João Almeida vai ser aposta da UAE Emirates no Giro e Vuelta e falha Tour

O ciclista português João Almeida vai ser aposta da UAE Emirates nas voltas a Itália e Espanha de 2026, falhando deste modo o Tour, anunciou hoje a equipa do corredor luso.

Lusa /
Luca Zennaro - EPA

Almeida, que nos últimos dois anos foi um dos principais apoios do esloveno Tadej Pogacar na prova gaulesa, vai ser assim aposta da UAE nas outras duas grandes voltas, sendo rendido no seu papel no Tour pelo mexicano Isaac del Toro.

"Eu gosto de todas as corridas e, na busca pelas melhores opções, gosto realmente desta programação e mal posso esperar por voltar ao Giro", afirmou Almeida, de 27 anos, em declarações à Cycling News.

Para o calendário deste ano, Almeida arranca com a Volta à Comunidade Valenciana, Clássica da Figueira, Volta ao Algarve e Paris-Nice, sendo que, depois, este altera-se em relação ao ano passado, seguindo-se a Volta à Catalunha e um estágio de preparação para a Volta a Itália, que arranca em 08 de maio. Após o Giro, segue-se a Volta a Burgos (Espanha), já de preparação para a Vuelta, com início previsto para 22 de agosto.

Depois de ter integrado a UAE Team Emirates-XRG em 2022, Almeida tem sido um elemento chave no grupo de corredores que apoiam Pogacar no Tour, procurando o esloveno este ano atingir o quinto triunfo na principal prova velocipédica mundial, depois das vitórias em 2020, 2021, 2024 e 2025.

Na última edição, Almeida acabou por não poder dar o seu total contributo, uma vez que uma queda na sétima etapa forçou-o a retirar-se da prova na nona tirada.

"Não acho que o Tadej precise realmente de mim para vencer uma grande volta. É melhor maximizar os nossos resultados e vitórias se dividirmos. É uma decisão mais inteligente fazermos desta maneira", sublinhou o ciclista luso, que foi quarto no Tour em 2024, além de ter sido quarto no Giro em 2020, ano em que liderou a prova durante 15 dias, tendo ainda dois terceiros lugares (2023 e 2024) na prova italiana.

João Almeida frisou ainda que gostaria de lutar por uma grande volta: "Eu sinto que consigo, se tudo correr bem. Existem outros corredores mais fortes do que eu, mas os mais fortes nem sempre vencem".

O corredor luso não se mostrou incomodado por falhar o Tour este ano: "Nem por isso. Estou ansioso por disputar outra vez o Giro e, às vezes, é bom alterar o programa. A Vuelta também será um grande objetivo".
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