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Mundial de "sevens" reforça autoestima do râguebi português, diz selecionador
A qualificação de Portugal para o Mundial de râguebi 'sevens' vem "reforçar a autoestima" da modalidade e dar "algum balão de oxigénio" para continuar a preparar um grupo para o futuro, disse hoje o selecionador português.
Em declarações à agência Lusa, Frederico Sousa lembrou, um dia após a qualificação para o Campeonato do Mundo, que o objetivo foi alcançado por uma equipa "com uma média de idades inferior a 20 anos", que se encontra, ainda, "numa fase de desenvolvimento e consolidação".
"Era bom conseguirmos agarrar esta energia positiva. Espero que as pessoas deixem de estar de 'faca afiada' e apoiem estes jovens jogadores, pois é o que eles precisam: apoio, incentivo e perceber que ninguém nasce ensinado e as coisas não se fazem do dia para a noite", atirou o técnico, que vai disputar o seu segundo mundial como selecionador, após uma participação como jogador.
Ainda assim, Sousa admitiu que "o que foi feito em tão pouco tempo deve deixar orgulhosos a todos os envolvidos" na qualificação, incluindo os jogadores que disputaram, recentemente, o Europeu sub-18 da variante, mas recusou traçar, desde já, objetivos para o Mundial.
"Estamos em fase de maturação. Depois, em função do grupo que conseguirmos reunir, podemos traçar objetivos", comentou.
É que a consolidação de um grupo de trabalho para os 'sevens' é algo que já "há dois anos se tinha tentado começar a construir", mas os trabalhos foram sofrendo alguns contratempos.
Neste hiato, alguns jogadores tiveram de abandonar o projeto, "uns por razões pessoais ou profissionais", outros mesmo "absorvidos pela seleção de râguebi de 15".
A qualificação para o Mundial de França2023 é o principal desígnio da Federação Portuguesa de Râguebi (FPR), pelo que o "grupo alargado" que precisa de ser colocado à disposição de Patrice Lagisquet, no râguebi de 15, acaba por condicionar o trabalho do seu homólogo dos 'sevens'.
"Mas a mim, isso até me dá 'gozo'. O azar de uns é a oportunidade de outros e estou satisfeito por ter visto muitos novos jogadores que se desenvolveram e se mostraram. E tenho a certeza que o (râguebi de) 15 já deve estar a olhar para eles, após estas prestações que têm tido", assumiu Frederico Sousa.
Portugal conseguiu o apuramento para o Mundial de 'sevens' após derrotar a Espanha por 20-19, na fase eliminatória do torneio de qualificação que se disputou no último fim de semana, em Bucareste.
O torneio até nem começou da melhor forma, com os 'lobos' a somarem derrotas frente à Itália (14-5) e à Irlanda (29-0), mas um triunfo robusto (51-0) sobre a Polónia, no segundo dia, assegurou o melhor terceiro lugar e a disputa da eliminatória final com os 'leones', que "não gostam de jogar contra nós", de acordo com o 'capitão' do grupo.
"Nos 'sevens' é mesmo assim, tudo muda de um dia para o outro. Não éramos os piores do mundo quando perdemos no sábado e não passámos a ser os melhores quando ganhámos no domingo", frisou Rodrigo Freudenthal.
O 'segredo' do sucesso foi "neutralizar as expectativas" do grupo entre os dois dias de competição e "seguir cegamente os planos de jogo do treinador".
"Somos jovens e não temos nenhum 'superstar', ninguém que se destaque. Mas, quando assumimos um plano de jogo, todos o fazíamos e conseguimos estar sincronizados. Toda a gente já sabia onde o outro iria estar em cada momento. Depois, alguma garra e coração a defender, fizeram o resto", resumiu o jogador do Belenenses.
E até em relação aos objetivos para o Mundial, o grupo está alinhado com as ideias de Frederico Sousa, que garantiu à Lusa que "ainda é cedo" para traçar metas.
"Ainda nem pensámos nisso. Agora estamos a festejar, depois temos umas férias após uma época longa e desgastante, mas, daqui a duas semanas, já começamos a preparar o Mundial", apontou Freudenthal, ainda em Bucareste, ao telefone com a Lusa.
A seleção portuguesa de râguebi 'sevens' qualificou-se no domingo para o Campeonato do Mundo da variante, que se disputa entre 09 e 11 de setembro, na Cidade do Cabo, na África do Sul.
Vai ser a sexta participação de Portugal na competição, que falhou apenas na edição inaugural, em 1993, na Escócia.
O melhor resultado de Portugal num Campeonato do Mundo de râguebi 'sevens' foi obtido em 2005, com um 10.º lugar em Hong Kong.
"Era bom conseguirmos agarrar esta energia positiva. Espero que as pessoas deixem de estar de 'faca afiada' e apoiem estes jovens jogadores, pois é o que eles precisam: apoio, incentivo e perceber que ninguém nasce ensinado e as coisas não se fazem do dia para a noite", atirou o técnico, que vai disputar o seu segundo mundial como selecionador, após uma participação como jogador.
Ainda assim, Sousa admitiu que "o que foi feito em tão pouco tempo deve deixar orgulhosos a todos os envolvidos" na qualificação, incluindo os jogadores que disputaram, recentemente, o Europeu sub-18 da variante, mas recusou traçar, desde já, objetivos para o Mundial.
"Estamos em fase de maturação. Depois, em função do grupo que conseguirmos reunir, podemos traçar objetivos", comentou.
É que a consolidação de um grupo de trabalho para os 'sevens' é algo que já "há dois anos se tinha tentado começar a construir", mas os trabalhos foram sofrendo alguns contratempos.
Neste hiato, alguns jogadores tiveram de abandonar o projeto, "uns por razões pessoais ou profissionais", outros mesmo "absorvidos pela seleção de râguebi de 15".
A qualificação para o Mundial de França2023 é o principal desígnio da Federação Portuguesa de Râguebi (FPR), pelo que o "grupo alargado" que precisa de ser colocado à disposição de Patrice Lagisquet, no râguebi de 15, acaba por condicionar o trabalho do seu homólogo dos 'sevens'.
"Mas a mim, isso até me dá 'gozo'. O azar de uns é a oportunidade de outros e estou satisfeito por ter visto muitos novos jogadores que se desenvolveram e se mostraram. E tenho a certeza que o (râguebi de) 15 já deve estar a olhar para eles, após estas prestações que têm tido", assumiu Frederico Sousa.
Portugal conseguiu o apuramento para o Mundial de 'sevens' após derrotar a Espanha por 20-19, na fase eliminatória do torneio de qualificação que se disputou no último fim de semana, em Bucareste.
O torneio até nem começou da melhor forma, com os 'lobos' a somarem derrotas frente à Itália (14-5) e à Irlanda (29-0), mas um triunfo robusto (51-0) sobre a Polónia, no segundo dia, assegurou o melhor terceiro lugar e a disputa da eliminatória final com os 'leones', que "não gostam de jogar contra nós", de acordo com o 'capitão' do grupo.
"Nos 'sevens' é mesmo assim, tudo muda de um dia para o outro. Não éramos os piores do mundo quando perdemos no sábado e não passámos a ser os melhores quando ganhámos no domingo", frisou Rodrigo Freudenthal.
O 'segredo' do sucesso foi "neutralizar as expectativas" do grupo entre os dois dias de competição e "seguir cegamente os planos de jogo do treinador".
"Somos jovens e não temos nenhum 'superstar', ninguém que se destaque. Mas, quando assumimos um plano de jogo, todos o fazíamos e conseguimos estar sincronizados. Toda a gente já sabia onde o outro iria estar em cada momento. Depois, alguma garra e coração a defender, fizeram o resto", resumiu o jogador do Belenenses.
E até em relação aos objetivos para o Mundial, o grupo está alinhado com as ideias de Frederico Sousa, que garantiu à Lusa que "ainda é cedo" para traçar metas.
"Ainda nem pensámos nisso. Agora estamos a festejar, depois temos umas férias após uma época longa e desgastante, mas, daqui a duas semanas, já começamos a preparar o Mundial", apontou Freudenthal, ainda em Bucareste, ao telefone com a Lusa.
A seleção portuguesa de râguebi 'sevens' qualificou-se no domingo para o Campeonato do Mundo da variante, que se disputa entre 09 e 11 de setembro, na Cidade do Cabo, na África do Sul.
Vai ser a sexta participação de Portugal na competição, que falhou apenas na edição inaugural, em 1993, na Escócia.
O melhor resultado de Portugal num Campeonato do Mundo de râguebi 'sevens' foi obtido em 2005, com um 10.º lugar em Hong Kong.