Evangelista acusa Fiúza e Figueiredo de quererem “fazer figura de gente” no caso União Leiria “à custa do sindicato”

por RTP
Evangelista detalha os motivos na base da sua recusa da solução pretendida por Fiúza e Figueiredo Paulo Cunha/Lusa

O presidente do Gil Vicente, António Fiúza, confirma à Antena1 que pretendia dar o seu aval pessoal como garantia de pagamento dos salários em atraso dos jogadores da União de Leiria. O presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, Joaquim Evangelista, explica à Antena1 as razões que o levaram a recusar e avança com acusações.

“Tentámos pagar um mês ou dois de salários aos jogadores. Juntamente com mais duas ou três pessoas, eu estava na disposição de ajudar à resolução do problema”, afirma António Fiúza.

Em declarações à jornalista Lídia Cristo, o dirigente do Gil Vicente confirma a notícia avançada pela agência Lusa de que os presidentes da Liga de futebol e do Gil Vicente se prontificaram a dar aval pessoal como garantia de pagamento dos salários em atraso dos jogadores leirienses. Fiúza sublinha que estes avais eram de caráter pessoal “para que não haja equívocos”.

O presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, Joaquim Evangelista, esclarece que não aceitou esta solução, porque não correspondia ao pretendido pelos jogadores.

Em declarações à jornalista Patrícia Cerdeira, Joaquim Evangelista aponta os motivos concretos que o levaram a rejeitar a solução proposta por Mário Figueiredo e António Fiúza e remata com acusações a ambos.

“Eles estavam a querer fazer figura de gente à custa do sindicato, além de não honrarem o valor que os jogadores exigiriam. Para além disso, a Liga tinha uma dívida ao sindicato e queria adiantar esse valor ao sindicato para que fosse usado para pagar salários”, argumenta.

Como não houve qualquer acordo, 16 jogadores da União de Leiria rescindiram contrato com a SAD do clube alegando salários em atraso.
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