O pai, em declarações à Antena 1, confessou que vai torcer pelo filho e falou das características do jovem jogador. Martim, futebolista de 23 anos que atua no 1º Dezembro, do terceiro escalão do futebol nacional, entra em campo esta noite para defender as cores do clube de Sintra.

Numa primeira leitura a família está dividida: de um lado a defesa de Martim e do "seu" 1º Dezembro, do outro está o Benfica, clube pelo qual já duas gerações da família fizeram história.

Sobre o jogo desta sexta-feira Rui Águas está decidido a apoiar o 1º Dezembro e explicou porquê: "Sou normalmente pelos mais fracos e para além disso quando está em causa a família não há nada mais importante. Gosto muito do Benfica mas primeiro está a família, só depois os clubes".

O pai de Martim foi três vezes campeão nacional pelo Benfica e em 1990-91 conquistou a Bola de Prata. O avô José Águas conquistou pelo clube da Luz seis títulos de campeão e duas Taças dos Campeões Europeus, tendo sido o melhor marcador do campeonato em cinco épocas.

Uma família de futebolistas que vai na terceira geração e desta forma explicada por Rui Águas: "Os descendentes têm sempre dificuldades acrescidas. Eu tive bastantes. A questão da afirmação pessoal é sempre uma luta. Há uma pressão social acrescida".



Esta noite, no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril, casa emprestada do clube sintrense, Rui Águas vai "puxar" pelo clube do filho: "Espero que o Martim faça boa figura já que em termos de resultado as coisas são mais difíceis tendo em conta o poder das duas equipas".

Martim Águas é adepto do Benfica mas como jogador tem a palavra o pai que conhece as suas características: "É um jogador que em relação a mim se destaca pela sua qualidade técnica. É mais médio ofensivo do que avançado, passa bem e finaliza bem".



Rui Águas tem o desejo de treinar o filho, o que não é teoricamente fácil e se fosse num clube grande tanto melhor. O encontro da família Águas está marcado para esta sexta-feira, a partir das 20h15, no campo da Amoreira, no Estoril.