Mantorras afirma que quer deixar de coxear, só não sabe quando o vai conseguir: "Isto passa naturalmente com trabalho específico. Eu estou até com uma equipa médica do Benfica [a trabalhar para isso], mas não vamos falar que é hoje ou amanhã para não ser mentiroso". "Eu já coxeio há três anos, e mesmo a coxear fazia golos", lembra.

O avançado assegura que é "um campeão", que sempre venceu as lesões. Por isso, não vê a sua inscrição nas competições da UEFA como um prémio, mas sim como "um objectivo", daí que esteja convicto de que vai "ajudar o Benfica nessa competição".

No domingo, o clube da Luz defronta em casa o Paços de Ferreira a contar para a Taça de Portugal, e o angolano sublinha que o Benfica vai "trabalhar para vencer" e para "o objectivo de todos que é chegar à final no Jamor".

Quanto à entrada de Makukula no plantel "encarnado", Mantorras acredita que "cada um vai ter a sua oportunidade para jogar", daí que não esteja "preocupado com quem chega": "Estou preocupado em ajudar o grupo que é o mais importante".

Vários órgãos de comunicação social falaram num possível empréstimo de Mantorras ao Belenenses no mercado de Inverno, mas o jogador assegura que o clube do Restelo não falou com ele. "Acompanhei só pelos jornais. Estou bem no Benfica, sinto-me bem. Quando não me sentir bem no Benfica vou ser o primeiro a dizer que vou sair do Benfica", frisa.

Para o angolano foi difícil não participar na CAN com a sua selecção, mas tem esperanças de que vai voltar a ser convocado quando se recuperar totalmente. Porém, se Mantorras for chamado, não quer ser apenas mais um: "Quero ir para mostrar que estou ali para ajudar a selecção de Angola a vencer os seus objectivos".

Na conferência de imprensa após o treino desta manhã no Seixal, Mantorras falou ainda sobre Manucho, que assinou pelo Manchester United, mas que foi emprestado até ao final da época ao Panathinaikos da Grécia, treinado por José Peseiro.

"É um grande jogador. Todo o mundo viu no campeonato africano o que ele fez. Só tem que dar tempo ao tempo para ele aparecer aqui na Europa", considera Mantorras.