Alexandria

No ano em que em várias ex-colónias portuguesas celebram, porque é de celebração que se trata, os cinquenta anos sobre as independências dos países africanos (no caso da Guiné-Bissau 52 anos) e de Timor-Leste, vamos ouvir o que pensam os convidados desta celebração, num contexto maior que foi o das independências africanas iniciadas em África a partir da segunda metade do século XX.

Convidados:

Comandante Pedro Pires, cabo-verdiano, foi combatente pela libertação da Guiné e de Cabo Verde, integrando o PAIGCV, e camarada de luta de Amílcar Cabral. Ainda durante a guerra de libertação desempenhou funções de comando e depois da independência da Guiné, em 1973, e de Cabo Verde, em 1975, foi primeiro-ministro de Cabo Verde e foi presidente da República de Cabo Verde entre 2001 e 2011.

Zia Soares, nasceu no Bié, em Angola, filha de pai timorense e de mãe angolana, vive em Lisboa desde 1975. É atriz, encenadora e diretora da companhia de teatro Griot, uma das mais peculiares e importantes companhias de teatro afro-europeias da atualidade.

Elísio Macamo, é moçambicano. Sociólogo e, entre muitos cargos e responsabilidades de natureza académica, é atualmente diretor de Estudos Africanos da Universidade de Basileia, Suiça.
Maria Valle Ribeiro, segundo a própria uma curiosa mistura de portuguesa e irlandesa... Mais de 35 anos de trabalho para o desenvolvimento e ação humanitária como alta funcionária das Nações Unidas e com ONGs. Trabalhou com governos e comunidades em vários países africanos, incluindo Angola, Moçambique e a Guiné-Bissau, África Subsaariana e África do Norte.

Um espaço de conversa, mas sem nunca esquecer algo que nos une a todos como a cultura, a história e a música Desde a última edição de novembro do ano passado, o mundo mudou muito e não necessariamente para melhor.
Milhares de pessoas sofrem os horrores das guerras e um genocídio abateu-se sobre toda uma população. Vários autocratas disputam entre si o domínio imperialista do mundo e novas formas de colonialismo global estão em marcha.
Alexandria, um programa sobre factos, ideias e temas para o mundo mais desregulado de hoje, e mais inquietante que está para vir, não pode ser indiferente a este estado.
E por isso mesmo é maior a responsabilidades das conversas que teremos, com pessoas que têm o enorme prazer de partilhar experiências culturais e conhecimentos.
Vamos convocar autores, artistas, cientistas e, com o recurso a filmes, livros, teatros, fotografias, e outros degraus que nos levam ao cultural, partilharemos pensamentos, desejos, expectativas e, certamente, muitas apreensões.