Reportagem

Greve da Groundforce. Cancelados 650 voos em dois dias

por RTP

Jose Sena Goulão - Lusa

A greve da Groundoforce impediu a realização de 321 dos 515 voos previstos para domingo no aeroporto de Lisboa, o mais afetado. Ontem, foram cancelados em todo o país mais de 300 voos, este domingo quase 377. As queixas dos passageiros repetem-se, devido à falta de responsabilização e à incerteza.

Mais atualizações

21h30 - Groundforce apela a "acordo que viabilize pagamento aos trabalhadores"

A Groundforce apelou hoje para que seja alcançado "um acordo que viabilize o pagamento do que é devido aos trabalhadores" da empresa, em greve este fim de semana, que contou com uma adesão de 81,2% no aeroporto de Lisboa.

"Atendendo ao facto de algumas estruturas sindicais terem já enviado pré-avisos de greve entre os dias 30 de julho e 02 de agosto, a Groundforce considera fundamental que se chegue rapidamente a um acordo que viabilize o pagamento do que é devido aos trabalhadores", escreveu a empresa, em comunicado.

Desta forma, a Groundforce pede "à TAP [Transportadora Aérea Portuguesa] e aos sindicatos que retomem o diálogo nos próximos dias, evitando que a situação vivida este fim de semana nos aeroportos nacionais se repita no final do mês".

Em relação à greve que decorreu durante o fim de semana, "até às 18:30 de domingo [hoje], a operação da Groundforce em Lisboa voltou a ser a mais afetada", uma vez que "81,2% dos trabalhadores da empresa aderiram à paralisação, o que inviabilizou a realização de 309 voos".

Já no aeroporto do Porto, "a adesão foi de 48,7% e conduziu ao cancelamento de 44 voos", enquanto em Faro "foi de 9,3% e comprometeu oito movimentos aéreos".

No arquipélago da Madeira, "foram cancelados 12 voos" no Funchal, "em resultado da adesão de 25,7% dos trabalhadores", e no Porto Santo "não se realizaram 10 dos 28 voos previstos".

"No total do fim de semana, entre partidas e chegadas, dos 1049 voos previstos realizaram-se apenas 399, tendo os restantes 650 sido cancelados", contabilizou a Groundforce.

De acordo com a ANA -- Aeroportos de Portugal, o segundo dia da greve dos trabalhadores da empresa de `handling` levou ao cancelamento de 321 (166 chegadas e 155 partidas) dos 515 voos previstos para hoje no aeroporto de Lisboa, com a previsão de serem operados um total de 194 (95 chegadas e 99 partidas).

As companhias aéreas que utilizam o terminal 2 do aeroporto da capital portuguesa - as `low cost` - e as que operam com outra empresa de assistência em escala, que não a Groundforce, mantêm a sua operação regularizada, assegurou a empresa aeroportuária.

Segundo a ANA, no aeroporto do Porto foram cancelados hoje 37 voos, no aeroporto de Faro foram canceladas sete ligações aéreas e, na Madeira e no Porto Santo, a greve levou ao cancelamento de seis voos em cada um dos aeroportos.

20h20 - Caos diminuiu no aeroporto Humberto Delgado

20h10 - Passageiros reclamam apoios após cancelamento de mais 377 voos
19H20 - Greve da Groundforce leva ao cancelamento de 321 voos no aeroporto de Lisboa

O segundo dia da greve dos trabalhadores da empresa de `handling´ Groundforce levou ao cancelamento de 321 dos 515 voos previstos para hoje no aeroporto de Lisboa, anunciou ANA -- Aeroportos de Portugal.

"Devido à greve do serviço de `handling´ [assistência em terra à aviação] da Groundforce, dos 515 voos previstos hoje para o aeroporto de Lisboa, estão cancelados 321 voos (166 chegadas e 155 partidas) e previstos serem operados um total de 194 (95 chegadas e 99 partidas)", referiu a ANA em comunicado.

As companhias aéreas que utilizam o terminal 2 do aeroporto da capital portuguesa - as `low cost` - e as que operam com outra empresa de assistência em escala, que não a Groundforce, mantêm a sua operação regularizada, assegurou a empresa aeroportuária.

Segundo a ANA, no aeroporto do Porto foram cancelados hoje 37 voos, no aeroporto de Faro foram canceladas sete ligações aéreas e, na Madeira e no Porto Santo, a greve levou ao cancelamento de seis voos em cada um dos aeroportos.

À semelhança de sábado, primeiro dia de greve, a ANA solicitou aos passageiros com voo marcado para hoje que se informem sobre o estado do mesmo, antes de se deslocarem para o aeroporto, e, no caso de cancelamentos, que não se dirigem para o aeroporto de Lisboa.

18h00 - O ponto da situação em Lisboa às 18h00

16h30 - Cancelados centenas de voos nos aeroportos. A reportagem da Antena1
15h05 – Filas no aeroporto de Lisboa para realização de testes Covid-19

Centenas de passageiros estão em filas para realizar testes Covid-19 no aeroporto de Lisboa.

Além das partidas, também as chegadas estão a ser afetadas. Os passageiros estão a aguardar pelas bagagens.

14h11 - Greve da Grondforce. Ambiente mais calmo no aeroporto da Madeira

No aeroporto da Madeira viveu-se esta manhã um situação mais tranquila. Foram cancelados seis voos marcados para hoje. A adesão à greve foi de cerca de 30 por cento até às 12h30.


14h00 - Segundo dia de greve da Groundforce com adesão de 81,3% em Lisboa

O segundo dia de greve na Groundforce contou com a adesão de 81,3 por cento trabalhadores em Lisboa, levando ao cancelamento de 309 voos, entre as 00h00 e as 10h30, segundo fonte oficial da empresa de assistência em aeroportos.

Segundo um comunicado da Groundforce, no segundo dia de greve "dos 427 trabalhadores escalados, apenas 80 se apresentaram ao serviço, o que representa uma adesão de 81,3 por cento", o que levou ao cancelamento de 309 voos no aeroporto de Lisboa, entre as 00h00 e as 10h30.

"Tendo várias companhias aéreas optado por anular toda a operação planeada para este domingo, antecipa-se que, do total de 511 voos previstos para a capital portuguesa, se realizem apenas 200", acrescentou a empresa.

O aeroporto do Porto voltou a ser o segundo mais afetado pela paralisação, com uma adesão de 45,2 por cento dos trabalhadores, seguindo-se o do Funchal, com uma adesão de 31,6 por cento, e o de Faro, a adesão foi de 9,1 por cento.

De acordo com a empresa, no Porto Santo não se registou qualquer perturbação à operação.

Hoje cumpre-se o segundo dia da greve convocada pelo Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), como protesto pela "situação de instabilidade insustentável, no que concerne ao pagamento pontual dos salários e outras componentes pecuniárias" que os trabalhadores da Groundforce enfrentam desde fevereiro de 2021.

A paralisação vai prolongar-se ainda pelos dias 31 de julho, 01 e 02 de agosto.

13h53 - Greve da Grondforce. No aeroporto do Porto as filas aumentam

No aeroporto Sá Carneiro onde durante a manhã foram cancelados 26 voos, o passageiros também aguardam por uma reposta ao cancelamento dos voos.

A adesão à greve no aeroporto do Porto rondou os 42,5 por cento.


13h46 - TAP podia ter evitado a situação

O Presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos, André Tavares, afirmou à RTP que a TAP podia ter evitado esta paralisação, porque em causa estavam "um milhão de euros".

O Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos não recebeu qualquer contacto para solucionar o problema que está na origem da greve e o seu presidente, André Teives, receia que nada mude a tempo de travar a nova paralisação.

"A nossa expectativa é sempre que as coisas se resolvam, mas não depende apenas e só de nós [trabalhadores]", disse hoje à Lusa André Teives, dia em que os trabalhadores da Groundforce cumprem o segundo dia de uma greve que já levou ao cancelamento de centenas de voos.

Com nova paralisação agendada para os dias 31 de julho, 01 e 02 de agosto, o dirigente sindical receia que nada mude, acentuando que desde que a greve em curso teve início "o sindicato não foi contactado por nenhuma entidade responsável, seja a Groundforce, seja a TAP", referiu.

Lamentando a troca de acusações entre os acionistas da Groudforce - onde a Pasogal tem uma participação de 50,1% e o Grupo TAP de 49,9% - André Teives salienta que esta situação deixou apenas de ter como "reféns os trabalhadores" tendo-se alargado aos passageiros que este fim de semana viram os seus voos serem cancelados ou atrasados e atira críticas ao Governo.

"Andam dois acionistas à guerra um com o outro: a Pasogal e a TAP com Governo por trás -- porque também temos de entender que não existe TAP, o que existe é Ministério das Infraestrutura e Pasogal -, com os trabalhadores no meio" referiu, sublinhando que desde este sábado, esta guerra está a "fazer reféns os milhares de passageiros que ficaram sem voos e toda a disrupção que foi criada na comunidade aeroportuária nacional".

Sublinhado que na origem desta greve "não está nada do outro mundo", mas algo "bem primário" e "por isso bastante legítimo", que é o pagamento pontual do salário de julho e do subsídio de férias aos 1.700 trabalhadores que já gozaram o maior período, salienta que "quem tem responsabilidade neste país é que tem de pôr cobro a isto de uma vez por todas".

O sindicalista manifesta-se preocupado se não forem tiradas conclusões perante a adesão e as consequências desta greve e exige uma resolução da situação, acentuando que a adesão registada nos aeroportos do Porto e do Funchal aumentou neste segundo dia de greve.

"Se não nos respeitam e se perante uma adesão destas, com um efeito e com uma consequência que o país todo tem estado a assistir, não se tiram conclusões, e se continuamos orgulhosamente e teimosamente, e até de forma infantil, a ir sempre em frente com o que são as nossas guerras pessoais -- e estou a referir-me tanto à Pasogal como ao próprio Governo (...) para nós é inaceitável", referiu.

13h33 - Greve da Groundforce. Muitos passageiros dormiram no aeroporto de Lisboa

Agravou-se a situação nos aeroportos portugueses. Só esta manhã foram cancelados 345 voos. Hoje, não há serviços mínimos. Milhares de passageiros estão à espera de uma solução. Alguns perderam a paciência e houve momentos de exaltação. Em Lisboa, muitos acabaram por dormir no aeroporto.


13h00 - 345 voos cancelados em todo o país

O impacto da greve dos trabalhadores da Groundforce é maior no Aeroporto de Lisboa, onde não se realizaram 301 voos.

Segue-se o Porto com 26 chegadas e partidas que ficaram sem efeito.

E depois os aeroportos de Faro, Funchal e Porto Santo onde foram cancelados 18 voos.

12h30 - Serviços mínimos com menos impacto no segundo dia de greve na Groundforce

Dos 427 trabalhadores escalados, apenas 80 se apresentaram ao serviço, o que representa uma adesão de 81,3%. Tendo várias companhias aéreas optado por anular toda a operação planeada para este domingo, antecipa-se que, do total de 511 voos previstos para a capital portuguesa, se realizem apenas 200, revelou a empresa de handling à RTP.

O aeroporto do Porto voltou a ser o segundo mais afetado pela paralisação, com uma adesão de 45,2%.

No Funchal, aderiram à greve 31,6% dos trabalhadores da Groundforce e em Faro, a adesão foi de 9,1%.

No Porto Santo não se registou qualquer perturbação à operação.

12h02 -Cerca de 65 por cento dos voos do aeroporto de Lisboa necessitam de apoio da Groundforce

Os passageiros desesperam para resolver a situação dos voos cancelados. Muitos estão a ponderar desistir da viagem.


11h02 – Aeroporto de Lisboa é o que regista impacto mais significativo

Apesar dos apelos da TAP para que os passageiros não se desloquem ao aeroporto Humberto Delgado e que procuram mais informação por telefone e internet, centenas de pessoas dirigiram-se para o local para tentar resolver a situação depois de verem os seus voos serem cancelados ou adiados.


10h04 – 301 voos cancelados em Lisboa e 26 no Porto

No aeroporto de Lisboa foram cancelos 301 dos 511 voos que estavam previstos. (160 chegadas e 141 partidas) e previstos serem operados 210 (102 chegadas e 108 partidas).

No aeroporto do Porto estão cancelados para o dia de hoje 13 chegadas e 13 partidas.


Os passageiros queixam-se das faltas de resposta e das longas filas para obterem mais informação.

9h10 - Filas no aeroporto de Lisboa

Ao segundo dia da greve dos trabalhadores da Grondforce, as filas mantêm-se no aeroporto de Lisboa. Entre os passageiros há quem vá de férias e quem vá trabalhar. E muitos estão sem alternativas.

Ponto da situação

A TAP garantiu que não tem quaisquer pagamentos em atraso à Groundforce, depois de a empresa de `handling` ter acusado a companhia aérea de uma dívida de 12 milhões de euros por serviços já prestados.

Em comunicado divulgado ao fim da tarde de sábado, a Gorundforce afirmou que "bastaria que a TAP pagasse o valor em dívida pelos serviços já prestados para que os salários fossem regularizados", apontando "12 milhões de euros de faturação emitida" e não paga.

"A TAP reitera que lamenta muito o transtorno que esta greve está a ter na vida dos seus clientes, ao provocar uma grande disrupção na operação da companhia. Reitera também que tudo fez ao seu alcance para evitar esta situação e que não estão em atraso quaisquer pagamentos à empresa de `handling`", disse à Lusa fonte oficial da companhia aérea.

Depois de um sábado caótico no aeroporto de Lisboa, cumpre-se este domingo o segundo dia de greve marcado pelo Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), em protesto pela "situação de instabilidade insustentável, no que concerne ao pagamento pontual dos salários e outras componentes pecuniárias" que os trabalhadores da Groundforce enfrentam desde fevereiro de 2021.

A adesão nos aeroportos Humberto Delgado em Lisboa e Sá Carneiro no Porto rondou sábado quase 100 por cento e levou ao cancelamento de quase 300 voos, de acordo com números da ANA - Aeroportos.

A Groundforce avançou que a greve dos seus trabalhadores levou ao cancelamento de mais de 300 voos só no sábado e desafiou a TAP a pagar à empresa "o que lhe é devido pelos serviços prestados".

"A Groundforce não é indiferente aos transtornos causados por esta greve e reitera que bastaria que a TAP pagasse o valor em dívida pelos serviços já prestados pela Groundforce para que os salários fossem regularizados", adiantou a empresa de handling em comunicado.

No braço de ferro entre as duas empresas, os mais prejudicados estão a ser centenas de passageiros que perderam voos de ligação ou ficaram com certificados Covid caducados.

Para responder a este último problema, a TAP anunciou que ia abrir os laboratórios de testes PCR, a partir das 4h00 de domingo. Vai igualmente pagar até 80 euros por dormida a quem tenha de alugar quarto em hotel para pernoitar em Lisboa.

A seleção portuguesa de andebol e outros atletas olímpicos foram apanhados na confusão logo durante a manhã. Acabaram por ter de viajar de autocarro.

O Comité Olímpico português em comunicado anunciou que, "em sequência dos constrangimentos previstos para amanhã, 18 de julho, nos aeroportos nacionais, serão canceladas todas as partidas de atletas previstas para este domingo".

"Os atletas têm partida prevista para 19 de julho, e oportunamente enviaremos os novos horários de voo", acrescentou.

Apenas estão a ser afetados voos das "companhias de bandeira", como a TAP.

A paralisação vai prolongar-se pelos dias 18 e 31 de julho, 1 e 2 de agosto, o que levou a ANA a alertar para constrangimentos nos aeroportos nacionais, cancelamentos e atrasos nos voos assistidos pela Groundforce, nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo.

Além desta greve, desde o dia 15 de julho que os trabalhadores da Groundforce estão também a cumprir uma greve às horas extraordinárias, que se prolonga até às 24:00 do dia 31 de outubro de 2021.