Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por RTP

Anna Kudriavtseva - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações


22h49 - Ponto de situação

  • Kiev diz estar a afastar as tropas russas em Sievierodonetsk, enquanto intensos combates se espalham pela cidade industrial.

  • A Ucrânia repreendeu o presidente francês, Emmanuel Macron, por este ter dito que é importante não "humilhar" a Rússia.

  • O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia garante que as sanções ocidentais não vão ter impacto nas exportações de petróleo do país e prevê, aliás, um grande salto nos lucros do fornecimento de energia russa este ano.

  • Terá entrado em Mariupol um navio enviado por Moscovo com o intuito de carregar metal e enviá-lo para a Rússia.

22h02 – EUA apoiam investigações a crimes de guerra na Ucrânia

Os Estados Unidos expressaram apoio às investigações internacionais sobre crimes de guerra cometidos na Ucrânia, anunciou a embaixada dos EUA em Kiev este sábado.

20h32 – Severodonetsk. Ucranianos recuperam controlo de metade da cidade

A Ucrânia anunciou ter recuperado o controlo de metade da cidade de Severodonetsk. Já a Rússia diz que os soldados ucranianos estão a retirar da maior cidade da região de Lugansk.

19h56 – Moscovo fala em grande salto nos lucros das exportações de energia em 2022

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, disse hoje que as sanções ocidentais não terão impacto nas exportações de petróleo do país e previu um grande salto nos lucros do fornecimento de energia este ano.

"Considerando o nível de preços que foi estabelecido como resultado das políticas do Ocidente, não sofremos perdas económicas. Pelo contrário, este ano vamos aumentar significativamente os lucros com a exportação dos nossos recursos energéticos", assegurou Lavrov, citado pela agência de notícias Tass.

19h36 – Itália diz que começou "guerra mundial do pão"

O ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Luigi di Maio, disse hoje que começou "a guerra mundial do pão", com o bloqueio de cereais na Ucrânia e o consequente "risco de novos conflitos em África".

"A guerra mundial do pão já está em marcha e temos de a parar. Arriscamo-nos a ter instabilidade política em África, a haver proliferação de organizações terroristas, a ter golpes de estado. É isto que pode produzir a crise dos cereais que estamos a viver", afirmou.

O ministro italiano disse que tem de haver "um acordo de paz o mais depressa possível, que abranja os cereais".

"Há 300 milhões de toneladas de cereais bloqueadas nos portos ucranianos pelos barcos de guerra russos", disse Luigi di Maio.

(Agência Lusa)

18h14 – Zelensky acusa Moscovo de destruir mosteiro ortodoxo ucraniano do início do século XVII

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou que a artilharia russa atingiu um mosteiro ortodoxo ucraniano do início do século XVII no leste da Ucrânia.

“A artilharia russa atingiu novamente o Svyatohirsk Lavra na região de Donetsk. Destruiu o Mosteiro de Todos os Santos. Foi consagrado em 1912”, escreveu o líder ucraniano. “Foi destruído pela primeira vez durante a era soviética. Mais tarde foi reconstruída, para agora ser queimada pelo exército russo”.

O Ministério da Defesa da Rússia negou qualquer envolvimento, acusando tropas ucranianas de incendiarem o Mosteiro de Todos os Santos em Donetsk antes de recuarem, informou a agência Reuters.

17h45 – Putin diz que Rússia destruiu dezenas de armas dos EUA na Ucrânia

O presidente russo, Vladimir Putin, reagindo à decisão dos Estados Unidos de enviar novas armas para a Ucrânia, garantiu que Moscovo está a lidar com facilidade com essa situação e já destruiu “às dezenas” de armas fornecidas pelos EUA.

17h16 – Governador de Lugansk diz que soldados ucranianos continuam a resistir aos russos em Severodonetsk

O governador regional de Lugansk, Sergiy Gaiday, afirma que as forças invasoras capturaram a maior parte de Severodonetsk, mas que os militares ucranianos continuam a tentar fazê-las recuar.

"O exército russo está a lançar todo o seu poder, todas as suas reservas nessa direção", disse Gaiday.

16h33 - Moscovo diz que unidades ucranianas estão a retirar-se de Severodonetsk

O exército russo garante que unidades militares ucranianas estão a retirar-se da cidade de Severodonetsk, a leste da Ucrânia.

"Após sofrerem perdas críticas nos combates por Severodonetsk (de até 90% em várias unidades), os soldados do exército ucraniano recuam agora para Lysychansk", uma grande cidade vizinha do outro lado do rio Donets, disse hoje o Ministério russo da Defesa em comunicado.

15h27 - Kiev critica apelos de Macron para "não humilhar a Rússia"

O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, criticou este sábado os apelos do presidente francês Emmanuel Macron para "não humilhar" a Rússia.

"Apelos para evitar humilhar a Rússia só podem humilhar a França ou qualquer outro país. Porque é a Rússia que se humilha. É melhor concentrarmo-nos em formas de pôr a Rússia no seu lugar. Só isso trará paz e salvará vidas", escreveu Kuleba no Twitter.

O presidente francês considerou na sexta-feira que não devemos "humilhar a Rússia" para que, "no dia em que os combates cessem, possamos construir uma saída pelos canais diplomáticos".

14h40 - Papa diz que está à espera do "momento certo" para visitar Kiev

O papa Francisco reiterou hoje a sua disposição de visitar a Ucrânia, mas, questionado por um menino ucraniano durante um encontro com um grupo de jovens no Vaticano, disse que está à espera do “momento certo”.

“Gostava de ir à Ucrânia, mas tenho de esperar pelo momento certo”, respondeu o papa a um menino refugiado, durante uma reunião no pátio de San Damaso, segundo a imprensa local.

Francisco salientou que, neste momento, a situação não é segura e anunciou que, na próxima semana, vai reunir-se com representantes do Governo ucraniano, com quem, entre outras coisas, discutirá a possibilidade de uma viagem ao país em guerra, adiantaram as mesmas fontes.

Tanto o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, como o presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, convidaram o papa a visitar o país, uma viagem que Francisco reiterou, em várias ocasiões, estar disposto a fazer como forma de ajudar a acabar com a guerra.

Desde que a guerra começou, em 24 de fevereiro, Francisco fez vários apelos para que o conflito acabasse, mostrou a sua disposição de “fazer tudo o possível” para ajudar a resolver a guerra e enviou vários cardeais para mostrar a sua proximidade com o povo ucraniano.

(Agência Lusa)

14h16 - Quatro voluntários estrangeiros mortos

A Legião Internacional de Defesa da Ucrânia, uma brigada oficial de voluntários, revelou a morte de quatro dos seus militares que lutavam contra as forças russas e prestou homenagem “à sua bravura, memória e ao seu legado”.

Os quatro voluntários eram da Alemanha, Países Baixos, Austrália e França. Não foram divulgadas informações de quando e em que circunstâncias as mortes ocorreram.

13h54 - O apelo de Zelensky aos presidentes de câmara dos EUA

O presidente ucraniano apelou aos presidentes de câmaras dos Estados Unidos para cortarem laços com cidades russas com as quais estão geminadas.

“Os tiranos não devem ser autorizados a desfrutar de laços com o mundo livre. Quaisquer laços”, afirmou Volodymyr Zelensky, que participou virtualmente na Conferência dos Presidentes de Câmara dos EUA.

E deu os exemplos de Chicago que nomeia Moscovo como cidade irmã, assim como Jacksonville e Murmansk, San Diego e Vladivostok, assim como Albany e Tula.

"O que é que estas ligações lhe dão? Provavelmente nada. Mas dão à Rússia a oportunidade de dizer que não está isolada, mesmo depois de ter começado uma tal guerra", acrescentou.

Segundo Zelensky, “os mísseis russos mais mortíferos foram concedidos e fabricados em Yekaterinburg. Que, a propósito, e uma cidade irmã de São José”.

Chicago e Albany já anunciaram suspensões temporárias das relações.

Zelensky apelou também aos presidentes de câmara para envolverem as suas cidades nos esforços de reconstrução na Ucrânia.

13h40 - Kiev recuperou 20% do território de Severodonetsk

As forças ucranianas recuperaram 20% do território que estava em mãos russas, em Severodonetsk. A garantia é dada pelo governador de Lugansk.

13h22 - Suspeita de exploração laboral

Duas refugiadas ucranianas foram resgatadas pela Amnistia Internacional por suspeitas de exploração laboral, numa fábrica no centro do país. A organização revela há mais casos que estão a ser investigados na mesma empresa.

13h10 - Rússia ataca centro de treino de artilharia em Sumy

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter atingido com mísseis de alta precisão um centro de treino de artilharia na região de Sumy, na Ucrânia, onde trabalhavam instrutores estrangeiros.

"Mísseis de alta precisão lançados do ar atingiram o centro de treino de artilharia das Forças Armadas da Ucrânia, perto da vila de Stetskovka, região de Sumy", disse o porta-voz do ministério russo, Igor Konashenkov, no relatório matinal sobre o conflito.

"Neste centro, instrutores estrangeiros realizaram treino para militares ucranianos na operação e controlo de fogo de obuses M777 de 155 milímetros" dos Estados Unidos, acrescentou.

Além disso, na região sul de Odessa, um ataque com mísseis destruiu um "ponto de estabelecimento de mercenários estrangeiros" e os sistemas de defesa aérea russos derrubaram um avião de transporte militar da Força Aérea Ucraniana "que estava a entregar armas e munições", segundo Igor Konashenkov.
12h50 - Segundo barco russo entra em Mariupol para retirar aço

Um segundo barco russo chegou ao porto ucraniano de Mariupol, ocupado pelas forças de Moscovo, para levar aço da Ucrânia para a Rússia, noticiou hoje a agência estatal russa TASS.

Na segunda-feira passada, um barco russo retirou de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, 2.500 toneladas de aço, que foram transportadas para a região russa de Rostov.

As autoridades ucranianas consideraram estas operações como saques ilegais da Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro.

Ainda segundo a agência TASS, as operações no porto de Berdiansk, vizinho de Mariupol e igualmente ocupado pela Rússia, serão restabelecidas dentro de dias.

(Agência Lusa)

12h30 - Comissário europeu para os Assuntos Económicos nega por agora bloqueio do gás russo

A Comissão Europeia não está a considerar neste momento um bloqueio do gás russo devido à invasão da Ucrânia, disse hoje o comissário europeu para os Assuntos Económicos, Paolo Gentiloni, mas sem excluir sanções adicionais à Rússia.

Numa entrevista publicada este sábado no diário italiano La Stampa, Gentiloni admitiu que o conflito na Ucrânia não se ganha apenas com sanções sobre a Rússia. Porém, assegurou que o sexto pacote europeu de sanções vai ter "um efeito devastador na economia e poder russos".

"A posição oficial da CE é que não há sanções fora da mesa. Mas ao dia de hoje não estamos a falar de um bloqueio de gás. A questão é atingir a Rússia, mas sem nos prejudicar demasiado", referiu o comissário, acrescentando: "A guerra tem um custo. Mas cuidado: ninguém pensou em ganhá-lo com sanções, porque Vladimir Putin só estará disposto a sair dele com uma negociação que lhe permita evitar ter de dizer que foi derrotado".

(agência Lusa)

12h07 - Para aumentar capacidade de GNL

Os países da União Europeia podem recorrer ao fundo de recuperação para aumentar a capacidade de gás natural liquefeito (GNL). O anúncio foi feito pelo comissário europeu Paolo Gentiloni.

Desde a invasão russa à Ucrânia que os países da União Europeia se esforçam para reduzir as sua dependência das importações de gás russo.

A construção de novas infraestruturas para a importação de gás natural liquefeito adicional é parte da estratégia da UE.

11h48 - Forças russas estão a explodir pontes no rio Seversky Donets

O governador da região de Lugansk afirma que as tropas russas estão a destruir as pontes do Seversky Donets para impedir que a Ucrânia reforce a sua posição em Sievierodonetsk.

Segundo Serhiy Haidai, os militares ucranianos mantém as suas posições na cidade do leste do país.

11h20 - Rússia prolonga restrições a voos civis em 11 aeroportos até dia 12

O regime de restrição de voos civis em 11 aeroportos do sul e parte central da Rússia foi prolongado até 12 de junho, anunciou hoje o Ministério dos Transportes russo, citado pela agência Tass.

A lista de aeroportos com voos limitados não foi alterada e inclui os de Anapa, Belgorod, Bryansk, Voronezh, Gelendzhik, Krasnodar, Kursk, Lipetsk, Rostov-on-Don, Simferopol e Elista, refere a agência de notícias russa.

O espaço aéreo das regiões sul e central da Rússia está fechado a aviões civis desde 24 de fevereiro de 2022, dia em que a Rússia deu início à invasão da Ucrânia, estando estes aeroportos dedicados à chamada operação militar especial.

A medida foi decretada por um período inicial de uma semana, mas tem sido sucessivamente prorrogada.

As companhias aéreas russas receberam recomendações do regulador para continuarem a organizar o transporte de passageiros em rotas alternativas, usando os aeroportos de Sochi, Volgograd, Caucasian Mineralnye Vody, Stavropol e Moscovo.

A Agência Federal de Transportes Aéreos da Federação Russa (Rosaviatsia) tinha anunciado, em 29 de maio, uma extensão do regime de restrição de voos, passando o prazo final de 31 de maio para 6 de junho.

(Agência Lusa)

10h50 - Rússia não deve ser humilhada apesar do "erro" de Putin

Emmanuel Macron considera que é vital que a Rússia não seja humilhada para que quando terminar o combate na Ucrânia se possa encontrar uma solução diplomática. O presidente francês está confiante que Paris vai desempenhar um papel mediador para colocar um ponto final no conflito.

"Não devemos humilhar a Rússia para que no dia em que o combate parar possamos construir uma rampa de saída através de meios diplomáticos", disse Macron numa entrevista a um jornal regional publicada no sábado. "Estou convencido de que é o papel da França ser uma potência mediadora".

Macron, que tem procurado manter um diálogo com o Presidente russo Vladimir Putin desde a invasão da Ucrânia por Moscovo, em fevereiro. Uma posição que tem sido repetidamente criticada por alguns parceiros do Ocidente, uma vez que consideram que os esforços de pressão de Putin à mesa das negociações são insuficientes.

"Penso, e disse-lhe, que ele está a cometer um erro histórico e fundamental para o seu povo, para si próprio e para a história", acrescentou Macron.

A França tem apoiado a Ucrânia militar e financeiramente, mas Macron ainda não foi a Kiev para oferecer apoio político simbólico, como outros líderes mundiais.

10h29 - Ucrânia quer reforçar posição militar antes de voltar à mesa de negociações

O negociador ucraniano David Arakhamia afirmou que Kiev quer reforçar as suas posições no terreno com a ajuda de novas armas enviadas pelo Ocidente antes de retomar as conversações de paz com a Rússia.

“As nossas forças estão prontas a usar as novas armas. E então poderemos iniciar uma nova ronda de conversações a partir de uma posição mais forte”, afirmou David Arakhamia.

A Ucrânia disse ter recapturado um pedaço da cidade industrial de Sievierodonetsk na região de Lugansk, o foco da ofensiva russa para tomar a região oriental de Donbass.

10h14 -Rússia afirma que abateu avião militar ucraniano

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que as suas forças abateram um avião de transporte militar ucraniano com armas e munições perto do porto de Odesa, no Mar Negro.

O Ministério disse que os mísseis russos também atingiram um centro de treino de artilharia na região de Sumy, na Ucrânia, onde trabalhavam os instrutores estrangeiros. Outro destruiu um posto avançado de "mercenários estrangeiros" na região de Odesa.

10h02 - Secretário-geral da NATO fala com Erdogan sobre adesão da Finlândia e Suécia

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, encontrou-se com a primeira-ministra da Finlândia e conversou com o Presidente da Turquia procurando uma solução à resistência turca à adesão da Finlândia e Suécia à Aliança Atlântica.

(Agência Lusa)

9h40 - Grupo hoteleiro norte-americano Marriot suspende operações na Rússia

Os hotéis Marriott decidiram suspender todas as suas operações na Rússia devido às sanções ocidentais impostas àquele país por causa da guerra na Ucrânia, revelou hoje o grupo hoteleiro norte-americano em comunicado.

A cadeia de hotéis recordou que no dia 10 de março já tinha definido o encerramento do seu escritório empresarial em Moscovo e a suspensão da abertura de novos hotéis, além de todo o futuro desenvolvimento e investimento hoteleiro na Rússia.

No entanto, com o prolongamento da invasão russa na Ucrânia a ultrapassar os 100 dias, o grupo Marriott concluiu que as sanções dos Estados Unidos da América, Reino Unido e União Europeia "tornarão impossível continuar a operar ou franquear hotéis no mercado russo".

"Tomámos, portanto, a decisão de suspender todas as operações da Marriott International na Rússia", pode ler-se na nota divulgada, que relembra os 25 anos de presença em território russo, reconhecendo ainda que o processo de suspensão das operações, após tantos anos de atividade neste mercado, "é complexo".

(Agência Lusa)

9h00 - Rússia combina ataques aéreos com artilharia

O último relatório dos serviços de informação militares do Reino Unido afirma que a Rússia está a combinar ataques aéreos e artilharia maciça para levar o seu “esmagador” poder de fogo ao Dondass.

O uso combinado de artilharia e ataques aéreos tem sido um fator chaves nos recentes sucessos táticos da Rússia, lê-se no comunicado.

A atividade aérea russa continua a ser elevada sobre terrenos contestados em Donbass, com aviões russos a efetuarem ataques utilizando munições guiadas e não guiadas.

A atividade aérea russa tem sido "largamente restringida a ataques profundos utilizando mísseis de cruzeiro aéreos e de superfície lançados" para perturbar o movimento dos reforços e abastecimentos ucranianos, acrescenta o relatório.

Estes ataques só por si não tiveram um impacto significativo no conflito e os stocks russos de mísseis guiados de precisão são suscetíveis de ter sido significativamente esgotados como resultado.

Depois de mudar o seu foco para Donbass, as forças russas foram capazes de "aumentar o seu emprego de ar tático para apoiar o seu avanço rastejante, combinando ataques aéreos e incêndios de artilharia maciça para fazer valer o seu esmagador poder de fogo”.

O uso combinado de ar e ataques de artilharia tem sido um fator chave nos recentes sucessos táticos da Rússia na região. O uso crescente de munições não guiadas levou à destruição generalizada de áreas construídas nas Donbass e quase de certeza que causou danos colaterais substanciais e baixas civis.

8h41 - Serviços de inteligência ucranianos em contacto com combatentes da siderurgia de Azovstal

O ministro ucraniano do Interior revelou que os serviços secretos do país estão em contacto com os combatentes da siderurgia de Azovstal que foram capturados.

Denys Monastyrskiy garante que Kiev está a tentar a libertação desses combatentes.

“É através dos serviços secretos que estamos a aprender sobre as condições de detenção, nutrição e a possibilidade da sua libertação”, afirmou Monastyrskiy.

Em maio, a Rússia afirmou que dois mil ucranianos se tinham rendido depois de terem resistido durante semanas em bunkers e túneis de Mariupol.

Kiev quer que os combatentes regressem a numa troca de prisioneiros.

8h20 - Gazprom mantém envio de gás para a Europa via Ucrânia

A empresa russa Gazprom garante que continua a envia gás para a Europa via Ucrânia. Para este sábado o volume previsto é de 41,9 milhões de metros cúbicos.

8h00 - Áustria quer conversar com Rússia para alcançar cessar-fogo

O chanceler austríaco, Karl Nehammer, afirmou na sexta-feira que deseja falar com o Presidente russo, Vladimir Putin, a fim de conseguir um "fim rápido das hostilidades" na Ucrânia e garantir segurança alimentar mundial.

"A guerra de agressão russa contra a Ucrânia tem implicações dramáticas para a Europa e para o resto do mundo", disse o chefe do Governo austríaco na conferência de política externa e segurança da organização não-governamental (ONG) GLOBSEC, em Bratislava (Eslováquia).

"A Ucrânia merece todo o nosso apoio e solidariedade. Ao mesmo tempo, devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para conseguir um fim rápido às hostilidades", acrescentou o político democrata-cristão, citado pela agência austríaca APA.

Karl Nehammer acredita que tentar trazer as partes de volta à mesa de negociações para chegar a um acordo de paz, "por exemplo, no quadro do processo de Istambul", é "um imperativo do momento" para garantir a segurança alimentar mundial.

(Agência Lusa)

7h45 - Federação Russa interdita entrada a mais 41 personalidades canadianas

A Federação Russa interditou hoje a entrada no seu território de mais 41 personalidades canadianas, em resposta às sanções anunciadas por Otava para punir os dirigentes de Moscovo pela invasão da Ucrânia.

Esta medida, que respeita a “dirigentes de organizações que apoiam as forças ultranacionalistas na Ucrânia, bem como de altos responsáveis militares” foi tomada “em resposta às novas sanções antirrussas anunciadas por Otava, em 08 de maio, relativas à direção do Ministério da Defesa russo, a dirigentes militares e representantes onde meios empresariais”, argumentou a diplomacia russa, em comunicado.

Várias destas pessoas são membros de organizações ligadas à Ucrânia, como o Congresso Ucraniano Canadiano, que diz representar a comunidade ucraniana do Canadá junto do governo.

(Agência Lusa)

7h30 - Ponto da situação
  • O governador de Lugansk diz que as tropas ucranianas recuperaram cerca de 20 por cento do controlo da cidade de Severodonetsk.

  • O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu aos cidadãos a vitória, mas admite dificuldades em defender a região do Donbass.

  • Dados da ONU apontam para mais quatro mil e cem mortes de civis, durante o conflito, e para cerca de catorze milhões de pessoas deslocadas, desde o início da invasão da Ucrânia.

  • Pelo menos, trinta e oito mil prédios residenciais já foram destruídos por bombardeamentos russos.

  • Apesar de o exército russo concentrar esforços no Donbass, a cidade de Kharkiv também voltou a ser bombardeada esta sexta-feira.