Jorge Nuno Pinto da Costa morreu este sábado aos 87 anos. Foi presidente do FC Porto por mais de 40 anos, tendo-se tornado no presidente de um clube de futebol mais titulado do mundo.
Nascido em 1937, Pinto da Costa formou-se em Direito mas ficou conhecido publicamente por ser presidente do FC Porto durante 42 anos, antes de ser derrotado nas eleições que elegeram André Villas-Boas em 2024.
Depois de muitos anos da infância e juventude a seguir o FC Porto, Pinto da Costa entrou pela primeira vez na estrutura do clube em 1969, quando ocupou o cargo de diretor das modalidades amadoras do clube da cidade invicta.
Depois de alguns anos ligados ao Infesta, Pinto da Costa regressou ao FC Porto juntamente com o presidente da altura, Américo de Sá, tornando-se diretor do futebol do FC Porto quebrando um jejum de 19 anos com a conquista do campeonato.
No entanto, foi apenas em 1981 que Pinto da Costa decidiu candidatar-se à presidência do FC Porto trazendo consigo José Maria Pedroto para o cargo de treinador. Em abril de 1982, Pinto da Costa foi eleito e ocupou o cargo durante mais de quatro décadas.
Com Pinto da Costa ao leme, o clube de futebol entrou numa fase de ouro tornando-se campeão nacional e alcançando o sucesso europeu.
Em 1987, em Viena de Áustria o famoso calcanhar de Madjer e uma grande exibição de Paulo Futre derrotaram o Bayern de Munique e granjeou ao FC Porto a primeira Taça dos Campeões Europeus, a que se seguiu a Supertaça Europeia e a Taça Intercontinental conquistada frente ao Peñarol, numa partida jogada no Japão, sob um grande manto de neve.
A década de 90 trouxe ainda mais sucesso desportivo para Pinto da Costa. O FC Porto tornou-se no clube dominador do futebol em Portugal, chegando mesmo a conquistar o pentacampeonato entre 1995 e 1999, algo apenas conseguido pelos ‘Dragões’.
Um sucesso desportivo que teve novo pináculo em 2004. Sob a liderança de José Mourinho no banco, o FC Porto conquistou a segunda Liga dos Campeões da sua história. Depois de eliminar adversários como o Manchester United ou o Deportivo da Corunha, o clube azul e branco derrotou o AS Mónaco na final, por 3-0, em Gelsenkirchen.
Um ano antes, em Sevilha, o FC Porto venceu a Taça UEFA frente ao Celtic de Glasgow por 3-2.
As conquistas continuaram após a saída de José Mourinho para o Chelsea com o FC Porto a chegar a um novo tetracampeonato com Jesualdo Ferreira. E com André Villas-Boas, na temporada 2010/11, o FC Porto conquistou quase todos os títulos que disputou.
Com excepção da Taça da Liga, o FC Porto venceu o campeonato com uma vantagem larga sobre o Benfica e conquistou a Liga Europa em Dublin, frente ao Sporting de Braga, por 1-0.
Em abril de 2024, o reino de Pinto da Costa à frente do FC Porto chegaria ao fim. Depois de 42 anos, foi o mesmo André Villas-Boas, antes treinador, a derrotar por larga margem a candidatura do presidente portista.
Para a posteridade fica a consagração de Pinto da Costa como o presidente mais titulado do mundo. Não só no futebol ganhou vários títulos (mais de 60 troféus) como centenas de conquistas nas modalidades, muitas divididas pelo andebol, basquetebol, hóquei em patins e atletismo.
No futebol, Pinto da Costa liderou o clube da cidade invicta para a conquista de duas Ligas dos Campeões, duas Ligas Europa, duas Taças Intercontinentais (Mundial de Clubes), uma Supertaça Europeia, 22 campeonatos portugueses, 13 Taças de Portugal e mais de 20 Supertaças.
No meio das celebrações da conquista do maior troféu do futebol europeu, Pinto da Costa viu-se envolvido num rol de acusações que acabou por ficar conhecido como o caso do Apito Dourado.
Nele foram denunciados casos de corrupção no futebol português. Várias escutas relativas ao caso foram publicadas no Youtube que acabaram por visar tanto o FC Porto como o Boavista. O processo foi altamente mediatizado com Pinto da Costa e Valentim Loureiro a serem dos principais visados.
O caso judicial incluiu algumas partidas do FC Porto (contra o Estrela da Amadora e o Beira-Mar) em 2004 e escutas feitas a Pinto da Costa e António Araújo revelaram o empresário a falar no termo “fruta” que se acreditava serem prostitutas para dar ao árbitro do jogo com o Estrela, Jacinto Paixão.
O antigo árbitro viria a confessar a tentativa de suborno na plataforma Youtube. Outras acusações foram feitas pela antiga companheira de Pinto da Costa, Carolina Salgado, no livre ‘Eu, Carolina’, onde fala de vários episódios de tráfico de influências, agressões a dirigentes desportivas e coação e intimidação a equipas de arbitragem.
Um outro episódio relatado por Carolina Salgado falava do aviso do advogado de Pinto da Costa sobre uma alegada detenção do presidente do FC Porto e de Reinaldo Teles. A antiga companheira de Pinto da Costa alegou que no dia em que a detenção iria acontecer, o casal viajou para Espanha. Apenas o empresário António Araújo acabou detido.
Pinto da Costa sempre recusou e negou as acusações do Apito Dourado. Passada quase uma década das primeiras acusações, Pinto da Costa acabou absolvido pelo Conselho de Disciplina da Federação do crime da prática de “infração disciplinar muito grave de corrupção na forma tentada”.
Na sequência da absolvição, o Boavista acabou por ser condenado por suborno e coação à arbitragem e desceu de divisão. Valentim Loureiro também foi condenado a uma pena suspensa, perdendo o mandato na Câmara de Gondomar.
Depois de muitos anos da infância e juventude a seguir o FC Porto, Pinto da Costa entrou pela primeira vez na estrutura do clube em 1969, quando ocupou o cargo de diretor das modalidades amadoras do clube da cidade invicta.
Depois de alguns anos ligados ao Infesta, Pinto da Costa regressou ao FC Porto juntamente com o presidente da altura, Américo de Sá, tornando-se diretor do futebol do FC Porto quebrando um jejum de 19 anos com a conquista do campeonato.
No entanto, foi apenas em 1981 que Pinto da Costa decidiu candidatar-se à presidência do FC Porto trazendo consigo José Maria Pedroto para o cargo de treinador. Em abril de 1982, Pinto da Costa foi eleito e ocupou o cargo durante mais de quatro décadas.
Com Pinto da Costa ao leme, o clube de futebol entrou numa fase de ouro tornando-se campeão nacional e alcançando o sucesso europeu.
Em 1987, em Viena de Áustria o famoso calcanhar de Madjer e uma grande exibição de Paulo Futre derrotaram o Bayern de Munique e granjeou ao FC Porto a primeira Taça dos Campeões Europeus, a que se seguiu a Supertaça Europeia e a Taça Intercontinental conquistada frente ao Peñarol, numa partida jogada no Japão, sob um grande manto de neve.
A década de 90 trouxe ainda mais sucesso desportivo para Pinto da Costa. O FC Porto tornou-se no clube dominador do futebol em Portugal, chegando mesmo a conquistar o pentacampeonato entre 1995 e 1999, algo apenas conseguido pelos ‘Dragões’.
Um sucesso desportivo que teve novo pináculo em 2004. Sob a liderança de José Mourinho no banco, o FC Porto conquistou a segunda Liga dos Campeões da sua história. Depois de eliminar adversários como o Manchester United ou o Deportivo da Corunha, o clube azul e branco derrotou o AS Mónaco na final, por 3-0, em Gelsenkirchen.
Um ano antes, em Sevilha, o FC Porto venceu a Taça UEFA frente ao Celtic de Glasgow por 3-2.
As conquistas continuaram após a saída de José Mourinho para o Chelsea com o FC Porto a chegar a um novo tetracampeonato com Jesualdo Ferreira. E com André Villas-Boas, na temporada 2010/11, o FC Porto conquistou quase todos os títulos que disputou.
Com excepção da Taça da Liga, o FC Porto venceu o campeonato com uma vantagem larga sobre o Benfica e conquistou a Liga Europa em Dublin, frente ao Sporting de Braga, por 1-0.
Em abril de 2024, o reino de Pinto da Costa à frente do FC Porto chegaria ao fim. Depois de 42 anos, foi o mesmo André Villas-Boas, antes treinador, a derrotar por larga margem a candidatura do presidente portista.
Para a posteridade fica a consagração de Pinto da Costa como o presidente mais titulado do mundo. Não só no futebol ganhou vários títulos (mais de 60 troféus) como centenas de conquistas nas modalidades, muitas divididas pelo andebol, basquetebol, hóquei em patins e atletismo.
No futebol, Pinto da Costa liderou o clube da cidade invicta para a conquista de duas Ligas dos Campeões, duas Ligas Europa, duas Taças Intercontinentais (Mundial de Clubes), uma Supertaça Europeia, 22 campeonatos portugueses, 13 Taças de Portugal e mais de 20 Supertaças.
O Apito Dourado
No meio das celebrações da conquista do maior troféu do futebol europeu, Pinto da Costa viu-se envolvido num rol de acusações que acabou por ficar conhecido como o caso do Apito Dourado.
Nele foram denunciados casos de corrupção no futebol português. Várias escutas relativas ao caso foram publicadas no Youtube que acabaram por visar tanto o FC Porto como o Boavista. O processo foi altamente mediatizado com Pinto da Costa e Valentim Loureiro a serem dos principais visados.
O caso judicial incluiu algumas partidas do FC Porto (contra o Estrela da Amadora e o Beira-Mar) em 2004 e escutas feitas a Pinto da Costa e António Araújo revelaram o empresário a falar no termo “fruta” que se acreditava serem prostitutas para dar ao árbitro do jogo com o Estrela, Jacinto Paixão.
O antigo árbitro viria a confessar a tentativa de suborno na plataforma Youtube. Outras acusações foram feitas pela antiga companheira de Pinto da Costa, Carolina Salgado, no livre ‘Eu, Carolina’, onde fala de vários episódios de tráfico de influências, agressões a dirigentes desportivas e coação e intimidação a equipas de arbitragem.
Um outro episódio relatado por Carolina Salgado falava do aviso do advogado de Pinto da Costa sobre uma alegada detenção do presidente do FC Porto e de Reinaldo Teles. A antiga companheira de Pinto da Costa alegou que no dia em que a detenção iria acontecer, o casal viajou para Espanha. Apenas o empresário António Araújo acabou detido.
Pinto da Costa sempre recusou e negou as acusações do Apito Dourado. Passada quase uma década das primeiras acusações, Pinto da Costa acabou absolvido pelo Conselho de Disciplina da Federação do crime da prática de “infração disciplinar muito grave de corrupção na forma tentada”.
Na sequência da absolvição, o Boavista acabou por ser condenado por suborno e coação à arbitragem e desceu de divisão. Valentim Loureiro também foi condenado a uma pena suspensa, perdendo o mandato na Câmara de Gondomar.