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Ciclismo
Cancelada última etapa da Vuelta, João Almeida confirma segundo lugar
João Almeida igualou hoje o melhor resultado de um português numa grande Volta, ao terminar a 80.ª Vuelta na segunda posição, atrás de Jonas Vingegaard, o primeiro ciclista dinamarquês a conquistar a prova espanhola.
Aos 27 anos, o corredor de A-dos-Francos (Caldas da Rainha) fica pela segunda vez no pódio de uma grande Volta, depois de ter sido terceiro no Giro2023, e replica o feito de Joaquim Agostinho, que em 1974 também tinha sido vice-campeão na Volta a Espanha.
Após o cancelamento da 21.ª e última etapa, devido à invasão do circuito final por manifestantes pró-Palestina, João Almeida (UAE Emirates) concluiu a 80.ª edição da Vuelta atrás de Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), que juntou este triunfo aos dois alcançados no Tour (2022 e 2023), com o britânico Thomas Pidcock (Q36.5) a fechar o pódio.
Após o cancelamento da 21.ª e última etapa, devido à invasão do circuito final por manifestantes pró-Palestina, João Almeida (UAE Emirates) concluiu a 80.ª edição da Vuelta atrás de Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), que juntou este triunfo aos dois alcançados no Tour (2022 e 2023), com o britânico Thomas Pidcock (Q36.5) a fechar o pódio.
Perseguindo a lenda
João Almeida iguala o melhor resultado de sempre de um ciclista português em grandes Voltas, replicando’ o feito de Joaquim Agostinho na edição de 1974 da prova espanhola.
Aos 27 anos, o corredor da UAE Emirates subiu pela segunda vez ao pódio numa prova de três semanas, ‘imitando’ o melhor voltista nacional de sempre, que tinha sido vice-campeão da Volta a Espanha há 51 anos.
Único português a concluir as três ‘grandes’ no ‘top 5’, Almeida deu hoje um novo passo na ‘perseguição’ a Agostinho, o único luso a subir ao pódio da Volta a França, ao ser terceiro em 1978 e 1979.
Terceiro no Giro2023 e quarto no Tour2024, na Vuelta2022 e no Giro2020, o ciclista de A-dos-Francos (Caldas da Rainha) tem um currículo ‘imaculado’ em grandes Voltas, já que integrou os 10 melhores em todas as sete que concluiu – desistiu da ‘corsa rosa’ em 2022 e da prova espanhola no ano passado, por estar com covid-19, e da Volta a França deste ano devido a queda.
Com sete presenças no ‘top 10’ das corridas de três semanas, o corredor da UAE Emirates aproxima-se ainda mais de Joaquim Agostinho, o maior ciclista português de todos os tempos: foram 11 as presenças do corredor de Torres Vedras, que morreu em 1984 na sequência de uma queda na Volta ao Algarve, entre os 10 primeiros em ‘grandes’, com os terceiros lugares no Tour a permanecerem como os feitos mais extraordinários do ciclismo nacional.
A história de Almeida nas três ‘grandes’ começou com o quarto posto no Giro2020, em que escreveu uma das mais bonitas páginas do ciclismo português, depois de 15 dias como líder da geral.
Nesse ano, mais do que melhorar o registo de Azevedo, que em 2001, no papel de gregário do espanhol Abraham Olano, foi quinto - o mesmo lugar que alcançou no Tour2004 -, o miúdo de A-dos-Francos (Caldas da Rainha) fez Portugal sonhar com um inédito triunfo numas das grandes Voltas.
Seguiu-se o sexto lugar de 2021, a desilusão por covid-19 no ano seguinte, que ‘redimiu’ com o quinto posto na estreia na Vuelta - seria promovido a quarto com a desclassificação por doping de Miguel Ángel López -, prova em que foi nono em 2023.
O seu primeiro pódio chegou no Giro2023, atrás dos consagrados Primoz Roglic e Geraint Thomas, mas foi com o quarto lugar no Tour2024 que se assumiu como um dos principais voltistas do pelotão, estatuto reafirmado pelo segundo lugar nesta Vuelta, atrás do ‘temível’ Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), duas vezes campeão da ‘Grande Boucle’ (2022 e 2023) e três vezes ‘vice’ (2021, 2024 e 2025).
Portugueses no top 10 de Grandes voltas
Joaquim Agostinho (11)
2.º na Vuelta de 1974
3.º no Tour de 1978
3.º no Tour de 1979
5.º no Tour de 1971
5.º no Tour de 1980
6.º na Vuelta de 1973
6.º no Tour de 1974
7.º na Vuelta de 1976
8.º no Tour de 1969
8.º no Tour de 1972
8.º no Tour de 1973
João Almeida (7)
2.º na Vuelta de 2025
3.º no Giro de 2023
4.º no Tour de 2024
4.º no Giro de 2020
4.º na Vuelta de 2022 *
6.º no Giro de 2022
9.º na Vuelta de 2023
José Azevedo (3)
5.º no Giro de 2001
5.º no Tour de 2004 **
6.º no Tour de 2002 **
Alves Barbosa (1)
10.º no Tour de 1956
Acácio da Silva (1)
7.º no Giro de 1986
Ribeiro da Silva (1)
4.º na Vuelta de 1957
João Rebelo (1)
6.º na Vuelta de 1945
Fernando Mendes (1)
6.º na Vuelta de 1975
José Martins (1)
8.º na Vuelta de 1975
* O quarto classificado Miguel Ángel López foi desclassificado por doping.
** Lance Armstrong foi desapossado da vitória e a prova ficou sem vencedor.
Aos 27 anos, o corredor da UAE Emirates subiu pela segunda vez ao pódio numa prova de três semanas, ‘imitando’ o melhor voltista nacional de sempre, que tinha sido vice-campeão da Volta a Espanha há 51 anos.
Único português a concluir as três ‘grandes’ no ‘top 5’, Almeida deu hoje um novo passo na ‘perseguição’ a Agostinho, o único luso a subir ao pódio da Volta a França, ao ser terceiro em 1978 e 1979.
Terceiro no Giro2023 e quarto no Tour2024, na Vuelta2022 e no Giro2020, o ciclista de A-dos-Francos (Caldas da Rainha) tem um currículo ‘imaculado’ em grandes Voltas, já que integrou os 10 melhores em todas as sete que concluiu – desistiu da ‘corsa rosa’ em 2022 e da prova espanhola no ano passado, por estar com covid-19, e da Volta a França deste ano devido a queda.
Com sete presenças no ‘top 10’ das corridas de três semanas, o corredor da UAE Emirates aproxima-se ainda mais de Joaquim Agostinho, o maior ciclista português de todos os tempos: foram 11 as presenças do corredor de Torres Vedras, que morreu em 1984 na sequência de uma queda na Volta ao Algarve, entre os 10 primeiros em ‘grandes’, com os terceiros lugares no Tour a permanecerem como os feitos mais extraordinários do ciclismo nacional.
A história de Almeida nas três ‘grandes’ começou com o quarto posto no Giro2020, em que escreveu uma das mais bonitas páginas do ciclismo português, depois de 15 dias como líder da geral.
Nesse ano, mais do que melhorar o registo de Azevedo, que em 2001, no papel de gregário do espanhol Abraham Olano, foi quinto - o mesmo lugar que alcançou no Tour2004 -, o miúdo de A-dos-Francos (Caldas da Rainha) fez Portugal sonhar com um inédito triunfo numas das grandes Voltas.
Seguiu-se o sexto lugar de 2021, a desilusão por covid-19 no ano seguinte, que ‘redimiu’ com o quinto posto na estreia na Vuelta - seria promovido a quarto com a desclassificação por doping de Miguel Ángel López -, prova em que foi nono em 2023.
O seu primeiro pódio chegou no Giro2023, atrás dos consagrados Primoz Roglic e Geraint Thomas, mas foi com o quarto lugar no Tour2024 que se assumiu como um dos principais voltistas do pelotão, estatuto reafirmado pelo segundo lugar nesta Vuelta, atrás do ‘temível’ Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), duas vezes campeão da ‘Grande Boucle’ (2022 e 2023) e três vezes ‘vice’ (2021, 2024 e 2025).
Portugueses no top 10 de Grandes voltas
Joaquim Agostinho (11)
2.º na Vuelta de 1974
3.º no Tour de 1978
3.º no Tour de 1979
5.º no Tour de 1971
5.º no Tour de 1980
6.º na Vuelta de 1973
6.º no Tour de 1974
7.º na Vuelta de 1976
8.º no Tour de 1969
8.º no Tour de 1972
8.º no Tour de 1973
João Almeida (7)
2.º na Vuelta de 2025
3.º no Giro de 2023
4.º no Tour de 2024
4.º no Giro de 2020
4.º na Vuelta de 2022 *
6.º no Giro de 2022
9.º na Vuelta de 2023
José Azevedo (3)
5.º no Giro de 2001
5.º no Tour de 2004 **
6.º no Tour de 2002 **
Alves Barbosa (1)
10.º no Tour de 1956
Acácio da Silva (1)
7.º no Giro de 1986
Ribeiro da Silva (1)
4.º na Vuelta de 1957
João Rebelo (1)
6.º na Vuelta de 1945
Fernando Mendes (1)
6.º na Vuelta de 1975
José Martins (1)
8.º na Vuelta de 1975
* O quarto classificado Miguel Ángel López foi desclassificado por doping.
** Lance Armstrong foi desapossado da vitória e a prova ficou sem vencedor.
(Com Lusa)