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Reportagem

Sporting campeão. A festa do título de campeão nacional

por Ana Sofia Rodrigues, Mariana Ribeiro Soares, Inês Geraldo - RTP

O Sporting sagrou-se campeão de futebol na última jornada do campeonato nacional. Acompanhamos aqui ao minuto todos os desenvolvimentos dos festejos do título.


Nuno Veiga - Lusa

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Termina a festa do bicampeonato do Sporting

Foto: Nuno Veiga - Lusa

A festa já vai longa no centro de Lisboa e muitas pessoas já desmobilizam. O Sporting conquistou este sábado o bicampeonato 71 anos depois.

Na próxima segunda-feira, a equipa verde e branca vai ser recebida por Carlos Moedas na Câmara Municipal de Lisboa e seis dias depois, vai estar no Jamor para lutar pela dobradinha.

No próximo domingo, a festa da Taça vai ser jogada no Estádio Nacional e vai colocar frente a frente os dois grandes rivais de Lisboa.
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"Vamos ver". Pedro Gonçalves deixa cair o microfone

O avançado do Sporting teve tempo de antena e replicou Ruben Amorim.

"Disseram que jamais seríamos campeões sem adeptos. Disseram que jamais seríamos bicampeões sem o Amorim. Disseram que jamais seríamos bicampeões sem o Viana. Dizem que jamais seremos tricampeões sem o Viktor [Gyokeres]. E agora o que vos quero dizer? Vamos ver".

Pedro Gonçalves replicou assim o discurso de Ruben Amorim no ano anterior e deixou cair o microfone.
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Rui Borges agradece aos adeptos pelo título do bicampeonato

O treinador do Sporting fez um pequeno discurso durante os festejos do Sporting no Marquês de Pombal. O técnico de 43 anos agradeceu aos adeptos todo o apoio e afirmou que foram uma parte fulcral do bicampeonato.

"Obrigado, obrigado, obrigado", gritou, clamando depois: "Bicampeões".
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Adeptos e jogadores cantam hino do Sporting e há fogo-de-artifício

Depois de apresentados todos os jogadores, o plantel cantou, em união com os adeptos, o hino do Sporting. Depois, os céus de Lisboa pintaram-se de verde com o fogo-de-artifício.

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Viktor Gyokeres festeja no Marquês com os adeptos do Sporting

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Sporting campeão chega a um Marquês em euforia

O autocarro do Sporting chegou finalmente ao Marquês de Pombal. Os adeptos entraram em euforia e querem começar a festa com os jogadores que agora vão dirigir para o palco.

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Adeptos do Sporting enchem o Marquês e esperam pelo autocarro

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Autocarro com os bicampeões a caminho do Marquês

O autocarro que transporta a equipa do Sporting está já a caminho do Marquês, onde milhares de adeptos aguardam ansiosamente a sua chegada.
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Adeptos do Sporting em Moçambique festejam na cidade de Maputo

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Portas da Cidade de Ponta Delgada recebem festa leonina

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Coimbra festeja título do Sporting

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Adeptos algarvios do Sporting festejam na cidade de Faro

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Adeptos do Sporting festejam na cidade do Porto

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Rui Borges emocionado pela conquista do bicampeonato por parte do Sporting

Foto: Filipe Amorim - Lusa

O treinador do Sporting mostrou-se emocionado pela conquista do campeonato este sábado e parabenizou toda os funcionários do clube pelo título alcançado. "Os adeptos foram muito importantes", disse Rui Borges.

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Adeptos aguardam campeões no Marquês

(Foto: Nuno Veiga - EPA)

O Marquês está já cheio de adeptos que aguardam a chegada do autocarro com os bicampeões.
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por Lusa

Cristiano Ronaldo dá os parabéns aos bicampeões Sporting

Reuters

Cristiano Ronaldo deu hoje os parabéns ao Sporting por se ter sagrado campeão português de futebol pela segunda vez consecutiva, depois de derrotar o Vitória de Guimarães, por 2-0, na 34.ª e última jornada da I Liga.

“Parabéns bicampeões”, escreveu o capitão da seleção portuguesa, formado nos ‘leões’, numa história na rede social Instagram, acompanhada por uma fotografia do título do Sporting.

Ronaldo chegou ao Sporting com 12 anos e estreou-se na equipa principal com 17, antes de se transferir em 2003/04 para o Manchester United.

O Sporting sagrou-se hoje bicampeão português de futebol, depois de vencer o Vitória de Guimarães, por 2-0, na 34.ª e última jornada da I Liga, conquistando o título pela 21.ª vez no seu historial.

No Estádio José Alvalade, em Lisboa, os ‘leões’, que só dependiam de si para revalidarem o título, marcaram por intermédio de Pedro Gonçalves, aos 55 minutos, com o sueco Viktor Gyökeres a ampliar o resultado aos 82, fazendo o 39.º golo no campeonato, no qual foi o melhor marcador.

O Sporting, orientado por Rui Borges, terminou a 91.ª edição do campeonato com 82 pontos, mais dois do que o Benfica, e assegurou o terceiro título em cinco anos, voltando a ser bicampeão 71 anos depois.
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Varandas perto de se tornar o presidente `leonino` mais galardoado

O campeonato conquistado hoje pelo Sporting torna Frederico Varandas num dos presidentes com mais troféus nacionais de futebol ao serviço do clube, com oito, em igualdade com Ribeiro Ferreira, líder entre 1946 e 1953.

Eleito em 2018, Varandas soma agora três campeonatos nacionais (2020/21, 2023/24 e 2024/25), três Taças da Liga (2018/19, 2020/21 e 2021/22), uma Taça de Portugal (2018/19) e uma Supertaça (2021), sendo o primeiro presidente bicampeão nacional no Sporting desde que Góis Mota completou o primeiro ‘tetra’ do futebol português, em 1953/54. Contudo, o primeiro dos dois títulos de campeão deste dirigente foi conquistado a meias com Ribeiro Ferreira, falecido no decorrer da época anterior.

Por isso, Ribeiro Ferreira era, até hoje, o único presidente sportinguista a ‘bisar’ a ‘solo’ em termos de títulos nacionais: fê-lo em 1946/47 e 1947/48, acabando por completar o ‘tri’ na época seguinte, e em 1950/51 e 1951/52, dando início ao ‘tetra’ concluído por Góis Mota.

O atual líder é, também, o primeiro dirigente máximo dos ‘verdes e brancos’ a conquistar três títulos de campeão nacional desde João Rocha, presidente entre 1973 e 1986.

Varandas, de resto, desempatou com o histórico dirigente que dá o nome ao pavilhão do clube, uma vez que, aos três títulos de campeão nacional (1973/74, 1979/80 e 1981/82), Rocha juntou ainda três Taças de Portugal (1973/74, 1977/78 e 1981/82) e uma Supertaça (1982/83), num total de sete troféus.

Até hoje, ambos eram superados apenas por Ribeiro Ferreira, que somou seis títulos de campeão nacional (1946/47, 1947/48, 1948/49, 1950/51, 1951/52 e 1952/53) e duas Taças de Portugal (1945/46 e 1947/48).

Ribeiro Ferreira, que já não completou a época da sua última conquista, falecendo em fevereiro de 1953, não foi, no entanto, o primeiro a alcançar três títulos máximos do futebol português, mas os três Campeonatos de Portugal conquistados por Joaquim Oliveira Duarte (1933/34, 1935/37 e 1937/38) não são reconhecidos como títulos de campeão nacional pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

O clube de Alvalade mantém, por isso, um diferendo com a FPF e reclama para si 25 títulos de campeão nacional, somando os quatro Campeonatos de Portugal conquistados durante a vigência desta competição, entre 1921 e 1938, aos 21 títulos reconhecidos pelo organismo que superintende o futebol em Portugal.

Curiosamente, Oliveira Duarte, que liderou os ‘leões’ entre 1932 e 1942, é o presidente mais titulado em competições nacionais de futebol, a seguir a Ribeiro Ferreira, João Rocha e Frederico Varandas, com cinco títulos, com a particularidade de, aos tais três Campeonatos de Portugal, ter somado também o primeiro título de campeão nacional reconhecido pela FPF (1940/41) e a primeira Taça de Portugal, na mesma época.

Foi, assim, o primeiro presidente do Sporting (e de todos os clubes em Portugal) a alcançar a ‘dobradinha’, um feito que os ‘leões’ conseguiram apenas em mais cinco ocasiões, sob as lideranças de Ribeiro Ferreira (1947/48), Góis Mota (1953/54), João Rocha (1973/74 e 1981/82) e Dias da Cunha (2001/02), e que Varandas tem, agora, a oportunidade de alcançar, depois de o ter falhado na última época, ao perder a final da Taça de Portugal para o FC Porto.

Caso consiga a sétima ‘dobradinha’ da história 'leonina', em 25 de maio, frente ao Benfica, Varandas torna-se, então, de forma destacada, no presidente com mais troféus nacionais de futebol, deixando para trás, definitivamente, Ribeiro Ferreira.

Se não o conseguir, volta a ter um ‘match point’, em agosto, quando Sporting e Benfica voltarem a encontrar-se para disputar a Supertaça Cândido de Oliveira.

Varandas tornou-se o 44.º presidente do Sporting em 08 de setembro de 2018, no rescaldo do ataque à Academia do clube, em Alcochete, e não teve um início fácil, em especial no futebol, apesar da conquista da Taça de Portugal e da Taça da Liga de 2018/19, sob o comando do técnico neerlandês Marcel Keizer.

Na altura, foi eleito com 42,32% dos votos, no ato eleitoral mais participado de sempre, com 22.510 sócios votantes, e reeleito, depois, em 2022, com 85,8% dos votos, numa eleição que contou com a votação de 14.795 sócios, impulsionado pela conquista do campeonato no ano anterior, com Ruben Amorim como treinador, que colocou um ponto final ao mais longo 'jejum' de títulos de campeão nacional do clube, que durou 19 anos.

Amorim, de resto, está ‘umbilicalmente’ ligado a seis dos oito títulos de Varandas. Aos campeonatos de 2020/21 e 2023/24, juntou ainda duas das três Taças da Liga do atual presidente, uma Supertaça e ainda iniciou esta época ao ‘leme’ da equipa, antes de rumar ao Manchester United e ser rendido por João Pereira, que viria a ser demitido para dar o lugar a Rui Borges.

Mas, na estreia de Ruben Amorim aos comandos da equipa do Sporting, uma vitória sobre o Desportivo das Aves (2-0), em março de 2020, Varandas enfrentou uma manifestação de centenas de adeptos junto ao Estádio José Alvalade, que exigiam a sua demissão.

Os sucessos alcançados pelo treinador pelo qual Frederico Varandas aceitou pagar 10 milhões de euros de cláusula de rescisão para o ‘resgatar’ ao Sporting de Braga ajudaram, no entanto, a dissipar as nuvens negras.

Ainda assim, o líder 'leonino' nunca deixou de ser contestado por uma ‘franja’ de adeptos, particularmente ligados às claques, com quem mantém divergências desde que cessou unilateralmente os protocolos que vigoravam entre as partes desde os mandatos do seu antecessor, Bruno de Carvalho.

Nascido em Lisboa, em 1979, Varandas, de 45 anos, tornou-se sócio do Sporting pela mão do avô logo em 1980.

Foi diretor clínico dos 'leões' entre 2011 e 2018 e, ao ser eleito presidente, quebrou uma 'linhagem' de gestores e advogados na presidência do clube nas últimas décadas.

Ao percurso clínico junta também a faceta de militar, tendo estado presente na guerra do Afeganistão, onde sofreu à distância e acompanhou pela rádio o triunfo (2-0) do Sporting sobre o FC Porto na final da Taça de Portugal, em 18 de maio de 2008.

Cumpre, atualmente, o segundo mandato à frente do clube de Alvalade e ainda não anunciou se voltará a candidatar-se nas eleições do próximo ano, mas os recentes sucessos desportivos, particularmente no futebol, deixam antever uma reeleição sem oposição relevante.


Texto da agência Lusa
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por RTP

Leões erguem taça em Alvalade

Foi o capitão Hjulmand que ergueu o troféu em Alvalade.
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Campeões estão a subir ao relvado para receberem o troféu

Os jogadores do Sporting estão neste momento a subir ao palco no relvado do Estádio de Alvalade para receberem o troféu de campeão nacional.
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Sporting. Quenda, a viver o sonho

O jogador diz que toda a equipa trabalhou para conquistar o bicampeonato. Questionado pelos jornalistas, diz que celebrar no Marquês vai ser "viver o sonho".

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A festa no estádio

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por Inês Geraldo - RTP

I Liga. Sporting alcança o bicampeonato 70 anos depois

Adeptos do Sporting festejam bicampeonato que fugia há 70 anos Reuters

Sete décadas depois, o Sporting volta a conquistar um bicampeonato. A equipa de Alvalade viveu uma temporada de extremos, com três treinadores diferentes. Um início de sonho com Ruben Amorim, com onze vitórias consecutivas, a descida ao inferno com João Pereira e a estabilização do campeão conseguida por Rui Borges, que trocou Guimarães por Lisboa. Para trás ficou o rival Benfica que lutou até ao fim pelo título. Gyokeres e Trincão foram as grandes figuras do Leão campeão a dobrar.

Um bicampeonato dividido em três atos. O Sporting alcança o título depois de um ano de altos, baixos e da estabilização de uma equipa que sofreu com lesões e o assédio do Benfica pelo lugar cimeiro da Liga PortuguesaPrimeiro ato: a perfeição de Amorim
"Diziam que jamais seremos bicampeões outra vez. Vamos ver". Foi assim que Ruben Amorim entusiasmou os adeptos do Sporting na festa do Marquês em 2024, dando conta da vontade de permanecer no banco dos Leões.

O início nem foi o melhor com a derrota para o FC Porto na Supertaça, depois de ter estado a vencer por 3-0. No entanto, no primeiro terço do campeonato só deu Sporting. Onze jogos e onze vitórias, num registo perfeito de Ruben Amorim, que em Novembro saiu do Sporting, aclamado pelos adeptos, para o comando técnico do Manchester United, clube onde ainda não convenceu totalmente.

Gyokeres foi o motor da equipa de Alvalade, marcando vários golos e sendo decisivo nas vitórias do Sporting. Houve goleadas sobre o Rio Ave, o Nacional da Madeira, Farense, Arouca, AFS, Estoril-Praia, Famalicão e Estrela da Amadora. Pelo meio, o FC Porto não foi capaz de parar o Sporting em Alvalade e o canto do cisne teve lugar em Braga.

Na despedida de Ruben Amorim, o Sporting de Braga até parecia estar disposto a estragar a festa leonina, estando a vencer por 2-0 ao intervalo. No entanto, os Leões entraram determinados em dar um último triunfo a Amorim e cedo, na segunda parte, empataram a partida.

Morita e Hjulmand puxaram pelos Leões na cidade dos Arcebispos e Conrad Harder fez o mais difícil: dar a volta à equipa da casa com dois golos tardios. Remontada épica, décima primeira vitória consecutiva e despedida perfeita de Ruben Amorim do Sporting, onde foi campeão por duas vezes e ainda almejou um terceiro campeonato.

A juntar a um início perfeito, o Sporting ainda se mostrava na Liga dos Campeões com grandes resultados: vitória sobre o Lille e o Sturm Graz, um empate frente ao PSV Eindhoven e um triunfo histórico sobre o Manchester City, de Pep Guardiola.

Vitória por 4-1 sobre o campeão inglês com um hat-trick de Viktor Gyokeres. Frederico Varandas disse adeus a Ruben Amorim e deu as boas-vindas João Pereira, que treinada a equipa B do SportingSegunda ato: após a perfeição, a descida ao inferno“Daqui a cinco anos João Pereira estará num dos clubes mais poderosos da Europa”. Foi assim que Frederico Varandas deu início à carreira de João Pereira como treinador principal do Sporting. Depois de Ruben Amorim, o presidente do Sporting ficou por casa e chamou o antigo jogador, que saiu da equipa B para rumar à primeira equipa.

Apesar de ter falado num “presente envenenado” para João Pereira, Frederico Varandas mostrava-se confiante num Sporting que iria continuar a jogar bom futebol e manter a toada vitoriosa em Portugal e na Europa. E o primeiro jogo parecia confirmar a vontade do presidente leonino.

Na estreia, João Pereira liderou o Sporting para a Taça de Portugal, frente ao Amarante. O resultado foi uma goleada por 6-0, com o novo técnico a deixar boas indicações. No entanto, o pior estaria para vir.

Frente ao Arsenal começou o calvário de João Pereira e de um Sporting habituado a ganhar. Os Gunners foram a Alvalade golear por 5-1 na primeira grande derrota dos Leões na temporada. Pensando-se que seria apenas um percalço no caminho, João Pereira viu o Sporting a perder pela primeira vez para o campeonato.

Primeiro, frente ao Santa Clara, em Alvalade, numa partida polémica para a arbitragem, e depois em Moreira de Cónegos. Apesar do golo madrugador de Gyokeres, o Sporting não foi capaz de suster a reação do Moreirense e golos de Dinis Pinto e Schettine levaram o Sporting a uma terceira derrota consecutiva
, algo inédito na temporada.

De seguida, nova derrota na Liga dos Campeões, frente ao Club Brugge para os Leões conseguirem duas vitórias consecutivas: no campeonato, frente ao Boavista, e para a Taça de Portugal, com os açorianos do Santa Clara. Ao sétimo jogo, João Pereira somava a terceira e última vitória enquanto treinador do Sporting.

A 22 de dezembro, o Sporting voltou a tropeçar, em Barcelos, num empate a zero e no dia de Natal, o clube de Alvalade anunciou a rescisão com João Pereira. Oito jogos foram suficientes para Frederico Varandas procurar novo rumo. Oito jogos em que o técnico somou três vitórias, um empate e quatro derrotas. No campeonato, em doze pontos possíveis, o antigo jogador conquistou apenas quatro.

Seguia-se o dérbi com o Benfica em Alvalade e a necessidade de ter um substituto que voltasse a levantar a moral e a confiança de um grupo que num mês perdeu a magia dos primeiros meses com Ruben Amorim.Terceiro ato: a acalmia veio de GuimarãesHá mais de um ano que estava no radar do Sporting, garantiu Frederico Varandas. Depois de um trabalho vistoso no Moreirense e Vitória de Guimarães, Rui Borges foi o homem que se seguiu. E sem grande tempo para pensar em “presentes envenenados”, o técnico teve logo uma prova de fogo na primeira partida no banco do Sporting.

A 29 de dezembro, o técnico recebeu o Benfica, que com Bruno Lage procurava subir na classificação e chegar ao título. Numa partida difícil, Rui Borges foi capaz de montar uma equipa coesa e firme frente ao rival, com Geny Catamo a ser novamente um talismã, dando os três pontos à equipa de Alvalade.

Mas nem sempre de vitórias se fez o caminho do técnico. Com uma onda de lesões, de Morita, a Pote, Rui Borges necessitou dos jogadores mais jovens para poder fazer face à liderança da Liga e ao assédio cada vez maior do Benfica.

A altura mais complicada chegou no fim de fevereiro com empates consecutivos frente ao Arouca (2-2) e AFS (2-2) e com o Sporting a ver o Benfica a aproximar-se da liderança.

No entanto, a presença do rival acordou o Leão que foi começando a reerguer-se das várias lesões e a vencer as partidas da Liga. O pior momento da época aconteceu no princípio de abril, quando um empate a um golo com o Sporting de Braga, em Alvalade, colocou o Benfica na liderança da I Liga (derrotou o FC Porto por 4-1 na mesma jornada).

Uma perda que pouco durou, com os Leões a recuperarem o primeiro lugar nos Açores e com o Benfica a empatar em casa frente ao Arouca.

Desde essa altura até ao dia 10 de maio, Sporting e Benfica não descolaram: primeiro e segundo lugares do campeonato, em igualdade pontual, com o dérbi no Estádio da Luz a ser crucial para as contas dos dois clubes e do campeonato.

Uma partida denominada como o “jogo do século” e que terminou num empate a um golo. Trincão colocou o Sporting em vantagem logo aos quatro minutos e Akturkoglu empatou para o Benfica. Um empate com sabor a vitória para os Leões, que apesar de continuarem com os mesmos pontos que o rival, cimentaram a liderança com a vantagem no confronto direto (triunfo em Alvalade, empate na Luz).

No dia 17 de maio, dia de todas as decisões, o Sporting recebeu o Vitória de Guimarães, necessitado de pontos para garantir a vaga na Liga Conferência.

Pedro Gonçalves e Viktor Gyokeres não deixaram qualquer dúvida e com um triunfo difícil mas merecido de 2-0, o Sporting conquistou o bicampeonato que fugia há 70 anos.

Na noite de sábado, 17 de maio, o Marquês voltou a vestir-se de verde e branco. O Sporting é campeão nacional da temporada 24/25.
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por RTP

Sporting campeão

O Sporting sagrou-se bicampeão português de futebol, depois de vencer o Vitória de Guimarães, por 2-0, na 34.ª e última jornada da I Liga, conquistando o título pela 21.ª vez no seu historial. 

Esta é a primeira vez em 71 anos que os "leões" são campeões pelo segundo ano consecutivo.
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