Pedro Souto sem nomes nem novidades

Pedro Souto apresentou hoje as linhas estratégicas das sua candidatura à presidncia do Sporting e uma das áreas que pretende melhorar é o futebol, para que a equipa de futebol "deixe de ser o eterno segundo classificado do campeonato". 

RTP /
Pedro Souto apresenta-se SL.com

O candidato aprovou as linhas essenciais e elogio várias vezes o projecto de sustentabilidade financeira do actual Conselho Directivo, liderado por Filipe Soares Franco, mas promete melhorá-lo de forma a "gerar mais receitas que possam ser canalizadas para investir na equipa de futebol e torná-la campeã". 
 
Ainda em relação ao futebol profissional, realçou a necessidade de criar uma nova visão no sentido de "atrair os sócios que estão de costas viradas para o clube, fazê-los sentir de novo vaidade e paixão pelo Sporting" para que seja possível voltar a ter "o estádio cheio, como noutros tempos". 
 
O candidato não prometeu milhões nem contratações milionárias para a equipa de futebol, cujo treinador pretende manter na próxima época se for eleito a 5 de Junho. "Temos ainda um presidente em funções, mas depois das eleições falarei com Paulo Bento para saber se é possível a renovação do contrato", afirmou Pedro Souto, fazendo um apelo à união entre os sportinguistas visto que os adversários do Sporting "são o Benfica e o FC Porto". 
 
Souto quer construir "uma equipa ganhadora", baseada na "formação e em reforços de fora", de modo a tornar o futebol profissional uma actividade "geradora de resultados desportivos e económicos". 
 
Uma das palavras que repetiu como chave da sua acção futura foi transparência, "quer nas suas contas quer através da devolução do  Sporting aos sócios", prometendo "acções junto das bases para lhes dar a conhecer o que a direcção for fazendo e ouvindo as suas opiniões". 
 
Inovação foi outra palavra mestra do seu programa, em função da necessidade de "tornar o Sporting menos fechado e aprender com os que de melhor se faz nos grandes clubes europeus". Promete ideias inovadoras quer "nas negociações com a Banca" quer na "criação de receitas e no controlo dos custos operacionais e de estrutura" e uma "transparência contabilística e financeira". 
 
Em relação ao modelo de governação, Pedro Souto preconiza que o clube e a SAD tenham "competências autónomas, mas complementares"  e que haja uma "administração e direcção comuns", para "aumentar a eficácia na gestão dos interesses do Sporting". 
 
Souto defende uma "SAD maioritariamente controlada pelo Sporting" mesmo que se avance futuramente para "um aumento de capital da sociedade". 
 
Outro ponto que focou foi a intenção de a sua candidatura "internacionalizar o modelo das academias e da marca Sporting, dando o exemplo de Angola África do Sul, onde o clube já criou essas infra-estruturas. 
 
Pedro Souto aludiu ainda à necessidade de incentivar o ecletismo no clube, prometendo apoiar as modalidades amadoras "através de patrocínios que as tornem sustentáveis financeiramente". 
 
Em relação aos nomes que comporão a sua lista, o candidato limitou-se a dizer que cada uma das áreas em que se divide o seu projecto "terá um responsável", voltou a repisar que gostaria de contar com Rogério Alves, actual presidente da Assembleia-Geral, na sua lista, nas mesmas funções, mas sustentou a ideia de que "chegou a hora de uma nova geração mostrar
o que vale" à frente dos destinos do Sporting. 
 
Por outro lado, preconizou que os "directores e administradores executivos" que farão parte da sua lista sejam remunerados, mas recusou para si qualquer contrapartida financeira pelo seu trabalho em prol do Sporting porque "o presidente deve estar acima de qualquer suspeita e dar o exemplo de sportinguismo".
 
Defendeu ainda que o presidente do clube deve acumular funções como presidente da SAD e que deve ser o responsável máximo pelo futebol, a despeito de a SAD contar com "um administrador com o pelouro do futebol". 
PUB