Presidente da Abraço considera estranho que se decida se alguém tem direito a viver

por Sandra Henriques

A presidente da Abraço, Margarida Martins, considera estranho que se decida se uma pessoa tem ou não direito a viver. Este comentário surge na sequência do parecer do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) que recomenda o racionamento do acesso a tratamentos mais caros para pessoas com cancro, Sida e doenças reumáticas.

Margarida Martins refere à Antena1 que o documento refere-se a cortar o direito à vida. A dirigente da associação de apoio a pessoas com Sida defende que é estranho que alguém decida se os doentes têm ou não direito a viver.

O documento em causa, a que a Antena1 teve acesso, revela que o CNECV defende que o racionamento de tratamentos é legítimo e deve ser feito depois de ouvidos os médicos, os gestores e os doentes. Tudo depende do custo dos tratamentos e da avaliação de se prolongam a vida durante tempo suficiente para justificar os gastos.
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