"Aproximação clara". Governo elogia posição do PS sobre imigração após chamar "tantos nomes"
André Kosters - Lusa
É uma "aproximação clara", mas que chega tarde: é desta forma que o ministro adjunto e da Coesão Territorial reage às declarações de Pedro Nuno Santos sobre a imigração.
Ouvido esta sexta-feira no Ponto Central, da Antena 1, o ministro Manuel Castro Almeida diz que essa sempre foi a posição social-democrata, que classifica de "razoável e sensata".
"Esta última posição do secretário-geral do PS é uma aproximação clara às posições do PSD que nós só podemos saudar, é pena que venha tarde", afirma.
Castro Almeida lamenta que Pedro Nuno Santos "tenha chamado tantos nomes ao Governo por causa de uma posição que ele agora também adota".
O líder do PS defendeu também na entrevista ao semanário Expresso que o partido "tem de estar preparado" para eleições, porque "não sabemos quando haverá".
"Porquê que haveria de haver eleições antecipadas?", questiona na Antena 1 o ministro Manuel Castro Almeida, respondendo que "o Governo está preparado para governar quatro anos".Lei dos Solos. "PS não é tão ambicioso quanto o Governo"
No dia em que a Assembleia da República discute a Lei dos Solos, Castro Almeida diz que o PSD e o PS querem o mesmo mas acreditam em caminhos distintos.
"São fórmulas diferentes de hegar a resultado que ambos queremos que é baixar o preço das casas, embora me pareça que esta proposta do PS não é tão ambiciosa quanto a do Governo", considera.
Bloco de Esquerda, PCP, Livre e PAN pretendem que o diploma não entre em vigor, enquanto o PS assumiu apenas que quer alterar o diploma.
O decreto-lei dado a conhecer no final de dezembro refere que o regime especial de reclassificação da Lei dos Solos assegura que pelo menos 70% da área total de construção acima do solo se destina a habitação pública ou de valor moderado, ponderando "valores medianos dos mercados local e nacional", em vez de custos controlados.
O ministro da Coesão Territorial volta a assegurar, agora na Antena 1, que quer "evitar a especulação" e "resolver um grave problema de habitação", reconhecendo que os dois maiores partidos têm formas diferentes de encará-lo.
Enquanto o PS olha para as "classes desfavorecidas", diz o ministro, o PSD aponta para a classe média. "O arrendamento acessível não estava proibido na nossa lei", afirma, salientando apenas que "não era obrigatório".
Artigo atualizado com as declarações de Manuel Castro Almeida sobre a Lei dos Solos. Com Lusa