Missão paralímpica portuguesa aos Jogos Tóquio2020 estagia em Fujisawa

por Lusa

A maioria dos atletas portugueses aos Jogos Paralímpicos Tóquio2020 vai realizar um estágio de aclimatação em Fujisawa, previsto há mais de um ano, que teve de ser reajustado devido à pandemia, anunciou hoje o comité paralímpico.

Das seis modalidades com presença já assegurada nos Jogos, quatro vão estagiar em Fujisawa, a partir de 15 de agosto: o boccia, o atletismo, a natação e o ciclismo, explicou Leila Marques, chefe da missão portuguesa aos Jogos, no final de uma reunião anual de atletas do Programa de Preparação Paralímpica Tóquio2020.

"A canoagem, por razões logísticas, fará o seu estágio em Komatsu, e a equitação terá de cumprir um período de quarentena em Colónia (Alemanha)", explicou Leila Marques, referindo que o tiro, caso se qualifique, também não marcará presença em Fujisawa, "devido à política de entrada de armas no Japão".

Após o estágio de aclimatação em Fujisawa, que já estava previsto caso os Jogos tivessem decorrido no verão passado, as modalidades vão entrar faseadamente na aldeia paralímpica, tendo em conta as datas de competição.

Na reunião, que juntou hoje e de forma virtual atletas, técnicos, responsáveis da missão e de algumas federações desportivas, foram partilhadas informações sobre a competição paralímpica, que decorrerá entre 24 de agosto a 05 de setembro, sobretudo ao nível das restrições impostas pela pandemia de covid-19.

Entre as medidas a aplicar figuram a obrigatoriedade de deixar a aldeia paralímpica até dois dias após o final de competição de cada atleta, a realização de testes ao novo coronavírus em várias ocasiões, e a proibição de circular livremente fora da aldeia.

O Comité Paralímpico de Portugal (CPP) deixou uma mensagem de confiança aos atletas, apesar de Leila Marques admitir que estes Jogos, adiados no verão passado devido à pandemia de covid-19, "vão ser diferentes, com menos partilha e menos festa, mas com a mesma vontade de vencer".

No final da reunião, o paraciclista Luís Costa, presidente da comissão de atletas paralímpicos, admitiu que todos estão mais ansiosos para que os Jogos se realizem do que preocupados com as restrições, que nesta edição impedirão também a presença de público estrangeiro nos recintos.

"Os atletas estão mais preocupados com o facto de efetivamente os Jogos se realizarem. Já estamos habituados a muitas das restrições", afirmou Luís Costa.

A pouco mais de quatro meses do início da competição, e com vários apuramentos ainda por disputar, Portugal tem já assegurada a presença de 27 atletas no Japão, em seis modalidades: 10 vagas no boccia, nove no atletismo, cinco na natação, uma na canoagem, uma no ciclismo e uma na equitação.

Portugal, que somará em Tóquio a 10.ª participação consecutiva em Jogos Paralímpicos, esteve representado por 37 atletas, em sete modalidades, nos últimos Jogos, disputados no Rio de Janeiro, em 2016.

 

Tópicos
pub