudar à retoma das negociações

Roman Abramovich esteve em Kiev para tentar reatar as negociações entre a Ucrânia e a Rússia. A notícia está a ser avançada pela Bloomberg.

O oligarca russo foi ao encontro de negociadores ucranianos para discutir um regresso à mesa de negociações, que têm estado suspensas.

Abramovich tem vindo a participar em várias reuniões negociais entre as duas partes.

09h27 - Ameaça nuclear. Zelensky insiste que mundo deve "preparar-se"

Numa declaração gravada já na madrugada deste domingo, Volodymyr Zelensky revelou que conversou com o primeiro-ministro britânico e com a primeira-ministra da Suécia sobre questões de defesa e o fortalecimento da política de sanções contra a Rússia.

Pouco antes, numa entrevista a vários órgãos de comunicação social ucranianos, o presidente voltou a alertar para o perigo de um ataque nuclear russo.

Volodymyr Zelensky está convencido que Moscovo poderá usar qualquer tipo de armas.

Por isso, pede que sejam enviados para a Ucrânia medicamentos contra a radiação e que sejam construídos abrigos antiaéreos.

09h06 - Ataque com mísseis danifica infraestrutura em Brovary, perto de Kiev

Um ataque com mísseis na madrugada deste domingo danificou uma infraestrutura na cidade de Brovary, perto da capital da Ucrânia, Kiev, disse o autarca Igor Sapozhko.

Não há ainda detalhes sobre a dimensão da destruição nem sobre possíveis vítimas.

08h48 - Autarca e parlamentares ucranianos assistiram no Vaticano à Vigília Pascal

O presidente da câmara de Meliotopol, Ivan Fedorov, que foi feito refém pelas forças russas durante cinco dias, e três parlamentares ucranianos assistiram no Vaticano à Vigília Pascal.

No final da homilia, o Papa Francisco dirigiu-se diretamente aos políticos ucranianos ali presentes.

"Nesta escuridão da guerra, na crueldade, estamos todos a rezar por vós e convosco nesta noite. Estamos todos a rezar por todo o sofrimento. Só vos podemos dar a nossa companhia, a nossa oração", declarou o Papa, e concluiu: "a maior coisa que podeis receber: Cristo ressuscitou", proferindo as três últimas palavras em ucraniano.

(Agência Lusa)
 
08h13 - Rússia quer rendição em Mariupol

A Rússia apelou à rendição das forças ucranianas em Mariupol, cidade cercada no leste do país, comprometendo-se a poupar as vidas de quem depuser as armas.

"Dada a situação catastrófica que se desenvolveu na fábrica metalúrgica Azovstal e além de serem guiadas por princípios puramente humanos, as Forças Armadas russas apelam aos militantes dos batalhões nacionalistas e aos mercenários estrangeiros para, a partir das 06h00 de 17 de abril de 2022, cessem quaisquer hostilidades e deponham as armas", disse, em comunicado, o chefe do Centro de Controlo de Defesa russo, coronel general Mikhail Mizintsev, de acordo com a agência de notícias oficial russa Tass.

"A todos aqueles que depuserem as armas é garantido que pouparemos a vida", acrescentou.

Situada no mar de Azov, Mariupol é um dos principais objetivos dos russos no esforço para obter controlo total da região de Donbass e formar um corredor terrestre, no leste da Ucrânia, a partir da península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

(Agência Lusa)
Ponto de situação

  • Rússia diz ter tomado Mariupol. Moscovo afirma que tomou a área urbana da cidade portuária de Mariupol, que há tropas ucranianas cercadas, e que a operação militar provocou quatro mil mortes do lado ucraniano. A cidade resistia há dias contra todas as probabilidades.

  • Zelensky acusou a Rússia de querer matar todos os habitantes de Mariupol. No entanto, não falou sobre as declarações da Rússia poucas horas antes a afirmar que as tropas russas já dominavam a área urbana da cidade portuária.

  • Vão chegar a Portugal mais 263 refugiados ucranianos. Este é já o quinto voo humanitário organizado pela Associação Ukrainian Refugees.

  • Ameaça separatista. Os soldados ucranianos que continuarem a resistir ao avanço das tropas russas em Mariupol "serão eliminados", afirmou, no local, Denis Pushilin, líder pró-russo de Donetsk.