"Acredito na inocência do meu clube e do presidente, e por isso estou solidário. Acredito que o FC Porto e o seu presidente estão a ser vítimas de uma cabala e que, após o recurso, a justiça vai prevalecer", disse Fernando Gomes, duas vezes bota de ouro da UEFA, em declarações à Agência Lusa. 
 
Fernando Gomes apelou à união dos "verdadeiros portistas" depois de ser conhecida a decisão da UEFA e pediu coesão "na defesa dos interesses clube". 
 
"Se acredito na inocência, é evidente que não estava à espera desta decisão", vincou, escusando-se a comentar a estratégia de defesa utilizada pelo clube, "por desconhecer os pormenores do processo".  
 
O antigo ponta-de-lança dos tricampeões nacionais acredita que, "a confirmar-se o pior dos cenários, o FC Porto não se afastará nos próximos anos do caminho do sucesso desportivo".  
 
"Não tenho dados para poder ter opinião formada. A única coisa que tenho presente é as situações do AC Milan e da Juventus que, passando por casos similares, continuam a ser dos melhores clubes Europa e do Mundo e continuam a ganhar títulos", concluiu. 
 
O FC Porto foi hoje excluído da próxima edição da Liga dos Campeões pelo Comité de Controlo e Disciplina da UEFA por ter sido condenado pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) por dois actos de tentativa de corrupção. 
 
A alínea d) do ponto 1.04 do Regulamento de Competições da Liga dos Campeões determina que, para ser inscrito, um clube "não pode estar ou ter estado envolvido em alguma actividade destinada a combinar ou influenciar o desfecho de um jogo, a nível nacional ou internacional". 
 
O clube já anunciou que vai recorrer para o Comité de Apelo da UEFA.
 
 
 c/Lusa