Para começar o técnico leonino foi questionado sobre o que espera deste jogo com o Gil Vicente e como têm vivido estes momentos de adversidade e respondeu: "Em alguns momentos todos nós sentimos tanta adversidade pelo que nos tem acontecido, tanto em termos de lesões como de jogo. Mas vejo o plantel focado no objetivo de ser campeão. No nosso dia-a-dia, não sou dos que fala bonito. O grupo está feliz, apesar de tudo o que nos tem acontecido está focado, resiliente, muito humano na ligação de uns com os outros, na ajuda em termos de treino e de diálogo. Mesmo quem está de fora está com ânimo de lutar. Apesar de tudo, ainda somos primeiros e mantemos o objetivo intacto. Dependemos apenas de nós".

O presidente do clube de Alvalade disse que se o Sporting chegar em primeiro à pausa das seleções tem grandes hipóteses de ser campeão. O treinador concorda: "É natural. Eu, como treinador, tenho de pensar só no próximo jogo, tenho de ganhar este, tenho de pensar a curto prazo, por tudo, pelas lesões, pela falta de soluções que queríamos ter. O espaço temporal que o presidente falou tem a ver com o facto de podermos recuperar alguma 'malta' para este final de época e o grupo ficar mais forte. Ontem desenhámos o onze para o Gil e o onze que ficava de fora e o onze que estava de fora é campeão nacional. Esse espaço temporal é a esperança de termos mais gente disponível para ficarmos mais fortes".

Depois do jogo com o AFS disse que o VAR tem estado muito atento aos jogos do Sporting. Por isso foi-lhe perguntado se sente que os rivais estão a ser beneficiados? "Não falo de arbitragem. Só peço o mesmo critério! Foi uma boa arbitragem, só peço o mesmo critério para todos. Se formos prejudicados ou beneficiados, se formos à 'liga da verdade', o Sporting tinha de ter mais 4 ou 5 pontos. Não gosto de me agarrar aos 'ses'. Não critico a arbitragem, só peço o mesmo critério, não apenas só para os grandes, para todos. Vim dos clubes de baixo, não nasci rico. Os árbitros erram como nós, faz parte".

Por fim foi interrogado sobre se não é a altura dos treinadores exigirem plantéis mais largos e afirmou: "Penso que sim, os plantéis mais largos... Tenho ouvido grandes treinadores a falar nisso, que no futuro vão querer plantéis mais longos, a exigência é cada vez maior. No meu caso chego com um plantel já construído, tenho de me adaptar um bocadinho, como é lógico. É importante olhar para o jogo de forma clara e entender que o Rui Borges mudou um bocadinho, mas não pode mudar muito porque não treina. Mas concordo, faz todo o sentido os plantéis serem maiores. Mas há treinadores que preferem mais curto, porque vai ser mais competitivo... Eu não penso assim, preferido gerir 27 do que 20. Estou cá para tomar decisões, vai agradar a uns, não tanto a outros, tenho de saber lidar com isso".

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