Tóquio2020. Thiago Braz luta com Duplantis no salto à vara

O brasileiro Thiago Braz da Silva, campeão olímpico do salto com vara, assumiu o sonho de reconquistar o ouro em Tóquio2020, sem identificar como rival o sueco Armand Duplantis, atual recordista mundial.

Lusa /
Thiago Braz preparou em Rio Maior os Jogos de Tóquio comité olímpico brasileiro

No Rio2016, Thiago Braz conquistou o único título olímpico do atletismo brasileiro ao saltar 6,03 metros, estabelecendo o recorde olímpico, e ao surpreender o detentor do título e então recordista mundial, o francês Renaud Lavillenie, que terminou o concurso com 5,98, após falhar 6,03 e 6,08.

Agora, o jovem Armand Duplantis, de 21 anos, tomou a dianteira mundial da especialidade, vencendo todas as competições disputadas em 2020, fixando o novo recorde do mundo em 6,18 metros, na pista coberta de Glasgow, na Escócia, em 15 de fevereiro, e conseguindo o melhor salto de sempre ao ar livre, com a barra nos 6,15, em Roma, em 17 de setembro último.

Assim como tinha o Lavillenie, que sempre foi o ponta, que foi quem sempre se destacou, agora tem o Duplantis. É importante ter alguém para nos empurrar, é sempre um estímulo para fazer melhor. É bom termos bons competidores, para querermos saltar o nosso melhor e também para os ultrapassarmos”, afirmou o saltador brasileiro.

Após um dos treinos no centro de estágio de Rio Maior, em declarações à agência Lusa, Thiago Braz, de 26 anos, reiterou o sonho concretizado, em 15 de agosto de 2016, atestando a sua capacidade para igualar os 6,15 metros saltados por Duplantis.

Thiago Braz prepara agora a fase de “transição” que é a temporada de pista coberta, durante a qual quer “avaliar, experimentar, competir e ganhar ritmo”, porque “o foco são os Jogos Olímpicos”.

Foi estranho, estávamos a treinar a pensar nisso e a pandemia mudou tudo. Era possível cancelarem os Jogos, mas, graças a Deus, adiaram e agora estamos a começar de novo, ao mesmo ritmo, e só a pensar nessa competição. Acho que foi bom e mau para todo o mundo. Mau porque estamos ansiosos por competir, mas bom porque assim temos mais um pouco para nos prepararmos”, concluiu.

O campeão olímpico foi dos últimos dos mais de 200 atletas brasileiros a estagiar em Rio Maior, no âmbito da Missão Europa, organizada pelo Comité Olímpico do Brasil (COB), entre julho e dezembro, tendo em vista a preparação para os Jogos Tóquio2020, agora agendados para entre 23 de julho e 9 de agosto de 2021.

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