Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Mariana Ribeiro Soares, Cristina Sambado, Paulo Alexandre Amaral - RTP

Alexander Ermochenko - Reuters

Acompanhamos aqui a evolução da ofensiva militar desencadeada no final de fevereiro pela Rússia.

Mais atualizações

23h48 - Ponto de situação

  • A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, anunciou este sábado que todas as mulheres, crianças e idosos foram retirados da fábrica Azovstal, onde permanece o último reduto da resistência ucraniana de Mariupol. Instantes depois, o Ministério russo da Defesa também anunciou a conclusão da operação de retirada de civis da siderúrgica. No total, o presidente ucraniano diz que foram retiradas 300 pessoas do complexo;

  • A cidade de Odessa foi alvo de fortes bombardeamentos este sábado. A cidade costeira, situada às margens do Mar Negro, foi atingida por seis mísseis e quatro rockets. Quatro mísseis foram intercetados pelas baterias anti-aéreas. O alvo foi um hangar onde eram reparadas aeronaves. Não houve feridos nem mortos a registar;

  • Mísseis russos também atingiram dois municípios próximos da fronteira com a Rússia na região de Sumy, no norte da Ucrânia. Segundo o governador local, um guarda de fronteira ficou ferido em consequência dos ataques;

  • A Ucrânia está em alerta perante a ameaça de fortes bombardeamentos a partir de domingo. O Conselho Nacional de Defesa e Segurança da Ucrânia emitiu um alerta dando nota de que a partir de dia 8 podem ocorrer bombardeamentos massivos não apenas no Donbass e no sul do país, mas praticamente em toda a Ucrânia, em antecipação ao "dia da Vitória", comemorado na segunda-feira. Teme-se ainda que domingo possa ocorrer um bombardeamento massivo na fábrica de Azovstal, de forma a que a cidade caia em definitivo nas mãos das tropas russa;

  • Face a esta ameaça, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu à população para estar alerta e várias cidades decretaram recolher obrigatório. Por sua vez, Moscovo continua a preparar o desfile de 9 de maio. Os ensaios finais foram realizados este sábado. Na segunda-feira, dia em que se assinala a vitória sobre a Alemanha nazi, espera-se que Vladimir Putin faça um balanço da campanha ucraniana, para já sem os resultados pretendidos.

23h00 - Reino Unido reforça apoio militar à Ucrânia em 1,3 mil milhões de libras

O Reino Unido anunciou este sábado que fornecerá mais 1,3 mil milhões de libras em apoio militar e ajuda à Ucrânia, num comunicado que antecedeu uma videochamada planeada para domingo entre os líderes do G7 com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

A nova promessa quase duplica os anteriores compromissos de despesas da Grã-Bretanha com a Ucrânia e o governo sublinhou que esta é a maior despesa em conflitos desde as guerras no Iraque e no Afeganistão.

"O ataque brutal de Putin não está apenas a causar uma devastação incalculável na Ucrânia - também está a ameaçar a paz e a segurança em toda a Europa", disse Johnson em comunicado.

O primeiro-ministro britânico tem sido um dos mais fortes apoiantes dos esforços da Ucrânia para resistir às forças russas desde que o presidente russo, Vladimir Putin, lançou a invasão a 24 de fevereiro. O governo de Johnson enviou mísseis antitanque, sistemas de defesa aérea e outras armas para a Ucrânia. Na semana passada, Boris Johnson tornou-se o primeiro líder ocidental a dirigir-se ao parlamento ucraniano desde o início da invasão.

22h00 - Zelensky diz que mais de 300 pessoas foram retiradas da fábrica de Azovstal

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse este sábado que mais de 300 civis foram resgatados da siderúrgica Azovstal, em Mariupol, que tem sido alvo de ataques pelas forças russas há várias semanas.

Numa mensagem transmitida durante a tarde, Zelensky anunciou que as autoridades iriam concentrar-se agora na retirada dos feridos e pessoal médico, bem como nos trabalhos para o alargamento dos corredores humanitários a todos os residentes de Mariupol e povoações circundantes.

21h20 - "Dia da Vitória". Ucrânia em alerta para fortes bombardeamentos a partir de domingo

O Conselho Nacional de Defesa e Segurança da Ucrânia emitiu um alerta dando nota de que a partir de dia 8 podem ocorrer bombardeamentos massivos não apenas no Donbass e no sul do país, mas praticamente em toda a Ucrânia.

Para além do presidente ucraniano, que pediu à população para estar alerta, os vários autarcas também deixam apelos. O autarca de Kiev apelou a toda a população para que não saia de casa a partir de amanhã.
Os serviços de informação dos países aliados da Ucrânia dão conta de que as tropas russas podem bombardear massivamente várias cidades da Ucrânia a partir de amanhã, em antecipação ao "dia da Vitória", comemorado na segunda-feira.

Teme-se ainda que domingo possa ocorrer um bombardeamento massivo na fábrica de Azovstal, de forma a que a cidade caia em definitivo nas mãos das tropas russa.

21h00 - "Dia da Vitória". Zelensky pede à população para estar alerta

Com o aproximar no dia 9 de maio, crescem os receios na Ucrânia. O país teme que a Rússia intensifique a ofensiva militar. Várias cidades decretaram recolher obrigatório e Volodymyr Zelensy pede à população para estar alerta.


19h50 - Rússia diz que operação para retirar civis da fábrica Azovstal terminou

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou este sábado a conclusão da operação para retirar civis da siderúrgica Azovstal, na cidade ucraniana de Mariupol.

O ministério disse que um total de 51 pessoas foram resgatadas desde que a operação de três dias começou na quinta-feira, acrescentando que apenas uma pessoa foi reitarada este sábado. Dos 51 civis, 18 eram homens, 22 mulheres e 11 crianças.

19h30 - CIA sem informações de que Rússia considera uso de armas nucleares táticas

O diretor da CIA, principal agência de informações dos EUA, Bill Burns, disse hoje em Washington que não possui informações que apontem para a utilização pela Rússia de armas nucleares táticas na Ucrânia.

“Não vemos neste momento, enquanto serviço de informações, nenhuma prova concreta de que a Rússia esteja a preparar o desdobramento ou mesmo o uso potencial de armas nucleares táticas”, disse numa conferência organizada pelo jornal Financial Times.

"Dadas as declarações belicistas que (...) ouvimos dos líderes russos, não podemos tomar essa possibilidade de ânimo leve", acrescentou, observando que a CIA continua "muito focada" nesta questão.

A Rússia colocou as suas forças de dissuasão, incluindo armas nucleares, em alerta máximo logo após o início da invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro.

Vladimir Putin também emitiu ameaças veladas, insinuando que estava pronto a considerar o uso de armas nucleares táticas.

O Presidente russo prometeu uma resposta "rápida" em caso de intervenção externa no conflito.

(agência Lusa)

19h17 - OMS diz estar do lado da Ucrânia e documentou 200 ataques a instalações de saúde

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse aos ucranianos este sábado que a OMS os apoia no conflito com a Rússia e instou Moscovo a suspender a guerra.

"A minha mensagem para todo o povo da Ucrânia é esta: a OMS está do vosso lado", disse Tedros, dirigindo-se a órgãos de comunicação locais citados pela agência Reuters.

O diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, disse na mesma conferência de imprensa que a OMS já havia documentado 200 ataques a instalações de saúde na Ucrânia e transmitiria as suas descobertas àqueles que pudessem avaliar se foram cometidos crimes.

18h46 - Rússia diz ter atingido aeródromos na região de Odessa

O Ministério da Defesa da Rússia disse este sábado que mísseis de alta precisão destruíram aeronaves ucranianas em aeródromos nas regiões de Artsyz, Odessa e Voznesensk, e que os seus mísseis Iskander atingiram equipamentos norte-americanos e europeus perto de Kharkiv, que tinham sido cedidos à Ucrânia.

A Ucrânia tinha anunciado anteriormente que quatro mísseis atingiram a região de Odessa este sábado, sem causar vítimas. Foi decretado o recolher obrigatório na cidade a partir das 22 horas de domingo.

18h35 - António Costa confiante na vitória da Ucrânia contra a Rússia

António Costa diz que acredita que a Ucrânia vai ganhar a guerra contra a Rússia. Numa conferência sobre o futuro da Europa, no Porto, o primeiro-ministro alertou para o dia seguinte ao conflito e sugeriu uma "superbazuca" para apoiar a reconstrução da Ucrânia antes do processo de adesão do país à União Europeia.


17h26 - "Todas as crianças, mulheres e idosos foram retirados da Azovstal", afirma a vice-primeira-ministra ucraniana

“A ordem do presidente foi cumprida: todas as mulheres, crianças e idosos foram retirados da Azovstal”, anunciou a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, no Telegram.

“Esta etapa da operação humanitária de Mariupol foi concluída”, acrescentou.

Em simultâneo, está em curso um esforço diplomático para resgatar os militares que continuam no complexo de Azovstal, na cidade portuária.

O presidente da Ucrânia denuncia que as tropas russas continuam - sem parar - a bombardear o edíficio.

17h15 - Ucrânia acusa Rússia de continuar a atacar Azovstal

O comando militar da Ucrânia disse este sábado que a Rússia continua a atacar a siderúrgica Azovstal, em Mariupol, apesar do cessar-fogo anunciado.

"Com o apoio de artilharia e fogo de tanque, [o inimigo] continua a atacar", escreveu o comando militar numa publicação no Facebook.

A Ucrânia afirma que muitos civis e tropas ucranianas continuam presos na fábrica. Este sábado, a agência de notícias russa Interfax citou separatistas apoiados por Moscovo na região de Donetsk, na Ucrânia, afirmando que mais 50 pessoas foram retiradas da Azovstal.

Até ao momento, os jornalistas da agência Reuters não viram nenhum sinal da sua chegada a um centro de receção em território controlado pelos separatistas perto de Mariupol.

16h45 - Forças pró-russas afirmam que mais 50 civis foram retirados da siderúrgica Azovstal

Mais 50 civis foram retirados este sábado da siderúrgica Azovstal, na cidade sitiada de Mariupol, anunciaram forças pró-russas.

A sede de defesa territorial da autodeclarada República Popular de Donetsk (DPR) anunciou no Telegram que um total de 176 civis já foram retirados do complexo siderúrgico, avança a agência Reuters, que ainda não conseguiu verificar os números.

“Hoje, 7 de maio, 50 pessoas foram retiradas do território da siderúrgica Azovstal em Mariupol”, anunciaram os separatistas.

Cinquenta civis foram retirados na sexta-feira graças a um novo comboio humanitário que saiu da Azovstal, a última bolsa de resistência das forças ucranianas em Mariupol, uma cidade portuária sitiada por tropas russas. O Ministério russo da Defesa confirma que 11 crianças estavam entre os retirados.

15h27 - Dois mísseis russos atingem aldeias fronteiriças no norte da Ucrânia, afirma governador

Mísseis russos atingiram dois municípios próximos da fronteira com a Rússia na região de Sumy, no norte da Ucrânia, este sábado, anunciou o governador local, Dmytro Zhyvytskyi.

Segundo anunciou Zhyvytskyi, na rede social Telegram, um guarda de fronteira ficou ferido em consequência dos ataques que atingiram os municípios de Myropilske e Khotin.

A informação ainda não foi verificada de forma independente.

As forças russas anunciaram a sua retirada total da região de Sumy no início de abril, passando a focar-se na região leste da Ucrânia.

14h58 - Berlim investiga alegado ataque a prédio com escritório da agência de notícias russa

A polícia de Berlim está a investigar um alegado ataque, com recurso a um objeto incendiário, contra um prédio residencial, onde a agência de notícias russa Ria Nowosti tem um escritório, foi anunciado.

Segundo as autoridades, o objeto, que terá sido atirado por uma janela, foi localizado, esta sexta-feira, no pátio interno do prédio, após a polícia ter recebido uma denúncia.

A agência russa relatou, através da sua conta no Telegram, um alegado ataque contra os seus jornalistas.

A polícia alemã reforçou as medidas de segurança perante o aniversário da capitulação do terceiro Reich, durante a II Guerra Mundial, com algumas ações organizadas por grupos pró-rússia e de direita.

(Lusa)

14h40 - Kiev anuncia afundamento de anfíbio russo na costa de Odessa e derrube de míssil no leste

As autoridades ucranianas anunciaram hoje que afundaram um navio anfíbio russo na costa de Odessa, no sul, bem como o abate de um míssil inimigo na região de Poltaba, no leste do país.

Junto com o navio russo, as forças ucranianas conseguiram derrubar um ‘drone’ [aparelho aéreo não tripulado] de reconhecimento russo na mesma área do mar Negro, relataram fontes das autoridades da região de Odessa.

A defesa antiaérea ucraniana também conseguiu derrubar um míssil em Poltaba, onde no mês passado os ataques russos destruíram uma refinaria na mesma região, recorda o portal eletrónico de notícias Ukrinform.

O Estado-Maior ucraniano relatou esta manhã intensos combates em diferentes partes de Donbass, embora, segundo essa fonte, tenham sido repelidos oito ataques a Donetsk e Lugansk, as duas regiões separatistas do leste do país.

Kiev também anunciou que o cerco russo continua na siderúrgica Azovstal, onde as tropas ucranianas de Mariupol estão a resistir e onde a Rússia deveria querer organizar um desfile em 9 de maio, Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi.

De Mariupol, foram retirados sexta-feira mais 50 civis.

(agência Lusa)

13h49 - Prossegue a retirada de civis do complexo de Azovstal

13h25 - Cidade de Odessa acaba de ser atacada

Odessa foi atacada por uma série de mísseis ao início da tarde. Quatro mísseis foram interceptados pelas baterias anti-aéreas. O alvo foi um hangar onde eram reparadas aeronaves. Foi decretado o recolher obrigatório na cidade a partir das 22 horas de domingo.


12h36 - Ponto de situação sobre a invasão russa

  • Novas explosões na Transnístria. As autoridades da região separatista pró-russa disseram que quatro explosões ocorreram na sexta-feira à noite perto de um antigo aeródromo numa aldeia fronteiriça com a Ucrânia, sem causar vítimas.
  • Moscovo continua a preparar o desfile de 9 de maio. A Rússia realiza os ensaios finais este sábado, antes da tradicional parada militar de 9 de maio em Moscovo, celebrando a vitória sobre a Alemanha Nazi, que será a ocasião para uma demonstração de força no meio da campanha da Ucrânia. Vladimir Putin terá mais uma oportunidade para enviar avisos, enquanto Moscovo tem repetidamente brandido a ameaça nuclear.
  • 50 civis deixaram a fábrica Azovstal em Mariupol. Cinquenta civis foram retirados na sexta-feira graças a um novo comboio humanitário que saiu da Azovstal, última bolsa de resistência das forças ucranianas em Mariupol, uma cidade portuária sitiada por tropas russas, anunciou a vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Verechtchuk. O Ministério russo da Defesa russo confirma que 11 crianças estavam entre os retirados.
  • Nova ajuda militar dos EUA. Joe Biden anunciou na sexta-feira uma nova ajuda militar à Ucrânia para combater a invasão russa, incluindo munições de artilharia e radares, mas o presidente norte-americano avisou que os fundos atribuídos às armas para Kiev estavam agora "praticamente esgotados". O secretário de Estado Antony Blinken disse numa declaração separada que o montante desta ajuda ascendeu a 150 milhões de dólares, muito abaixo dos anteriores carregamentos de armas dos EUA.

11h42 - Engie diz que a França pode aguentar-se sem gás russo "a longo prazo"

Nas palavras do presidente do gigante francês da energia Engie, Jean-Pierre Clamadieu, a França poderá passar sem o gás russo "a longo prazo".

"A longo prazo, sim. A questão está em que prazo", disse Clamadieu à France Inter, para acrescentar que a França era "provavelmente capaz de reduzir a dependência do gás russo de uma forma muito significativa" dentro de "três ou quatro anos".

Advertindo no final de março que a França precisaria de gás russo "a médio ou longo prazo", e remetendo a decisão para os governos europeus, o gigante francês da energia mudou gradualmente a sua posição sobre a questão.

"Se tivermos de enfrentar uma interrupção súbita, é um cenário muito mais difícil, e exigirá ajustes que provavelmente também serão brutais", advertiu Clamadieu.

Procurando diversificar os fornecimentos, o grupo assinou um contrato de fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) por 15 anos com a NextDecade, sediada nos EUA, no início de maio, embora uma mudança para o GNL não forneça "quantidades suficientes para substituir" o gás russo por enquanto.

11h37 - Embaixadora ucraniana preocupada com situação de acolhimento, mas confiante no Governo português

A embaixadora da Ucrânia em Lisboa mostrou-se hoje preocupada com a situação de acolhimento de refugiados ucranianos por cidadãos russos em Portugal ocorrida em Setúbal, mas está confiante na resolução por parte do Governo português.

"Estamos a monitorizar a situação e estamos à espera dos resultados da investigação", começou por dizer Inna Ohnivets, à margem de uma visita à RTP onde assistiu ao último dia de gravações do #EstudoEmCasa com a Ucrânia.

Questionada pelos jornalistas no final da visita, onde esteve acompanhada pelo ministro da Educação, João Costa, a diplomata escusou-se a responder se a situação de Setúbal era um caso isolado e também se já tinha sido contactada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, reiterando estar "à espera dos resultados da investigação em curso à situação".

"Claro que temos preocupação sobre esta situação, mas estou convencida que o Governo português resolve a situação", afirmou, evitando qualquer outra pergunta.

O semanário Expresso noticiou no passado dia 29 de abril que refugiados ucranianos foram recebidos na Câmara de Setúbal por russos simpatizantes do regime de Vladimir Putin e que responsáveis pela Linha de Apoio aos Refugiados estão a fotocopiar documentos dos refugiados, entre os quais passaportes e certidões das crianças.

O Presidente da República já apelou para que se apure a verdade no que se refere ao acolhimento de refugiados ucranianos por cidadãos russos em Portugal, afirmando que os portugueses "gostarão de saber aquilo que se passou".

"Faz parte da vida democrática haver o apuramento da verdade e o acesso dos cidadãos à verdade e, portanto, na medida em que se puder apurar a verdade, que se apure: como foi no passado, como é no presente, o que é que isso significa", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa em declarações aos jornalistas à saída do VII Congresso Nacional da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE).

O chefe de Estado disse que defendeu, "desde a primeira hora, que devia ser tudo investigado" no que se refere ao acolhimento de refugiados ucranianos, de forma a perceber se o acolhimento por cidadãos russos se passou "com um município, com vários municípios, com uma associação, com várias associações, com uma pessoa, com várias pessoas".

Interrogado se já houve alguma avaliação que indique que situações como a da câmara de Setúbal -- onde refugiados ucranianos foram acolhidos por cidadãos russos -- também tiveram lugar noutras autarquias, o Presidente sublinhou que acha que "é esse o apuramento que é preciso fazer".

Na sexta-feira foram aprovadas as audições no parlamento do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e a da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes -- que tem a tutela da Igualdade e Migrações --, por unanimidade.

Por outro lado, o PS `chumbou` a audição no parlamento do presidente da Câmara de Setúbal e aprovou a do ministro da Administração Interna e da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares sobre o acolhimento de refugiados ucranianos naquele município.

Os requerimentos para chamar o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins, eleito pela CDU (PCP/PEV), foram apresentados pelo PSD, Chega, IL e PAN e chumbados com os votos contra dos deputados do PS e os votos favoráveis dos restantes partidos, incluindo o PCP.

A Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias debateu e votou na sexta-feira vários requerimentos apresentados por PSD, Chega, IL, PCP e PAN para ouvir várias entidades sobre o acolhimento de refugiados ucranianos no município de Setúbal por funcionários alegadamente simpatizantes do regime russo.

(agência Lusa)

11h01 - Autoridades da Transnístria denunciam novos ataques

Autoridades no território separatista moldavo da Transnístria denunciaram hoje novos ataques de `drones` de origem desconhecida.

"Quatro engenhos explodiram perto da cidade de Voronkovo, na região de Ribnitsk, no território de um antigo aeródromo", relatou o serviço de imprensa do Ministério do Interior da Transnístria no Telegram, sem especificar a origem dos ataques.

Segundo as autoridades, "na noite de 06 de maio, aproximadamente às 21:40 (horas locais; 19:40 em Lisboa), foram lançados dois engenhos explosivos a partir de um `drone`. Uma hora depois, o ataque foi repetido".

"Uma equipa de investigação operacional está a trabalhar no local. Os peritos recolheram os restos do engenho explosivo", disse o Ministério do Interior, observando que ninguém morreu ou ficou ferido em resultado do incidente.

Diz-se que este foi o segundo ataque na cidade de Voronkovo, na sequência de um incidente em 05 de maio às 22:20 (hora local; 20:20 em Lisboa), quando dois engenhos explosivos foram largados por um `drone`.

A situação na Transnístria começou a ficar tensa no final de abril, depois de uma série de tiroteios e explosões em edifícios e infraestruturas governamentais, que, segundo as autoridades, tiveram origem em território ucraniano.

(Lusa)

10h49 - #Estudoemcasa para ucranianos. RTP e Ministério da Educação unem esforços

O Ministério da Educação e a RTP uniram esforços para desenvolver o projeto #EstudoEmCasa com a Ucrânia. Uma forma dos ucranianos que chegam a Portugal aprenderam palavras essenciais.

Diferentes aspetos da vida quotidiana e um conjunto de léxico essencial constituem a base das aulas de #EstudoEmCasa com a Ucrânia.

Na gravação de uma das 14 aulas, esteve o ministro da Educação, João Costa, a Embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, e o presidente da RTP, Nicolau Santos.

10h24 - Autoridades ucranianas noticiam intensos combates em Donbass

As autoridades ucranianas noticiaram hoje intensos combates em Donbass, enquanto se mantém o cerco da siderurgia Azovstal, onde as tropas ucranianas de Mariupol estão a resistir.

Kiev acredita que a Rússia está a preparar um desfile para 09 de maio, Dia da Vitória sobre a Alemanha Nazi, em Mariupol.

A ofensiva em Donetsk e Lugansk continua, informou o Estado-Maior do Exército ucraniano no último comunicado, publicado no Facebook.

No entanto, de acordo com os meios de comunicação social, as tropas ucranianas conseguiram repelir oito ataques em ambas as regiões separatistas do leste do país.

Em Kherson, controlada pela Rússia, estão em curso os preparativos para uma desagregação de facto da região no sul, relata o portal Ukrinform.

Em Mariupol, onde segundo fontes russas e ucranianas coincidentes 50 civis foram retirados na sexta-feira, o cerco russo do complexo Azovstal continua, de acordo com os meios de comunicação ucranianos.

(Lusa)

10h04 - Mais de 10 mil crimes de guerra cometidos pelas forças russas

A procuradoria-geral da Ucrânia revelou que mais de 10 mil alegados crimes de guerra cometidos pelas forças russas estão a ser investigados.

9h47 - Sirenes tocaram esta madrugada em Kiev

Os ucranianos continuam a luta pelo país e os festejos do dia 9 de maio por parte dos russos é visto com muita cautela. Existem informações de que o país pode ser alvo de ataques aéreos massivos nos dias 8 e 9 de maio para que a Rússia possa anunciar vitória na Ucrânia.

O primeiro-ministro ucraniano emitiu um alerta nacional para que a população tenha cautela em relação a eventuais ataques massivos por parte das tropas russas.

Esta madrugada as sirenes voltaram a tocar em Kiev, como revelam os enviados da RTP à capital ucraniana.


9h38 - Rússia afirma que destruiu equipamento militar na região de Kharkiv

O Exército russo destruiu um importante arsenal de armas provenientes dos Estados Unidos e da União Europeia na região de Kharkiv, no leste da Ucrânia, e causou 280 baixas do Exército ucraniano, disse hoje o comando militar russo.

"Um grande arsenal de equipamento militar dos EUA e da UE foi destruído na estação ferroviária de Bohodukhiv, na região de Kharkiv. Como resultado dos ataques, cerca de 280 nacionalistas foram aniquilados e 48 peças de equipamento de combate foram destruídas", disse o porta-voz russo da Defesa, Igor Konashenkov.

De acordo com o comando militar, a Força Aeroespacial russa destruiu com mísseis de alta precisão cinco zonas de concentração de equipamento e forças militares, bem como um depósito de munições nas proximidades da aldeia de Bakhmut na região de Donetsk.

A aviação atingiu 18 alvos militares ucranianos, incluindo dois postos de controlo na localidade de Skovorodnikovo na região de Kharkiv, bem como depósitos de armas e de combustível na localidade de Dachnoye na região de Odessa, no sul do país.

Quarenta e quatro postos de controlo ucranianos e 196 fortificações foram também destruídos por ataques de mísseis e artilharia.
(Lusa)

9h12- Guerra agrava falta de profissionais no transporte rodoviário de mercadorias europeu

A invasão da Ucrânia pela Rússia agravou o problema da falta de condutores profissionais no mercado do transporte rodoviário de mercadorias europeu, adicionando mais de 166.000 vagas às de 380.000 a 425.000 estimadas no final de 2021.

AS 166.000 novas vagas eram preenchidas por camionistas da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia a trabalhar na Europa que podem ter deixado os seus empregos devido ao conflito, de acordo com os dados fornecidos à Efe pela Associação Internacional de Transportes Rodoviários (Astic) com base no estudo "The European Road Freight Rate Development Benchmark".

Entre os impactos que foram e serão sentidos depois da invasão da Ucrânia está uma perda adicional de mão-de-obra no setor da logística na Europa, onde a disponibilidade há muito que é um problema, especialmente dos condutores profissionais de veículos pesados, devido a vários fatores que tornam esta profissão pouco atrativa.

Segundo o estudo, realizado em abril pela Upply, Ti e a Organização Mundial dos Transportes (IRU), da qual Astic é membro ativo desde 1960, entre 80.000 e 100.000 postos de trabalho no setor dos transportes estavam vagos no final do ano passado no Reino Unido, 80.000 na Polónia, entre 57.000 e 80.000 na Alemanha, 71.000 na Roménia e 34.000 em França.

(Lusa)

8h45 - Guterres na Moldova na próxima semana para agradecer ajuda aos refugiados

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, visita a Moldova no início da próxima semana para manifestar a sua “solidariedade e gratidão” com o povo que acolheu até ao momento quase meio milhão de ucranianos.

A viagem do diplomata português, que ocorre na segunda e terça-feira, coincide também com o 30.º aniversário da entrada do Estado da Moldova como membro das Nações Unidas e é uma forma de expressar o seu apreço pelo papel do país nas operações de paz no mundo, destacou a ONU em comunicado.

Guterres visitará um campo de refugiados construído com o apoio de agências da ONU, onde conversará com alguns dos refugiados ucranianos, bem como com outros que foram acolhidos por famílias moldavas e que representam a maioria.

(Lusa)

8h30 - PAM pede reabertura dos portos no Mar Negro para evitar fome mundial

O Programa Alimentar Mundial (PAM) pediu hoje a reabertura dos portos da região de Odessa, no sul da Ucrânia, para que os alimentos produzidos neste país possam ser comercializados livremente para o resto do mundo.

"Neste momento, os silos de grãos na Ucrânia estão cheios. Ao mesmo tempo, 44 milhões de pessoas em todo o mundo estão a caminhar para a fome. Precisamos abrir esses portos para que os alimentos possam circular", apelou o chefe desta agência das Nações Unidas (ONU) David Beasley, citado pela agência AFP..

Segundo David Beasley, a humanidade "exige isso porque centenas de milhões de pessoas em todo o mundo dependem desses mantimentos".

"Peço a todas as partes envolvidas que permitam que estes alimentos deixem a Ucrânia e sigam para onde é desesperadamente necessário, para que possamos evitar a ameaça iminente de fome", acentuou o chefe do PAM.

Com os portos bloqueados devido à guerra, milhões de toneladas de grãos são armazenados em silos em Odessa e outros portos ucranianos do Mar Negro, mas se os portos não forem reabertos, os agricultores ucranianos não terão onde armazenar a próxima safra de verão, alerta o PMA, temendo que ocorra um desperdício significativo de alimentos.

Cerca de 276 milhões de pessoas em todo o mundo já enfrentavam fome aguda no início de 2022 e esse número deve aumentar em 47 milhões de pessoas se o conflito na Ucrânia continuar, com a fome a causar maiores preocupações na África Subsaariana, indica o PAM.

(Lusa)

8h00 - Líder pró-russo da Crimeia afirma que Kherson foi "libertada de nacionalistas"

O líder pró-russo da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, disse que a região de Kherson, no sul da Ucrânia, "foi libertada dos nacionalistas" e "do controlo de Kiev", noticiou hoje a agência russa Sputnik.

"Hoje em dia não existem autoridades ucranianas a efetuar qualquer inspeção ou controlo de documentos. O território foi libertado dos nacionalistas" ucranianos, disse Sergei Aksionov, em entrevista à Sputnik.

"A vida voltou a ser pacífica na região de Kherson", próxima do mar Negro, acrescentou o chefe do governo autónomo da Crimeia.

A Sputnik notou que, numa "operação especial de desmilitarização da Ucrânia", o exército russo "assumiu o controlo de toda a região de Kherson no sul do país e da parte Azov da região de Zaporijia".

Aksionov indicou ainda que "foram constituídas administrações civis e militares, os canais de televisão e rádio russos retomaram as emissões e os laços comerciais com a Crimeia estão a ser restabelecidos".

(Lusa)

Ponto da situação

  • Civis retirados de Azvostal
Uma nova operação de resgate, retirou mais de 40 civis do Complexo Industrial Azovstal, em Mariupol. A ação foi coordenada pelas Nações Unidas e pela Cruz Vermelha. Está, também, em curso um esforço diplomático para salvar os militares que estão na siderurgia.

O Presidente da Ucrânia denuncia que as tropas russas continuam a bombardear o Complexo industrial. Volodimyr Zelensky garante que mulheres e crianças foram resgatadas da Azovstal.

  • Mariupol é exemplo de tortura
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a cidade portuária do sul do país “é um exemplo de tortura e fome e utlizada como arma de guerra. Zelensky considera que, para que as negociações de paz tenham sucesso, a Rússia tem de voltar ao território que tinha antes de 23 de fevereiro.

  • Sem usar a palavra “guerra”
O Conselho de Segurança da ONU emitiu a primeira declaração sobre a situação que se vive na Ucrânia. No entanto não usou a palavra “guerra”, “conflito” ou “invasão”. Apenas “exprime ma profunda preocupação relativamente à manutenção da paz e da segurança da Ucrânia”.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas manifestou “um forte apoio” ao secretário-geral, António Guterres na procura de “uma solução pacífica para a disputa”.

  • Troca de prisioneiros
Segundo a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, 41 soldados e civis ucranianos capturados pelas forças de Moscovo, entre eles 11 mulheres e um clérigo, foram libertados numa nova troca de prisioneiros.

  • Ataques a Severodonetsk
As tropas russas estão a cercar e atacar Severodonetsk, a cidade mais oriental da Ucrânia e detida por Kiev.