E-toupeira. Benfica pede instrução do processo

por Lusa
Legenda da Imagem Tiago Petinga - Lusa

A SAD do Benfica requereu quarta-feira a abertura de instrução do processo `e-toupeira`, segundo documento a que a Lusa teve acesso, alegando que a acusação do Ministério Público (MP) é infundada e que terá de cair nesta fase.

O requerimento de abertura de instrução (RAI) - fase facultativa em que um juiz decide se o processo segue para julgamento - foi entregue hoje no Tribunal da Comarca de Lisboa e assenta em três pontos essenciais, nomeadamente o desconhecimento dos factos imputados ao seu antigo assessor jurídico Paulo Gonçalves e restantes dois arguidos, ambos funcionários judiciais.

A defesa alega "total desconhecimento da Benfica SAD dos factos imputados e inexistência de qualquer intervenção ou atuação ou omissão relevantes da Benfica SAD nas matérias tratadas".

A sociedade que gere o futebol profissional `encarnado` aponta ainda "a total ausência de elementos probatórios que liguem a Benfica SAD às atuações descritas na acusação" e a "total omissão de narração de factos concretos na acusação que permitam imputar a prática de qualquer crime à Benfica SAD, havendo ainda contradições na própria acusação".

A SAD do Benfica está acusada de 30 crimes no processo `e-toupeira` e o seu assessor jurídico Paulo Gonçalves de 79 crimes. O MP acusou a SAD do Benfica de um crime de corrupção ativa, de um crime de oferta ou recebimento indevido de vantagem e de 29 crimes de falsidade informática.

Entre as 17 testemunhas arroladas pelo Benfica contam o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Pedro Proença, o ex-presidente do Sporting José Sousa Cintra e também os presidentes dos Sporting de Braga, António Salvador, e do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes.

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