FIFA admite mudar regra do fora de jogo

A alteração da regra do fora de jogo no futebol foi admitida pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, que pretende elevar a atratividade das partidas.

RTP /
Action Images via Reuters

“Continuamos a analisar as leis do jogo e a forma como podem evoluir para tornar o jogo mais ofensivo e atraente”, disse o dirigente ítalo-suíço, na cimeira World Sports, que decorre no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

A mudança na lei do fora de jogo tem sido defendida pelo francês Arsène Wenger, antigo treinador dos ingleses do Arsenal e atual diretor de desenvolvimento do futebol mundial da FIFA, e iria beneficiar quem ataca.

Assim, só se deveria considerar fora de jogo quando o corpo do jogador que ataca no meio-campo contrário e interfere ativamente no jogo assim que a bola é tocada por um companheiro de equipa está todo adiantado em relação ao penúltimo adversário.

“A regra evoluiu ao longo dos anos e exige que o avançado esteja atrás ou em linha com o defesa. Talvez no futuro tenha de estar completamente à frente para ser considerado fora de jogo”, prosseguiu Gianni Infantino.

Os ajustes à lei do fora de jogo já foram testados em torneios juvenis e têm de ser aprovados pelo International Board (IFAB), entidade que supervisiona as regras do futebol e cuja próxima reunião anual está agendada para 20 de janeiro de 2026, em Londres, antes de ser validados pela FIFA.

“Também estamos a avaliar medidas para prevenir a perda de tempo. É importante que o jogo flua de maneira adequada, pelo que as interrupções têm de ser minimizadas", completou o presidente do organismo regulador do futebol mundial.

A lei do fora de jogo é uma das mais antigas da modalidade e vigora desde 1863, tendo sido atualizada pela última vez em 1990, incidindo apenas nos lances em que o atacante está adiantado em relação ao penúltimo opositor.


(Com Lusa)
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