Mais de 80% dos japoneses opõem-se à realização dos Jogos Olímpicos este verão, de acordo com uma nova sondagem divulgada esta segunda-feira, menos de dez semanas antes do evento, adiado em 2020 por causa da pandemia.
A sondagem revelou que 43% dos inquiridos querem que os Jogos sejam cancelados e 40% que sejam novamente adiados. Estes números são superiores aos 35% que apoiaram o cancelamento numa sondagem realizada pelo mesmo jornal há um mês, com 34% a defenderem um novo adiamento.
Apenas 14% são a favor da realização dos Jogos como planeado, de 23 de julho a 8 de agosto, de acordo com esta sondagem telefónica realizada a 1.527 pessoas.
Durante meses, todas as sondagens mostraram que a maioria do povo japonês se opõe à realização dos Jogos Olímpicos. Outra sondagem realizada pela agência noticiosa Kyodo, publicada no domingo, mostrou que 59,7% dos inquiridos eram a favor do cancelamento dos Jogos Olímpicos.
A organização tem afirmado repetidamente que a existência de medidas anti-pandémicas rigorosas, incluindo testes regulares aos atletas e uma proibição de espetadores estrangeiros, vão permitir a realização dos Jogos Olímpicos "em segurança".
Contudo, a sondagem da Kyodo revelou que 87,7% dos inquiridos temem que o afluxo de atletas e delegações possa disseminar o coronavírus.
Até agora, o Japão teve um surto de covid-19 menor do que o registado em muitos países, com cerca de 11.500 mortes contabilizadas oficialmente desde o início de 2020, mas o Governo está a ser alvo de críticas devido a atrasos no programa de vacinação.
De acordo com a sondagem da Kyodo, 85% dos inquiridos consideram o programa lento e 71,5% estão insatisfeitos com a forma como o Governo está a lidar com a crise sanitária.
Organizações defendem boicote total aos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim
Grupos de defesa dos direitos humanos estão a apelar a um boicote total aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, em Pequim, o que deve aumentar a pressão sobre o Comité Olímpico Internacional (COI), federações desportivas e patrocinadores.
Uma coligação de grupos representados por uigures e tibetanos e residentes de Hong Kong emitiram hoje um comunicado a apelar ao boicote, prescindido de medidas menores, como "boicotes diplomáticos" e negociações adicionais com o COI ou a China.
"O tempo para dialogar com o COI acabou", disse Lhadon Tethong, do Tibet Action Institute, citado pela agência noticiosa Associated Press. "Estes não podem ser jogos como de costume ou negócios como de costume. Não para o COI ou para a comunidade internacional", acrescentou.
Tethong foi detida e deportada da China em 2007 - um ano antes dos Jogos Olímpicos de Pequim - por liderar uma campanha em defesa do Tibete.
Os Jogos de Pequim estão programados para começar em 4 de fevereiro de 2022, seis meses após o fim dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que foram adiados para este ano, devido à pandemia da covid-19.
Grupos de defesa dos direitos humanos estão a apelar a um boicote total aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, em Pequim, o que deve aumentar a pressão sobre o Comité Olímpico Internacional (COI), federações desportivas e patrocinadores.
Uma coligação de grupos representados por uigures e tibetanos e residentes de Hong Kong emitiram hoje um comunicado a apelar ao boicote, prescindido de medidas menores, como "boicotes diplomáticos" e negociações adicionais com o COI ou a China.
"O tempo para dialogar com o COI acabou", disse Lhadon Tethong, do Tibet Action Institute, citado pela agência noticiosa Associated Press. "Estes não podem ser jogos como de costume ou negócios como de costume. Não para o COI ou para a comunidade internacional", acrescentou.
Tethong foi detida e deportada da China em 2007 - um ano antes dos Jogos Olímpicos de Pequim - por liderar uma campanha em defesa do Tibete.
Os Jogos de Pequim estão programados para começar em 4 de fevereiro de 2022, seis meses após o fim dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que foram adiados para este ano, devido à pandemia da covid-19.