Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Raquel Ramalho Lopes, Cristina Sambado, Carlos Santos Neves - RTP

O presidente russo desafiou a NATO a vencer a Rússia em território ucraniano, enquanto o seu exército intensifica ataques no Donbass EPA

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

00h23 - Putin desafio Ocidente a derrotar Rússia no Campo de Batalha

O Presidente russo desafia o Ocidente a tentar derrotar a Rússia no campo de batalha. Num discurso dirigido aos líderes parlamentares, Vladimir Putin responsabilizou também os Estados Unidos e a União Europeia pela crise alimentar que se vive no mundo, numa altura em que grande parte dos cereais que saem da Ucrânia estão bloqueados nos portos do Mar Negro.

Os aliados acusam os russos de estarem a vender os cereais que estão a roubar.


22h32 - Comissão Europeia já prepara novo pacote de sanções à Rússia

O ministro checo dos Negócios Estrangeiros avançou que a Comissão Europeia já está a preparar o sétimo pacote de sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia, garantindo que as medidas restritivas “estão a ter efeito”.

Escusando-se a especificar o conteúdo deste novo pacote de medidas restritivas, Jan Lipavský indicou também “não existir um prazo” para avançar com as novas sanções.

Fontes europeias admitem que neste novo pacote possa abranger a inclusão de mais indivíduos à lista de sancionados (que passam a ser alvo por exemplo da proibição de viajar para a UE ou de deter ativos na União), bem como mais sanções financeiras (depois de terem sido suspensos bancos russos do espaço comunitário).

De acordo com as mesmas fontes, não estão incluídas novas sanções na energia, depois de a UE ter avançado com um embargo ao carvão russo (no quinto pacote) e uma proibição parcial ao petróleo russo (no sexto pacote).

Eventuais outras sanções na energia, como ao gás russo, poderiam acentuar ainda mais a situação de crise energética em que a UE já se encontra e que foi agravada pela guerra, adiantaram as mesmas fontes, numa altura em que se teme também constrangimentos no fornecimento da Rússia no próximo outono e inverno.

(agência Lusa)

22h00 - Federação Russa controla 22% das terras agrícolas

A Federação Russa controla 22% das terras agrícolas ucranianas e a invasão russa ameaça as colheitas deste verão, o que vai agravar a crise alimentar mundial, estimam investigadores da NASA.

"O celeiro do mundo está em guerra" e "estamos no primeiro estádio de uma crise alimentar que vai provavelmente afetar todos os países e cada pessoa no mundo de uma certa maneira", disse Inbal Becker-Reshef, diretora do programa da agência espacial dos EUA para as colheitas.

Segundo imagens de satélite obtidas em 13 de junho, pela missão Sentinel-2 da Agência Espacial Europeia e analisada por aquele programa, 22% das terras agrícolas da Ucrânia estão sob controlo dos russos no leste e sul do país.

Isto inclui 28% dos cereais de inverno (trigo, cevada e centeio) e 18% da colheita de verão (milho e girassol), avançou a NASA na sua nota.

Antes da invasão russa, em 24 de fevereiro, a Ucrânia representava 46% do óleo de girassol, nove por cento das exportações de trio, 17% de cevada e 12% de trigo, segundo o Departamento da Agricultura dos EUA.

O período entre julho e outubro é particularmente importante para os agricultores ucranianos, que colhem os cereais de inverno e os plantados na primavera. Os cereais de inverno a colher no próximo ano devem ser semeados antes de novembro.

(agência Lusa)

21h25 - Casa Branca considera que admissão de culpa de desportista não terá impacto nas negociações com a Rússia

A confissão de culpa da jogadora de basquetebol norte-americana Brittney Griner, detida em fevereiro no aeroporto de Sheremetyevo, em Moscovo, com cartuchos contendo óleo de haxixe, não afetará as negociações para levá-la para os EUA, disse a secretária de imprensa da Casa Branca.

A medida também não afetará as negociações com Moscovo para garantir a libertação do ex-fuzileiro naval dos EUA Paul Whelan, que está preso na Rússia e acusado de espionagem, acrescentou Karine Jean-Pierre, citada pela agência Reuters.

21h05 - Canadá envia 39 veículos blindados para a Ucrânia neste verão

O Canadá vai enviar 39 veículos blindados fabricados pela General Dynamics para a Ucrânia no final deste verão para ajudar Kiev na defesa contra a invasão russa.

O chamado veículo blindado de apoio ao combate pode ser usado como ambulância, veículo de manutenção e recuperação ou para transportar tropas.

O envio da frota foi anunciado pelo primeiro-ministro Justin Trudeau no final da cimeira da NATO em Madrid, na semana passada. De acordo com a agência Reuters, integra o apoio militar de 500 milhões de dólares canadianos à Ucrânia.

20h53 - RTP em Toresk. Bombardeamentos no Donbass são cada vez mais intensos

Os bombardeamentos russos no leste da Ucrânia são cada vez mais intensos e continuam também a provocar vitimas mortais entre a população civil.

Uma das duas cidades ainda controladas pelas forças ucranianas, estava há algum tempo sem ser flagelada pela artilharia russa e agora voltou a sê-lo. É uma região mineira, em que as pessoas deixaram de ter trabalho, mas não vão partir, nem têm meios para fazê-lo, conforme testemunhou a equipa de reportagem da RTP.


19h30 - República Checa quer “desrussificação” europeia na energia em momento difícil

O primeiro-ministro da República Checa admitiu que o país assume a presidência rotativa do Conselho da União Europeia (UE) num “momento difícil”, pedindo uma “desrussificação” da energia vinda da Rússia devido à guerra na Ucrânia.

“Assumimos a presidência [rotativa do Conselho da UE] num momento muito difícil, no qual os cidadãos europeus esperam, de nós, não enfrentar falta de energia no próximo inverno, não ter medo de novos picos de preços e ainda que tenham sempre comida suficiente na mesa”, declarou Petr Fiala.

O chefe de Governo apontou que uma das prioridades da presidência checa é a de reduzir a dependência energética da UE face à Rússia, numa altura em que se teme ruturas no abastecimento, nomeadamente do gás russo.

A agressão russa mostrou que não podemos estar dependentes de países que são uma séria ameaça à nossa segurança e temos de fazer uma rápida 'desrussificação' das nossas importações de energia e esta não só é uma necessidade, como também uma oportunidade”, referiu Petr Fiala.

Outra das prioridades checa é apostar numa “reconstrução massiva” da Ucrânia, que deve “começar o mais cedo possível, ainda antes de o conflito acabar”.

Fiala defendeu ainda a necessidade de avançar com “assistência financeira para apoiar os Estados-membros mais afetados”, rejeitando porém “qualquer forma de recolocação forçada”.

As tensões geopolíticas devido à guerra na Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros.

Em Portugal, o gás russo representou, em 2021, menos de 10% do total importado.

(agência Lusa)

19h10 - "A Rússia ainda não começou nada a sério” na Ucrânia, avisa Putin

A Rússia "ainda não começou nada a sério" na Ucrânia, onde lidera uma vasta invasão militar desde 24 de fevereiro, avisou o presidente Vladimir Putin. "Ao mesmo tempo, não estamos a recusar as negociações de paz. Mas aqueles que as recusam devem saber que quanto mais tempo (demoram), mais difícil será para eles negociarem connosco", alertou ainda o presidente russo.

Numa reunião com líderes dos grupos da câmara baixa do Parlamento russo, transmitida na televisão, Vladimir Putin deixou ainda um desafio ao Ocidente que, no seu entender, quer derrotar a Rússia na Ucrânia, com americanos e europeus aceleraram a entrega de armas às forças de Kiev.
 
"Hoje ouvimos que eles querem-nos derrotar no campo de batalha. O que posso dizer? Que tentem!", desafiou. "Ouvimos muitas vezes que o Ocidente quer lutar contra nós até o último ucraniano. É uma tragédia para o povo ucraniano, mas parece que tudo está a caminhar para isso", considerou.

Citado pelas agências internacionais, o presidente russo notou que o “Ocidente, liderado pelos Estados Unidos, tem sido extremamente agressivo para com a Rússia durante décadas”. Putin admitiu ainda que as sanções ocidentais têm causado dificuldades à Rússia, mas garante que não na escala pretendida.

Por isso, Vladimir Putin não hesita em dizer que o Ocidente falhou na nova tentativa de conter a Rússia.

Na perspetiva do chefe de Estado russo, estamos a assistir “ao início da transição para um mundo multi-polar”, enquanto o Ocidente “está a degenerar para o totalitarismo”.

18h20 - Ataque a Kharkiv vitima três civis

Três pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas na sequência de disparos russsos de foguetes contra uma bairro da cidade de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia.

"Três civis foram mortos e cinco ficaram feridos como resultado do bombardeio do distrito de Nemyshlyan", denunciou Oleh Synegubov, o governador regional, no serviço de mensagens Telegram.

A Rússia, que invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro, nega visar civis.

18h07 - Amnistia acusa Rússia de ataque contra alvos civis em Serhiivka que fez 21 mortos

A Amnistia Internacional (AI) responsabilizou hoje as forças russas pela morte de 21 civis num ataque, na semana passada, a um bloco de apartamentos e um hotel na cidade costeira de Serhiivka, no sul da Ucrânia.

17h45 - Kiev agradece a Johnson apoio "nos momentos mais difíceis"

A Presidência da Ucrânia agradeceu ao primeiro-ministro britânico pelo apoio nos "momentos mais difíceis" da invasão russa ao país, após Boris Johnson se demitir como líder do Partido Conservador, o que abre caminho para a sua substituição.

“Obrigado a Boris Johnson por entender a ameaça do monstro russo e estar sempre na vanguarda do apoio à Ucrânia”, bem como por “assumir as suas responsabilidades nos momentos mais difíceis”, escreveu na rede social Twitter o conselheiro presidencial Mykhailo Podoliak.


Na quarta-feira, o Governo britânico anunciou que vai libertar mil milhões de libras (cerca de 1,16 mil milhões de euros) em ajuda militar adicional à Ucrânia para responder à invasão russa, incluindo sistemas de defesa antiaérea e ‘drones’ (aparelhos aéreos não tripulados).

Os novos fundos fazem aumentar a ajuda militar britânica a Kiev para 2,3 mil milhões de libras (cerca de 2,7 mil milhões de euros).

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, demitiu-se hoje da liderança dos conservadores, mas anunciou que vai manter-se na chefia do Governo até ser escolhido um novo líder do partido, que se tornará automaticamente primeiro-ministro.

Johnson, 58 anos, saiu na sequência de uma série de demissões do seu governo e após uma sucessão de escândalos.

(agência Lusa)

17h30 - MNE russo e chinês encontram-se em Bali

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China e o homólogo russo debateram a guerra na Ucrânia antes da reunião ministerial do G20, em Bali, que deverá ser dominada pelo conflito e suas repercussões globais.

Wang Yi e Serguei Lavrov "enfatizaram a natureza inaceitável das sanções unilaterais adotadas ao contornar a ONU", refere o ministério russo, citado pela AFP.

Pequim mantém as relações com Moscovo, apesar das tentativas dos países Ocidentais de isolar a Rússia, tanto ao nível político como económico, como sanção pela invação da Ucrânia.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que já se encontra em Bali, também participará da reunião do G20 na sexta-feira. No sábado, deverá encontrar-se com Wang Yi.

Contudo, deverá ignorar Serguei Lavrov apesar de ser a primeira vez que se encontram desde o início da guerra.

17h13 - Pedida pena de prisão contra deputado municipal russo que criticou invasão da Ucrânia

O procurador russo pediu, esta quinta-feira, uma pena de sete anos de prisão contra um deputado municipal de Moscovo, acusado de ter divulgado "informações falsas" sobre os soldados que participam da guerra na Ucrânia.

O procurador acusou Alexei Gorinov, de 60 anos, de ter "enganado um grande número de pessoas", num contexto de repressão de qualquer voz da oposição, de acordo com o correspondente da Agência France Presse presente na audiência.

Eleito pela oposição e detido a 26 de abril em Moscovo, Alexei Gorinov foi acusado de ter sido motivo pelo "ódio político" e de ter "agido em grupo".

Durante a audiência Gorinov respondeu que era "contra todas as guerras" e deu como exemplo os conflitos no Afeganistão, Chechénia e Iraque.

"O meu pai regressou inválido da Segunda Guerra Mundial. E o seu irmão, com menos uma pena", justificou.

16h47 - Finlândia modifica leis para fortalecer barreiras na fronteira com a Rússia

O Parlamento finlandês modificou esta semana as suas leis para fortalecer as barreiras na fronteira entre a Finlândia e a Rússia, quando o país nórdico iniciou seu processo de adesão à NATO, disseram hoje autoridades locais.

16h20 - Pelo menos um morto e seis feridos no ataque a Kramatorsk

Pelo menos uma pessoa morreu e seis ficaram feridas num ataque com mísseis russos ao coração da cidade de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, denunciou o governador da região de Donetsk.

Pavlo Kyrylenko afirmou que o míssil danificou seis edifícios, incluindo um hotel e um bloco de apartamentos no grande centro industrial.

"Este é um ataque deliberado contra civis... isso continuará até que os expulsemos", disse a principal autoridade regional.

O jornalista da RTP António Mateus relatou um cenário de destruição em Karamatorsk. Também um repórter da Reuters naquela cidade viu uma cratera de vários metros de profundidade onde o míssil caiu, num pátio entre prédios residenciais. Árvores foram arrancadas e vários carros ficaram muito danificados.

Todas as janelas das casas vizinhas foram destruídas. Os moradores, alguns com curativos em feridas recentes, recolheram os entulhos.

A cidade vizinha de Sloviansk, também na região de Donetsk, também foi atacada. O autarca disse que houve vítimas, mas não deu mais detalhes.

A Rússia não comentou imediatamente a situação em Kramatorsk ou em Sloviansk e nega deliberadamente os ataques as civis.

Depois de efetivamente garantir o controle da região vizinha de Lugansk, Moscovo deixou claro que quer capturar partes da região de Donetsk que suas forças ainda não conquistaram.

Autoridades ucranianas disseram esperar que Kramatorsk e Sloviansk se tornem o próximo foco da ofensiva russa.

Três civis também foram feridos por fogo russo na região de Kharkiv, próximo das regiões de Donetsk e Luhansk, disse a administração da região de Kharkiv.

16h00 - Boris Johnson promete trabalhar para desbloquear cereais ucranianos

O primeiro-ministro do Reino Unido confirmou ao presidente ucraniano que o Governo britânico vai continuar a apoiar a Ucrânia durante a guerra, apesar da sua saída anteipada da liderança do Partido Conservador.

Boris Johnson promteu empenhar-se na cooperação militar e política e também nas negociações para a retoma das exportações de cereais, bloqueados pela Rússia nos portos ucranianos.

"O presidente Zelensky agradeceu ao primeiro-ministro pela sua acção decisiva sobre a Ucrânia, e disse que o povo ucraniano estava grato pelos esforços do Reino Unido", afirmou um porta-voz de Downing Street.

15h58 - Zelensky expressa "tristeza" pela saída de Boris Johnson

O presidente ucraniano telefonou ao primeiro-ministro britânico para lhe comunicar a sua "tristeza" pela saída da presidência do Partido Conservador britânico, refere a presidência ucraniana em um comunicado.

"Todos nós recebemos esta notícia com tristeza. Não só eu, mas também toda a sociedade ucraniana que simpatiza muito consigo", declarou Volodymyr Zelensky, citado pela agência France Presse.

Zelensky sublinhou depois o reconhecimento dos ucranianos pelo apoio do primeiro-ministro britânico no contexto da invasão russa. "Não temos dúvidas de que o apoio da Grã-Bretanha continuará, mas a sua liderança pessoal e carisma tornaram-no especial", referiu o presidente ucraniano.

De acordo com um porta-voz da presidência ucraniana, Boris Johnson concluiu a ligação elogiando o presidente Zelensky. "É um herói, todos o amam", afirmou o britânico.

Johnson foi um dos políticos ocidentais mais eloquentes no seu apoio a Kiev.

15h40 - Rússia critica apoio ocidental às "ambições militaristas" de Kiev

A Rússia criticou o apoio ocidental dado às "ambições militaristas" da Ucrânia, por considerar que isso dificulta a possibilidade de negociações entre Moscovo e Kiev.

A posição foi tomada durante uma reunião bilateral, antes do encontro entre os chefes da diplomacia dos países do G20, entre o ministro dos Negócios Estrangeiros russo e o seu homólogo turco.

"Confirmou-se a posição de princípio da Rússia sobre a inadmissibilidade do apoio do Ocidente às ambições militaristas do regime de Kiev, que incentiva as autoridades ucranianas a rejeitar os acordos de paz anteriormente alcançados", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo em comunicado.

Apesar de o diálogo político para alcançar um cessar-fogo estar atualmente suspenso, a Turquia tenta ser mediador entre a Rússia e a Ucrânia e está a intervir diplomaticamente para facilitar um acordo de exportação dos cereais ucranianos, bloqueados pelos russos.

Moscovo referiu que os ministros Lavrov e Cavusoglu abordaram a "interação da Rússia e da Turquia no Mar Negro", sem dar mais pormenores.

(agência Lusa)

15h32 - Basquetebolista americana detida na Rússia declara-se culpada por tráfico de droga

A jogadora de basquetebol norte-americana Brittney Griner declarou-se culpada de crimes relacionados com tráfico de droga, o que poderá valer-lhe uma pena de prisão de 10 anos.

Griner foi detida em fevereiro na posse de óleo de cannabis, após aterrar no aeroporto Sheremetevo, em Moscovo.

"Desejo declarar-me culpada de todas as acusações. Mas não houve intenção. Não quis violar a lei russa", disse a jogadora do Phoenix Mercury, em Inglês, no tribunal. A declaração foi depois traduzida para Russo.

“Eu estava com pressa enquanto fazia as malas e as embalagens acabaram por ir parar, acidentalmente, à minha bolsa”, acrescentou Grinesr, citada pelas agências internacionais Reuters e AFP.

A audiência foi adiada para 14 de julho, quando Griner será interrogada pelo tribunal.

Griner, de 31 anos, ia jogar na Rússia entre as temporadas do campeonato americano, uma prática comum para jogadoras da WNBA.

15h05 - UE quer Rússia fora da cimeira do G20

A União Europeia (UE) quer ver a Rússia afastada da cimeira do G20, agendada para novembro em Bali, Indonésia, por considerar que a participação de Moscovo “ameaça a credibilidade” do grupo.

“A participação da Rússia a alto nível pode constituir uma ameaça à credibilidade, eficácia e relevância do G20", disse, na conferência de imprensa diária da Comissão Europeia, a porta-voz para a Política Externa, Nabila Massrali.

“A terrível guerra contra a Ucrânia e as consequências da agressão da Rússia serão discutidas durante estas reuniões, mas não permitiremos que Moscovo utilize o G20 como plataforma para a sua propaganda", acrescentou ainda.

14h51 - Zelensky afirma que Boris Johnson tem “sido um verdadeiro amigo da Ucrânia”

O presidente ucraniano está confiante que a política britânica em relação ao seu país não se vai alterar, apesar da demissão de Boris Johnson.

14h40 - Míssil russo atingiu petroleiro que anda à deriva no Mar Negro

Dois mísseis KH31 atingiram o petroleiro Millenial Spirit, de bandeira moldava, que anda à deriva no Mar Negro com 500 toneladas de diesel a bordo.

O navio já foi atingido duas vezes desde a invasão russa à Ucrânia.

Desde então, o barco tem andado à deriva sem tripulação e com restos de gasóleo a bordo, revelaram forças ucranianas.

14h18 - Borrell e MNE indiano debatem formas para Rússia suspender guerra

O alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, discutiu hoje, em reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, Subrahmanyam Jaishankar, como podem levar a Rússia a parar a guerra contra a Ucrânia.

O encontro aconteceu em Nusa Dua, na Indonésia, a propósito da presença de ambos na reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros do G20 (as 19 maiores economias mundiais e a União Europeia).

“Conversámos sobre como podemos trabalhar juntos para garantir que a Rússia suspende a sua guerra contra a Ucrânia e sobre as implicações globais da invasão”, escreveu Borrell na rede social Twitter, depois de ter abordado anteriormente o mesmo assunto com os chefes da diplomacia dos Estados Unidos, China e Indonésia, em reuniões bilaterais.

(Agência Lusa)

13h49 -Ataque a Kramatorsk deixou rasto de destruição

Kramatorsk foi atacada esta quinta-feira, com mísseis a atingir o centro da cidade. Os enviados da RTP à Ucrânia, António Mateus e Cláudio Calhau, estavam no local na altura do ataque e mostram agora o rasto da destruição.

Os destroços atingiram vários edifícios, matando pelo menos um civil e ferindo dois.

13h31 - Reino Unido continua a apoiar a Ucrânia

No discurso de demissão, Boris Jonhson garantiu que o Reino Unido vai continuar a apoiar a Ucrânia “durante o tempo que for necessário”.

Jonhson acrescentou que estava “imensamente orgulhoso” dos feitos do seu Governo, incluindo “liderar o Ocidente na resistência à agressão de Putin na Ucrânia”.

13h18 - Cargueiro com cereais ucranianos entra em águas russas

O cargueiro russo Zhibek Zholy, que Kiev diz transportar trigo ucraniano roubado, entrou em águas territoriais da Rússia depois de deixar a costa turca, onde estava imobilizado desde sexta-feira, de acordo com autoridades da Turquia.

O Zhibek Zholy, que estava fundeado no porto de Karasu, no Mar Negro, emitiu o seu mais recente sinal a cerca de 20 quilómetros da costa turca, segundo o ‘site’ especializado Marine Traffic, que permite acompanhar o tráfego marítimo em tempo real.

De acordo com um alto funcionário turco, a embarcação "entrou em águas territoriais russas, mas não se aproximou de qualquer porto", para já.

12h38 - EUA esperam progressos sobre preços da energia e alimentos na reunião do G20

Um elemento da administração norte-americana disse hoje acreditar que os chefes da diplomacia do G20 conseguirão fazer progressos para enfrentar algumas das consequências globais da guerra na Ucrânia, apesar da participação russa na reunião em Bali.

Em declarações citadas pela agência francesa AFP, o funcionário norte-americano, que falou aos jornalistas na condição de não ser identificado, referiu que Washington espera progressos na reunião de dois dias que hoje começa na ilha indonésia de Bali, sobretudo em matérias como a segurança alimentar e os preços da energia.

12h29 - Polónia concedeu mais de 96 mil vistos a refugiados em maio

A Polónia foi o Estado-membro da União Europeia (UE) que maior número de refugiados ucranianos acolheu em maio (96.085), na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, revelou hoje o Gabinete de Estatísticas da União Europeia - Eurostat.

Depois da Polónia (96.085), a Roménia (20.435) e a Bulgária (19.860) foram os países que mais concederam estatuto de proteção temporária a ucranianos, em maio.

O serviço de estatística da UE ressalva, no entanto, que há casos como o de Portugal – com 3.560 vistos concedidos a ucranianos - que deram proteção a pessoas de outras nacionalidades, no caso 825 nigerianos - e da Polónia, que acolheu também 205 russos.

(Agência Lusa)

12h03 - Ponto da situação

  • Moscovo afirma que matou militares ucranianos que tentavam atear hastear a bandeira da Ucrânia na Ilha da Serpente.
  • Autoridades de Odessa revelaram que mísseis russos atingiram e destruíram vários silos de cereais na Ilha da Serpente.
  • Ucrânia convocou o embaixador da Turquia após um navio russo carregado com cerais ucranianos ter sido autorizado a partir do porto turco de Karasu.
11h39 - UE pede à China que desempenhe papel “mais construtivo” na guerra

O alto representante da União Europeia (UE) para a política externa, Josep Borrell, pediu hoje ao ministro dos Negócios Estrangeiro da China, Wang Yi, que o país desempenhe um papel “mais construtivo” na guerra da Ucrânia.

Numa reunião bilateral em Nusa Dua, na Indonésia, por ocasião da reunião entre os altos diplomatas dos países membros do G20, Borrell “pediu à China que desempenhe um papel mais construtivo” na invasão da Ucrânia pela Rússia e que pare com a “campanha de desinformação sobre as causas e as consequências económicas globais suscitadas” pela guerra.

Segundo uma mensagem de Borrell na sua conta oficial na rede social Twitter, o chefe da diplomacia europeia abordou também com Wang o estado atual das relações China – União Europeia.

Borrell destacou no dia anterior, ao chegar à Indonésia, o apoio da UE a “soluções multilaterais para problemas globais”.

“Apoiamos a presidência do G20 para encontrar soluções multilaterais para os problemas globais, o que permanece tão necessário como sempre, enquanto a guerra da Rússia contra a Ucrânia destrói os fundamentos da ordem baseada em regras”, afirmou Borrell, após uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Ibu Retno, cujo país detém a presidência do G20.

(Agência Lusa)

11h27 - Toretsk. Enviados especiais da RTP a dois quilómetros da frente russa

Em Toretsk, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, um bombardeamento aéreo russo causou as mortes de três pessoas: avó, mãe e uma filha de 17 anos. Os enviados da RTP António Mateus e Cláudio Calhau estiveram no local.

Em Toretsk, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, um bombardeamento aéreo russo causou as mortes de três pessoas: avó, mãe e uma filha de 17 anos. Os enviados da RTP António Mateus e Cláudio Calhau estiveram no local.




11h10 - Rússia afirma que ataques com mísseis na Ilha da Serpente matou tropas ucranianas

O Ministério da Defesa russo afirmou que um avião de guerra atingiu e matou um número não especificado de tropas ucranianas na Ilha da Serpente, no Mar Negro, depois de ter sido hasteada a bandeira ucraniana.

10h54 - Ucrânia convoca embaixador da Turquia após navio russo com cereais ucranianos ser autorizado a partir

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia revelou que um navio russo carregado com cereais ucranianos tinha sido autorizado a deixar o porto turco de Karasu, chamando-lhe "uma situação inaceitável e convocando o embaixador da Turquia".

"Lamentamos que o navio russo Zhibek Zholy, que estava cheio de cereais ucranianos roubados, tenha sido autorizado a deixar o porto de Karasu, apesar das provas criminais apresentadas às autoridades turcas", escreveu no Twitter o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Oleg Nikolenko, revela a Reuters.
"O embaixador da Turquia em Kiev será convidado para o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, a fim de esclarecer esta situação inaceitável".

10h36 - Bandeira ucraniana hasteada na Ilha da Serpente

A bandeira ucraniana voltou a ser hasteada na Ilha da Serpente, no Mar Negro, dias depois da partida das tropas russas, revelou o porta-voz da administração militar de Odessa, Serhii Bratchuk.

As forças de Moscovo deixaram a Ilha da Serpente na passada semana.

10h10 - Baixas em Donetsk

A autoproclamada República Popular de Donetsk revelou o número de baixas nas últimas 24 horas, alegando que sete pessoas foram mortas e 30 civis ficaram feridos.

A Rússia e a Síria são os únicos Estados-membros da ONU que reconhecem a República Popular de Donetsk como autoridade legítima.

9h31 - Finlândia aprova leis para reforçar segurança na fronteira com a Rússia

O parlamento finlandês aprovou uma lei que permite o encerramento da fronteira com a de cerca de 1.300 quilómetros com a Federação Russa.

Helsínquia receia que a Rússia possa retaliar os planos da Finlândia de aderir à NATO.

A lei tem também implicações para os requerentes de asilo na Finlândia, uma vez que permitirá ao Governo construir cercas ou barreiras perto das fronteiras finlandesas e direcionar todos os pedidos de asilo para um ou vários postos fronteiriços.

9h17 - Médica libertada acusa raptores de tortura

Uma paramédica ucraniana, que foi capturada pelas forças russas e separatistas há três meses na cidade de Mariupol, acusou os raptores de violência psicológica e física durante o tempo que esteve em cativeiro.

Em declarações à CNN, Yulia Paievska, conhecida na Ucrânia como Taira, afirmou que a tortura começou após ter sido reconhecida num posto de controlo fronteiriço perto de Mariupol e feita prisioneira, juntamente com o seu motorista a 16 de março.

“Durante cinco dias não comi e praticamente não bebi”, acrescentou Yulia Paievska, quase três semanas depois de ter sido libertada numa troca de prisioneiros a 17 de junho.

8h53 - Silos de cereais da Ilha da Serpente atingidos por mísseis

As autoridades de Odessa revelaram que os silos de cereais na Ilha da Serpente foram atingidos por mísseis.

Dois rockets atingiram dois hangares agrícolas durante a noite, que foram destruídos. Um dos silos tinha cerca de 35 toneladas de cereais armazenados.

O cais da Ilha da Serpente ficou danificado.

8h35 - Rússia mantém bombardeamentos em Donetsk

No briefing diário, o Ministério da Defesa britânico afirma que as tropas de Moscovo continuam com fortes bombardeamentos em Donetk, mas com poucos avanços. As unidades russas envolvidas nas conquistas da passada semana estão “provavelmente a reconstituir-se”.


No início desta semana, o Presidente russo Vladimir Putin felicitou aqueles que tinham tomado Lysychansk "devem descansar, aumentar as suas capacidades de combate".

8h11 - Nova Zelândia critica incapacidade do Conselho de Segurança da ONU

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, criticou hoje a "incapacidade" do Conselho de Segurança da ONU em bloquear o poder de veto da Rússia sobre a invasão da Ucrânia.

"Temos de reformar as Nações Unidas para que não tenhamos de depender que cada país imponha as sanções autonomamente", disse Ardern num discurso no Lowy Institute em Sydney, no âmbito da visita oficial à Austrália que começou na segunda-feira e termina na sexta-feira, com um encontro com o homólogo australiano, Anthony Albanese.

O representante de Moscovo no Conselho de Segurança da ONU vetou todas as tentativas para se sancionar e criticar a invasão da Ucrânia pelas tropas russas.

"Nestas circunstâncias, esperar que as nossas instituições multilaterais atuassem não era uma opção para a Nova Zelândia", disse, justificando as medidas unilaterais tomadas pela Nova Zelândia e por outras nações para decretar sanções contra indivíduos e entidades russas ligadas à invasão.

A Nova Zelândia também prestou ajuda militar e humanitária à Ucrânia, bem como apoio a Kiev para levar ao Tribunal Internacional de Justiça os responsáveis por alegados crimes de guerra cometidos durante os combates.

(Agência Lusa)

7h50 - RTP em Sloviansk. População retirada da cidade sob bombardeamento crescente

A intensificação da ofensiva russa levou o governo de Donetsk a decretar a retirada da população civil de Sloviansk, que está sob bombardeamento crescente.
Os enviados especiais da RTP António Mateus e Cláudio Calhau foram à localidade ucraniana mais próxima desta frente russa reportar o impacto humano do combate ali travado.

7h39 - Segurança alimentar e energética sobre a mesa do G20

Bali, na Indonésia, acolhe a partir desta quinta-feira uma reunião de dois dias dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G20 - as 19 maiores economias mundiais e a União Europeia.

O encontro terá como temas principais o multilateralismo e a segurança alimentar e energética, num contexto internacional de recuperação pós-pandemia, tensão geopolítica e disrupção das cadeias produtivas globais de alimentos e energia.

Estes trabalhos em Bali precedem a Reunião de Líderes do G20, em 15 e 16 de novembro.

À margem da reunião ministerial decorerrá um encontro entre o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o homólogo chinês, Wang Yi. Blinken já afastou, contudo, qualquer encontro nos mesmos moldes com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov.

7h21 - Ponto de situação


  • O presidente ucraniano afirmou que o armamento pesado fornecido à Ucrânia pelos aliados ocidentais começou a operar “com total capacidade” nas frentes de combate. Na mais recente mensagem noturna, Volodymyr Zelensky garantiu que as tropas do seu país têm sido capazes de atingir armazéns e outras estruturas “importantes para a logística” russa.

  • As autoridades de Kiev negam que a Rússia tenha conseguido destruir, no leste do país, dois sistemas de artilharia Himars fornecidos pelos Estados Unidos. O Estado-Maior ucraniano alega mesmo que este armamento de fabrico norte-americano está a permitir infligir “golpes devastadores” às forças russas.

  • O exército ucraniano anunciou planos para um sistema de licenças que, na prática, deverá proibir homens elegíveis para o recrutamento de deixarem as regiões onde estão registados. Esta medida tem por base legislação do início dos anos de 1990. E está a gerar críticas internas.

  • A captura de Lysychansk, no leste da Ucrânia, conferiu à Rússia um “avanço genuíno”. Ao mesmo tempo, as forças russas posicionadas no sul do país dão sinais de uma “melhor cooperação”. É o que estimam analistas citados na edição online do jornal britânico The Guardian.

  • O governador da região de Lugansk, Serhiy Haidai, afiança que a resistência ucraniana subsiste em localidades nas cercainas de Lysychansk, onde permanecem 150 mil civis. “Os vídeos de hoje de Lysychansk são dolorosos”, disse o responsável na plataforma de mensagens Telegram, para depois acusar as tropas russas de praticarem uma estratégia de terra queimada, “incendiando e destruindo tudo à sua passagem”.

  • A evacuação de Sloviansk prosseguiu ao longo do dia de quarta-feira, à medida que as forças de Moscovo foram progredindo para aquela cidade do leste da Ucrânia. Segundo o presidente da câmara local, Vadym Lyakh, cerca de 23 mil pessoas, de um total de 110 mil, continuam em Sloviansk, mas os russos não terão ainda cercado a cidade.

  • Os serviços britânicos de informações militares estimam que Sloviansk será o próximo foco no combate pelo controlo do Donbass.

  • De acordo com a NASA, as forças russas ocuparam já cerca de 22 por cento dos solos aráveis da Ucrânia. A agência especial dos Estados Unidos tem estado atenta ao impacto da guerra na rede mundial de abastecimento de alimentos.

  • O Parlamento russo aprovou legislação de controlo económico, exigindo que as empresas forneçam bens às Forças Armadas e, em alguns casos, forçando o trabalho extraordinário.

  • Quase nove milhões de pessoas deixaram a Ucrânia desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro.