Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Joana Raposo Santos, Inês Moreira Santos, Cristina Sambado, Paulo Alexandre Amaral - RTP

Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

00H17 - São já 16 as vítimas mortais do atentado

O número de vítimas mortais continua a subir. Os serviços de socorro referem agora que morreram 16 pessoas e 59 ficaram feridas, na sequência do ataque a um centro comercial em Kremenchuk com um míssil russo.

"Atualmente, temos conhecimento de 16 mortos e 59 feridos, 25 dos quais estão hospitalizados. As informações estão a ser atualizadas", disse o chefe dos serviços de emergência ucranianos, Sergiy Kruk, no Telegram.

23h50 - Rússia mantém prisioneiros civis ucranianos incomunicáveis

A Organização Mundial Contra a Tortura (OMCT) denunciou que as forças militares russas mantêm os prisioneiros civis ucranianos isolados e sem o direito de contactar as suas famílias e advogados.

Entre fevereiro e abril de 2022, foram verificados os casos de cerca de 30 civis ucranianos sequestrados ou detidos pelo Exército russo, muitos deles por razões desconhecidas, o que leva a pensar que são detenções arbitrárias, alertou a organização não governamental (ONG).

De acordo com a OMCT, as autoridades russas negam que as vítimas estejam detidas e impedidas de comunicar com as suas famílias.

Também os advogados estão proibidos de se reunir com os prisioneiros para prestar assistência jurídica e estão expostos a fortes pressões das autoridades russas, apontou a ONG.

As famílias têm recebido informações sobre os detidos através da televisão estatal russa e dos prisioneiros de guerra libertados em trocas com a Ucrânia.

Até ao momento, os familiares de 29 vítimas não receberam nenhuma informação oficial sobre o seu paradeiro, apesar de terem entrado em contacto com as agências estatais russas e ucranianas, segundo a OMCT.

(Agência Lusa) 

23h40 - Invasão da Crimeia pode levar à Terceira Guerra Mundial

Qualquer invasão na península da Crimeia por um Estado-membro da NATO poderá conduzir a uma declaração de guerra à Rússia e à "Terceira Guerra Mundial", disse o ex-presidente da Rússia, Dmitry Medvedev.

"Para nós, a Crimeia é parte da Rússia. E isso significa para sempre. Qualquer tentativa de invadir a Crimeia é uma declaração de guerra contra o nosso país", disse Medvedev ao site de notícias Argumenty iFakty.

"E se isso for feito por um Estado-membro da NATO, isso significa um conflito com toda a Aliança do Atlântico Norte; uma Terceira Guerra Mundial. Uma catástrofe completa", acrescentou.

Medvedev, agora vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, também disse que se a Finlândia e a Suécia se juntarem à NATO, a Rússia fortaleceria suas fronteiras e estaria "pronta para medidas de retaliação", o que poderia incluir a possibilidade de instalar mísseis hipersónicos Iskander "no seu limiar".

(Agência Reuters)

23h35 - Líderes do G7 classificam ataque de "abominável"

Os líderes das principais democracias industriais do Grupo dos Sete, reunidos no sul da Alemanha, classificaram de "abominável" o ataque com mísseis russos a um centro comercial na cidade ucraniana de Kremenchuk.

"Estamos unidos com a Ucrânia no luto pelas vítimas inocentes deste ataque brutal", escreveram num comunicado conjunto, publicado na rede social Twitter pelo porta-voz do governo alemão.

"O presidente russo Putin e os responsáveis ​​serão responsabilizados", referiram.

23h02 - Blinken diz que "mundo está horrorizado" com ataque a centro comercial

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse hoje que o mundo está "horrorizado" com o ataque russo a um centro comercial no centro da Ucrânia, matando pelo menos 10 pessoas e ferindo 40.

Descrevendo o ataque com mísseis como "o mais recente de uma série de atrocidades", o chefe da diplomacia norte-americana escreveu no Twitter que os Estados Unidos iriam continuar a apoiar os seus aliados ucranianos e a responsabilizar "a Rússia, incluindo os responsáveis" pela guerra.

22h32 – G7 condena ataque “abominável” a centro comercial

Os líderes do G7, reunidos neste momento na sua cimeira anual no sul da Alemanha, condenaram o "abominável" ataque com mísseis russos a um centro comercial na cidade ucraniana de Kremenchuk.

"Estamos unidos com a Ucrânia no luto pelas vítimas inocentes deste ataque brutal", escreveram em um comunicado conjunto twittado pelo porta-voz do governo alemão.

"Ataques indiscriminados contra civis inocentes contribuem para um crime de guerra", acrescentaram. "O presidente russo e os responsáveis serão responsabilizados".

21h38 – Treze mortos em ataque a centro comercial. Zelensky denuncia "ato terrorista"

Pelo menos 13 pessoas morreram e 50 ficaram feridas no ataque com mísseis russos a um cento comercial em Kremenchuk, com o presidente Volodymyr Zelensky a classificar o sucedido como um "ato descarado de terrorismo".

"O ataque russo de hoje a um centro comercial em Kremenchuk é um dos atos de terrorismo mais vergonhosos da história europeia. Uma cidade pacífica, um centro comercial normal com mulheres, crianças, civis comuns", disse Zelensky num vídeo publicado na plataforma Telegram.

Segundo o líder, dentro do centro comercial estavam mil pessoas no momento do ataque, mas "muitas conseguiram sair".

"Apenas terroristas absolutamente doidos poderiam atacar tais instalações com mísseis, e esses terroristas não deveriam ter um lugar na Terra", continuou Zelensky, referindo-se a um "ataque calculado".

21h07 – Oito civis mortos e 21 feridos em bombardeamento russo em Lysychansk

Pelo menos oito civis ucranianos morreram e 21 ficaram feridos hoje num bombardeamento russo quando armazenavam água em Lysychansk (leste), cidade gémea de Severodonetsk recentemente conquistada pelas forças de Moscovo, anunciou o governador regional.

"Os russos dispararam contra uma multidão com vários lançadores de foguetes Hurricane enquanto civis retiravam água de uma cisterna. Oito moradores morreram, 21 foram levados para o hospital", escreveu na rede social Telegram o governador da região de Lugansk, Serguiï Gaïdaï.

Lysychansk é a última grande cidade a ser conquistada pelos russos na região de Lugansk, uma das duas províncias da bacia industrial de Donbass.

(Agência Lusa)

20h39 – Número de vítimas mortais em ataque a centro comercial sobe para 11

As autoridades atualizaram o número de mortos no ataque com mísseis russos ao centro comercial em Kremenchuk. São agora 11, com o número de feridos a aumentar também para 50, segundo a agência Reuters.

Os números deverão ainda aumentar.

Dmytro Lunin, governador da região central de Poltava, classificou o ataque de “ato de terrorismo contra civis”, observando que não havia nenhum alvo militar nas proximidades.

20h22 - Diretor da Agência Internacional de Energia Atómica reafirma preocupação com central de Zaporizhzhya

O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, reafirmou hoje as preocupações sobre a central nuclear ucraniana de Zaporizhzhya, sob controlo russo, e disse não se poder excluir a possibilidade de um acidente.

Falando aos jornalistas em Lisboa, após a assinatura de um protocolo com a Fundação Champalimaud, o responsável falou de uma “situação muito difícil” e disse que na Ucrânia a central de Zaporizhzhya é a que mais o preocupa, explicando que a AIEA está a negociar com russos e ucranianos uma forma de o organismo internacional poder fazer o controlo de segurança da central.

Zaporizhzhya é a maior central nuclear da Europa, com seis reatores, está a ser controlada pelas forças russas e operada por técnicos ucranianos, e "saiu completamente do controlo” da AIEA.

Questionado sobre se poderá estar em causa a segurança e haver uma fuga de radioatividade, como aconteceu em Chernobil, Rafael Grossi disse acreditar que não, mas salientou a importância de a AIEA se assegurar de que todos os sistemas de segurança estão a funcionar bem, algo que não pode fazer.

“Não temos controlo da salvaguarda, das garantias. A central está desconectada do sistema de inspeções internacionais, e por isso é uma situação urgente, que precisa de uma ação importante e imediata”, disse, admitindo que chegar a Zaporizhzhya pode não ser fácil porque a central está perto de zona de conflito.

(Agência Lusa)


19h00 - Putin promete a Bolsonaro manter o envio russo de fertilizantes ao Brasil

O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu hoje ao chefe de Estado brasileiro, Jair Bolsonaro, que o seu país manterá o fornecimento ininterrupto de fertilizantes russos aos agricultores brasileiros, informou o Kremlin.

Os dois líderes abordaram os problemas da segurança alimentar mundial num telefonema, disse a Presidência russa em comunicado.

O chefe do Kremlin também "enfatizou que a Rússia está comprometida em cumprir as suas obrigações para garantir o fornecimento ininterrupto de fertilizantes russos aos agricultores brasileiros”.

Putin terá descrito a Bolsonaro em detalhes as causas da difícil situação do mercado mundial de produtos agrícolas e fertilizantes.

O líder russo destacou a importância de restaurar a estrutura do livre comércio desses bens, "desmoronada pelas sanções ocidentais", segundo o Kremlin, e que foram impostas na sequência da invasão da Ucrânia por Moscovo.

(Agência Lusa)

18h31 - UE diz ser provável uma séria interrupção nos fluxos de gás russo

A comissária europeia para a Energia, Kadri Simson, disse hoje ser provável uma “séria interrupção” no fornecimento de gás da Rússia à União Europeia.

A responsável pediu por isso aos países que atualizem os seus planos de contingência, de modo a conseguirem lidar com cortes na oferta, apelando ainda ao uso de combustíveis alternativos sempre que possível para conservar o gás.

"Desde o início da invasão russa da Ucrânia sabemos que é possível uma rutura muito séria, e agora isso parece provável. Fizemos um trabalho muito importante para estarmos preparados para isso. Mas agora é a hora de intensificar", disse a comissária após uma reunião de ministros da Energia de países da UE.

18h06 - Pelo menos dez mortos em explosão no centro comercial em Kremenchuk

O ataque com mísseis russos que atingiu um centro comercial movimentado na cidade de Kremenchuk, no centro da Ucrânia, matou pelo menos dez pessoas e feriu 40, avançou um alto funcionário ucraniano citado pelo Guardian. Nove dos feridos estão em estado grave.

Kyrylo Tymoshenko, vice-chefe do gabinete presidencial, disse estar em andamento uma operação de resgate.

Dmitry Lunin, governador da região de Poltava, declarou que dez pessoas morreram na explosão, número poderá ainda vir a crescer.

17h55 - Estados Unidos vão fornecer a Kiev mísseis terra-ar mais sofisticados

Os Estados Unidos admitem fornecer à Ucrânia um sofisticado sistema de mísseis terra-ar de “médio e longo alcance”, indicou hoje a Casa Branca.

“Estamos a ultimar um programa [de ajuda militar] que inclui capacidades de defesa aérea sofisticadas (…) de médio e longo alcance”, revelou hoje aos ‘media’ Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca (Presidência norte-americana).

Uma fonte próxima do dossier tinha indicado previamente que os Estados Unidos preparavam “a compra para a Ucrânia de um sistema NASAMS (National Advanced Surface-to-Air Missile System)”. O sistema de mísseis terra-ar NASAMS é fabricado pela empresa norte-americana Raytheon e o grupo norueguês Kongsberg.

Jake Sullivan precisou ainda que Washington deverá também anunciar a entrega às forças ucranianas de outros equipamentos, incluindo munições para artilharia e radares.

(Agência Lusa)

17h36 - Bombardeamento russo faz quatro mortos em Kharkiv

O bombardeamento russo à cidade de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, fez quatro mortos e 19 feridos esta segunda-feira, disse o governador regional.

"Os médicos estão a dar toda a assistência necessária. As informações sobre o número de vítimas estão a ser atualizadas", disse OlehSynehubov, governador da região de Kharkiv, no Telegram.

17h17 - Biden aumenta a taxa de certas importações russas

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aumentou a taxa de certas importações russas para 35 por cento como resultado da suspensão do "status comercial" de "nação mais favorecida" da Rússia por causa da guerra na Ucrânia, de acordo com uma proclamação emitida pela Casa Branca.

16h49 - Portugal atribuiu quase 45 mil proteções temporárias a pessoas que fugiram da guerra

O SEF atribuiu até hoje quase 45.000 proteções temporárias a pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia e comunicou ao Ministério Público a situação de 737 crianças que chegaram ao país sem os pais, indicou aquele serviço de segurança.

Segundo a última atualização feita pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, Portugal concedeu 44.968 proteções temporárias a cidadãos ucranianos e a estrangeiros que residiam na Ucrânia, 27.765 dos quais a mulheres e 17.203 homens.

16h35 - NATO vai reforçar tropas no leste europeu e definir Rússia como principal ameaça

Na cimeira de Madrid, a NATO deverá definir a Rússia como a sua maior e mais direta ameaça e aprovar o reforço das forças de alta prontidão e de militares no leste europeu, disse hoje o secretário-geral da organização.


16h10 - Rússia expulsa oito diplomatas gregos

A Rússia declarou oito diplomatas gregos "personae non gratae" e deu-lhes oito dias para deixar o país, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que convocou o embaixador grego para contestar o que considera "o confronto das autoridades gregas em relação à Rússia, incluindo o fornecimento de armas e equipamentos militares ao regime de Kiev".

15h28 - Separatistas apoiados pela Rússia dizem que Marrocos pode falar com cidadão detido na Ucrânia

Separatistas apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia concederam ao Marrocos a permissão para falar com um marroquio condenado à morte por combater junto às forças ucranianas, informou a agência RIA esta segunda-feira, citando um alto funcionário da autoproclamada República Popular de Donetsk.

14h55 - Edifício civil atingido em ataque russo na cidade ucraniana de Kremenchuk

Forças russas atingiram um edifício civil num ataque à cidade de Kremenchuk, no centro da Ucrânia, esta segunda-feira, informou o governador regional.

"Infelizmente, há vítimas. Mais detalhes depois", disse Dmitry Lunin.

A mesma fonte adiantou que houve pelo menos dois mortos em resultado deste ataque.


14h29 - Kremlin assegura que Rússia não entrou em incumprimento

O Kremlin disse hoje que não há "qualquer razão" para falar num incumprimento da Rússia, anunciado por alguns meios de comunicação, depois de detentores de obrigações russas não terem recebido os juros até à data limite.

"Não há razão para chamar a isto um incumprimento", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos repórteres. "Este pagamento foi feito em maio, em moeda estrangeira", disse.

"Estas alegações sobre um incumprimento russo são completamente ilegítimas", insistiu.

A Rússia anunciou em 20 de maio que tinha pago juros sobre duas dívidas no valor de 71,25 milhões de dólares e de 26,5 milhões de euros, sete dias antes da data prevista para evitar que estes pagamentos fossem bloqueados por sanções em vigor a partir de 25 de maio.

Se os credores não recebessem o valor dos juros até 26 de junho, a Rússia estaria em situação de incumprimento.

"Isto não é um incumprimento do nosso país, mas sim o colapso artificial e deliberado do sistema internacional de compensações", disse à agência russa Ria Novosti Konstantin Kosachev, vice-presidente da câmara alta do Parlamento.

Peskov advertiu contra qualquer tentativa do Ocidente de se apropriar, sob pretexto de um incumprimento, das reservas financeiras russas no estrangeiro, congeladas como parte das sanções ocidentais contra Moscovo devido ao conflito na Ucrânia.

As reservas estão "ilegitimamente congelados e qualquer tentativa de as utilizar será também ilegítima, será praticamente um roubo", sublinhou.

(Agência Lusa)

14h15 - França pede mais produção de petróleo para travar subida de preços

A França apelou hoje aos países produtores de petróleo para aumentarem a sua produção de “forma excecional” de forma a travar a subida do preço dos combustíveis provocada pela guerra na Ucrânia.

“Precisamos que os países produtores produzam mais de forma excecional”, disse a Presidência francesa à margem da cimeira do G7 (as sete maiores economias mundiais) em Elmau, na Alemanha, citada pela agência AFP.

(Agência Lusa)

13h52 - Zelensky disse ao G7 que ainda é cedo para negociar com a Rússia

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje aos líderes do G7 que ainda não chegou o momento de negociar com a Rússia e que a Ucrânia deve primeiro consolidar as suas posições, anunciou a presidência francesa.

"O Presidente Zelensky deu uma resposta muito clara a todos, que hoje não é o momento de negociar, a Ucrânia negociará quando estiver em posição de o fazer, ou seja, quando tiver restabelecido uma posição de força", disse o gabinete de Emmanuel Macron, citado pela agência francesa AFP.

Zelensky interveio hoje de manhã, por videoconferência, na cimeira dos sete países mais industrializados do mundo, a decorrer desde domingo em Elmau, no sul da Alemanha.

A presidência francesa confirmou que Zelensky fixou um prazo para o fim da guerra, defendendo que deve terminar "o mais rapidamente possível", pelo menos até ao fim do ano, dado que o inverno é muito duro na Ucrânia.

Zelensky insistiu na "necessidade de um apoio total, abrangente e altamente operacional à Ucrânia" para permitir que o país restaure a sua integridade territorial.

Em particular, pediu aos líderes do G7 mais equipamento militar para conter o avanço de Moscovo e "empurrar os russos de volta" para lá das linhas anteriores à invasão de 24 de fevereiro.

Os líderes do G7 apresentaram posições "extremamente convergentes" em linha com as "expectativas do Presidente Zelensky", disse a presidência francesa.

Macron "disse muito claramente que nada relativo à Ucrânia será decidido sem a Ucrânia" e que cabe a Zelensky "determinar quando pode entrar em negociações com a Rússia", acrescentou a presidência francesa.

Na cimeira do G7 participam Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, bem como a União Europeia (UE).

(Agência Lusa)

13h48 - PM britânico pede ajuda do G7 para desbloquear cereais

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, vai pedir hoje ao G7 para apoiar um plano para contornar o bloqueio russo e viabilizar a saída dos cereais e outros produtos para exportação da Ucrânia, indica um comunicado.

O Governo britânico vai aconselhar Kiev para se encontrar rotas marítimas seguras, ao mesmo tempo que doará 10 milhões de libras (11,6 milhões de euros) em material para reconstruir os caminhos-de-ferro, uma das vias de exportação.

Johnson vai também pedir aos parceiros do G7 que se juntem a uma iniciativa para investir 1,5 milhões de libras (1,74 milhões de euros) na criação de um processo para identificar se os cereais vendidos pela Rússia no mercado mundial foram ilegalmente retirados da Ucrânia.

Isto permitiria aos países tomar medidas para assegurar que a Ucrânia obtém as receitas das respetivas colheitas, refere o comunicado do governo britânico.

13h33 - Bruxelas vai enviar material de proteção especializado a pedido de Kiev

A Comissão Europeia vai enviar para a Ucrânia equipamento de proteção especializada contra riscos nucleares, químicos, biológicos e radiológicos, que Kiev tinha solicitado face ao atual conflito em curso no país, foi hoje anunciado.

De acordo com um comunicado de imprensa do executivo comunitário, a União Europeia (UE) mobilizou as reservas de resposta a emergência e vai fornecer equipamentos cujo valor ascende a 11,3 milhões de euros.

O equipamento – que está armazenado na Alemanha, Dinamarca, Grécia, Hungria, Roménia e Suécia – inclui 300 mil fatos de proteção especializada, 5.600 litros de descontaminante e 850 peças de equipamento destinado a operações de descontaminação.

A UE vai ainda reforçar o envio de material médico e hospitalar, como monitores de vigilância, bombas de infusão de fármacos e respiradores, bem como máscaras e batas.

13h19 - Encontrados mais de 100 cadáveres nos escombros de Mariupol

Mais de 100 cadáveres de civis foram encontrados entre os escombros de vários edifícios bombardeados pelo exército russo na cidade ucraniana de Mariupol, agora sob o controlo de Moscovo.

O conselheiro do ex-presidente de câmara de Mariupol, Petro Andriushchenko, afirmou na rede social Telegram que tinham descoberto os corpos na cidade, que agora tem novas autoridades impostas pelos russos.

“Descobertas novas e devastadoras. Durante a inspeção de edifícios no bairro de Livoberezhnyi (na margem esquerda de Mariupol), foram encontrados mais de 100 civis mortos num atentado bombista”, disse o antigo presidente da câmara da cidade.

Os corpos estavam “num edifício no cruzamento das ruas Peremohy Avenue e Meotydy Boulevard que foi atacado durante a ofensiva aérea. Os ocupantes (russos) não tinham planos de recuperar e enterrar os corpos”.

Segundo o ex-conselheiro, “os esforços para exumar corpos [em toda a cidade] continuam”, que acrescentou que estavam a dar prioridade a retirar cadáveres dos recreios escolares e jardins infantis.

Depois das exumações, o trabalho consiste em arranjar sepulturas onde os corpos serão enterrados, de forma a eliminar odores.

(Agência Lusa)

13h10 - Putin vai ao Tajiquistão na primeira viagem desde a invasão da Ucrânia

O Presidente da Rússia deverá efetuar uma visita de trabalho ao Tajiquistão na terça-feira, na sua primeira deslocação ao estrangeiro desde que ordenou a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, anunciou hoje o seu porta-voz.

“O Presidente [Vladimir] Putin deverá fazer amanhã [terça-feira] uma visita de trabalho ao Tajiquistão”, disse Dmitri Peskov em Moscovo, citado pela agência noticiosa francesa AFP.

A deslocação de Putin à antiga república soviética da Ásia Central e um país aliado de Moscovo antecede a sua viagem prevista para quarta-feira, ao Turquemenistão, para participar numa cimeira dos países do Mar Cáspio.

Os líderes dos cinco países limítrofes do Cáspio (Azerbaijão, Cazaquistão, Irão, Rússia e Turquemenistão) abordarão vários aspetos da cooperação regional.

Na véspera da cimeira, os chefes da diplomacia dos cinco países vão reunir-se para discutir a modalidade de cooperação adicional no Cáspio.

(Agência Lusa)

13h02 - Stoltenberg saúda participação de Zelensky na cimeira da NATO

A iniciar a conferência da NATO, em Madrid, Jens Stoltenberg começo por recordar que o "povo ucraniano" continua a resistir "à guerra brutal" da Rússia. O secretário-geral da aliança atlântica saudou ainda a participação de Volodymyr Zelensky nesta cimeira, que decorre até quinta-feira.

"Os aliados NATO têm dado apoio à Ucrânia, desde a anexação ilegal da Crimeia pela Rússia", afirmou Stoltenberg.


Segundo o secretário-geral da NATO, vai ser alargado o pacote de ajuda à Ucrânia, em apoio em sistemas de comunicação, militar e combustível.

"Vamos ajudar a Ucrânia a transitar de equipamento militar da era soviética para equipamento moderno".

12h47 - O presidente ucraniano apelou ao G7 para reforçar as sanções contra a Rússia "limitando os preços do petróleo" exportado por Moscovo

"Para nós, é importante uma posição consistente dos países do G7 em matéria de sanções. Devem ser reforçados ainda mais, limitando os preços do petróleo exportado pelo agressor", escreveu Volodymyr Zelensky na rede social Twitter, citado pela agência noticiosa francesa AFP.

12h25 - Zelensky pede ao G7 sistemas de defesa

O presidente ucraniano pediu aos líderes do G7 sistemas de defesa antiaérea, ajudas para a reconstrução do país e uma estratégia contra o bloqueio russo às exportações de trigo ucraniano.

Volodymyr Zelensky dirigiu-se aos líderes das sete maiores economias mundiais (G7) através de videoconferência, numa sessão realizada à porta fechada, da qual apenas algumas imagens iniciais foram transmitidas sem som.

A intervenção do Ppresidente ucraniano abriu o segundo dia da cimeira do G7, a decorrer desde domingo nos Alpes bávaros, que, de acordo com fontes norte-americanas, irá acordar novas sanções contra a Rússia, que iniciou uma ofensiva militar contra a Ucrânia em 24 de fevereiro.

12h17 - Chanceler alemão promete pressão do G7 sobre Putin até acabar a guerra

O chanceler alemão, Olaf Scholz, assegurou hoje ao Presidente ucraniano que o G7 "continuará a aumentar a pressão" sobre Vladimir Putin até que termine a guerra que o líder russo iniciou na Ucrânia.

"Como G7, mantemo-nos unidos com a Ucrânia e continuaremos a apoiá-la. Para tal, todos temos de tomar decisões difíceis, mas necessárias", escreveu Scholz na rede social Twitter, citado pela agência francesa AFP.

"Vamos continuar a aumentar a pressão sobre Putin. Esta guerra deve terminar", acrescentou, referindo-se ao conflito na Ucrânia que a Rússia iniciou ao invadir o país vizinho, em 24 de fevereiro.

A declaração de Scholz foi divulgada depois de Volodymyr Zelensky ter discursado por videoconferência perante os líderes do grupo das sete nações mais industrializadas, que estão reunidos em cimeira em Elmau, nos Alpes alemães.

A intervenção de Zelensky abriu o segundo dia da cimeira do G7, em que participam, além da Alemanha, os líderes do Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, bem como da União Europeia (UE).

(agência Lusa)

11h50 - Rússia impõe sanções a 43 cidadãos canadianos

Moscovo impôs sanções a 43 cidadãos canadianos, impedindo-os de entrar no país em resposta às sanções ocidentais.

A lista, publicada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, incluí o presidente do Partido Liberal no governo do Canadá, Suzanne Cowan, e o antigo governador do Banco de Inglaterra e do Banco do Canadá, Mark Carney.

Em abril, Moscovo sancionou 61 funcionários e jornalistas canadianos e impediu dezenas de outros políticos, jornalistas e figuras empresariais ocidentais de entrar na Rússia.

11h25 - Primeiro-ministro britânico destaca unidade do G7

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, destacou hoje a unidade do G7 no apoio à Ucrânia sobre a agressão russa e salientou a necessidade de ajudar os ucranianos a reconstruir a economia do país.

"O que realmente me impressionou nos últimos dias foi a incrível consistência da nossa determinação e a unidade contínua do G7. Isso brilhou certamente na conversa dos últimos dias", disse Johnson à BBC na Alemanha, onde está a participar na cimeira dos líderes do G7, o grupo das economias mais industrializadas.

Os países que apoiam a Ucrânia, defendeu, "têm de continuar a ajudar os ucranianos a reconstruir a sua economia, a exportar os seus cereais e, claro, temos de os ajudar a protegerem-se a si próprios".

O primeiro-ministro britânico salientou também a difícil situação militar no sudeste do país, "mas", disse ele, "os ucranianos mostraram que têm uma capacidade incrível" para inverter a situação militar.

O presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, dirigiu-se hoje aos líderes do G7 na abertura do segundo dia da cimeira, que, segundo fontes norte-americanas, vão acordar novas sanções contra a Rússia.

(Agência Lusa)

10h58 - Sanções do G7 visam petróleo e indústria da defesa da Rússia

Os países do G7 vão desenvolver um mecanismo para limitar o preço do petróleo russo e tentar restringir o acesso da Rússia a recursos industriais no setor da defesa, disse hoje um alto funcionário norte-americano.

Num encontro com jornalistas, a mesma fonte explicou que os líderes das sete nações mais industrializadas do mundo, que estão hoje reunidos em Elmau, na Alemanha, querem também coordenar a utilização de impostos aduaneiros sobre produtos russos para ajudar a Ucrânia.

Os pormenores sobre o funcionamento do mecanismo para impor um preço máximo global ao petróleo russo, bem como o seu impacto na economia do país, serão acertados pelos ministros das Finanças do G7 nas próximas semanas e meses, disse a fonte oficial citada pelas agências noticiosas AFP, AP e EFE.

O funcionário da administração norte-americana, que falou aos jornalistas na condição de não ser identificado, destacou que as novas sanções visarão em particular o setor da Defesa russo.

Disse que os Departamentos do Estado e do Tesouro dos Estados Unidos vão anunciar, na terça-feira, sanções contra “grandes empresas de defesa estatais”, dezenas de entidades e de indivíduos russos que visarão a cadeia de fornecimento militar da Rússia.

O objetivo é limitar a capacidade de Moscovo de substituir o equipamento militar que perdeu na guerra que iniciou na Ucrânia em 24 de fevereiro, segundo a fonte.

As sanções que serão anunciadas pelos Estados Unidos na terça-feira visarão também empresas militares privadas que operam na Ucrânia e unidades militares russas que se “acredita estarem envolvidas em abusos de direitos ou violações do direito humanitário internacional na Ucrânia”, referiu.

Também serão impostas sanções contra os envolvidos em “táticas da Rússia para roubar o trigo ucraniano ou que lucraram ilegalmente com os combates”, disse a mesma fonte.

(Agência Lusa)

10h32 - Exportações de cereais ucranianos caíram em junho

As exportações ucranianas de cereais nos primeiros 22 dias de junho caíram 44 por cento para 1,11 milhões de toneladas.

Os volumes incluíram 978 toneladas de milho, 104 mil toneladas de trigo e 24 mil de cevada.

10h01 - Apelo de Zelensky ao G7

O presidente ucraniano pediu aos líderes do G7 sistemas de defesa antiaérea, garantias de segurança, ajuda na exportação de cereais, novas sanções contra a Rússia e ajuda à reconstrução. 

Volodymyr Zelensky dirigiu-se aos líderes das sete maiores economias mundiais (G7) através de videoconferência, numa sessão realizada à porta fechada, da qual apenas algumas imagens iniciais foram transmitidas sem som.

No entanto, e de acordo com informações fornecidas por fontes alemãs e da União Europeia (UE), citadas pela agência noticiosa espanhola EFE, o líder ucraniano avançou com estes pedidos durante a sua intervenção.

A intervenção do Presidente ucraniano abriu o segundo dia da cimeira do G7, a decorrer desde domingo nos Alpes bávaros, que, de acordo com fontes norte-americanas, irá acordar novas sanções contra a Rússia, que iniciou uma ofensiva militar contra a Ucrânia em 24 de fevereiro. 

(Agência Lusa)

09h45 -Von der Leyen favorável à participação do ocidente na cimeira do G20 incluindo de Putin

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, é a favor da participação dos países ocidentais na próxima cimeira do G20 em novembro na Indonésia, apesar da provável presença do Presidente russo.

“Acho que é melhor para ele [Vladimir Putin] dizermos pessoalmente, caso venha, o que pensamos, e que tome uma posição”, disse Ursula von der Leyen ao canal de televisão alemão ZDF domingo à noite.

Úrsula Von der Leyen foi questionada sobre a possibilidade de um boicote dos países ocidentais ao G20 (Grupo das 20 maiores economias mundiais, que inclui a União Europeia) e falou à margem do G7 que está decorrer na Alemanha.

"O G20 é importante demais para os países em desenvolvimento, países emergentes, para que deixemos Putin destruí-lo", acrescentou von der Leyen.

A Indonésia, que está atualmente na presidência do G20, está a organizar a cimeira que se deverá realizar em Bali em novembro.

(Agência Lusa)

08h57 - Rússia entra em incumprimento pela primeira vez em 100 anos, Bloomberg

A Rússia entrou em incumprimento pela primeira vez em 100 anos, uma vez que o período de carência para o pagamento de quase 100 milhões de dólares em juros sobre a sua dívida soberana expirou, informou hoje a Bloomberg.

O período de tolerância de 30 dias para os credores da Rússia receberem o pagamento expirou no domingo.

Segundo a Bloomberg, esta situação é considerada um evento de suspensão de pagamentos e é o "culminar das sanções ocidentais cada vez mais severas (contra a Rússia pela sua "operação militar especial" na Ucrânia) que têm bloqueado os canais de pagamento aos credores estrangeiros".

"É um sinal sombrio da rápida conversão do país (Rússia) num pária económico, financeiro e político", disse a agência.

(agência Lusa)

08h54 - Cimeira NATO. Ministro dos Negócios Estrangeiros diz que encontro será um marco para o futuro

João Gomes Cravinho considera que a cimeira da NATO em Madrid vai ser determinante para o futuro da organização. Um dos principais temas em discussão vai ser o novo conceito estratégico da aliança atlântica.

08h31 - Turquia vai reunir-se com Finlândia e Suécia em Madrid

O Presidente da Turquia vai participar numa ronda de conversações com os líderes da Suécia e da Finlândia, bem como na cimeira da NATO.

O encontro está marcado para terça-feira em Madrid e foi solicitado pelo secretário-geral da NATO, para tentar um acordo em relação à adesão sueca e finlandesa à Aliança Atlântica.

O anúncio foi feito pelo porta-voz do Presidente Erdogan.


A capital ucraniana esteve este fim de semana na mira dos ataques russos, o que obrigou a população a abandonar novamente a cidade para procurar abrigo noutras cidades.

Outra das questões que estão em cima da mesa com o prolongar da invasão russa do território ucraniano é a dificuldade de fazer sair as produções do país, em particular os cereais que alimentam vários territórios por todo o mundo. Ontem, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, anunciava “intensos contactos” para que a exportação de cereais ucranianos seja feita de forma segura.

Guterres sublinhou que o problema da insegurança alimentar é já "absolutamente dramático".