Complicar o que parecia fácil

Portugal empatou esta noite a quatro bolas com o Chipre no primeiro encontro de qualificação para o Euro 2012, não entrando da melhor maneira no torneio. No Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, a formação das quinas começou mesmo a perder, mas passou para a vantagem durante o encontro, onde permaneceu até aos 90', altura em que o Chipre fechou o resultado ao empatar o encontro.

Pedro Araújo Pina /
Portugal sofre o quarto golo do Chipre AP Photo

Portugal entrou no encontro algo nervoso, com a defesa a cometer muitas falhas e a comprometer a aparente superioridade logo desde o início. Aloneftis, logo aos três minutos, consegue isolar-se frente a Eduardo, faz o chapéu ao guardião português e abre o marcador.

Mas se a defesa não estava a funcionar, o ataque ia ameaçando a baliza adversária e bastaram apenas cinco minutos para empatar novamente o encontro. Hugo Almeida responde da melhor maneira a um cruzamento de Nani e faz o primeiro para a formação das quinas.

Mas foi mais uma vez a defesa a deixar Portugal mal visto, desta vez por Raúl Meireles, e o Chipre a não perdoar. Apenas três minutos após o empate, Konstantinou consegue passar por Eduardo e coloca os cipriotas novamente em vantagem.

A partir deste momento, Portugal começou a tomar conta do jogo, e o Chipre parecia satisfeito com o resultado. As oportunidades surgiam, mas os golos não. A formação cipriota continuava a aproveitar algumas falhas no sector mais recuado de Portugal, que, apesar de tudo, iam dominuindo à medida que os jogadores iam ganhando confiança.

Aos 29 minutos, Raúl Meireles redime-se do erro que tinha resultado no segundo golo do Chipre e faz novamente o empate. O português remata de fora da área, a bola toca no chão à frente de Antonios Giorgallidis e trai o guarda-redes.

A partir daqui só deu Portugal. O Chipre recuou todos os seus jogadores e defendia com onze elementos atrás da linha da bola. Quaresma, às vezes no lado direito, outras no lado esquerdo, foi o melhor jogador em campo, deixando a defesa cipriota completamente à nora, criando constantemente situações de golo.

Aos 50', Portugal passou pela primeira vez para a frente no marcador, com Danny a cabecear para o fundo das redes da baliza adversária. Aos 57', o Chipre empata, com o recém-entrado Okkas a aproveitar mais uma falha da defesa portuguesa. Manuel Fernandes, apenas três minutos depois, com um grande tiro de fora da área, faz o 4-3 e coloca Portugal mais uma vez em vantagem.

As oportunidades continuavam a surgir, com uma bola ao poste e outra à trave, e o Chipre sem conseguir sair para o ataque. Mas quem não marca acaba por sofrer, e foi exactamente isso que aconteceu. Avraam aproveita uma defesa incompleta de Eduardo e, aos 90 minutos, fecha o resultado em 4-4.

Portugal foi superior, mas o Chipre mais eficaz. A formação das quinas complicou assim algo que aparentemente seria uma tarefa simples.
PUB