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Líder da câmara baixa retira votação de lei que evita paralisação orçamental

por Lusa

O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, o republicano Mike Johnson, retirou quarta-feira de votação um projeto de lei de despesas para manter o financiamento a agências e programas federais durante seis meses, devido à falta de apoio.

O projeto de lei para garantir o financiamento do governo quando o novo ano orçamental começa em 01 de outubro inclui uma medida para exigir que os eleitores apresentem um comprovativo de cidadania nas eleições presidenciais de 05 de novembro.

"Nenhuma votação hoje porque estamos na fase de construção de consensos no Congresso. Com pequenas maiorias, é assim que se faz", frisou Johnson, em declarações aos jornalistas.

O Congresso norte-americano precisa de aprovar um projeto de lei de gastos antes de 01 de outubro para evitar uma paralisação federal poucas semanas antes das eleições, noticiou a agência Associated Press (AP).

A medida tinha sido preparada para ser votada hoje à tarde, mas os democratas estão maioritariamente contra e os alguns republicanos manifestaram oposição, levantando sérias dúvidas sobre se a medida seria aprovada.

Os adversários do projeto de lei do Partido Republicano defendem que continua a contemplar gastos a gastar a níveis que consideram excessivos.

Apesar das dúvidas sobre o futuro do projeto de lei, Johnson tinha garantido na terça-feira que iria avançar com a votação.

Entre as preocupações demonstradas estão de que alguns dos migrantes que entraram no país na fronteira entre os EUA-México nos últimos anos podem ser decisivos nas eleições.

É ilegal que os não-cidadãos norte-americanos votem e uma investigação demonstrou que tal votação é extremamente rara.

"O Congresso tem muitas responsabilidades, mas duas obrigações fundamentais -- financiar o governo com responsabilidade e garantir que as nossas eleições são livres, justas e seguras", frisou Johnson.

A câmara baixa do Congresso aprovou um projeto de lei em julho para que cidadãos façam prova da sua cidadania.

Os republicanos acreditam que há necessidade de revisitar o tema e fazer com que os democratas votem novamente nos distritos competitivos.

Os democratas estão a apelar a Johnson para "parar de desperdiçar tempo" num projeto de lei que não se tornará lei e para trabalhar em conjunto numa medida de gastos a curto prazo que tenha um apoio bipartidário.

"Os republicanos devem trabalhar com os democratas num pacote bipartidário, que tem contribuições de ambos os lados, que evite cortes prejudiciais, que está livre de comprimidos de veneno. Estamos prontos para nos sentarmos e trabalhar com eles imediatamente", garantiu o líder da maioria no Senado (câmara alta), o democrata Chuck Schumer, antes de Johnson adiar a votação.

O ex-presidente e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, pareceu encorajar uma paralisação governamental caso os republicanos na câmara baixa e no Senado "não recebam garantias sobre a segurança eleitoral", de acordo com uma publicação na sua rede social, a Truth Social.

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