Rui Costa quer acabar carreira de cabeça erguida

Rui Costa tem apenas dois jogos oficiais pela frente para terminar a sua carreira como futebolista. O avançado quer terminar "de cabeça alta", mas afirma que nunca aceitaria que a sua camisola fosse pendurada.

RTP /
"De cabeça erguida" D.R.

O "maestro" não esconde que sente alguma tristeza à medida que se aproxima o seu último jogo, mas garante que a sua decisão foi ponderada.

"Não escondo que começa a vir à cabeça que estamos mesmo na recta final. Claro que já tenho saudades, mas da mesma forma que saí da selecção ponderando bem a minha saída também o fiz agora", afirma.

Costa prefere encarar a situação de forma positiva: "Mais do que pensar na tristeza do último momento dentro do campo quero pensar na alegria de todos estes últimos momentos e vou vivê-los com a maior intensidade possível".

O avançado frisa que o mais importante é terminar "da melhor forma possível, com muita alegria de sair de cabeça alta do último estádio de futebol que irei pisar consciente daquilo que fiz ao longo da minha carreira".

Questionado pelos jornalistas se gostaria de ver a sua camisola pendurada, tal como acontece noutras competições com jogadores históricos, Rui Costa nega.

"De forma alguma porque neste clube passaram dezenas e dezenas de grandes campeões. Num clube onde nem a camisola do Eusébio saiu seria impensável que eu aceitasse isso", justifica.

Rui Costa recorda muitos momentos marcantes após o regresso à Luz, mas destaca os dois inícios de época.

"O meu primeiro jogo oficial, na Luz, com a camisola do Benfica. Lesionei-me e estive cinco meses parado, mas fiz golo ao Áustria de Viena (vitória por 3-0). Foi uma entrada que, sonhada, não seria assim tão boa", revela.

Dois outros jogos que o "maestro" guarda com emoção são o encontro com o FC Copenhaga "numa altura em que muita gente duvidava das minhas capacidades" e a partida com a Naval, "em que fiz aquele golo a rodar o defesa e, a determinada altura, na segunda parte, num pontapé de canto, o estádio levantou-se todo e começou a gritar o meu nome".

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