Histórico. Portugal na final do Mundial sub-17

Portugal garantiu esta segunda-feira uma inédita presença na final do Mundial sub-17, na qual irá defrontar a Áustria, ao vencer o Brasil por 6-5 no desempate por penáltis, na meia-final da competição, que decorre no Qatar.

RTP /
Noushad Thekkayil - AFP

A seleção portuguesa, atual campeã europeia em título, não foi superior ao Brasil durante os 90 minutos, no complexo desportivo Aspire Zone, no Qatar, onde decorre o torneio, porém, da marca dos 11 metros, acabou por ser mais feliz e competente.

Na final, agendada para quinta-feira, às 19:00 (16:00 em Lisboa), o opoente será a Áustria, que também vai disputar a primeira final, após ultrapassar na outra ‘meia’ a Itália (2-0), face a um ‘bis’ de Johannes Moser.

Depois de ultrapassar, já na fase a eliminar, a Bélgica (2-1) nos 16 avos de final, o México (5-0) nos ‘oitavos’ e a Suíça (2-0) nos ‘quartos’, a equipa comandada por Bino Maçães teve pela frente um opoente que exigiu muito mais do que os anteriores, desde logo por se tratar do campeão sul-americano, que ergueu o troféu em quatro ocasiões (1997, 1999, 2003 e 2019).

Numa primeira parte marcada pelos duelos físicos e várias faltas cometidas de parte a parte, o grande lance claro de golo foi fabricado pelos ‘canarinhos’, quando decorria o minuto 20.

Depois de deixar para trás Mauro Furtado, o avançado Dell ficou na ‘cara’ de Romário Cunha, que negou o golo com uma grande defesa, apesar de incompleta. A bola viria a sobrar, novamente, para o jogador do Bahia, mas, desta vez, viu o defesa Martim Chelmik cortar o esférico muito perto da linha de baliza.

O segundo tempo acabou por não ser diferente do primeiro, com lusos e brasileiros a apresentarem dificuldades em chegarem junto das balizas com real perigo, mantendo-se a agressividade na disputa pela bola, nomeadamente por parte dos jogadores sul-americanos.

A 12 minutos do apito final, Anísio Cabral apareceu em boa posição para finalizar ou servir um colega, mas não fez melhor do que atirar a bola muito por cima, tendo sido substituído de seguida.

O capitão do Brasil Ze Lucas, através de um remate acrobático, esteve muito perto de desfazer o ‘nulo’, só que a bola saiu ligeiramente por cima do travessão e foi preciso recorrer ao desempate por grandes penalidades para decidir a eliminatória.

O Brasil, que ultrapassou o Paraguai nos penáltis nos 16 avos de final (0-0, 5-4), assim como a França nos ‘oitavos’ (1-1, 4-3), antes de afastar nos ‘quartos’ Marrocos (2-1), desta vez não foi melhor da marca dos ‘onze’ metros, com Romário Cunha e Angelo a falharem as cobranças para os sul-americanos e Romário Cunha para os lusos.

Jogo disputado no Complexo Desportivo Aspire Zone, em Doha.

Portugal – Brasil, 6-5 após desempate por grandes penalidades.

Ao intervalo: 0-0.

Marcadores nos desempates por grandes penalidades:

1-0, Tomás Soares.

1-1, Dell.

2-1, Martim Chelmik.

2-2, Tiago.

3-2, Santiago Verdi.

3-3, Zé Lucas.

4-3, Yoan Pereira.

4-4, Luis Pacheco.

4-4, Romário Cunha (por cima).

4-4, Juan Pablo (ao poste).

5-4, João Aragão.

5-5, Gabriel Mec.

6-5, José Neto.

6-5, Angelo (por cima).

Equipas:

- Portugal: Romário Cunha, Daniel Banjaqui, Martim Chelmik, Mauro Furtado, José Neto, Rafael Quintas (Santiago Verdi, 57), Bernardo Lima, Mateus Mide (Zeega, 79), Duarte Cunha (João Aragão, 69), Stevan Manuel (Yoan Pereira, 57) e Anísio Cabral (Tomás Soares, 79).

(Suplentes: Alex Tverdohlebov, David Rodrigues, Gabriel Dbouk, Yoan Pereira, Ricardo Neto, Santiago Verdi, Zeega, Tomás Soares, Miguel Figueiredo e João Aragão).

Selecionador: Bino Maçães.

- Brasil: João Pedro, Angelo, Vitor Fernandes, Luccas Ramon, Zé Lucas, Tiago, Luís Pacheco, Felipe Morais (Pietro Tavares, 84), Ruan Pablo, Dell e Kayke (Gabriel Mec, 74).

(Suplentes: Arthur Jampa, Lucas Andrade, Gabriel Mec, Vinicius Rocha, Pietro Tavares e Andrey Fernandes).

Selecionador: Carlos Petetuci.

Árbitro: Vassilis Fotias (Grécia).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Zé Lucas (40), Rafael Quintas (48), Anísio Cabral (60), Luis Pacheco (66), Bernardo Lima (77), Felipe Morais (83) e Santiago Verdi (84).

c/Lusa
PUB