Sondagem da Universidade Católica. Popularidade de Marcelo mantém-se longe dos níveis do primeiro mandato
O presidente da República voltou a ter uma avaliação negativa por parte dos portugueses, de acordo com a sondagem do Cesop - Universidade Católica para o PÚBLICO, RTP e Antena 1. A popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa começou a descer em 2023 e em maio deste ano chegou pela primeira vez a valores negativos. Embora se mantenha abaixo de 10, a avaliação média ao chefe de Estado melhorou ligeiramente. A mesma sondagem avaliou as relações institucionais com o primeiro-ministro, indicando que grande parte acredita que estão iguais comparativamente à um ano, quando ainda estava António Costa no Governo.
À pergunta “como avalia este segundo mandato do presidente Marcelo Rebelo de Sousa?”, numa escala de 0 a 20, os inquiridos deram 9,7. Na avaliação realizada também pela Universidade Católica, em maio deste ano, a avaliação foi de 9,4, o que representa agora uma ligeira subida que mais se aproxima de uma avaliação positiva (valor igual ou superior a 10).
No entanto, apesar da avaliação média, o presidente “continua a receber nota positiva da maioria dos inquiridos”, mais concretamente de 60 por cento dos inquiridos.
Em 2022, seguiu-se um período de descida, com uma avaliação média de 12,9, embora mantivesse “sempre avaliações médias positivas”.
Mas este ano as duas sondagens revelaram que os inquiridos começaram a fazer uma avaliação menos positiva. Há que realçar, no entanto, que as perguntas nas várias sondagens “não são exatamente iguais”, sendo que nesta última se referiam à “avaliação do segundo mandato”.
Nesta sondagem, as relações entre o presidente da República e o primeiro-ministro foram também avaliadas, comparativamente há um ano com o anterior primeiro-ministro, António Costa.
Cerca de 42 por cento dos inquiridos consideram que as relações institucionais estão iguais comparativamente há um ano, quando o primeiro-ministro ainda era António Costa.
Há ainda 33 por cento das pessoas a considerar que agora as relações entre presidente e primeiro-ministro estão melhores e 13 por cento pensa que pioraram. Do total, 12 por cento não respondeu a esta questão.
Ficha Técnica:
Este inquérito foi realizado pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público entre os dias 7 e 13 de julho de 2024. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 957 inquéritos válidos, sendo 48% dos inquiridos mulheres. Distribuição geográfica: 30% da região Norte, 20% do Centro, 36% da A.M. de Lisboa, 5% do Alentejo, 4% do Algarve, 2% da Madeira e 3% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários, região e comportamento de voto com base nos dados do recenseamento eleitoral e das últimas eleições legislativas. A taxa de resposta foi de 21%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 957 inquiridos é de 3,2%, com um nível de confiança de 95%.
*Foram contactadas 3581 pessoas. De entre estas, 957 aceitaram participar na sondagem e responderam até ao fim do questionário.