Seleção de futsal quer ajustar identidade frente à Ucrânia a um mês do Europeu

A seleção portuguesa de futsal quer aproveitar os dois jogos particulares frente à Ucrânia, em Tavira, para ajustar detalhes ligados à identidade da equipa, nomeadamente no setor defensivo, disse hoje o selecionador, a um mês do Europeu.

Lusa /
Estrela Silva - Lusa

“Este é um momento importante de preparação, frente a um adversário extremamente competente, para afinar detalhes, dar uma boa resposta e ajustar algumas coisas da nossa identidade”, afirmou Jorge Braz, em conferência de imprensa.

Portugal, bicampeão europeu em título (2018 e 2022), defronta a Ucrânia, medalha de bronze no último Mundial, na sexta-feira e no domingo, no Pavilhão Dr. Eduardo Mansinho, em Tavira, em dois jogos com início às 19:45.

“Não gostámos da forma como terminámos a última etapa de preparação”, admitiu o selecionador português, em alusão à derrota (4-2) de novembro com a Eslovénia.

O responsável explicou que houve “alguns erros defensivos, de concentração e de detalhe” da equipa das ‘quinas’ frente aos eslovenos, que, agora, com estes dois jogos, terão “claramente” de ser corrigidos.

“A Ucrânia ainda coloca essa exigência num patamar superior à Eslovénia. Temos esses detalhes, que não assim tão detalhes, em termos de intensidade e concentração defensiva, nos momentos em que temos de ter segurança ou ser mais pressionantes. Nesse binómio entre risco e segurança, temos de melhorar claramente”, explanou Jorge Braz.

Nesse aspeto, a Ucrânia “é um bom adversário para esta fase”, mas “o mais importante” é Portugal preocupar-se com o que pode fazer, disse o selecionador, acrescentando: “O foco central de todas as etapas de preparação da seleção nacional somos nós próprios”.

Questionado sobre a ausência do sportinguista João Matos, bicampeão europeu, neste estágio e sobre a sua potencial convocatória para o Europeu, o selecionador deixou a hipótese em aberto, focando a resposta no aumento de opções à sua disposição.

“Temos sempre dúvidas, e isso é um bom indicador. O futsal português atingiu um patamar de desenvolvimento que nos leva a ter sempre muitas dúvidas. Agora estão cá 16, podiam estar outros, que agora não estão, mas estiveram noutros estágios, além da quantidade de miúdos que estão a aparecer graças ao trabalho dos clubes e associações”, sublinhou.

Pany Varela também abordou em conferência de imprensa os dois encontros de Tavira, onde a seleção não jogava há 12 anos, garantindo que os jogadores estão a encarar o estágio algarvio “com a mesma seriedade de sempre”.

“Apesar de serem jogos amigáveis, sabemos o que queremos e, para chegar preparados ao Europeu, temos de aproveitar cada treino para fortalecer o espírito de grupo e alinhar os pequenos detalhes, levando cada treino ao limite para espremer o máximo de sumo possível”, vincou o ala.

No Europeu do próximo ano, a disputar na Letónia, Lituânia e Eslovénia (21 de janeiro a 07 de fevereiro), Portugal integra o Grupo D, sediado em Liubliana, capital da Eslovénia, juntamente com Itália, Hungria e Polónia.

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