Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
Volodomyr Zelensky afirma que já morreram mais de 31 mil soldados russos em território ucraniano.
O presidente da Ucrânia diz ainda que Moscovo está a tentar agrupar mais reforços militares no Donbass e em Kherson.
00h05 - Portos do Mar Negro devem voltar ao ativo para impedir agravamento da fome mundial
A Rússia está a utilizar "a comida como uma arma", denunciou esta terça-feira o chefe de diplomacia europeia, Josep Borrell, para assinalar o Dia Mundial da Segurança Alimentar, que está em risco desde a invasão russa da Ucrânia.
Every human being has the right to access safe food, the first source of life and instrumental to global health.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) June 7, 2022
As EU we act decisively for this right and to address humanitarian needs, including those provoked by Russia's shameful choice to weaponise food.#WorldFoodSafetyDay https://t.co/4dPPS4hSA7
"Todo o ser humano tem o direito de acesso a alimentos seguros, a primeira fonte de vida e fundamental para a saúde global. Como União Europeia (UE), agimos decisivamente por esse direito e para atender às necessidades humanitárias, incluindo aquelas causadas pela vergonhosa decisão da Rússia de usar comida como arma", sublinhou o alto representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, numa publicação na rede social Twitter.
A Ucrânia tem acusado a Rússia de se apropriar da sua colheita de cereais nas regiões ocupadas no sul do país, para vender a outros países, como a Síria.
Kiev acusa também Moscovo de obstruir as suas exportações, ao bloquear os seus portos no mar Negro.
A justiça russa colocou na sua lista de pessoas procuradas o escritor de ciência ficção Dmitri Gloukhovski, que arrisca uma condenação a 10 anos de prisão por ter criticado o ataque da Federação Russa à Ucrânia.
Na rede social Telegram, o escritor, de 42 anos, explicou que foi acusado de “desacreditar as forças russas” em uma mensagem publicada na Instagram e ter acusado o presidente russo, Vladimir Putin, de ser responsável pelo conflito.
“Estou pronto para repetir tudo o que escrevi: ‘Parem a guerra! Admitam que é uma guerra contra uma nação inteira e parem-na!’, acrescentou.
Dmitri Gloukhovski, autor do ‘best-seller’ “Metro 2033”, pronunciou-se várias vezes nas redes sociais e na comunicação social ocidental contra a invasão russa da Ucrânia, desde o seu início, em 24 de fevereiro.
Hoje, o tribunal moscovita de Basmanny indicou às agências noticiosas russas que tinha ordenado em 13 de maio que “Gloukhovski seja colocado em prisão provisória por ausência” e o Ministério do Interior russo, que está provavelmente fora da Federação Russa, na sua lista de pessoas procuradas.
(Agência Lusa)
De acordo com uma fonte da polícia russa, citada pela agência de notícias Tass e pela agência Reuters, mais de 1.000 soldados ucranianos que se renderam na cidade de Mariupol foram transferidos para a Rússia para investigação.
A verificar-se, este facto pode minar as já conturbadas negociações de paz entre os dois lados. Esta terça-feira, o presidente da Ucrânia tinha declarado aos jornalistas que a Rússia mantinha cerca de 2.500 soldados como prisioneiros na siderúrgica Azovstal, em Mariupol.
Volodymyr Zelensky referiu que estava a trabalhar para que todos os detidos que estavam no complexo de Azovstal sejam integrados numa troca de prisioneiros, enquanto alguns deputados russos defendem que devem ser julgados.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse hoje que a Alemanha está preparada para enviar mais tropas para a Lituânia, respondendo assim aos pedidos dos países bálticos.
“Estamos prontos para fortalecer o nosso compromisso e transformá-lo numa brigada de combate robusta que pode organizar em conjunto a dissuasão da agressão e a defesa na Lituânia”, disse Olaf Scholz numa conferência de imprensa em Vilnius, ao lado dos líderes do Báltico.
Uma brigada tem cerca de 4.000 soldados. Antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, a Alemanha, que lidera um grupo de combate multinacional da NATO na Lituânia, já havia aumentado o número de militares naquele país, de 550 para mais de 1.000.
(Agência Lusa)
As autoridades pró-russas na região ucraniana de Zaporizhia anunciaram o transporte por comboio do primeiro lote de cereais com destino à península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014. Os cereais foram transferidos da cidade de Melitopol para a Crimeia a bordo de onze carruagens, explicou Yevgueni Balitski, chefe da administração civil-militar de Zaporizhia, em declarações à televisão estatal russa.
Recorde-se qeue a Ucrânia tem acusado a Rússia de se apropriar da sua colheita de cereais nas regiões ocupadas no sul do país, Zaporizhia e Kherson, para vender a outros países, como a Síria. Kiev acusa também Moscovo de obstruir as suas exportações, ao bloquear os seus portos no mar Negro.
A Polónia assinou um contrato de venda de armas à Ucrânia de cerca de 700 milhões de euros, a maior exportação de armamento polaco dos últimos 30 anos, anunciou o primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki, que acrescentou que o acordo foi assinado durante a sua visita a Kiev, em março.
Entre o material a enviar para a Ucrânia estão 56 canhões autopropulsados Krab de 155 milímetros, com um alcance de 40 quilómetros, 18 dos quais já foram entregues na semana passada, disse o ministro da Defesa, Mariusz Blaszczak.
Morawiecki explicou que parte das verbas com que a Ucrânia pagará estas armas provêm das ajudas económicas que a União Europeia (UE) disponibilizou para ajudar Kiev.
O Banco Mundial anunciou, esta terça-feira, que foram aprovados 1,49 mil milhões de dólares em financiamento adicional para a Ucrânia, expandindo o apoio total prometido pelo banco a Kiev para mais de 4 mil milhões de dólares.
O Presidente da República disse ainda que o encontro foi pedido pelos seus homólogos, Andrzej Duda, Presidente da República da Polónia, e por Zuzana Čaputová, Presidente da República da Eslováquia, desconhecendo o que ambos pretendem.
“Eles pediram para falar comigo e depois com o senhor primeiro-ministro. Veremos o que eles querem”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.
c/ Lusa
A ex-chanceler alemã Angela Merkel disse, esta terça-feira, que se esforçou muito quando estava no cargo para evitar que a situação na Ucrânia chegasse à situação atual, acrescentando que não se culpa por não se esforçar o suficiente.
"É uma grande tristeza que não tenha dado certo, mas não me culpo por não tentar", disse Merkel, falando do acordo de 2014 de Minsk com a Rússia.
A ex-chanceler, que falava durante uma palestra em Berlim, organizada pela Editora Aufbau, sublinhou que já sabia na altura que Putin “queria destruir a Europa” mas que antes de entrar em conflito aberto era preciso "tentar tudo diplomaticamente".
Merkel resumiu a sua política em relação ao Kremlin (presidência russa) com a tentativa de "encontrar um ‘modus vivendi’ [modo de viver] onde não se estivesse em guerra e tentasse coexistir apesar das diferenças”.
Para a antiga chefe do governo alemão, as sanções dos EUA à construção do gasoduto Nord Stream 2 causaram-lhe “incómodo”, considerando que era algo que se “fazia com um país como o Irão, mas não com um aliado", mas elogiou a iniciativa do Presidente Joe Biden para ‘enterrar’ a questão em 2021.
Angela Merkel também defendeu a decisão da cimeira de Bucareste, em 2008, de não conceder à Ucrânia o estatuto de país candidato à adesão à NATO, que na altura não era um país "democraticamente firme" e era "dominado por oligarcas".
A política acrescentou que, do ponto de vista de Putin, também teria sido uma "declaração de guerra" à qual ele teria reagido causando grandes danos a Kiev, de acordo com a sua política de intervir em países ao redor da Rússia que se tentavam virar para o Ocidente.
(Agência Lusa)
A cidade ucraniana de Kharkiv voltou a ser alvo de bombardeamentos durante a tarde, o que poderá ser um sinal de que o objetivo da Rússia pode ir além do Donbass. Moscovo reiterou que o seu objetivo é o domínio do Donbass, mas Kharkiv está fora desta região. A cidade no leste da Ucrânia esteve sob intenso bombardeamento nos primeiros meses de guerra, mas as forças russas já tinham saído há cerca de três semanas de Kharkiv, numa altura em que Severodonetsk era a prioridade
Agora que Severodonetsk está praticamente nas mãos da Rússia, Moscovo avançou e chegou a Kharkiv, tal como explica a enviada especial da RTP a Kiev, Rita Marrafa de Carvalho.
Esta tarde voltaram também a soar as sirenes na capital ucraniana.
Muitos ucranianos estão a regressar ao país e a encontrar as suas casas destruídas. É o caso de Andrii, que deixou um lar e encontrou um monte de pedras, como constatou a enviada-especial da RTP a Kiev, Rita Marrafa de Carvalho.
A Rússia disse ter concluído uma ligação por terra entre território russo e a Crimeia. O ministro russo da Defesa afirmou que Moscovo controla 97% de Lugansk e parte importante da cidade de Severodonetsk, mas ainda não a totalidade.
Detetores de radiação na zona da central nuclear de Chornobyl, na Ucrânia, estão operacionais primeira vez desde que a Rússia tomou a região, e os níveis de radiação estão normais, informou o órgão de vigilância nuclear da ONU esta terça-feira.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse hoje que o seu país precisa de uma vitória sobre a Rússia "no campo de batalha", antes de qualquer negociação de paz.
"A vitória deve ser sobretudo no campo de batalha", disse o Presidente, numa entrevista ao jornal britânico Financial Times, repetindo que o seu país precisa de, pelo menos, "tantas armas quantas as que os russos possuem".
"Por agora, não podemos avançar de forma vigorosa" sem sofrer grandes perdas, sublinhou Zelensky, pedindo aos aliados ocidentais para fornecerem mais armas ao seu país.
Questionado sobre o que a Ucrânia consideraria uma "vitória" nesta guerra, Zelensky defendeu que o regresso à situação anterior à invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro, seria "uma séria vitória provisória", antes do final da ocupação do país.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, chegou hoje à Turquia para discutir a criação de corredores marítimos para facilitar a exportação de cereais ucranianos através dos portos do Mar Negro, constatou um fotógrafo da France-Presse. Lavrov tinha anunciado segunda-feira que uma delegação russa iria à Turquia para discutir mecanismos que permitam escoar cereais e alimentos da Ucrânia, que incluem a desminagem dos portos do Mar Negro.
"Vamos abordar todos os detalhes. Os especialistas partem hoje (segunda-feira) para a Turquia, e terça-feira a minha (do Ministério dos Negócios Estrangeiros) delegação viaja e espero que possamos, se não colocar um ponto final - uma vez que isso deve ser feito pelos nossos líderes - pelo menos planear em pormenor as possibilidades", disse então o chefe da diplomacia russa.
Lavrov deverá encontrar-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlüt Cavusoglu, na quarta-feira.
(Agência Lusa)
As forças ucranianas consideram difícil evitar ataques russos no centro de Severodonestk, mas as forças de Moscovo não controlam ainda a cidade, disse o governador da região de Luhansk, esta terça-feira.
O embaixador da Ucrânia em Israel, Yevgen Korniychuk, pediu hoje ao Governo israelita que venda o seu sistema de intercetação de foguetes militares Iron Dome e mísseis antitanque para defender civis contra a invasão russa.
Korniychuk não acusou Israel de bloquear a venda do sistema de defesa antimísseis, mas pretende que o Governo israelita apoie a Ucrânia militarmente.
Cerca de 800 civis estão escondidos numa fábrica de produtos químicos em Severodonetsk, no leste da Ucrânia, onde há vários dias decorrem combates entre os exércitos ucraniano e russo, disse esta terça-feira o advogado norte-americano do magnata Dmytro Firtach, proprietário do local.
"Cerca de 800 civis refugiaram-se nos abrigos da fábrica de produtos químicos Azot, de propriedade do Grupo DF de Dmytro Firtach", disse Lanny Davis, advogado do magnata ucraniano, num comunicado. "Entre esses 800 civis estão cerca de 200 dos 3.000 funcionários da fábrica e cerca de 600 residentes de Severodonetsk", acrescentou.
A Ucrânia acusou hoje o exército russo de ter detido cerca de 600 pessoas, incluindo jornalistas e ativistas pró-Kiev, na região de Kherson, no sul do país, inteiramente ocupada pelas forças de Moscovo.
"Segundo as nossas informações, cerca de 600 pessoas estão (...) detidas em porões especialmente preparados na região de Kherson", informou Tamila Tacheva, representante do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para a Crimeia, península ucraniana fronteiriça com Kherson que foi anexada por Moscovo em 2014.
De acordo com Kiev, os detidos são "principalmente jornalistas e ativistas" que organizaram "comícios pró-ucranianos em Kherson" após a ocupação deste território pelos russos.
"Segundo as nossas informações, eles estão a ser mantidos em condições desumanas e são vítimas de tortura", acusou Tacheva.
(Agência Lusa)
Os Estados Unidos estão envolvidos em negociações "extremamente ativas" com países europeus com o objetivo de limitar as receitas que a Rússia pode gerar com a venda de petróleo, afirmou a secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen.
O exército russo puniu mais de uma dezena de oficiais por terem enviado cerca de 600 recrutas para a guerra na Ucrânia, anunciou hoje um procurador militar em Moscovo. O procurador militar do distrito ocidental, Artur Yeguiev, disse no Senado russo que o Ministério Público militar tomou medidas disciplinares contra “cerca de uma dúzia de oficiais”.
Yeguiev não especificou as medidas disciplinares aplicadas, mas admitiu que alguns dos oficiais foram expulsos das forças armadas. A operação envolveu cerca de 600 recrutas, mas “todos regressaram [da Ucrânia] num curto espaço de tempo”, disse Yeguiev, citado pela agência espanhola EFE.
(Agência Lusa)
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos publicou um decreto aos gestores informando que a compra de qualquer dívida russa ou ações pertencentes a empresas russas é proibida pelas sanções de Washington a Moscovo, reforçando ainda mais as restrições ao país após a invasão da Ucrânia.
"Consistente com o nosso objetivo de negar à Rússia os recursos financeiros necessários para continuar sua guerra brutal contra a Ucrânia, o Tesouro deixou claro que os norte-americanos estão proibidos de fazer novos investimentos no sucesso da Rússia, inclusive por meio de compras no mercado secundário", disse um porta-voz do Tesouro.
O organismo internacional, dirigido pela Alta-Comissária Michelle Bachelet, reconhece, no entanto, que os números que apresenta não refletem o verdadeiro impacto da guerra, já que é muito difícil recolher informação em zonas cercadas ou onde os combates são intensos, como no leste do país.
Esta situação envolve, em particular, as cidades de Mariupol (região de Donetsk), Izium (região de Kharkiv) e Popasna (região de Lugansk), onde existem relatos de numerosas vítimas civis.
Além disso, o ACNUDH só reporta os casos que pôde confirmar, mas tem muitos mais casos cuja verificação está em curso.
Segundo as informações recolhidas, a maioria das vítimas civis morreu ou sofreu ferimentos devido ao uso de explosivos, incluindo projéteis lançados por artilharia pesada, sistemas de lançamento múltiplo de `rockets`, mísseis e bombardeamentos aéreos.
O direito internacional considera que os ataques perpetrados contra civis e infraestruturas não-militares num conflito constituem crimes de guerra.
- O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta terça-feira que uma situação de impasse no campo de batalha “não é uma opção” para o país. Indicou ainda que a Ucrânia pretende recuperar o controlo do território ocupado pelas forças russas. “Temos de alcançar a desocupação total do nosso território”, vincou o líder ucraniano.
- Severodonetsk, no leste da Ucrânia, continua a ser palco de intensos combates. De acordo com o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, as forças de Moscovo já controlam 97 por cento da região de Lugansk, tendo alcançado vitórias importantes em zonas residenciais de Severodonetsk e conquistado outras cidades como Lyman e Sviaohirsk.
- A empresa nuclear estatal ucraniana, a Energoatom, criticou esta terça-feira os planos da Agência Internacional de Energia Atómica para o envio de uma equipa de investigadores internacionais à central de Zaporizhzhia, ocupada pelas forças russas. Salienta que não pediu tal visita e que, a acontecer, irá "legitimar a presença dos ocupantes e essencialmente tolerar as suas ações".
- Kirill Stremousov, vice-chefe da administração regional instaurada pelo Kremlin, admite que Moscovo poderá levar a cabo uma votação em referendo para permitir a anexação do oblast de Kherson na Rússia. Kherson, capital da região com o mesmo nome, foi a primeira grande cidade a cair nas mãos dos russos desde o início da invasão russa.
- O presidente da Ucrânia diz que a Rússia mantém cerca de 2.500 soldados como prisioneiros na siderurgia Azovstal, em Mariupol. Volodymyr Zelensky indicou ainda que o Ministério da Defesa da Ucrânia está a trabalhar na libertação dos soldados. Entretanto, de acordo com as famílias de soldados que combateram em Azovstal, os corpos de alguns combatentes começaram a ser entregues à Ucrânia.
- O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, informou hoje que os portos de Mariupol e Berdyansk, ocupados por forças russas, estão a postos para retomar as exportações de cereais depois de concluída a desminagem. No entanto, o vice-ministro ucraniano para Política Agrária e Alimentação, Taras Vysotskyi, alerta que a desminagem das zonas próximas aos portos do Mar Negro poderá levar até seis meses, mesmo com o levantamento do bloqueio por parte da Rússia.
- Ancara indicou esta terça-feira que está a trabalhar com a Rússia e a Ucrânia num plano para retomar as exportações de cereais a partir dos portos ucranianos de forma a evitar uma crise alimentar global. O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlut Cavusoglu, recebe na quarta-feira o homólogo russo, Sergei Lavrov, para prosseguir as negociações sobre este acordo.
A Rússia castigou cerca de uma dezena de membros do Exército alegadamente responsáveis por enviarem centenas de recrutas para lutar na Ucrânia, anunciou hoje um procurador militar.
"Cerca de 600 recrutas foram, sob a supervisão do Distrito Militar Ocidental, enviados para a operação militar especial, sendo que todos eles regressaram [à Rússia] o mais rápido possível", declarou o procurador Arthur Yegiev, falando à câmara alta do Parlamento russo.
Segundo o responsável, os funcionários que permitiram que isso acontecesse enfrentam agora processos disciplinares, incluindo a perspetiva de demissão.
No passado, o presidente Vladimir Putin negou repetidamente que a Rússia estivesse a usar recrutas - jovens convocados pelo Estado para servir no exército -, dizendo que apenas soldados profissionais estavam a participar na operação militar iniciada a 24 de fevereiro.
Em março, porém, o Ministério russo da Defesa reconheceu que alguns foram desses jovens foram enviados para o terreno.
A empresa norte-americana de tecnologia IBM vai deixar de operar na Rússia, informou a agência de notícias RIA Novosti esta terça-feira, citando um alto funcionário da multinacional.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, defendeu hoje perante a sua equipa de ministros que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não deve ser pressionado pelas potências mundiais a aceitar um mau acordo de paz com o presidente russo, Vladimir Putin.
Segundo um porta-voz de Johnson, este terá salientado que “os maus acordos de paz não duram” e defendido que “o mundo deve evitar qualquer resultado em que a agressão injustificada de Putin pareça ter valido a pena”.
Já a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, aproveitou a reunião para anunciar que Londres está a preparar novas sanções contra Moscovo.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse estar "muito feliz" por Boris Johnson se ter mantido como primeiro-ministro britânico, ao sobreviver na segunda-feira uma moção de censura no Parlamento.
"Estou feliz por não termos perdido um aliado tão importante, esta é uma ótima notícia", considerou o líder.
De acordo com a agência Reuters, o ministro Sergei Shoigu garantiu que as forças armadas da Rússia garantiram as condições necessárias para que as conexões ferroviárias sejam também retomadas.
O repórter começou por referir que a Rússia está, neste momento, “numa só mão”. O presidente Vladimir Putin é responsável por tomar todas as decisões finais num “sistema unipessoal de poder”.
Trata-se do major-general Roman Kutuzov, cuja morte foi noticiada por um correspondente de guerra russo no domingo, mas que ainda não tinha sido confirmada por fontes oficiais.
Numa mensagem publicada na plataforma de mensagens Telegram, o líder separatista Denis Pushilin enviou “sinceras condolências à família e amigos” do major-general Roman Kutuzov, que “mostrou pelo exemplo como servir a pátria”.
“Enquanto os nossos generais lutarem ao lado dos soldados, o nosso país e a nossa nação serão invencíveis”, acrescentou Pushilin, que ilustrou a mensagem com uma foto a preto e branco do oficial russo.
Kutuzov serviu como comandante do 5.º Exército Combinado da Rússia e, mais tarde, como comandante adjunto do 29.º Exército Combinado.
O anúncio da morte de Kutuzov ocorre numa altura em que as forças russas e os seus aliados separatistas atacam a região ucraniana do Donbass, com duros combates a ocorrerem na cidade de Severodonetsk.
Vários oficiais militares russos de alta patente foram mortos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro. O número exato não é conhecido, uma vez que as autoridades russas raramente comunicam as suas perdas.
.@eucopresident ‘s statement today at the UN Security Council made the putin’s envoy and his lieutenants literally run away from the chamber. Thank you Mr President. That was powerful! https://t.co/JUdFKJrG1F
— Sergiy Kyslytsya (@SergiyKyslytsya) June 6, 2022
O governador de Lugansk, Serhiy Haidai, afirma, na plataforma de mensagens Telegram, que "o inimigo continua a atacar Severodonetsk", no leste da Ucrânia.
"Os combates continuam. O assalto russo na direção de Novookhtyrka e Voronove foi também repelido. Na zona de Bilohorivka, o inimigo usa grupos de reconhecimento e sabotagem", indica o responsável ucraniano
"No último dia, dez ataques do inimigo foram repelidos e um tanque, três sistemas de artilharia, dois veículos blindados de combate, um carro e dois depósitos de munições foram destruídos".
7h28 - Ponto de situação
- O presidente da Ucrânia admitiu que as forças russas gozam de vantagem numérica na batalha pelo controlo de Severodonetsk, cidade-chave da região de Lugansk, no leste do país. Ainda assim, Volodymyr Zelensky considera que as tropas ucranianas têm “todas as hipóteses” de contrariar o avanço russo.
- Volodymyr Zelensky mostrou-se também convicto de que as tropas da Rússia pretendem capturar a cidade de Zaporizhia, no sudeste da Ucrânia.
- A Rússia começou a entregar às autoridades de Kiev corpos de soldados ucranianos mortos no complexo siderúrgico Azovstal, em Mariupol. Estão em curso testes de ADN, na capital ucraniana, para identificar os restos mortais.
- Os responsáveis agora à frente dos destinos da cidade ocupada de Mariupol declararam uma quarentena por causa de um possível surto de cólera, segundo as autoridades ucranianas.
- A marinha ucraniana alega ter obrigado os vasos de guerra russos no Mar Negro a recuarem mais de 100 quilómetros a partir da costa.
- O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, garante que Moscovo responderia ao envio de armamento de longo alcance para a Ucrânia com o afastamento adicional nas forças ucranianas das fronteiras da Rússia.
- Volodymyr Zelensky agradeceu ao Reino Unido a promessa do envio de sistemas de lançamento múltiplo de rockets capazes de atingir alvos a 80 quilómetros de distância. Oleksiy Arestovych, assessor militar do presidente ucraniano afirma que o país necessita de pelo menos 60 destes sistemas – acima dos compromissos já assumidos por norte-americanos e britânicos.
- O Kremlin encarou o bloqueio a uma visita de Sergei Lavrov à Sérvia como uma “ação hostil”. O ministro russo dos Negócios Estrangeiros deveria ter-se avistado, na segunda-feira, com o presidente sérvio, Aleksandar Vučić, mas as autoridades da Bulgária, da Macedónia do Norte e de Montenegro fecharam os espaços aéreos ao avião de Lavrov.
- De acordo com as Nações Unidas, a violência sexual continua a fazer parte do quadro de guerra na Ucrânia. Pramila Patten, representante especial da ONU para este dossier, denuncia que “mulheres e crianças em fuga do conflito estão a ser alvo de tráfico e exploração”.
- O presidente do Conselho Europeu acusou a Rússia de usar os abastecimentos de alimentos como “um míssil contra países em desenvolvimento”, responsabilizando diretamente o Kremlin pela ameaça de uma crise global. “Isto está a fazer subir os preços dos alimentos, a empurrar as pessoas para a pobreza e a desestabilizar regiões inteiras. A Rússia é a única responsável por esta crise alimentar”, disse Charles Michel. O embaixador russo da ONU abandonou o local onde o responsável europeu falava.
- As famílias de membros da Guarda Nacional russa que morreram na Ucrânia e na Síria vão receber uma verba única de cinco milhões rublos, o equivalente a 75 mil euros, nos termos de um decreto do Kremlin.
- As autoridades norte-americanas acusam o oligarca russo Roman Abramovich de ter exportado em março, sem autorização, dois aviões fabricados nos Estados Unidos para a Rússia – trata-se de um Boeing 787-8 Dreamliner e de um Gulfstream G650ER.