A Câmara Municipal de Montalegre disse hoje não ter recebido qualquer comunicação oficial relativa à etapa portuguesa do Mundial de ralicrosse, estando o contrato entre o promotor do campeonato e a autarquia transmontana em vigor até 31 de dezembro.
A autarca adiantou à agência Lusa que o Município “cumpriu tudo o que estava previsto”, tendo “excedido as suas competências” no que toca à promoção do evento e disponibilização de meios para o Campeonato do Mundo de ralicrosse que, reiterou, tem sido “um sucesso retumbante”.
“A pista de Montalegre é uma das melhores do mundo, quem o diz são os pilotos. Aguardamos, serenamente, pelo que vai acontecer e, na eventualidade de ir para Lousada, cá estaremos para dar uma resposta se, um dia, quiserem voltar para Montalegre, para percebermos se as condições são atrativas ou não”, afiançou.
A Federação Internacional do Automóvel (FIA) anunciou hoje que o circuito de Lousada (Porto) vai receber uma etapa do Campeonato do Mundo de ralicrosse nos próximos três anos.
O evento, previsto para o fim de semana de 02 a 04 de maio de 2025, marca o regresso da modalidade 17 anos depois de o circuito ter acolhido pela última vez uma prova do então Campeonato do Europa da modalidade, que deu origem ao Mundial.
Até este ano, a etapa portuguesa do Mundial de ralicrosse foi disputada no Circuito Internacional de Montalegre.
Sem uma comunicação “oficial”, a autarca daquele concelho do distrito de Vila Real disse à Lusa que não vai “tomar qualquer posição” sobre uma matéria que desconhece, reiterando que o município que lidera continua de portas abertas para receber outras provas do desporto automóvel.
“O Circuito Internacional de Montalegre não se esgota no Mundial ou no Europeu de ralicrosse. Dentro do automobilismo, há outras modalidades que estão a ser equacionadas, há outros campeonatos que estão a ser trabalhados e preparados. Teremos novidades interessantes muito em breve”, revelou Fátima Fernandes.