Votação tangencial. Aliado de Trump reeleito presidente da Câmara dos Representantes
Apesar do apoio do presidente eleito e da maioria republicana na Câmara dos Representantes, Mike Johnson quase falhou a reeleição. Na primeira votação para o cargo, o speaker perdeu e teve de negociar o lugar na sessão plenária com dois colegas de bancada de cujos votos precisava para renovar o mandato. Mesmo num clima de incerteza, acabou por ser eleito com os 218 votos necessários.
O apoio de Trump e Musk não foi suficiente para a primeira votação - o que pode representar um fracasso na influência de Trump no Congresso. Ainda antes da votação, vários republicanos manifestaram relutância relativamente à candidatura do de Johnson, que era “speaker” há pouco mais de um ano, o que acabou por fazr vencer outro candidato na primeira volta das votações.
O “speaker” cessante começou por enfrentar a oposição de vários membros do próprio partido, que o criticaram por ter feito demasiadas concessões orçamentais aos democratas, mas acabou por conseguir ser reeleito à segunda votação do primeiro dia de votações, após negociações.
Dada a curta maioria dos republicanos na câmara baixa do Congresso dos Estados Unidos nesta nova legislatura, Mike Johnson estava bem ciente de que não podia ter muitos votos contras dentro do Partido Republicano. Já depois de obtida a vitória, Trump felicitou Mike Johnson pela reeleição como presidente da Câmara dos Representantes, apesar da oposição inicial de elementos do partido.
“Mike será um grande ‘speaker’, e o nosso país vai beneficiar disso. Os norte-americanos esperaram quatro anos por bom senso, força e liderança. Vão tê-los agora, e a América será ainda maior que antes!”, declarou Trump na sua plataforma digital Truth Social.
“Hoje votamos em Mike Johnson para presidente da Câmara em nome do nosso firme apoio ao presidente Trump e para garantir a certificação oportuna dos seus eleitores”, escreveram os legisladores, num documento. “Fizemos isto apesar de nossas reservas sinceras quanto ao histórico do presidente [da Câmara dos Representantes] nos últimos 15 meses".
Identificando as prioridades legislativas, os legisladores disseram que Johnson não tem “nenhuma margem para erro”.
“Será um Congresso desafiador e isso não é algo novo”, disse Cole, citado pela CNN. “Mas o facto é que tudo foi feito numa votação e isso é muito melhor do que em 15, como aconteceu na última vez. Então, vou aceitar isso e estou satisfeito".