Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Inês Moreira Santos, Joana Raposo Santos, Mariana Ribeiro Soares, Cristina Sambado, Andreia Martins - RTP

Alexander Ermochenko - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

00h46 - Rússia transfere controlo de Chernobyl para autoridades ucranianas

As autoridades ucranianas informaram na quinta-feira à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) que a antiga central nuclear de Chernobyl está novamente sob controlo da Ucrânia, após a saída das tropas russas que a ocupavam desde 24 de fevereiro. As tropas russas “transferiram o controlo da fábrica para os ucranianos por escrito e transferiram dois comboios de militares para a Bielorrússia”, adiantou a AIEA em comunicado.

De acordo com AIEA, um terceiro comboio russo partiu para a Bielorrússia da cidade de Slavutych (norte), onde vive grande parte dos gestores de resíduos radioativos de Chernobyl. No local daquela central onde ocorreu o maior desastre nuclear da história, em 1986, ainda existem “algumas forças russas”, embora as autoridades ucranianas “presumam” que estão a preparar-se para partir, segundo o comunicado.

00h36 - Zelensky diz que Rússia prepara "ataque poderoso"

Esta noite, Zelensky disse que a Rússia está a "acumular forças" para "ataques poderosos" no Donbass. O presidente ucraniano garante que fará tudo o que for possível para proteger o território e assegura que continua a afastar os russos de Kiev.


00h24 - Rússia promete corredor humanitário em Mariupol mas ataques aéreos continuam

A Ucrânia diz que o exército russo abandonou por completo a central de Chernobyl. Na cidade de Mariupol, está prometido um cessar-fogo e vai ser aberto um corredor humanitário para a retirada de civis a partir das 10h00 da manhã. Estima-se que cerca de 170 mil pessoas ainda estejam na região.


00h15 - EUA anunciam mais sanções contra Moscovo, agora no sector tecnológico

Os Estados unidos anunciaram mais sanções contra a Federação Russa, desta vez contra o setor tecnológico, incluindo o principal fabricante de semicondutores, para garantir a efetiva aplicação daquelas. O Departamento do Tesouro dos EUA indicou que ia visar “21 entidades e 13 indivíduos, no quadro da repressão das redes de contorno das sanções (impostas ao) Kremlin, e a empresas tecnológicas, que têm um papel determinante na máquina de guerra da Federação Russa”.

A empresa Serniya Engineering está entre as sancionadas, acusada de estar no centro da rede criada para permitir à Federação Russa procurar contornar as sanções.

“Os militares russos dependem de tecnologias ocidentais para o funcionamento da sua base industrial de defesa”, avançou o Tesouro.

“Vamos continuar a visar a máquina de guerra de Putin com sanções de vários ângulos, até que esta guerra insensata seja terminada”, disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen, citada no comunicado.

00h07 - Rússia abre corredor humanitário para retirar civis em Mariupol

A Rússia anunciou que vai ser aberto um corredor humanitário, pelas 10h00 (07h00, em Lisboa) de sexta-feira, para retirar civis de cidade ucraniana cercada de Mariupol, um importante centro portuário no sudeste da Ucrânia.

"As Forças Armadas russas vão reabrir um corredor humanitário de Mariupol a Zaporizhzhia (a 220 quilómetros a noroeste) em 01 de abril a partir das 10h00, horário de Moscovo", adiantou o Ministério da Defesa russo.

A medida é tomada na sequência de "um pedido pessoal do Presidente francês (Emmanuel Macron) e do chanceler alemão (Olaf Scholz) ao Presidente russo, Vladimir Putin", acrescentou o Ministério num comunicado.

"Para garantir o sucesso desta operação humanitária, propõe-se realizá-la com a participação direta de representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados [ACNUR] e do Comité Internacional da Cruz Vermelha [CICV]", prosseguiu.

Hoje, a CICV disse que está pronto para "liderar" as operações de evacuação em Mariupol a partir de sexta-feira, desde que tenha garantias de segurança.

23h53 - Presidente do Parlamento Europeu está a caminho de Kiev

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, anunciou hoje que está “a caminho” de Kiev, embora não tenha dado mais detalhes por questões de segurança. Roberta Metsola partilhou a informação, em inglês e em ucraniano, na rede social Twitter.



Quando chegar à capital ucraniana, Roberta Metsola será a primeira representante máxima de uma instituição europeia a viajar para a Ucrânia, desde a invasão russa, a 24 de fevereiro. O anúncio desta viagem acontece poucas horas antes de uma cimeira entre a União Europeia e a China, que decorrerá por videoconferência.

23h44 - Líder da agência nuclear da ONU aterra na Rússia para dialogar sexta-feira

O diretor-geral do órgão de vigilância nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU), Rafael Grossi, chegou hoje ao enclave russo de Kaliningrado, no mar Báltico, para dialogar com altos funcionários da Rússia. A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) não especificou com quem Rafael Grossi se vai reunir na sexta-feira ou adiantou mais pormenores sobre a sua agenda, segundo uma publicação hoje no Twitter.



O diretor-geral da AIEA chegou hoje a Kaliningrado após ter estado na Ucrânia, onde visitou uma central nuclear e conversou com o ministro da Energia ucraniano, German Galushchenko, e outras autoridades sobre os esforços para garantir a segurança das centrais nucleares daquele país.

23h20 - Reino Unido diz que Rússia está a dispersar forças da Geórgia pela Ucrânia

A Rússia está a redistribuir elementos das suas forças da Geórgia para reforçar a invasão da Ucrânia, informou a inteligência militar britânica, esta quinta-feira.

"Entre 1.200 e 2.000 dessas tropas russas estão a ser reorganizadas em três Grupos Táticos de Batalhão", disse o Ministério da Defesa do Reino Unido.

23h03 - Pentágono alerta para um conflito “prolongado” no Donbass

A reorganização do esforço da Rússia na região do Donbass, no leste da Ucrânia, onde as forças russas vão enfrentar um Exército ucraniano fortalecido, indica um conflito “prolongado”, alertou hoje um alto funcionário do Pentágono. As forças russas iniciaram a sua retirada de Chernobyl (norte) e “abandonaram” o aeroporto militar de Gostomel, a noroeste de Kiev, mas “continuamos a pensar que é um reposicionamento”, disse o funcionário do Departamento de Defesa dos Estados Unidos que pediu anonimato.

“Não temos absolutamente nenhuma indicação de esses militares estejam a voltar para casa ou estejam a abandonar de forma permanente os combates”, indicou.

“O que continuamos a acreditar é que essas forças vão ser reequipadas e devolvidas à Ucrânia… para prosseguir a luta, de acordo com que pensamos ser o objetivo, (…) o leste”, incluindo as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, no Donbass, acrescentou.

De acordo com a mesma fonte, “os ucranianos conhecem o território muito bem”, recordando que já se passaram oito anos desde que um conflito latente opõe os separatistas às forças da Ucrânia naquela área.

“(…) Só porque eles [russos] estão a priorizar, a aumentar os seus números e a colocar mais energia, não significa que será fácil para eles”, alertou. “Isto pode pressagiar um conflito mais longo, mais prolongado”.

22h40 - Um morto e quatro feridos em bombardeamento a caravana humanitária

Pelo menos uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas num bombardeamento russo a uma caravana humanitária a caminho da cidade ucraniana de Chernigiv, revelou a provedora de Justiça da Ucrânia, Lyudmyla Denisova. Segundo a mesma fonte, no bombardeamento foram atingidos voluntários que acompanhavam uma caravana de autocarros a caminho de Chernigiv, no norte do país, para retirar de lá os habitantes.

A provedora revelou ainda que o cerco das forças russas está a impedir a retirada de cidadãos daquela cidade e que, ao mesmo tempo, foi cortado o fornecimento de alimentos e água.

22h24 – Zelensky alerta que situação no sul da Ucrânia e no Donbass está “muito difícil”

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta noite que a situação no sul do país e na região do Donbass continua muito difícil, reiterando ainda que a Rússia está a reunir forças perto da cidade de Mariupol.

"Haverá batalhas pela frente. Ainda precisamos de seguir um caminho muito difícil para conseguirmos tudo o que queremos", disse o líder.

21h56 - Gestante de substituição. Refugiada ucraniana deu à luz no Porto

Esta refugiada beneficiou do regime de exceção aberto para receber gestantes de substituição que fugiram à guerra na Ucrânia.

21h38 - Casa Branca diz que rublo está a ser artificialmente suportado pelo banco central russo

A Casa Branca está a observar um "apoio artificial do rublo" pelo banco central russo e pelo Kremlin, disse esta noite a diretora de comunicações dos EUA, Kate Bedingfield.

"A Rússia está a tomar medidas artificiais para manter o rublo sustentado", acusou.

21h30 - Putin pede impulso da indústria aeronáutica russa em reposta a sanções

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu hoje o impulso da indústria de aviação do país na próxima década, para aumentar a frota de companhias aéreas com aviões russos e neutralizar as sanções ocidentais pela invasão da Ucrânia.

"No horizonte da próxima década, o número de aeronaves fabricadas internamente no parque das empresas aeronáuticas russas deve crescer radicalmente", disse Putin, durante um encontro dedicado ao ramo da aviação.

"Temos todas as possibilidades para que o setor aeronáutico não só supere as dificuldades atuais, mas também receba um novo impulso para o seu desenvolvimento", defendeu o Presidente russo.

Putin pediu um "redirecionar da estratégia de desenvolvimento do ramo aeronáutico, com base nos nossos próprios recursos e tendo em conta as novas condições, que abrem espaço para fabricantes russos de aeronaves, escritórios de `design` e fornecedores de materiais".

21h23 - Odessa com olhos postos no Mar Negro

Em Odessa, os olhares preocupados da população e dos responsáveis ucranianos não se fixam tanto na possibilidade de um ataque terrestre vindo de Nikolaev, mas sim de um ataque de artilharia vindo da marinha russa no Mar Negro.

21h18 - EUA vão acrescentar mais entidades russas e bielorrussas à lista de sanções

O Departamento de Comércio dos EUA vai impor mais sanções nos próximos dias aos setores marítimo, de defesa e aeroespacial da Rússia e Bielorrússia, acrescentando 120 entidades à sua lista atual.

Segundo a Casa Branca, estas adições vão aumentar o número de entidades sancionadas para mais de duas centenas desde o início da invasão da Ucrânia.

21h10 - Viveu-se hoje relativa acalmia de duelos de fogo de artilharia em Kiev

O estrondo de disparos do lado de Irpin, que se fazia sentir em Kiev, foi ao longo do dia de hoje muito menos audível. Há a sensação de as tropas ucranianas terem conseguido afastar as forças russas e de estar em marcha uma retirada de pelo menos uma parte dessas forças.

21h00 – Reportagem da RTP em Irpin

Os serviços de emergência da Ucrânia estão a retirar as pessoas que ficaram sob os escombros em Irpin. "As pessoas chegam de Irpin em muito más condições, física e psicologicamente".

20h52 – EUA vão despejar reservas de petróleo no mercado

Os Estados Unidos vão colocar no mercado 180 milhões de barris das suas reservas estratégicas. Joe Biden anunciou a decisão como sendo uma medida de tempo de guerra por causa da invasão russa da Ucrânia.

20h22 – ONU entrega alimentos a 6.000 pessoas em Sumy mas não tem acesso a Mariupol

As Nações Unidas informaram hoje que conseguiram entregar alimentos destinados a cerca de 6.000 pessoas na cidade cercada de Sumy, na Ucrânia, mas lamentou que o mesmo ainda não seja possível em Mariupol por questões de segurança.

A informação foi avançada pelo coordenador humanitário da Organização das Nações Unidas na Ucrânia, Osnat Lubrani, que adiantou que a ONU, juntamente com parceiros humanitários, entregaram hoje suprimentos para milhares de pessoas na cidade cercada de Sumy, incluindo crianças e pacientes hospitalares, onde bombardeamentos e combates destruíram casas, hospitais e escolas, cortaram energia e água e impediram entregas comerciais de alimentos e outros bens.

"Graças ao nosso parceiro nacional, a Cruz Vermelha Ucraniana, esses suprimentos de socorro serão entregues em Sumy, bem como em áreas de difícil acesso no nordeste, como Trostianets e Okhtyrka", disse Lubrani, citado em comunicado.

19h56 – IAEA prepara missão às instalações nucleares de Chernobyl

A Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA) disse estar a preparar o envio de uma missão às instalações de resíduos radioativos de Chernobyl, depois de as forças russas terem abandonado o local.

"A AIEA está em estreita consulta com as autoridades ucranianas sobre o envio da primeira missão de apoio a Chernobyl, nos próximos dias", indicou a agência num comunicado, acrescentando que a Ucrânia "assume" que as tropas russas que ainda permanecem no local estão já a preparar-se para sair.

19h50 – Rússia anuncia abertura de corredor humanitário em Mariupol a 1 de abril

O Ministério russo da Defesa disse que será aberto um corredor humanitário na cidade ucraniana de Mariupol, tomada pelos russos, e que a ligará à cidade de Zaporizhzhia.

Segundo a agência russa de notícias TASS, o diretor do Centro Nacional para a Gestão da Defesa da Rússia avançou que a medida foi decidida depois de um pedido do presidente francês, Emmanuel Macron, e do chanceler alemão, Olaf Scholz.

19h47 – Reino Unido e aliados enviam mais artilharia e mísseis antiaéreos para a Ucrânia

O Reino Unido e aliados vão enviar mais armamento para a Ucrânia, incluindo artilharia de maior alcance e mais mísseis antiaéreos, revelou hoje o ministro britânico da Defesa, Ben Wallace.

Após uma conferência com 35 países parceiros para mobilizar mais ajuda letal, Wallace adiantou que a Ucrânia receberá "mais ajuda letal" como resultado dos compromissos de hoje, e que "vários países apresentaram-se com novas ideias ou mesmo mais promessas de dinheiro".

Segundo Wallace, a Ucrânia precisa de artilharia de longo alcance para contra-atacar os ataques de artilharia russos, mais munições, equipamentos para defender o litoral no sul do país, veículos blindados "não necessariamente tanques", e mais armamento antiaéreo.

"Tudo isso será um resultado desta conferência", na qual entre os participantes estavam Estados Unidos, Nova Zelândia, Japão ou Coreia do Sul, adiantou à estação Sky News.

19h38 – SEF já concedeu 25.378 pedidos de proteção temporária desde o início da guerra

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) já concedeu, desde o início do conflito na Ucrânia, 25.378 pedidos de proteção temporária a cidadãos ucranianos e a cidadãos estrangeiros que residem naquele país.

Destes, 9.069 são menores.

19h36 – EUA querem que fronteiras ucranianas sejam respeitadas tal como antes da invasão

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos disse hoje querer que as fronteiras da Ucrânia sejam respeitadas pelo que eram antes de a invasão russa ter sido iniciada, ou seja, incluindo a região de Donbass, no leste do país.

“Queremos que seja respeitada a soberania da Ucrânia, toda a sua soberania, todas as suas fronteiras tal como eram antes do fim de fevereiro”, disse à estação Fox News o porta-voz do Pentágono, John Kirby.

19h30 – Zelenski agradece à Turquia pelas “garantias de segurança”

O presidente ucraniano agradeceu hoje ao homólogo turco, Recep Erdogan, pela prontidão da Turquia em fornecer garantias de segurança à Ucrânia.

Numa publicação no Twitter, Volodymyr Zelensky escreveu ainda que os dois líderes “concordaram em mais passos no sentido de alcançar a paz”, durante uma conversa telefónica esta quinta-feira.

A Turquia recebeu no seu território conversações de paz entre Rússia e Ucrânia na terça-feira.

Erdogan disse, por sua vez, que as negociações em Istambul deram um “ímpeto significativo” aos esforços de paz.

19h25 – Forças russas mataram 148 crianças e destruíram 15 aeroportos, acusa Ucrânia

O Ministério da Defesa da Ucrânia denunciou hoje a morte de 148 crianças às mãos das forças russas, que terão ainda disparado 1.370 misseis e destruído 15 aeroportos desde o início da invasão, a 24 de fevereiro.

Kiev indica ainda que mais de dez milhões de ucranianos já deixaram as suas casas.

19h19 – Biden acredita que Putin está a isolar-se

O presidente dos Estados Unidos disse hoje que o homólogo russo, Vladimir Putin, parece estar a isolar-se na Rússia e poderá ter despedido ou colocado em prisão domiciliária alguns dos seus conselheiros.

“Ele parece ter-se isolado e há indicações de que despediu ou colocou em prisão domiciliária alguns conselheiros”, declarou Joe Biden, sem adiantar fontes nem provas. “Mas não quero fazer grandes apostas neste momento”, acrescentou.

19h16 – Biden diz que petrolíferas dos EUA têm lucros recorde

O presidente Joe Biden acusou esta quinta-feira as empresas petrolíferas dos Estados Unidos de obterem lucros recorde enquanto os norte-americanos pagam os elevados preços da gasolina.

O líder acredita que as petrolíferas deveriam usar o dinheiro para produzir mais petróleo em vez de pagarem investidores.

"Esta não é a hora de atingir lucros recorde, é hora de avançar para o bem do país", defendeu Biden.

19h05 – Nenhum país da UE sinalizou problemas de segurança de abastecimento de gás

O “alerta precoce” emitido pela Alemanha e Áustria sobre o fornecimento de gás é apenas uma medida de precaução que pretende aumentar a monitorização do fornecimento, mas nenhum país da UE sinalizou ainda problemas de segurança nesse abastecimento, frisou um porta-voz da Comissão Europeia.

"Nenhuma questão de segurança de abastecimento foi sinalizada até ao momento", disse o porta-voz, acrescentando que o alerta emitido é o nível mais baixo de notificação de crise nas regras da União Europeia sobre segurança de abastecimento de gás.

18h30 – Diretor da Agência Internacional de Energia Atómica chega à Rússia

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA, na sigla original) já chegou à cidade russa de Kaliningrado para conversações com membros do Governo. A visita acontece depois de o responsável ter estado também na Ucrânia, onde visitou instalações nucleares para verificar as condições de segurança.

“O diretor-geral da IAEA acabou de chegar a Kaliningrado, Rússia, para conversações com funcionários russos amanhã de manhã”, escreveu a agência no Twitter.

18h00 – Moscovo diz que todas as aeronaves estrangeiras arrendadas permanecerão na Rússia

Todas as aeronaves estrangeiras que continuam na Rússia após o término dos contratos de arrendamento ocidentais entraram já no registo de aeronaves russas e permanecerão nesse país, anunciou o vice-primeiro-ministro Yuri Borisov esta quinta-feira.

A imposição de sanções em resposta à invasão russa da Ucrânia forçou as empresas de leasing ocidentais a rescindir contratos com companhias aéreas russas sobre mais de 500 aeronaves. Destas, mais de 400 ainda estão na Rússia.

17h44 – Itália com dúvidas sobre mecanismo para pagar gás russo

O líder italiano, em declarações hoje aos jornalistas estrangeiros em Roma, disse que Putin lhe assegurou que as empresas europeias não teriam que pagar, para já, o gás que importam da Rússia em rublos, e lhe deu uma longa explicação sobre como manter os pagamentos em euros, satisfazendo ao mesmo tempo a "indicação de pagamentos em rublos".

Draghi, que foi presidente do Banco Central Europeu de 2011 a 2019, disse que remeteu a discussão para os especialistas e que a análise do novo mecanismo de pagamentos está em curso "para perceber o que significa", incluindo "se isso significa algo para as sanções em curso" e para os contratos existentes.

No telefonema, que durou 40 minutos, Putin assegurou que "os contratos existentes permanecem em vigor. ... As empresas europeias continuarão a pagar em dólares e euros", referiu o chefe do governo italiano.

"O sentimento que tenho desde o início, é que não é simples mudar a moeda dos pagamentos sem violar os contratos", admitiu Draghi.

O primeiro-ministro de Itália notou ainda que a Rússia não tem outro mercado para o seu gás, dando espaço de manobra à Europa. "Não há esse perigo", respondeu quando questionado sobre o risco de a Rússia fechar as torneiras.

17h35 – Cibernautas russos transitam do YouTube para alternativa russa RuTube

Um quarto da audiência russa da rede de partilha de vídeos YouTube transferiu-se para a análoga russa RuTube, que tem mais de 25 milhões de utilizadores, segundo o consórcio russo Gazprom Media, proprietário da plataforma russa.

"A audiência mensal ativa superou os 25 milhões de utilizadores (...). Praticamente duplicou em março", disse o diretor-geral da holding, Alexandr Moiseev.

A notícia surge no meio de informações sobre o possível bloqueio do YouTube no mercado russo, no qual já foi restringido o acesso a redes sociais como o Facebook, Twitter e Instagram.

17h27 – Reino Unido acrescenta mais três empresas russas à lista de sanções

O Reino Unido acrescentou hoje mais três empresas à lista de sanções contra a Rússia: a Photon Pro LLP, a Major LLP e o Djeco Group LP.

17h00 – Frentes de batalha da Ucrânia estão a mudar, diz conselheiro do Ministério do Interior

A cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, e um "corredor" entre duas cidades do leste, Izyum e Volnovakha, estão a tornar-se as principais frentes de batalha no país, adiantou hoje um conselheiro do Ministério do Interior.

"A Rússia está a retirar forças da região de Kiev, mas é muito cedo para dizer se o mesmo está a acontecer na região de Chernihiv", explicou Vadym Denysenko.

A Rússia disse na terça-feira que iria reduzir as operações militares nas cidades de Kiev e Chernihiv.

16h50 – Rússia sanciona líderes da UE e maioria dos eurodeputados

A Rússia anunciou há momentos que vai aplicar sanções a líderes da União Europeia e eurodeputados, impedindo-os de entrar no país. A medida pretende dar reposta àquelas que a Moscovo considera “políticas anti-Rússia”.

16h22 – Estação russa RT diz que sanções do Reino Unido são sentença de morte para a liberdade dos meios de comunicação

A estação de televisão russa RT, financiada pelo Estado, disse esta quinta-feira que as sanções britânicas às organizações de comunicação social estatais russas revelaram o fim iminente da liberdade dos media.

O Reino Unido anunciou na quinta-feira sanções a mais 14 entidades e indivíduos russos, de modo a castigar aqueles que promovem as "notícias e narrativas falsas" do presidente Vladimir Putin.

"Com esta ação, o Governo do Reino Unido atribuiu uma sentença morte à liberdade dos media britânicos", disse Anna Belkina, vice-editora-chefe da RT, à agência Reuters.

16h13 – Alemanha vai continuar a pagar gás russo em euros

A Alemanha vai continuar a pagar as importações de gás russo em euros, garantiu hoje o ministro alemão das Finanças, Christian Lindner, acrescentando que Berlim vai analisar detalhadamente os pormenores técnicos do decreto de Moscovo que exige que o gás seja pago em rublos.

O ministro disse ainda que Alemanha e França concordaram que não haverá “chantagem política” relacionada com a questão da importação de gás.

16h08 - Guerra já fez pelo menos 1.232 mortos e 1.935 feridos civis

A invasão russa da Ucrânia já provocou pelo menos 1.232 mortos e 1.935 feridos entre a população civil, a maioria dos quais vítimas de armamento explosivo de grande impacto, indicou hoje a ONU.

No seu relatório diário sobre vítimas civis confirmadas desde o início da agressão militar russa na Ucrânia, a 24 de fevereiro, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabilizou, até às 24:00 de quarta-feira (hora local), 112 crianças entre os mortos e 149 entre os feridos.

A Alto Comissariado da ONU acredita que estes dados sobre as vítimas civis estão, contudo, muito aquém dos números reais, sobretudo nos territórios onde os ataques intensos não permitem recolher e confirmar a informação.

"A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas com uma ampla área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de lançamento múltiplo de `rockets`, e por ataques aéreos e de mísseis", refere ainda o ACNUDH.

15h36 - Empresa nuclear estatal ucraniana diz que a maioria das forças russas abandonou a central nuclear de Chernobyl

A Empresa Nacional de Geração de Energia Nuclear da Ucrânia, Energoatom, disse esta quinta-feira que muitas das forças russas que ocupam a central nuclear de Chernobyl já se retiraram e dirigem-se agora para a fronteira bielorrussa, ficando apenas algumas tropas no território da antiga central nuclear.

"Os ocupantes, que tomaram a central nuclear de Chernobyl e outras instalações na zona de exclusão, partiram em duas colunas em direção à fronteira ucraniana", anunciou a empresa em comunicado.

A Energoatom anunciou ainda que as forças russas também se retiraram da cidade vizinha de Slavutych, onde vivem os trabalhadores ucranianos de Chernobyl.

As forças russas assumiram o controlo da antiga central nuclear no primeiro dia da invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro.

15h17 - Sanções ocidentais à Rússia deverão aumentar, diz Putin

As nações ocidentais tentarão encontrar novos motivos para sancionar a Rússia, disse o presidente Vladimir Putin esta quinta-feira.

Num discurso transmitido na televisão, o presidente russo afirmou que os Estados Unidos estavam a lucrar com a “turbulência global”, acrescentando que as empresas do complexo militar dos EUA estavam em ascensão.

O Departamento do Tesouro norte-americano anunciou há instantes que irá impor novas sanções a 13 indivíduos e a 21 entidades russas.

15h10 - Europa continuará a pagar gás russo em euros ou dólares, diz chanceler alemão

Os países europeus continuarão a pagar o gás russo em euros e dólares, conforme está "escrito nos contratos", respondeu o chanceler alemão, Olaf Scholz, esta quinta-feira a Vladimir Putin, depois de o presidente russo ter anunciado que assinou um decreto que obriga os compradores estrangeiros considerados “hostis” a pagar o gás russo em rublos a partir desta sexta-feira.

"Está escrito nos contratos que os pagamentos são feitos em euros e por vezes em dólares", explicou o chanceler alemão durante uma conferência de imprensa com o seu homólogo austríaco, Karl Nehammer. "Deixei claro ao presidente russo que continuaria assim" e "as empresas que querem pagar em euros vão fazê-lo", acrescentou.

15h00 - Não seremos "chantageados". França e Alemanha rejeitam pagar em rublos por gás russo

Alemanha e França voltaram a rejeitar esta quinta-feira as exigências da Rússia que obrigam os países europeus a pagar pela importação de gás em rublos, referindo mais uma vez que é uma “quebra inaceitável de contrato”.

O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, disse que ainda não viu um novo decreto assinado pelo presidente Valdimir Putin que obriga ao pagamento de gás em rublos, acrescentando que a Alemanha está preparada para todos os cenários, incluindo uma interrupção dos fluxos de gás russo para a Europa.

Habeck sublinhou que a tentativa da Rússia de dividir os aliados ocidentais ao exigir o pagamento de gás em rublos falhou, acrescentando que os aliados estão determinados a não serem "chantageados" pela Rússia.

O ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, também declarou que França e Alemanha rejeitaram as exigências russas.

14h19 - Gás russo terá de ser pago em rublos a partir de sexta-feira, anuncia Putin

O presidente russo anunciou esta quinta-feira que assinou um decreto que obriga os compradores estrangeiros considerados "hostis" a pagar o gás russo em rublos já a partir desta sexta-feira, 1 de abril.

Vladimir Putin diz que os contratos serão interrompidos, assim como o fornecimento, caso os países em causa falhem os pagamentos.

"Se os pagamentos não forem feitos, vamos considerar que houve uma falha por parte dos compradores, com todas as consequências decorrentes. Ninguém nos dá nada de graça e também não vamos fazer caridade. Ou seja, os contratos existentes serão terminados", afirmou Putin.

14h08 - "Paz é mais valiosa que os diamantes, petróleo ou gás", diz Zelensky ao Parlamento belga

Desde o início do dia, o presidente ucraniano já falou aos parlamentos da Austrália e Países Baixos. Agora é a vez da Bélgica. Volodymyr Zelensky, pediu na quinta-feira que o país entregue armas para ajudar o povo ucraniano a combater as tropas russas, nomeadamente em Mariupol.

"Acho que a paz é muito mais valiosa do que diamantes, do que acordos com a Rússia, do que navios russos nos portos, mais importante do que petróleo e gás russos", afirmou.

14h04 - Quase meio milhão de pessoas voltaram à Ucrânia desde o início da guerra

Na última semana, os comboios que partem da Polónia para Lviv e Odessa foram quase cheios. Os ucranianos regressam a medo, mas dizem que preferem enfrentar a guerra a ficar em abrigos ou em casas de desconhecidos. A reportagem é dos enviados da RTP, Sandra Sá Couto e Pedro Miguel Gomes.

14h00 - A informação essencial a esta hora

  • Mariupol. O Comité Internacional da Cruz Vermelha anunciou esta quinta-feira que tem várias equipas a caminho da cidade sitiada. Transportam bens humanitários mas também estão prontas para retirar civis durante o dia de sexta-feira. A Cruz Vermelha exige que Rússia e Ucrânia concordem em aspetos concretos dos corredores humanitários “incluindo a rota, a hora de início e a duração".

  • Alerta da NATO. A Aliança Atlântica avança que a Rússia está a deslocar tropas para reforçar ofensiva nas regiões separatistas do Donbass, e não e recuar. Jens Stoltenberg adianta, no entanto, que a pressão de mantém noutras cidades da Ucrânia, incluindo Kiev.

  • “Medo” de Putin. Em Londres e Washington, os serviços de espionagem indicam que o presidente russo, Vladimir Putin, está rodeado de conselheiros que têm “medo de dizerem a verdade”. No terreno, indicam que há mesmo soldados da Rússia a “sabotarem o próprio equipamento”.

  • Novas sanções do Reino Unido. O governo britânico anunciou uma nova ronda de sanções contra mais 14 pessoas ou entidades russas. Visam, em particular, a "propaganda" e os media estatais russos, incluindo os proprietários da RT e da Sputnik.


13h23 - Draghi falou com Putin ao telefone. Presidente russo afastou hipótese de cessar-fogo

Em conversa telefónica com o primeiro-ministro italiano na quarta-feira, Vladimir Putin considerou que ainda não estão reunidas as condições necessárias para um cessar-fogo na Ucrânia.

Mario Draghi revelou esta quinta-feira mais pormenores sobre a conversa com o presidente russo, a quem disse que a Europa vai continuar a pagar o gás russo em euros ou em dólares.

Depois da conversa com Putin, o responsável italiano acredita que o acesso ao gás vindo da Rússia "não está em risco".

13h11 - Portugal já concedeu 25.193 pedidos de proteção temporária

De acordo com o último balanço do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Portugal já concedeu 25.193 pedidos de proteção temporária a cidadãos ucranianos e cidadãos estrangeiros que residem naquele país.

Destes, 9.011 são menores.

13h07 - Rússia destruiu grande parte da indústria de defesa da Ucrânia, admite Kiev

O conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky, Oleksiy Arestovych, admitiu esta quinta-feira que a Rússia já destruiu praticamente toda a indústria de defesa da Ucrânia.

12h26 - Forças russas estão a reposicionar-se no Donbass

Stoltenberg afirma que a Rússia esta a deslocar tropas para reforçar ofensiva nas regiões separatistas do Donbass e não a recuar.

“As forças russas não estão a retirar-se, mas a reposicionar-se. A Rússia esta a tentar reagrupar-se, reabastecer e reforçar a sua ofensiva na região de Donbass”, afirmou Jens Stoltenberg aos jornalistas em Bruxelas.
"Ao mesmo tempo, a Rússia mantém a pressão sobre Kiev e outras cidades. Por isso podemos esperar ações ofensivas adicionais que trarão mais sofrimento", acrescentou.

O secretário-geral da NATO afirmou ainda que “a utilização de armas químicas alteraria tudo” e que “o uso de armamento químico será inaceitável”.

12h22 - Rússia estabelece moratórias sobre falências

O primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, afirmou que Moscovo vai impor uma moratória de falências por um período de seis meses, com início na sexta-feira.

12h10 - Abramovich fazia parte da delegação russa

O presidente turco afirma que oligarca russo participou nas conversações de Istambul como parte da delegação de Moscovo. 

Roman Abramovich é um dos oligarcas russos sancionado pela União Europeia.

12h00 - Zelensky alerta sobre as ameaças nucleares da Rússia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou hoje que o aumento da ameaça nuclear russa no quadro da guerra na Ucrânia põe em perigo a segurança global, dirigindo-se aos deputados do Parlamento da Austrália.

"Durante dezenas de anos não houve ameaça de um ataque nuclear como a que temos agora, porque os propagandistas russos discutem abertamente a possibilidade do uso de armas nucleares contra aqueles que não querem submeter-se às ordens (da Rússia)", disse Zelensky num discurso transmitido em direto e com tradução simultânea perante os parlamentares australianos.

"O país que usa a chantagem nuclear deveria ser alvo de sanções, o que poderia demonstrar que essa chantagem é destrutiva para o próprio chantagista", assinalou Zelensky.

(agência Lusa)

11h46 - Londres visa "propaganda" russa em nova ronda de sanções

O governo britânico anunciou esta quinta-feira uma nova ronda de sanções contra mais 14 pessoas ou entidades russas. Visam, em particular, a "propaganda" e os media estatais russos, incluindo os proprietários da RT e da Sputnik, respetivamente Sergey Brilev e Alexey Nikolov.

"A guerra de Putin na Ucrânia baseia-se numa torrente de mentiras, e esta última ronda de sanções tem como alvo os propagandistas descarados que espalham as notícias e as histórias falsas de Putin", disse a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss.

11h43 - Perto de 30 mil refugiados registados em Espanha desde o início da guerra

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, informou esta quinta-feira que perto de 30 mil refugiados ucranianos foram oficialmente registados em Espanha desde o início da invasão russa.

Sánchez refere, no entanto, que o número deverá chegar aos 70 mil refugiados nos próximos dias.

11h39 - Dois mortos em ataque contra unidade militar e depósito de combustível em Dnipro

O governador regional de Dnipro, Valentyn Reznychenko, confirmou esta quinta-feira duas vítimas mortais na sequência de dois ataques russos contra uma unidade militar e um depósito de combustível na região de Dnipro. Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas.

11h20 - Rússia vai proibir exportação de sementes de girassol a partir de sexta-feira

A Rússia vai proibir as exportações de sementes de girassol a partir de sexta-feira e irá impor uma cota de exportação de 1,5 milhões de toneladas de óleo de girassol entre os dias 15 de abril e 31 de agosto.

A medida foi anunciada pelo Ministério russo da Agricultura e tem por objetivo proteger o mercado alimentar dos efeitos das sanções ocidentais impostas à Ucrânia.

11h14 - Kiev diz que Agência Internacional de Energia Atómica vai monitorizar centrais nucleares ocupadas

A agência para a energia nuclear da ONU vai estabelecer missões para a monitorização online das centrais nucleares ucranianas de Chernobyl e Zaporizhzhia, ocupadas pela Rússia.

A informação é avançada esta quinta-feira por Petro Kotin, responsável máximo da Energoatom, agência estatal da Ucrânia dedicada à energia nuclear.

11h01 - Cruz Vermelha a caminho de Mariupol

O Comité Internacional da Cruz Vermelha revela esta quinta-feira que tem várias equipas a caminho da cidade sitiada de Mariupol. Estas equipas transportam bens humanitários mas também estão prontas para ajudar à retirada de civis.

Ewan Watson, porta-voz da Cruz Vermelha, disse hoje à agência Reuters que o sucesso desta operação pode determinar a sobrevivência de "dezenas de milhares" de pessoas e que, por isso, Rússia e Ucrânia devem estar de acordo em relação aos termos exatos da operação.

As equipas da Cruz Vermelha a caminho de Mariupol estão prontas para garantir a retirada de pessoas na próxima sexta-feira, "desde que todas as partes concordem em aspetos concretos, incluindo a rota, a hora de início e a duração".  

10h46 - Donbass, palco central neste conflito

Nas mais recentes declarações públicas, o exército russo e o Kremlin afirmaram que vão concentrar esforços da presente “operação militar especial” na zona do Donbass, no leste da Ucrânia. Mas o que é, afinal, o Donbass e qual o papel desse território neste conflito?

Para explicar a centralidade do Donbass neste conflito é necessário recuar a 2014, o ano em que a Rússia anexou a Crimeia após um referendo que não foi reconhecido por Kiev e por grande parte da comunidade internacional.

Esse foi também o ano em que rebeldes separatistas, apoiados por Moscovo, lançaram uma ofensiva em várias cidades do leste da Ucrânia, que faz fronteira com a Rússia.

Em resultado desses combates, partes das regiões de Lugansk e Donetsk, na região do Donbass, ficaram nas mãos dos separatistas pró-Rússia, mas os combates com as forças ucranianas nunca cessaram.

Em oito anos e até à invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro deste ano, mais de 14 mil pessoas morreram neste conflito persistente.

Na altura, em 2014, os separatistas apoiados pela Rússia declararam a República Popular de Donetsk e a República Popular de Lugansk. As novas “repúblicas” não são reconhecidas nem por Kiev nem por grande parte da comunidade internacional.

Escassos dias antes da ofensiva militar de fevereiro de 2022, o presidente russo reconheceu a independência dos territórios separatistas de Donetsk e Lugansk.

Ao longo dos últimos anos, Vladimir Putin tem acusado as forças ucranianas de violarem os direitos da população local, nomeadamente os falantes de russo. Em dezembro, o Kremlin considerava que a “russofobia” era mesmo “um primeiro passo para o genocídio”.

10h15 - Zelensky pede ao Parlamento holandês que "pare todo o comércio" com a Rússia

Horas depois de falar ao Parlamento australiano, o presidente ucraniano também se dirigiu ao Parlamento holandês através de uma videconferência.

Volodymyr Zelensly exortou os Países Baixos a prepararem um boicote à energia russa, bem como a imposição de novas sanções.

"São necessárias sanções mais pesadas para que a Rússia não tenha a possibilidade de levar adiante esta guerra na Europa", afirma o presidente ucraniano.

9h21 - "Medo de dizer a verdade"

O retrato das secretas em Londres e Washington pinta de forma negativa o que se passa no Kremlin e entre as tropas russas no terreno.

Consideram que os conselheiros de Putin têm "medo de dizer a verdade" e que a falta de moral leva os soldados inclusive a sabotarem o próprio equipamento.



8h52 - Turquia diz que nova reunião entre MNE russo e ucraniano é possível "dentro de uma ou duas semanas"

O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlüt Cavusoglu, disse esta quinta-feira que os dois chefes da diplomacia, Sergei Lavrov e Dmytro Kuleba, poderão voltar a reunir-se "dentro de uma ou duas semanas".

"Poderemos ter uma reunião de alto noível, pelo menos entre ministros, dentro de uma ou duas semanas", disse o MNE turco numa declaração.

Cavusoglu refere que Ancara está a trabalhar para que essa reunião aconteça, mas que é impossível avançar com uma data.

De recordar que a primeira reunião entre Sergei Lavrov e Dmytro Kuleba decorreu na Turquia, a 10 de março, sem avanços nas negociações.

8h41 - Discurso ao Parlamento australiano. Zelensky apela a novas sanções contra a Rússia

Em discurso por videoconferência ao Parlamento australiano, o presidente ucraniano frisou que são necessárias novas sanções para aumentar a pressão sobre Moscovo. 

"A distância entre os nossos países é grande, mas não há nada de distante na brutalidade dos russos em território ucraniano", afirmou Volodymyr Zelensky.

O presidente ucraniano alertou também para as grandes implicações das ações de Moscovo para a segurança global. Dedicou parte do discurso à reconstrução do país, pedindo apoio a Camberra na reconstrção de portos e cidades portuárias.

Alertou também para a possibilidade de outros países se sentirem tentados a seguir as pisadas de Moscovo.

"Se não pararmos a Rússia agora, se não responsabilizarmos a Rússia, outros países do mundo, ansiosos por guerras semelhantes a esta mas contra os seus vizinhos poderão considerar que estas ações também são possíveis nos seus casos", afirmou Zelensky.

A Austrália juntou-se ao esforço de sanções contra oligarcas russos, tendo visado mais de 500 indivíduos e empresas. Proibiu também as exportações de alumínio para Moscovo e tem enviado ajuda militar e humanitária para Kiev.

8h30 - Europa deve parar de comprar petróleo e gás russos, diz o presidente lituano

O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, disse esta quinta-feira que a Europa deve parar de comprar petróleo e gás à Rússia no próximo pacote de sanções, aquele que seria "o golpe máximo" contra Moscovo, considera.

"O Kremlin usa esse dinheiro para financiar a destruição de cidades ucranianas e atacar civis", argumenta o responsável lituano.

7h51 - Mariupol. 45 autocarros a caminho da cidade para retirar civis

A Ucrânia vai enviar um conjunto de 45 autocarros para a cidade de Mariupol. O objetivo é tentar entregar bens humanitários e resgatar civis retidos, disse a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk.

A responsável refere que Kiev recebeu indicação por parte da Cruz Vermelha que a Rússia "estava pronta para abrir o acesso dos corredores humanitários".

De acordo com o autarca da cidade, cerca de 170 mil moradores ficaram retidos na cidade.

7h30 - Autarca de Kharkiv diz que 15% das casas da cidade ficaram destruídas

O autarca da cidade de Kharkiv, Ihor Terkehov, disse esta quinta-feira que as tropas russas destruíram 15 por cento das casas da cidade.

"Durante os últimos 35 dias, um total de 1.531 edifícios foram destruídos na cidade de Kharkiv, incluindo 1.292 casas residenciais. O exército russo destruiu 76 escolas secundárias, 54 jardins de infância, 16 hospitais. Um total de 239 prédios administrativos estão em ruínas", adiantou.

A cidade tem sido uma das mais visadas pelos bombardeamentos. De acordo com a agência de notícias Ukrinform, um terço dos moradores já deixaram a cidade.
Ponto de situação
  • O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alerta que as tropas russas estão a aglomerar-se no leste do país e preparam uma grande ofensiva no Donbass. Recentemente, a Rússia anunciou que pretendia retirar-se de Kiev e Chernihiv para se concentrar em Donetsk e Lugansk.

  • No entanto, num relatório revelado esta quinta-feira, o Ministério britânico da Defesa indica que haverá intensificação de combates também na capital ucraniana. "As forças russas continuam a manter posições a leste e oeste de Kiev, apesar da retirada de um número limitado de unidades. Combates intensos provavelmente vão ocorrer nos subúrbios da cidade nos próximos dias", estima Londres.

  • O Ministério russo da Defesa anunciou um cessar-fogo na cidade portuária de Mariupol na manhã de quinta-feira. As anteriores tentativas de cessar-fogo desta cidade sitiada falharam.

  • Depois das conversações em Istambul, esta semana, Rússia e Ucrânia vão retomar as negociações de paz por videoconferência já amanhã, a 1 de abril. Na quinta-feira, o Kremlin desvalorizou os avanços dos últimos dias, enquanto o presidente ucraniano diz que, neste momento, “há apenas palavras, nada de concreto”.

  • Autoridades do Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia adiantam que o presidente russo, Vladimir Putin, tem recebido informações erradas sobre o desempenho das tropas no terreno e sobre o real impacto das sanções no país.