"Aquilo que eu digo é que a minha intenção foi só uma, as pessoas saberem porque não fui à cerimónia. Não fui não é porque não ganhei, mas porque me disseram que as coisas não eram claras e provaram-se que não eram claras", disse o treinador do Real Madrid, durante a inauguração de uma exposição sobre os seus 50 anos em Setúbal.

O técnico português referiu que agora vai colocar um ponto final no assunto. "Provavelmente não ganharia na mesma, mas não é esse o problema. Agora as coisas estão claras, já ninguém me pode criticar por não ter ido à Gala da FIFA e quando as coisas estão claras para mim, ponto final, não há nada mais a falar", defendeu.

O "Special One" deixou também uma palavra de agradecimento a Pandev, "capitão" da seleção da Macedónia e seu antigo jogador, por ter assumido publicamente a divergência na sua votação.

"Quero agradecer a uma pessoa dentro das muitas que me telefonaram e me avisaram do que se estava a passar, agradecer àquele que teve a honra e força de assumir publicamente, pois todos os outros me pediram anonimato, mas é um anonimato respeitável, pois não é fácil", defendeu.

Sobre a época em curso e a possibilidade de ganhar a Liga dos Campeões com o Real Madrid, o técnico português salientou que não será nenhum drama se não o conseguir.

"Já tenho duas `Champions` e ter duas já é difícil, há muitos grandes treinadores que nunca conseguiram nenhuma. Não é um drama para mim se não conseguir a terceira e muito menos se não conseguir esta época. Estamos oito equipas e vamos ver o que acontece", apontou.

José Mourinho, que se referiu ao escocês Alex Ferguson como um bom amigo, afirmou ainda que a única cidade que é certa no seu futuro é Setúbal, a sua terra natal.

"A seguir a Madrid o único destino certo é Setúbal. Tenho esse espírito aventureiro e a minha família tem me sempre acompanhado. Vamos ver o que vai acontecer, mas depois de Portugal, Espanha, Inglaterra e Itália não é fácil um novo destino, se calhar têm de ser destinos repetidos", concluiu.