Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Graça Andrade Ramos, Raquel Lopes, Mariana Ribeiro Soares, Andreia Martins, Carlos Santos Neves - RTP

Ludovic Marin - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

00h50 - Jornal russo Novaya Gazeta renasce em versão digital num país europeu

00h35 - EUA suspendem tarifas sobre aço ucraniano por um ano

Os Estados Unidos vão suspender as tarifas sobre o aço da Ucrânia por um ano para tentar ajudar essa indústria face aos duros ataques das forças russas, informou hoje o Departamento do Comércio norte-americano.

As tarifas, de 25% sobre as importações de aço ucraniano, haviam sido colocadas em prática em 2018 pelo então Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (2017-2021), com o objetivo de proteger a indústria norte-americana.

"Para que as siderúrgicas continuem a ser uma tábua de salvação para o povo da Ucrânia, elas devem poder continuar a exportar aço", disse a secretária do Comércio, Gina Raimondo, em comunicado.

Gina Raimondo enfatizou que o anúncio da isenção tarifária de um ano é "um sinal para o povo da Ucrânia" do "compromisso" dos Estados Unidos de "ajudá-los a prosperar no meio da agressão de [Vladimir] Putin".

A secretária do Comércio também destacou que as siderúrgicas da Ucrânia estão entre os principais alvos dos bombardeamentos das forças russas.

De acordo com dados daquele Departamento, a indústria siderúrgica e setores relacionados respondem por cerca de 12% do produto interno bruto (PIB) da Ucrânia.

00H25 - Zelensky diz que Ucrânia deu passo em frente importante na adesão à UE

00H10 - Charles Michel forçado a abrigar-se devido a bombardeamento de Odessa

23h45 - Zelensky agradece a Biden o apoio na luta pela "liberdade e futuro" da Ucrânia.

O presidente Ucraniano classificou a assinatura do documento "um passo histórico".

Zelensky escreveu ainda "estou convencido de que juntos iremos vencer. E que vamos defender a democracia na Ucrânia. E na Europa. Como há 77 anos".
22h25 - Citação especial para jornalistas ucranianos

Os jornalistas ucranianos foram distinguidos pela coragem em reportar sobre a invasão russa da Ucrânia, anunciou a associação dos Prémios Putitzer, os mais prestigiados da imprensa americana.

Marjorie Miller, a vencedora do Prêmio Pulitzer, elogiou a "coragem, resistência e compromisso dos jornalistas na Ucrânia para relatar a verdade durante a invasão implacável de Vladimir Putin do seu país e a propaganda de guerra na Rússia".

"Apesar de bombardeamentos, sequestros, ocupação e até mortes nas suas fileiras, (os jornalistas ucranianos) perseveraram em fornecer um retrato preciso de uma realidade terrível, trazendo honra para a Ucrânia e para os jornalistas de todo o mundo", disse Marjorie Miççer na cerimónia de entrega dos prémios.

De acordo com o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), sete jornalistas - incluindo três ucranianos - foram mortos na Ucrânia durante a cobertura da guerra desde 24 de fevereiro. A associação está ainda a investigar a morte de cinco outros jornalistas ucranianos, para determinar se as suas mortes estão relacionadas com o exercício da profissão.

22h10 - Macron e Scholz apoiam a Ucrânia em frente ao Portão de Brandemburgo

O presidente francês e o chanceler alemão demostraram o "total apoio" à Ucrânia ao passarem juntos sob o Portão de Brandemburgo em Berlim, símbolo da Guerra Fria e iluminado para a ocasião com as cores do país que desde fevereiro é invadido pela Rússia.

“Apoio total à Ucrânia”, disse Emmanuel Macron ao aproximar-se de cerca de 200 pessoas, entre as quais cidadãos ucranianos, e após ter sido questionado sobre a mensagem os dois líderes queriam enviar.

Localizado no coração de Berlim, o Portão de Brandemburgo foi, até 1989, parte integrante do muro que durante décadas separou as partes comunista e ocidental da cidade, tornando-se um símbolo da Cortina de Ferro.

Alguns dos membros do público estavam vestidos com as cores da Ucrânia e gritaram "Mariupol", a cidade sitiada e destruída pelo exército russo.

Entre a assistência encontravam-se críticos da postura adotada por Berlim, que chega a ser acusada de complacência ou proximidade com a Rússia.

"Gostaria de ver mais coragem", disse à Tania, uma médica a viver na Alemanha há 25 anos.

"Entendo que eles [os líderes franceses e alemães] temam por seus próprios cidadãos, mas a Rússia não deve ser subestimada", acrescentou, alertando que depois da Ucrânia, Moscovo poderia invadir a Polônia e os países bálticos.

21h45 - Presidente americano descontente com fugas de informação

O presidente Joe Biden ficou descontente com fugas para a imprensa sobre a alegada ajuda dos serviços secretos americanos à Ucrânia, admitiu a porta-voz da Casa Branca Jen Psaki.

De acordo com as informações que foram publicadas, os dados fornecidos pelos americanos foram crucais para a Ucrânia atacar um navio russo e generais russos na frente de batalha.

"O presidente ficou insatisfeito com as fugas. A sua opinião é que o nosso papel estava a ser exagerado, era um relato impreciso e também uma menorização do papel dos ucranianos e da sua liderança, que não achou que fossem construtivos", explicou.

Em declarações aos jornalistas, a porta-voz da Casa Branca considerou "obviamente absurda" a justificação dada pelo presidente russo, de que a guerra a Ucrânia é "defensiva".

A Casa Branca apelidou ainda o discurso de Vladimir Putin sobre o "Dia da Vitória" de "revisionismo histórico que assumiu a forma de desinformação".

21h00 - Biden reativa lei de ajuda militar da Segunda Guerra Mundial

O presidente dos Estados Unidos reativou para a Ucrânia uma lei de ajuda militar que data da Segunda Guerra Mundial. Joe Biden assinou a Lei de Empréstimo-Arrendamento de Defesa da Democracia da Ucrânia numa cerimônia na Casa Branca. Ao seu lado estava o primeiro membro do Congresso nascido na Ucrânia, a deputada republicana Victoria Spartz.

A lei visa tornar mais ágil o processo de ajuda assistência militar à Ucrânia, à medida que a Rússia prossegue com a invasão. Referindo-se ao biliões de dólares já gastos pelos Estados Unidos, Biden disse que “ceder à agressão é ainda mais caro”.

O ato de empréstimo e arrendamento, simplificando o fluxo de equipamentos militares, “tem por base um programa da era da Segunda Guerra Mundial para ajudar a Europa a resistir a Hitler”, disse a Casa Branca.

O presidente observou que estava a assinar o ato um dia depois de os Estados Unidos e a Europa Ocidental assinalarem o Dia da Vitória na Europa e a derrota em 1945 da Alemanha de Adolf Hitler.

No Congresso, os democratas concordaram com uma proposta de dar mais 39,7 mil milhões de dólares para a Ucrânia, um valor superior ao que foi pedido pelo presidente Joe Biden no mês passado, 33 mil milhões de dólares.

20h53 - Oitocentas famílias ucranianas recebidas em Portugal

Cerca de 800 famílias de refugiados da Ucrânia foram acolhidas por 23 municípios no âmbito do programa de alojamento de emergência Porta de Entrada, disse o ministro das Infraestruturas e Habitação.

"Há neste momento 23 municípios com protocolo para dar resposta a cerca de 800 famílias, mas não temos nenhum limite orçamental para continuarmos a financiar e a alargar a reposta com mais municípios a mais refugiados", afirmou Pedro Nuno Santos, no parlamento, numa audição no âmbito do debate do Orçamento do Estado de 2022 (OE2022).

O ministro considerou que o Porta de Entrada é "um programa muito eficaz para dar resposta de alojamento temporário" em situação emergência e insistiu em que "tem disponibilidade orçamental".

"E portanto não há razão para não conseguirmos dar resposta aos refugiados que estão a procurar Portugal", acrescentou.

Portugal atribuiu até hoje 35.778 pedidos proteção temporária a pessoas que fugiram da guerra da Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro, segundo a última atualização feita pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

O ministro respondia ao deputado do Livre, Rui Tavares, que também o questionou sobre as condições de alojamento de trabalhadores imigrantes em Odemira, com as quais os portugueses ficaram "chocados" há um ano, quando foi decretada uma cerca sanitária na região, por causa de um surto de covid-19 nesta comunidade.

Pedro Nuno Santos lembrou que há "um plano a dez anos com Odemira" para responder à "escassez de habitação gritante".

20h40 - Portugal condecora funcionário da embaixada portuguesa em Kiev

O Presidente da República decidiu condecorar o funcionário da embaixada de portuguesa em Kiev Andrei Putilovskiy pelos "relevantes serviços prestados" a Portugal, informa o Palácio de Belém.

"O Presidente da República decidiu condecorar Andrei Putilovskiy, funcionário da Embaixada de Portugal em Kiev, pelos muito relevantes serviços prestados a Portugal e à Embaixada ao longo de 25 anos, e, em particular, durante o conturbado período de evacuação da Embaixada, tal como proposto pelo Embaixador de Portugal na Ucrânia", lê-se numa nota publicada no portal da Presidência na Internet.

20h25 - Hungria continua sem ceder sobre bloqueio a embargo à Rússia 

O governo húngaro discutiu os possíveis efeitos do embargo ao petróleo russo com a presidente da Comissão Europeia.

Contudo, se Ursula von der Leyen sublinhou os progressos feitos nestas negociações, o ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros diz que estes ainda não são suficientes.

São necessários mais debates para que a Hungria mudar de opinião, referiu o ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros. Deste modo, o novo pacote de sanções da União Europeia à Rússia continua bloqueado até que as "preocupações" da Hungria sejam "atendidas".

19h35 - Pentágono tem informações de deportações de ucranianos para a Rússia

Os Estados Unidos têm indicações de que alguns ucranianos estão a ser levados para a Rússia contra a sua vontade, afirmou o porta-voz do Pentágono, John Kirby, classoficando a medida de "inconcebível".

19h23 - Presidente da Comissão Europeia anuncia progresssos em Budapeste sobre embargo

A presidente da Comissão Europeia disse que fez progressos nas negociações com o primeiro-ministro húngaro sobre uma possível proibição em toda a União Europeia dos combustíveis fósseis russos.

"A discussão desta noite com o primeiro-ministro Viktor Orban foi útil para esclarecer questões relacionadas a sanções e segurança energética", escreveu na rede social Twitter Ursula von der Leyen .

"Fizemos progressos, mas é preciso mais trabalho", acrescentou.
Von der Leyen anunciou que vai convocar uma videoconferência com outros países da região para fortalecer a cooperação regional no que respeita às infraestruturas petrolíferas.

19h20 - Ventura quer conhecer dados sobre espionagem em Portugal

O presidente do Chega exigiu conhecer "as suspeitas reais e os factos reais" apurados pelos serviços de informações portugueses sobre espionagem russa em Portugal, em audições no parlamento à porta aberta ou fechada.

Em declarações aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, André Ventura disse recear "que o Governo de Vladimir Putin, através de associações financiadas algumas delas com o dinheiro público, possa estar a atuar de forma impune, de forma livre em Portugal", e lançou um repto ao PS.

"Que o PS permita que os grupos parlamentares ouçam os dirigentes dos serviços secretos em Portugal, mesmo que seja à porta fechada, para sabermos como está a ser feito o acompanhamento e a monitorização destas situações, quando é que este acompanhamento começou e quais são as suspeitas reais e os factos reais que há de participação de espionagem russa em Portugal, e se o Governo foi conivente ou não com essa espionagem russa", desafiou.

Para André Ventura "alguém deve ir ao parlamento dar explicações. É impensável que numa democracia como a nossa os líderes dos maiores partidos portugueses estejam completamente à deriva sobre o que se passa em Portugal nesta matéria de monitorização dos serviços secretos".

Questionado sobre a ideia de se constituir uma comissão de inquérito parlamentar sobre o envolvimento de russos no acolhimento de refugiados ucranianos em Setúbal, o presidente do Chega não deu uma resposta direta, manifestando-se a favor de "todas as iniciativas para investigar o que se passou em Setúbal, mas também noutros pontos do país".

19h15 - Rui Rio não se pronuncia sobre proposta de Montenegro de inquérito

O presidente do PSD recusou tomar posição relativamente à proposta de inquérito parlamentar sobre o acolhimento de refugiados ucranianos em Setúbal por ter sido feita por um candidato à sua sucessão, Luís Montenegro.

"A partir do momento que há um candidato do PSD que faz uma proposta concreta, eu acho que pura e simplesmente não a devo comentar. Mal fora se eu, como presidente do PSD, fosse comentar agora propostas que os candidatos ao meu lugar têm livremente vindo a fazer. Portanto, não vou comentar, por essa razão", declarou Rui Rio, em resposta aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa.

Quanto ao polémico envolvimento de russos no processo de acolhimento de refugiados ucranianos em Setúbal, Rui Rio referiu que na reunião de terça-feira da Comissão Política Nacional do PSD serão ouvidas as pessoas do partido "mais diretamente envolvidas" e os "protagonistas mais diretos" nesta autarquia, para se adotar "uma posição conjunta" sobre esta matéria.

19h10 - Iniciativa Liberal quer ouvir primeiro-ministro

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) acusou o Governo de opacidade e afirmou querer ouvir o primeiro-ministro em comissão sobre o envolvimento de russos no acolhimento de refugiados ucranianos antes de decidir sobre um eventual inquérito parlamentar.

No Palácio de Belém, em Lisboa, João Cotrim Figueiredo referiu ter indicação de que o requerimento apresentado pela IL para ouvir o primeiro-ministro, António Costa, na Comissão de Assuntos Constitucionais vai ser rejeitado pelo PS.

Após uma audiência do Presidente da República, Cotrim Figueiredo sustentou que está a haver "um crescer notável da opacidade da coisa pública, quer ao nível do aparelho de Estado, quer ao nível do próprio funcionamento do Governo".

19h05 - PCP não se opõe a inquérito parlamentar

O secretário-geral do PCP considera que o recurso a um inquérito parlamentar ao caso do acolhimento de refugiados em Setúbal é "um bocado exagerado" mas não manifestou oposição à ideia, afirmando querer o apuramento da verdade.

"É um bocado exagerado o recurso a esse instrumento, mas façam-no! Oxalá a verdade seja apurada", disse Jerónimo de Sousa, no final de uma audiência com Presidente da República, no Palácio de Belém, em Lisboa, após questionado sobre o desafio do candidato a líder do PSD Luís Montenegro para que o parlamento crie uma comissão de inquérito ao acolhimento de refugiados ucranianos em Setúbal por cidadãos russos com alegadas ligações ao Kremlin.

Ainda sobre este desafio de Luís Montenegro, Jerónimo de Sousa respondeu "que se façam os inquéritos que se quiserem", observando contudo que "a Assembleia da República, o Governo, não fiscalizam as autarquias".

Na sexta-feira passada, o PS justificou o chumbo da audição parlamentar do presidente da Câmara de Setúbal sobre o acolhimento de refugiados ucranianos com a "separação de competências" entre Assembleia da República e autarquias, mas não convenceu os partidos da oposição.

O PCP votou a favor da audição do presidente da câmara de Setúbal, eleito pela CDU (PCP/PEV).

Na Comissão de Assuntos Constitucionais, a maioria dos partidos da oposição contestou o argumento invocado pelo PS para rejeitar a audição de André Martins, recordando que o caso da audição de Fernando Medina, quando era presidente da Câmara de Lisboa, sobre o caso da partilha de dados pessoais de ativistas russos contestatários do regime de Moscovo com a embaixada da Rússia em Portugal.

18h30 - Livre quer esperar pelo resultado das audições parlamentares

O deputado único do Livre considerou que é preciso aguardar pela final das audições parlamentares sobre o processo de acolhimento de refugiados ucranianos antes de equacionar a constituição de uma comissão de inquérito.

"Ainda agora marcámos algumas audições parlamentares. Depois dessas audições parlamentares é que faz sentido saber se estamos suficientemente esclarecidos ou se queremos um inquérito parlamentar", disse Rui Tavares, no final de uma audiência com o Presidente da República, no Palácio de Belém, em Lisboa.

No domingo, o candidato à liderança do PSD Luís Montenegro exortou a oposição no parlamento a constituir uma comissão de inquérito ao processo de acolhimento de refugiados ucranianos em Setúbal por cidadãos russos com alegadas ligações ao Kremlin.

"Queria instar a oposição parlamentar a poder avaliar a possibilidade de constituir uma comissão parlamentar de inquérito sobre este caso, para que seja apurada a verdade com rapidez, com competência e independência, e para se poder ultrapassar o bloqueio que o PS está a fazer", disse Luís Montenegro à agência Lusa.

Sobre o pedido, Rui Tavares defendeu que os partidos com representação na Assembleia da República não podem "andar a reboque da luta pela liderança no PSD.

18h40 - Guterres quer reforçar assistência monetária a 55 mil anfitriões moldavos

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, anunciou hoje que pretende reforçar a assistência em dinheiro a 55.000 anfitriões da Moldova, país que já recebeu 100.000 refugiados ucranianos, e apelou por doações internacionais.

"A Moldova é um país pequeno com um grande coração, mas os seus recursos são limitados. (...) Estamos a fazer tudo o que podemos para ampliar os nossos programas e, em particular, o mais eficaz desses programas, a assistência em dinheiro -- porque devemos confiar que as pessoas sabem quais são as suas necessidades. Pretendemos apoiar mais de 90.000 refugiados e 55.000 anfitriões moldavos, em coordenação com o Governo e outros parceiros", disse Guterres.

Contudo, o secretário-geral da ONU, que se encontra em visita à cidade de Chisinau, capital da Moldova, sublinhou que as Nações Unidas e organizações parceiras só podem apoiar os afetados por esta guerra se os dois apelos humanitários que fez, de 2,25 mil milhões de dólares (2,12 mil milhões de euros) dentro da Ucrânia e 1,85 mil milhões de dólares (1,74 mil milhões de euros) para a resposta aos refugiados, forem totalmente financiados.

"Exorto todos os países a doarem generosamente. Em termos globais, são somas minúsculas", declarou Guterres.

O ex-primeiro-ministro português sublinhou que a Moldova "não é apenas mais um país que recebe refugiados", mas sim o "mais frágil dos vizinhos da Ucrânia" e "de longe" o país que mais refugiados recebeu em proporção à sua própria população - um aumento populacional de quase 4%, segundo Guterres.

17h35 - António Costa e Emmanuel Macron notam que processo de adesão da Ucrânia vai demorar

O primeiro-ministro português admitiu que uma eventual adesão da Ucrânia à União Europeia (UE) seja um processo "longo, difícil e exigente", sublinhando que a entrada no clube comunitário "não pode ser a única resposta" para a Europa. Já o presidente francês disse que provavelmente levará "várias décadas" para que a Ucrânia seja confirmada como membro da União Europeia. 

No entanto, para Emmanuel Macron a Ucrânia "já é um membro" da família europeia por causa da sua "luta" e "coragem". Perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo, Macron disse esperar que a UE avance "rapidamente" na adesão da Ucrânia. A Ucrânia completou o seu segundo questionário como parte do processo de candidatura à UE.

"Todos sabemos que independentemente do parecer que a Comissão venha a dar e que o Conselho venha a apreciar em junho, o processo de adesão será sempre muito longo, muito difícil e muito exigente", notou por seu lado António Costa, em declarações aos jornalistas portugueses à margem do evento de encerramento da Conferência sobre o Futuro da Europa, na sede do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo.

"Não quero ser tão pessimista como o Presidente (francês) Macron, que falou em décadas", referiu o chefe de Governo, embora lembrando que o processo de adesão de Portugal "levou nove anos".

Para António Costa, "a adesão à UE não pode ser a única resposta para a organização da Europa nem pode ser a única resposta em situações de emergência como aquela que se vê hoje na Ucrânia".

"Macron teve aqui uma proposta ousada, de criarmos um outro tipo de organização no quadro europeu, onde possam estar não os Estados da UE, mas também Estados que saíram da UE e queiram regressar, como são os que são candidatos e que há anos se arrastam em processos de adesão. Se a Conferência (sobre o Futuro da Europa) for para isto, isso faz outro sentido, do que andar a discutir pequenas questões institucionais", adiantou o primeiro-ministro.

António Costa disse ainda que "já está decidido" quando visitará Kiev, após convite das autoridades ucranianas, embora não anuncie a data.

17h20 - Kremlin nunca conseguirá suprimir espírito de liberdade ucraniano

O presidente do Conselho Europeu disse que o "Kremlin quer suprimir" o "espírito de liberdade e democracia" dos ucranianos, mas afirmou-se "convencido de que nunca terá sucesso", durante uma visita surpresa à cidade de Odessa.
Numa mensagem de vídeo publicada na rede social Twitter, horas depois do desfile em Moscovo, que assinala a vitória sobre a Alemanha nazi, Charles Michel fez questão de reafirmar aos ucranianos que não estão sozinhos e que a União Europeia está do seu lado e não os vai desapontar.

"Estaremos convosco o tempo que for preciso", prosseguiu no vídeo o político belga, assegurando que o bloco comunitário vai "ajudar a construir um país moderno e democrático, com o olhar no futuro".

Charles Michel explicou que foi a Odessa para celebrar o dia da Europa "num caldeirão de cultura e história europeia", numa "altura em que a guerra está de novo a rugir" no continente. A visita não tinha sido anunciada.

No início do dia, o presidente do Conselho Europeu foi obrigado a refugiar-se devido a ataques com mísseis, segundo um funcionário da UE.

Segundo a mesma fonte, durante um encontro entre Michel e Shmygal, "os participantes tiveram que interromper a reunião para se abrigarem porque os mísseis voltaram a atingir a região de Odessa".

17h10 - Putin "não tem vitória para comemorar", diz embaixadora dos EUA na ONU

O presidente russo “reconheceu que não tem vitória para comemorar”, comentou a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, em alusão à ausência de um grande anúncio de escalada no “Dia da Vitória”.

Contudo, Vladimir Putin também não deu nenhum indício de que planeasse acabar com a guerra, notou Linda Thomas-Greenfield.

Em declarações à CNN, Thomas-Greenfield observa que os esforços de Putin na Ucrânia "não tiveram sucesso". “Ele não conseguiu entrar na Ucrânia e colocá-los de joelhos em poucos dias e fazer com que eles se rendessem”, sublinhou.

16h30 - Maior parte dos países da OCDE aposta no acolhimento temporário

Entre apostar na integração dos refugiados ucranianos ou em facilitar o seu eventual retorno ao país, os Estados membros da OCDE optaram pela integração "temporária", revela um relatório da Organização para a Segurança e Cooperação Económica (OCDE).

“A maioria dos países estabeleceu medidas específicas para ajudar os ucranianos nas suas necessidades mais imediatas, considerando assim que a durança da estadia é de fato temporária”, escreve a OCDE, apesar da “evolução incerta da guerra”.

"Os países estão divididos entre duas coisas: devemos oferecer imediatamente um pacote completo de ofertas que visa a integração ao longo do tempo? Ou devemos partir do princípio de que os ucranianos retornarão ao seu país?", explica Jean-Christophe Dumont, chefe da divisão de migração da organização internacional à AFP.

No final de abril, mais de um milhão de ucranianos regressaram ao país, entre os mais de cinco milhões que fugiram da Ucrânia desde a invasão russa no final de fevereiro.

A proteção temporária para refugiados ucranianos dura pelo menos um ano, renovável na maioria países membros da UE. Apenas a Hungria refere que o período de proteção temporário é "enquanto a situação o tornar necessário".

Outro ponto em comum entre os membros da UE é que os ucranianos têm acesso a sistemas de saúde, escolas, cursos de línguas e opções de acomodação no país anfitrião.

15h47 - Presidente da Comissão Europeia visita Hungria para debater embargo à Rússia

A presidente da Comissão Europeia desloca-se hoje à Hungria para discutir com o primeiro-ministro "a segurança do fornecimento de energia da Europa", anunciou o porta-voz de Ursula von der Leyen na rede social Twitter.

A Hungria está a bloquear a proposta de embargo do bloco ao petróleo russo. Sem litoral e dependente da importação de petróleo da Rússia, a Hungria pede aos restantes Estados-membros da União Europeia garantias para os seus aprovisionamentos antes de dar o aval ao sexto pacote de sanções contra a Rússia.

A viagem surge dias depois de a Comissão Europeia ter proposto, na passada quarta-feira, a proibição das importações europeias de petróleo à Rússia, de modo gradual até final do ano devido à dependência de alguns países, na sequência da guerra na Ucrânia.

"No último pacote de sanções, começámos com o carvão, agora estamos a abordar a nossa dependência do petróleo russo. Sejamos claros, não vai ser fácil (pois) alguns Estados-membros são fortemente dependentes do petróleo russo, mas temos simplesmente de trabalhar nesse sentido e propomos agora uma proibição do petróleo russo", declarou na altura Ursula von der Leyen.

Está em causa "uma proibição total de importação de todo o petróleo russo, marítimo e oleoduto, bruto e refinado", elencou Ursula von der Leyen, que pretende que a eliminação gradual aconteça "de forma ordenada, de modo a permitir (...) assegurar rotas de abastecimento alternativas e minimizar o impacto nos mercados globais".

O sexto pacote de sanções prevê, contudo, uma derrogação de um ano suplementar para Hungria e Eslováquia.

No entanto, a Hungria disse no mesmo dia que rejeitava a proposta nos termos propostos pela Comissão Europeia, alegando que põe em causa a segurança energética do país. "A Hungria não vai concordar com a proposta da Comissão de sanções contra a Rússia porque ela representa um problema e não oferece uma solução", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros.

A proposta da Comissão teria o efeito de "uma bomba atómica para a economia da Hungria e destruir o nosso abastecimento energético estável", referiu ainda.

A adoção das sanções exige unanimidade de todos os países membros da UE.

Há "necessidade de garantir fontes alternativas de abastecimento aos países sem litoral dependentes do petróleo russo por oleoduto. E não é fácil", explicou um diplomata europeu à AFP, este domingo.

"São novas infra-estruturas e mudanças tecnológicas, que exigem não só financiamento europeu, mas também acordos entre vários Estados-Membros. Estamos a fazer progressos, mas isso mecanicamente demora um pouco", acrescentou.

A guerra na Ucrânia expôs a excessiva dependência energética da UE face à Rússia, que é responsável por cerca de 45% das importações de gás europeias. A Rússia também fornece 25% do petróleo e 45% do carvão importado pela UE.


15h33 - ONU confirma morte de 3.381 civis e 3.680 feridos desde o início da guerra

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), pelo menos 3.381 civis morreram e 3.680 ficaram feridos em dois meses e meio de guerra na Ucrânia. A ONU assume. no entanto, que os números reais poderão ser muito superiores.

Das vítimas mortais confirmadas, 235 são crianças e há também 346 crianças entre os feridos. A maioria das vítimas morreu ou sofreu ferimentos devido ao uso de explosivos, incluindo projéteis lançados por artilharia pesada, sistemas de lançamento múltiplo de `rockets`, mísseis e bombardeamentos aéreos.

15h01 - "Ditador paranóico". Jornalistas publicam mensagens anti-guerra em site pró-Rússia

Dois jornalistas da Lenta.ru publicaram cerca de 20 artigos anti-guerra e de crítica à liderança russa. Entre os títulos de artigos publicados no site pró-russo há frases como: "Vladimir Putin transformou-se num ditador deplorável e paranóico", "A guerra mais sangrenta do século XXI", "A Rússia ameaça destruir o mundo inteiro" ou "A Rússia abandona os cadáveres dos seus soldados na Ucrânia".

Todos os artigos foram entretanto removidos do site. Os dois jornalistas já não se encontram na Rússia, adianta a BBC.

"Tinhamos de fazer isto hoje. Queriamos recordar a toda a gente aquilo pelo que os nossos avós lutaram neste belo Dia da Vitória - pela paz", disse Egor Polyakov, um dos dois jornalistas envolvidos, em declarações ao jornal The Guardian

O site Lenta é um dos mais conhecidos na Rússia, com cerca de 200 milhões de visitantes mensais. Integra a máquina propaganda do Kremlin e pertence a um grupo de media adquirido em 2020 pelo Sberbank, o maior banco da Rússia.

14h40 - Paz na Ucrânia não será alcançada com "humilhação" da Rússia, diz Macron

Em conferência de imprensa a partir de Estrasburgo, o presidente francês assinalou que, para acabar com a guerra na Ucrânia, a paz terá de ser construída sem "humilhar" a Rússia.

"Amanha teremos uma paz a construir, não podemos esquecer isso. Temos de o fazer com a Ucrânia e a Rússia sentadas à mesa. Mas não podemos fazer isso com negação ou exclusão de um ou de outro, nem mesmo com humilhação", defendeu. 

14h35 - Costa assinala união da NATO e UE no contexto da guerra

À saída dos trabalhos de encerramento da Conferência sobre o Futuro da Europa, o primeiro-ministro português assinalou o facto de quer a NATO quer a UE se apresentarem mais unidas na sequência da invasão russa da Ucrânia.

António Costa apontou ainda o contraste entre as celebrações do Dia da Vitória na Rússia, com a tradicional parada militar em Moscovo, e os acontecimentos desta segunda-feira em Estrasburgo, onde "se celebra o fim da (II) Guerra com a uma manifestação de paz, de cidadania, que é esta reflexão sobre o futuro da União Europeia".

14h32 - Elisa Ferreira defende que "pressão da Rússia" congregou Europa

Entrevistada na edição desta segunda-feira do Jornal da Tarde, a comissária europeia para a Coesão e Reformas começou por afirmar que "a Europa, muitas vezes, estava a ser percebida de uma forma deformada".

A "pressão da Rússia", com a ofensiva contra a Ucrânia, acabou por deixar patente o papel da Europa como "espaço de liberdade" e "democracia", sustentou Elisa Ferreira, em entrevista a partir de Évora.

14h17 - Ucrânia diz que Rússia está a realizar "operações de assalto" à fábrica de Azovstal de Mariupol

O Ministério ucraniano da Defesa disse esta segunda-feira que as forças russas, apoiadas por tanques e artilharia, estão a realizar“operações de assalto” na fábrica de Azovstal, em Mariupol, onde permanecem os derradeiros defensores da cidade.

Petro Andriushchenko, conselheiro do prefeito de Mariupol, disse que as forças russas começaram a “invadir” a fábrica de Azovstal depois de um comboio da ONU ter deixado a região de Donetsk. Acrescenta que houve mesmo uma tentativa frustrada de visar a ponte, que era a porta de passagem desta retirada.

O porta-voz do Ministério da DEfesa, Oleksandr Motuzyanyk, refere que nao é de excluir a possibilidade de ataques aéreos na fábrica. "Em Mariupol, o inimigo continua a bloquear as nossas unidades na fábrica de Azovstal. Com a ajuda de artilharia e fogo de tanques, [as tropas russas] continuam o ataque", disse Motuzyanyk em conferência de imprensa.

14h00 - Zelensky exige "medidas imediatas" para desbloqueio de portos da Ucrânia

Através do Telegram, o presidente da Ucrânia agradeceu a visita do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a Odessa e Assinalou a importância de "evitar uma crise alimentar no mundo causada pelas ações agressivas da Rússia".

"Devem ser adotadas medidas imediatas para desbloquear os portos ucranianos para as exportações de trigo", assinalou Volodymyr Zelensky.

"Aprecio a posição forte do presidente do Conselho Europeu e a sua presença pessoal em Odessa. Estou grato pelo apoio constante ao nosso país por parte da União Europeia em muitas áreas", acrescentou.



13h55 - Em Kiev, o testemunho de um casal que sobreviveu à II Grande Guerra

Os enviados da RTP a Kiev encontraram um casal que sobreviveu à II Grande Guerra e que se manteve na capital ucraniana apesar da invasão russa.

13h37 - Charles Michel de regresso à Ucrânia. Presidente do Conselho Europeu visitou Odessa durante ataque com mísseis

O responsável europeu voltou esta segunda-feira à Ucrânia, desta vez para visitar Odessa, uma cidade no sul do país. Durante a visita, Michel foi obrigado a interromper uma reunião com o primeiro-ministro ucraniano, Denys Chmygal, devido a um novo ataque com mísseis naquela região.

Ambos os líderes europeus estiveram abrigados durante o ataque, indica a agência France Presse.

Ainda antes, Charles Michel escreveu no Twitter que tinha viajado para Odessa com o intuito de ali celebrar o Dia da Europa.

"Vocês não estão sozinhos. A UE está do vosso lado", disse o responsável europeu.


Num tweet subsequente, Charles Michel publica fotografias do porto de Odessa e expõe o impacto da guerra russa nas cadeias globais de abastecimento".

O presidente do Conselho Europeu sublinha que esse impacto é sobretudo sentido no que diz respeito aos cereais, sendo que muitas toneladas estão bloqueadas no porto de Odessa "devido à guerra ao bloqueio russo do Mar Negro".

Este bloqueio "traz consequências dramáticas para países vulneráveis", acrescenta.


No âmbito desta visita, o primeiro-ministro da Ucrânia agradeceu a visita de Charles Michel. "Durante um encontro em Odessa, que foi recentemente atingida com mísseis, discuti com o presidente do Conselho Europeu a necessidade de adotar o sexto pacote de sanções e aumentar a pressão sobre a Rússia. Agradeci a prontidão para restaurar a Ucrânia. Salientei a importância da integração na UE para a Ucrânia", escreveu Denys Shmyhal.

 
13h26 - "É o nosso dever europeu apoiar a Ucrânia", diz Emmanuel Macron

O presidente francês também discursou perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo. Emmanuel Macron vincou que deve ser a Ucrânia a definir as condições para negociar com a Rússia, mas que é "um dever europeu" continuar a apoiar a Ucrânia.

O chefe de Estado francês lembrou os perigos crescentes que ameaçam a Europa e lembrou que os contributos da União Europeia são ainda mais necessários tendo em conta o contexto atual.

O "regresso da guerra" levou a uma mobilização dos cidadãos, responsáveis e políticos europeus, algo que mostrou uma "Europa viva, criativa, uma Europa dos atos", frisou Macron.

13h18 - “O futuro da Europa é também o futuro da Ucrânia”, diz Ursula von der Leyen

Num discurso em Estrasburgo, perante o Parlamento Europeu, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen sublinhou que “o futuro da Europa é também o futuro da Ucrânia. O futuro da nossa democracia é também o futuro da vossa democracia”.

Von der Leyen afirmou que “a União Europeia é um sonho que brilha não só aqui neste hemiciclo mas também nos corações e nas mentes dos ucranianos”. “É um sonho que brilha mais perante as atrocidades de Bucha e de todas as cidades afetadas por esta guerra. E brilha nos olhos de todos os jovens ucranianos que encontraram refúgio na Europa”, declarou.

“Estes concidadãos europeus estão dispostos a lutar e a morrer pelo seu futuro e por esse sonho da Europa”, destacou a presidente da Comissão Europeia.

Ursula von der Leyen anunciou esta segunda-feira que a Comissão Europeia estima emitir, em junho, o seu parecer sobre a eventual adesão da Ucrânia à União Europeia, aguardando as respostas finais das autoridades ucranianas.

13h13 - Rússia diz que negociações continuam mas à distância

A Rússia disse hoje que as negociações com a Ucrânia para pôr fim à campanha militar no país vizinho continuam, mas por via não presencial, segundo o negociador-chefe de Moscovo, Vladimir Medinsky.

"As negociações em formato remoto não cessaram", afirmou o antigo ministro da Cultura russo em declarações à agência Interfax.

Medinsky descartou que possa haver em breve novas reuniões presenciais com negociadores ucranianos, sublinhando que para isso seria necessário haver "coisas mais específicas em cima da mesa".

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, propôs em 26 de abril elevar as negociações, que antes decorreram em Istambul, ao nível dos líderes, oferecendo-se para acolher na Turquia uma cimeira dos Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

O Presidente ucraniano disse, repetidamente, que está disponível para se encontrar pessoalmente com Putin, que, no entanto, só aceita sentar-se com o seu homólogo ucraniano quando forem aceites as condições russas, incluindo a independência das regiões independentistas pró-russas do Donbass e da península da Crimeia, esta anexada pela Rússia em 2014.

Erdogan defendeu que deve ser mantida a "dinâmica positiva" das negociações realizadas em Istambul entre delegações dos países em guerra, o que beneficiaria ambas as partes e abriria caminho a uma paz que é do interesse de todos.

(agência Lusa)

12h45 - Portugal já atribuiu 35.778 proteções temporárias a refugiados ucranianos

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) atribuiu, desde o início do conflito na Ucrânia, 35.778 proteções temporárias a cidadãos ucranianos e a estrangeiros que residiam naquele país. Destes, 23.844 são mulheres e 12.023 são menores.

Segundo esclarece o SEF em comunicado, os municípios com o maior número de proteções temporárias concedidas continuam a ser Lisboa (5.145), Cascais (2.291), Sintra (1.339), Porto (1.223) e Albufeira (1.072).

O SEF afirma ainda que desde o início do conflito “já comunicou ao MP 629 menores que se apresentaram na presença de outra pessoa que não o seu progenitor ou representante legal comprovado, sem perigo atual ou iminente; e à CPCJ 15 menores não acompanhados e/ou na presença de outras pessoas que não os seus progenitores ou representantes legais comprovados, em perigo atual ou iminente”.

12h37 - Putin diz que todos os planos da “operação militar especial” estão a ser cumpridos e espera alcançar um resultado

O presidente russo, Vladimir Putin, disse esta segunda-feira que não há dúvidas de que a "operação militar especial" de Moscovo na Ucrânia alcançaria um resultado.

"Todos os planos estão a ser cumpridos. Um resultado será alcançado - não há dúvida disso", disse Putin, citado pela agência de notícias TASS.

As declarações de Putin foram feitas após o desfile militar anual na Praça Vermelha de Moscovo que decorreu esta segunda-feira, para marcar a vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial.

12h05 - Xi Jinping e Olaf Scholz falaram sobre situação na Ucrânia

De acordo com a rádio estatal chinesa, citada pela agência Reuters, o presidente chinês, Xi Jinping, disse ao chanceler alemão, Olaf Scholz, que todos os esforços devem ser feitos para evitar que o conflito na Ucrânia se transforme numa "situação incontrolável".

Numa videochamada entre os dois líderes, Xi disse a Scholz que "todos os esforços devem ser feitos para evitar a intensificação e expansão do conflito na Ucrânia, que pode levar a uma situação incontrolável".

O líder chinês também convidou o chanceler alemão a participar da Iniciativa de Segurança Global, uma proposta que Xi apresentou no mês passado e que defende o princípio de "segurança indivisível", conceito invocado pela Rússia para justificar o ataque à Ucrânia.

11h46 - Comissão Europeia quer apresentar parecer sobre eventual adesão de Kiev à UE em junho

A Comissão Europeia estima emitir, em junho, o seu parecer sobre a eventual adesão da Ucrânia à União Europeia, aguardando as respostas finais das autoridades ucranianas.

No Twitter, Ursula von der Leyen indicou que a Comissão Europeia "tem como objetivo emitir o seu parecer em junho".

"No Dia da Europa, [que hoje se assinala], discutimos o apoio da UE e o percurso europeu da Ucrânia. Esperamos receber as respostas ao questionário de adesão à União", disse Ursula von der Leyen.


A Ucrânia já entregou a sua resposta formal ao questionário da Comissão Europeia sobre uma eventual adesão à UE, que foi dada em 10 dias, faltando um segundo conjunto de respostas.

Cabe agora ao executivo comunitário analisar as respostas ucranianas, num processo normalmente moroso, mas que deverá ocorrer "em semanas", como prometido pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

(agência Lusa)

11h40 - Embaixador russo na Polónia atacado com tinta vermelha

Em Varsóvia, o embaixador russo na Polónia foi atacado com tinta vermelha por manifestantes pró-Ucrânia. O episódio aconteceu quando o diplomata tentava depositar flores num cemitério de soldados soviéticos, indicam as agências russas, citadas pela jornalista do Washington Post, Mary Ilyushina.


11h28 - Ataque informático às TVs russas. "Nas vossas mãos está o sangue de milhares de ucranianos"

Em plena celebração do Dia da Vitória, várias televisões russas foram afetadas por um ataque informático. Na sequência deste ataque, que conseguiu aceder à programação das redes de televisão por cabo, apareceram mensagens sobre a guerra em vez dos títulos dos programas dos canais.

De acordo com Francis Scarr, jornalista da BBC que acompanha a televisão russa, os nomes de todos os programas foram alterados na página da programação. Em vez dos nomes específicos de cada programa, aparecia repetidamente a seguinte mensagem:

"Nas vossas mãos está o sangue de milhares de ucranianos e centenas de crianças assassinadas. A televisão e as autoridades estão a mentir. Digam não à guerra"


11h06 - Rússia anuncia destruição de estação de radar dos EUA na Ucrânia

O Ministério russo da Defesa anunciou esta segunda-feira que as forças russas destruíram uma estação de radar construída pelos Estados Unidos junto à cidade ucraniana de Zolote, no leste do país.

10h48 - RTP em Odessa. Região ucraniana continua debaixo de ataque

Os enviados especiais da RTP descrevem os acontecimentos da última noite em Odessa, região do sul da Ucrânia que se mantém debaixo de sucessivas vagas de bombardeamentos das forças russas.

10h39 - RTP em Kiev. A reação ucraniana às celebrações em Moscovo

Numa intervenção preparada para o Dia da Vitória, no qual a Rússia celebra o desfecho da II Guerra Mundial, Volodymyr Zelensky reafirmou que vai continuar a lutar pela vitória da Ucrânia.

Os enviados especiais da RTP a Kiev descrevem o ambiente na capital ucraniana.

10h15 - UE quer pagar reconstrução da Ucrânia com reservas russas nos bancos internacionais

Em entrevista ao Financial Times, o alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, considerou que o bloco europeu deve considerar a cativação das reservas cambiais russas congeladas em bacnos internacionais.

O chefe da diplomacia europeia defende que a UE deve seguir o exemplo do que foi feito pelos Estados Unidos em relação ao banco central afegão desde que os Talibã voltaram ao poder.

"Temos o dinheiro nos nossos bolsos, e alguém terá que me explicar porquê que isto é bom para o dinheiro afegão e não é bom para o dinheiro russo”, disse Borrell.

Em resposta, o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Alexander Grushko, considerou que a proposta é de "completa ilegalidade" e que a Europa seria prejudicada.

10h08 - Ucrânia poderá "destruir" o exército russo, diz o secretário da Defesa do Reino Unido

O secretário britânico de Defesa, Ben Wallace, considerou esta segunda-feira que "é muito possível" que a Ucrânia consiga derrotar o exército russo. 

"É muito possível que a Ucrânia consiga destruir o exército russo ao ponto de terem de voltar às posições de fevereiro ou recuar efetivamente. Ele [Putin] deve aceitar que perdeu no longo prazo. Está absolutamente perdido. A Rússia já não é o que era", afirmou o responsável, citado pela agência Reuters.

9h59 - O ambiente em Moscovo no Dia da Vitória

O correspondente da RTP na capital russa, Evgueny Mouravitch, descreveu o ambiente moscovita no Dia da Vitória. Os russos comemoram esta segunda-feira a vitória sobre a Alemanha nazi na II Guerra Mundial, uma efeméride que é considerada "uma festa sagrada".

O presidente russo, Vladimir Putin, "optou por não ameaçar o Ocidente com aquilo que muitos consideram o último trunfo na manga, armas táticas nucleares", relatou o jornalista.

9h56 - OE2022 responde "de forma direta" à guerra na Ucrânia, diz a ministra da Defesa

Helena Carreiras, ministra da Defesa Nacional, defendeu esta segunda-feira que o Orçamento do Estado para 2022 "responde de forma direta" ao contexto de guerra na Ucrânia, ao prever uma cobertura orçamental que permite cumprir compromissos internacionais.

"O orçamento para 2022 responde já, de forma direta, a este contexto de guerra, prevendo a cobertura orçamental do esforço que poderá ser pedido ao nosso país para cumprir os compromissos perante a NATO, a União Europeia e o apoio que decidimos prestar à Ucrânia", considerou Helena Carreiras que está a ser ouvida em audição, na Assembleia da República, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2022.

Nesta reunião conjunta da Comissão de Defesa Nacional e Orçamento e Finanças, Helena Carreiras afirmou que o OE2022 prevê "um orçamento total de 73 milhões de euros para as Forças Nacionais Destacadas, mais dois milhões do que em 2021, representando um aumento de 3,2% em receitas de impostos e um aumento de 2,8%, em termos globais".

"Estes montantes permitirão a Portugal cumprir os seus compromissos com um total de 23 missões distintas no quadro das várias Organizações Internacionais a que pertencemos, nomeadamente no quadro da NATO, da ONU e da União Europeia, a par de outras 11 missões de caráter bilateral ou multilateral", acrescentou.

Helena Carreiras anunciou ainda que o Governo irá avançar com a criação do quadro permanente de praças no Exército e na Força Aérea, esperando concretizar o processo legislativo "nos próximos meses".

(agência Lusa)

9h37 - Putin "espelha o fascismo" de há 77 anos, diz secretário britânico da Defesa

Num discurso sobre o Dia da Vitória e as comemorações em curso na Rússia, o secretário britânico da Defesa, Ben Wallace, considerou que o presidente russo e os generais que o rodeiam estão a repetir o fascismo e a tirania do século XX, antes da Segunda Guerra Mundial.

"Com a invasão da Ucrânia, Putin e o seu círculo íntimo de generais estão a espelhar o fascismo e a tirania de há 77 anos, repetindo os erros dos regimes totalitários no século passado", considerou.

Ben Wallace referiu ainda que os generais e responsáveis russos são tão responsáveis pela invasão quanto o presidente e que todos devem ser culpabilizados.

9h35 - Redes de televisão russas alvos de ataques informáticos

Algumas redes de televisão foram hoje alvo de ataques informáticos na Rússia, quando decorre o desfile militar do 77.º aniversário da vitória soviética sobre a Alemanha nazi na II Guerra Mundial, segundo a imprensa local.

De acordo com a agência de notícias russa Interfax, pessoas não identificadas acederam à programação das redes de televisão por cabo Rostelecom, MTS e NTV-Plus.

No lugar dos títulos dos programas dos canais, apareceram textos relacionados à guerra na Ucrânia.

Os piratas também atacaram a Yandex TV, segundo informações passadas por várias pessoas, que publicaram fotos na rede social Telegram a confirmar que o canal foi vítima de piratas informáticos.

(agência Lusa)

9h27 - Quatro mísseis atingem Odessa, dizem os militares ucranianos

Os militares ucranianos indicam esta segunda-feira que quatro mísseis de grande precisão (Onyx) foram disparados desde a Crimeia, controlada pela Rússia, e atingiram Odessa, no sul da Ucrânia.

9h16 - Putin: "Os países da NATO não nos quiseram ouvir"

No discurso perante a parada militar em Moscovo, o presidente russo lembrou as propostas do Kremlin antes da intervenção na Ucrânia: "Em dezembro do ano passado, propusemos a conclusão de um acordo sobre garantias de segurança. A Rússia pediu ao Ocidente que se envolvesse num diálogo honesto, na procura de soluções de compromisso razoáveis, tendo em conta os interesses de cada um. Tudo foi em vão".

"Os países da NATO não nos quiseram ouvir, tinham planos completamente diferentes. (...) Preparavam uma operação no Donbass, a invasão do nosso território histórico, incluindo a Crimeia", assinalou Putin.

E acrescentou: "Em Kiev, anunciaram a possível aquisição de armas nucleares. A NATO começou a assumir o controlo militar de territórios adjacentes ao nosso. Foi criada uma ameaça absolutamente inaceitável para nós".
9h07 - Rússia prossegue ofensiva para controlar Donetsk e Lugansk

A Rússia continua a avançar no leste da Ucrânia para tentar estabelecer o controlo total sobre as regiões de Donetsk e Lugansk e criar um corredor terrestre com a Crimeia ocupada, avançou o exército ucraniano.

Num relatório divulgado hoje, o estado-maior do exército da Ucrânia diz que, em direção a Donetsk, os russos, apoiados por aviões e artilharia, concentraram os esforços na tentativa de assumir o controlo dos colonatos de Rubizhne e Popasna, e prepararam-se para continuar as operações ofensivas nos colonatos de Siversk, Sloviansk, Lysychansk e Avdiyivka.

O relatório, divulgado no dia em que Moscovo celebra o 77.º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi, afirma ainda que as tropas russas aumentaram a potência do arsenal bélico e estão a tentar destruir as defesas na leste da Ucrânia.

Em Donetsk e em Lugansk, as forças ucranianas conseguiram repelir seis ataques inimigos, destruindo 20 tanques, arsenal de artilharia, 28 veículos de combate blindados, um veículo blindado especial e cinco camiões militares.

O exército disse ainda que, na direção de Slobozhansky, as forças inimigas focaram-se em reagrupar unidades, reabastecer reservas de munições e combustível, manter posições ocupadas e trabalhar para impedir o avanço das forças ucranianas em direção à fronteira da região.

A Ucrânia disse também que, na Transnístria, um território separatista e pró-russo na vizinha Moldova, as formações armadas locais e as unidades das forças russas continuam a preparar-se para o combate.

(agência Lusa)

8h38 - Ucrânia não deixará que a Rússia se "aproprie da vitória sobre o nazismo", diz Zelensky

Numa mensagem de vídeo publicada esta segunda-feira, Volodymyr Zelensky recordou que também a Ucrânia lutou ao lado da coligação anti-Hitler para derrotar o nazismo. "Não deixaremos que ninguém se aproprie dessa vitória", referiu.

"Temos orgulho dos nossos antepassados, que como outros povos, no âmbito da aliança anti-hitleriana, venceram o nazismo. Não vamos deixar que ninguém venha anexar essa vitória e se venha a apropriar dela", disse o presidente ucraniano, num vídeo onde surge numa das principais ruas de Kiev.
"Milhares de ucranianos lutaram contra o nazismo. (...) Expulsaram os nazis de Lugansk, expulsaram os nazis de Donetsk, libertaram Kherson, Melitopol, Ialta, Simferopol, Kerch e toda a Crimeia, liberataram Mariupol dos nazis", acrescentou Zelensky, referindo-se a várias cidades no leste e sul da Ucrânia que estiveram ou estão ocupadas por tropas russas.

"As cidades que mencionem inspiram-nos particularmente, dão-nos fé de que conseguiremos expulsar os ocupantes da nossa terra. Neste Dia da Vitória, continuamos a lutar por mais uma vitória. O caminho para a vitória é longo, mas não temos dúvidas de que venceremos. Vencemos (em 1945) voltaremos a vencer agora, e muito em breve a Ucrânia celebrará dois Dias da Vitória", vincou.

Referindo-se a Vladimir Putin, Zelensky considerou que "só um louco pode repetir o que aconteceu na Segunda Guerra Mundial" e que "todos os que repitam os crimes que ocorreram na época está a imitar a filosofia nazi".

8h20 - Vladimir Putin discursa na parada militar do Dia da Vitória. "Ocidente preparava a invasão da nossa terra"

O presidente russo começou por afirmar que o Ocidente se "preparava" para invadir território russo, lembrando a aproximação crescente da NATO às fronteiras russas. 

Putin explicou perante a parada militar que a intervenção russa na Ucrânia era necessária perante o perigo iminente de invasão "na nossa terra, incluindo a Crimeia".

"Vocês estão a lutar pelo nosso povo no Donbass, pela defesa do nosso país, pelo futuro da Rússia. Para que ninguém esqueça as lições da II Guerra Mundial, para que não haja espaço para os nazis", referiu.

O presidente russo refere também as baixas no Exército no contexto da intervenção na Ucrânia. "A morte de todos os soldados e oficiais é dolorosa para nós. O estado vai fazer tudo para cuidar das suas famílias", prometeu.

Num discurso de pouco mais de 10 minutos, Vladimir Putin evocou o triunfo sobre o nazismo na II Guerra Mundial para falar do contexto geopolítico atual, comparando o combate contra a Alemanha de Adolf Hitler à batalha contra os "nacionalistas nazis" na Ucrânia.

Acusou mesmo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de estar a perpetrar "uma sangrenta reconstituição do nazismo na Ucrânia".

7h52 - Putin compara vitória na II Guerra Mundial com guerra na Ucrânia

Vladimir Putin garante que a Rússia "triunfará, tal como fez em 1945".

A mensagem do presidente russo destina-se aos seus cidadãos, mas esta segunda-feira, durante a parada militar em Moscovo, o Ocidente deve receber avisos contra o perigo de um conflito nuclear.
7h32 - Kiev alerta para possíveis ataques com mísseis

O Estado-maior do exército ucraniano alertta para a "alta probabilidade de ataques com mísseis" por parte das forças russas, no dia em que Moscovo é palco do tradicional desfile militar que assinala a vitória sobre a Alemanha nazi na II Guerra Mundial.

Segundo o exército ucraniano, a Rússia terá destacado cerca de 19 batalhões táticos na região russa de Belgorod, junto à fronteira com a Ucrânia. Estes batalhões incluem cerca de 15.200 soldados, tanques, baterias de mísseis e outro armamento.

7h23 - Ponto de situação


  • Moscovo prepara-se para pôr em marcha, na Praça Vermelha, a parada militar anual, parte do cerimonial que assinala a vitória, em 1945, contra a Alemanha nazi.

  • A parada deste ano na capital russa decorre sob o signo da guerra na Ucrânia. O presidente russo, Vladimir Putin, deverá discursar na Praça Vermelha.

  • Na última intervenção pública, durante a noite, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a Rússia "esqueceu tudo o que foi importante para os vencedores da II Guerra Mundial".

  • Zelensky denunciou os intensos bombardeamentos russos no leste da Ucrânia, afirmando que o ataque a uma escola da região de Lugansk, no leste, fez pelo menos 60 mortos. O edifício estava a ser usado como abrigo.

  • Os Estados Unidos anunciaram novas sanções, incluindo a interdição de vistos para 2.600 cidadãos russos e bielorrussos.

  • Na sequência de uma videoconferência com Volodymyr Zelensky, os líderes do G7 comprometeram-se a cortar progressivamente a dependência de produtos energéticos russos.

  • Os líderes do G7 afirmaram que Vladimir Putin cobriu a Rússia de vergonha ao invadir a Ucrânia, assimo como os sacrifícios históricos do seu povo.