A seleção portuguesa de andebol conquistou quarta-feira a melhor classificação de sempre no Europeu, ao qualificar-se para o jogo de atribuição do quinto e sexto lugares do Euro2020, graças a uma vitória incontestável sobre a Hungria, por 34-26.
A equipa nacional, que tem como ponto alto da participação no torneio o sétimo lugar alcançado em 2000, na Croácia, igualou os húngaros no terceiro lugar do Grupo II da ronda principal - com vantagem no confronto direto - e ficou a salvo de uma vitória da Islândia sobre a Suécia.
A diferença de oito golos permite a Portugal ficar com vantagem mesmo em caso de desempate entre as três seleções, o que acontecerá caso a Islândia se imponha à equipa anfitriã, uma vez perdeu por três golos com os islandeses (28-25), que foram batidos pelos húngaros por seis (24-18).
A ‘equipa das quinas', que já tinha deixado a sua marca na competição, ao eliminar a França na ronda preliminar e vencer por uma margem histórica a Suécia (35-25), no arranque da segunda fase, marcou encontro com a Alemanha, também já apurada para a partida entre os terceiros colocados dos grupos I e II, em Estocolmo.
Portugal começou a apostar ainda antes dos 10 minutos no sistema atacante ‘sete contra seis', o que, aliado à segurança transmitida por Quintana na baliza, valeu a passagem para a liderança pela primeira vez aos 5-4, mas o equilíbrio foi a nota dominante da primeira parte.
Apenas na fase final a seleção nacional se distanciou, chegando a dispor de três golos de vantagem e ao intervalo a vencer por 16-14, muito por força do acerto de Belone Moreira na marcação irrepreensível de cinco livres de sete metros, enquanto a Hungria desperdiçou dois.
A segunda parte começou com os húngaros a fazerem marcação individual a André Gomes, que foi rapidamente abandonada quando a equipa lusa chegou aos quatro golos de vantagem (18-14), que, apesar de reações pontuais do adversário, se foi mantendo.
Aos 16 minutos, quando Alexis Borges colocou Portugal a vencer por 25-20, estava atingida a margem de cinco golos necessária para evitar um ‘dissabor islandês', mas os lusos não pararam aí e foi já com Humberto Gomes, habitual suplente, na baliza, que se lançaram para a goleada aos magiares.
A roda feita no final de alegria incontida de jogadores e treinadores era reveladora: além de ter conquistado a melhor classificação de sempre no Europeu, ao qual regressou após 14 anos de ausência, a equipa nacional assegurou também a última vaga disponível para o torneio de qualificação olímpico.
Jogo na Malmö Arena, em Malmö (Suécia).
Portugal - Hungria, 34-26.
Ao intervalo: 16-14.
Sob a arbitragem de Lars Geipel e Marcus Helbig (Alemanha), as equipas alinharam e marcaram:
- Portugal: Alfredo Quintana, António Areia (5), Miguel Martins (2), Alexandre Cavalcanti (2), Diogo Branquinho (4), Luís Frade (1) e Daymaro Salina (5). Jogaram ainda: João Ferraz, Belone Moreira (7), Rui Silva, Alexis Borges (5), André Gomes (1), Fábio Magalhães (2), Humberto Gomes.
Treinador: Paulo Pereira.
- Hungria: Roland Mikler, Zsolt Balogh (5), Bendegúz Bóka (4), Mátyás Gyori (2), Bence Banhidi (5), Zoltan Szita (1) e Péter Hornyák. Jogaram ainda: Adrian Cipos, Patrik Ligetvári (4), Márton Székely, Miklós Rosta, Bence Nagy (1), Dominik Mathe (4), Balint Fekete.
Treinador: Istvan Gulyas.
Marcha do marcador: 1-2 (05 minutos), 3-4 (10), 5-4 (15), 9-8 (20), 12-11 (25), 16-14 (intervalo), 18-15 (35), 20-18 (40), 23-20 (45), 27-21 (50), 31-23 (55) e 34-26 (resultado final).
Assistência: cerca de 1.500 espetadores.