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Contra perigo de fecho do Estádio Universitário
Cerca de 4.000 pessoas são aguardadas no domingo no Estádio Universitário de Lisboa, num piquenique de protesto contra a suspensão de novas inscrições e renovações, devido à cativação de verbas avultadas.
Em causa está, segundo o presidente do Estádio Universitário de Lisboa
(EUL), uma cativação de 515 mil euros que, pela primeira vez, o anterior
Governo fez às receitas próprias do EUL, o que pode obrigar ao seu encerramento
a partir de setembro.
Por este motivo, o EUL suspendeu o período de renovações e novas inscrições,
explicou à agência Lusa o presidente do Estádio Universitário, João Roquette.
"Normalmente fazíamos as renovações de utentes em maio. Por causa deste
problema, o estádio não pode renovar com os seus utentes. Não posso estar
a compromete-me sem saber se vou abrir as instalações", disse.
De acordo com João Roquette, o que ficou cativo foi um total de 542
mil euros, tendo sido pedida a descativação de 515 mil euros, incluindo
a verba cativa na rubrica referente aos pagamentos às empresas.
Segundo o presidente, o EUL recebeu em 2011 uma "componente pequenina"
de 570 mil euros do Orçamento do Estado (OE) e o "grande orçamento que tem
para financiar a sua atividade é o orçamento privativo", no valor de 4,5
milhões de euros.
"Pela primeira vez na história dos organismos públicos a cativação incidiu
sobre os dois lados, o público (OE) e o privativo (receitas próprias)",
adiantou.
Esta situação pode originar um duplo problema para o EUL, uma vez que
além de não haver receitas para pagar aos fornecedores, manutenção e professores,
existe o perigo dos atuais e novos utentes escolherem outro local para treinar.
Num comunicado enviado à Lusa a 14 de junho, o gabinete do então secretário
de Estado Adjunto e do Orçamento (SEAO) informou que já foram efetuadas
duas descativações de verbas do orçamento do EUL, num valor superior a 800
mil euros.
"Foram efetuadas, em dois momentos diferentes, a 01 de abril e 31 de
maio, descativações de verbas do orçamento do EUL, respetivamente de 542.258
euros e 269.553 euros", referiu, em comunicado enviado à Lusa.
Comentando a posição da secretaria de Estado, João Roquette explicou
que as verbas disponibilizadas do lado do OE só o foram com a condição do
EUL repor esse dinheiro até ao final do ano, com receitas próprias, "o que
na prática significa que o EUL está a financiar a sua missão pública através
de receitas próprias, incluindo o financiamento à Federação Académica do
Desporto Universitário (FADP).
A fim de alertar a opinião pública e o novo Governo, um grupo de utentes
decidiu organizar um piquenique de protesto, às 16:00 de domingo, onde conta
ter cerca de 4.000 participantes.
Também em declarações à agência Lusa, a presidente da Associação Desportiva
do Ensino Superior de Lisboa (ADESL), Vanda Guerra, disse que um eventual
encerramento do EUL coloca em causa o funcionamento da própria associação.
"Somos responsáveis por organizar e promover o desporto universitário
em Lisboa e isso só é possível devido a esta missão do estádio de promover
a prática desportiva universitária", disse.
Sublinhando que o EUL é um "espaço único", a presidente explicou que
a ADESL utiliza durante todo o ano as instalações que o estádio cede gratuitamente.
Por seu lado, o presidente da Federação Académica do Desporto Universitário
(FADU), Bruno Barracosa, criticou também a cativação de verbas por parte
do Governo.
"É com preocupação que assistimos às dificuldades operacionais com que
o EUL se depara neste momento. Os problemas que o EUL atravessa são desnecessários",
referiu em declarações recentes à Lusa enviadas por escrito.
O Estádio Universitário de Lisboa obteve em 2008 uma distinção de mérito
no âmbito de uma avaliação do Sistema de Avaliação da Administração Pública.
(EUL), uma cativação de 515 mil euros que, pela primeira vez, o anterior
Governo fez às receitas próprias do EUL, o que pode obrigar ao seu encerramento
a partir de setembro.
Por este motivo, o EUL suspendeu o período de renovações e novas inscrições,
explicou à agência Lusa o presidente do Estádio Universitário, João Roquette.
"Normalmente fazíamos as renovações de utentes em maio. Por causa deste
problema, o estádio não pode renovar com os seus utentes. Não posso estar
a compromete-me sem saber se vou abrir as instalações", disse.
De acordo com João Roquette, o que ficou cativo foi um total de 542
mil euros, tendo sido pedida a descativação de 515 mil euros, incluindo
a verba cativa na rubrica referente aos pagamentos às empresas.
Segundo o presidente, o EUL recebeu em 2011 uma "componente pequenina"
de 570 mil euros do Orçamento do Estado (OE) e o "grande orçamento que tem
para financiar a sua atividade é o orçamento privativo", no valor de 4,5
milhões de euros.
"Pela primeira vez na história dos organismos públicos a cativação incidiu
sobre os dois lados, o público (OE) e o privativo (receitas próprias)",
adiantou.
Esta situação pode originar um duplo problema para o EUL, uma vez que
além de não haver receitas para pagar aos fornecedores, manutenção e professores,
existe o perigo dos atuais e novos utentes escolherem outro local para treinar.
Num comunicado enviado à Lusa a 14 de junho, o gabinete do então secretário
de Estado Adjunto e do Orçamento (SEAO) informou que já foram efetuadas
duas descativações de verbas do orçamento do EUL, num valor superior a 800
mil euros.
"Foram efetuadas, em dois momentos diferentes, a 01 de abril e 31 de
maio, descativações de verbas do orçamento do EUL, respetivamente de 542.258
euros e 269.553 euros", referiu, em comunicado enviado à Lusa.
Comentando a posição da secretaria de Estado, João Roquette explicou
que as verbas disponibilizadas do lado do OE só o foram com a condição do
EUL repor esse dinheiro até ao final do ano, com receitas próprias, "o que
na prática significa que o EUL está a financiar a sua missão pública através
de receitas próprias, incluindo o financiamento à Federação Académica do
Desporto Universitário (FADP).
A fim de alertar a opinião pública e o novo Governo, um grupo de utentes
decidiu organizar um piquenique de protesto, às 16:00 de domingo, onde conta
ter cerca de 4.000 participantes.
Também em declarações à agência Lusa, a presidente da Associação Desportiva
do Ensino Superior de Lisboa (ADESL), Vanda Guerra, disse que um eventual
encerramento do EUL coloca em causa o funcionamento da própria associação.
"Somos responsáveis por organizar e promover o desporto universitário
em Lisboa e isso só é possível devido a esta missão do estádio de promover
a prática desportiva universitária", disse.
Sublinhando que o EUL é um "espaço único", a presidente explicou que
a ADESL utiliza durante todo o ano as instalações que o estádio cede gratuitamente.
Por seu lado, o presidente da Federação Académica do Desporto Universitário
(FADU), Bruno Barracosa, criticou também a cativação de verbas por parte
do Governo.
"É com preocupação que assistimos às dificuldades operacionais com que
o EUL se depara neste momento. Os problemas que o EUL atravessa são desnecessários",
referiu em declarações recentes à Lusa enviadas por escrito.
O Estádio Universitário de Lisboa obteve em 2008 uma distinção de mérito
no âmbito de uma avaliação do Sistema de Avaliação da Administração Pública.