Volvo Ocean Race, a mais velha regata do mundo

por Inês Geraldo e Pedro Pina - RTP
A Volvo Ocean Race é uma competição de grande história Reuters

Foi criada em 1973 por um grupo de fabrico de cervejas, a British Whitbread brewing company, a mais antiga regata do mundo. O que hoje é conhecido como a Volvo Ocean Race era na altura a Whitbread Round the World Race que teve em prova 19 equipas numa competição que começou em Portsmouth, em Inglaterra, e levou mais de 50 mil quilómetros para ser terminada.

São já 44 anos de competição numa das mais duras provas náuticas do mundo. Nos dias de hoje a prova dá pelo nome de Volvo Ocean Race depois de ter sido adquirida pelo grupo de automóveis suecos durante a edição 1997/98.

Na primeira edição da competição, a VOR consistiu em quatro etapas, divididas por mais de 50 mil quilómetros. Com a prova a ter início em Portsmouth, a Whitbread Round the World Race passou pela Cidade do Cabo e Rio de Janeiro, regressando a Portsmouth na última etapa.

Até hoje foram disputadas doze regatas. A prova costumava ser realizada de quatro em quatro anos, ciclo que foi reduzido para os três anos na edição 2008/09 da VOR.

Participaram na maior regata do mundo ao longo dos anos 167 barcos com mais de 43 nacionalidades representadas.

Este ano, em 2017, a prova regressa e apresenta ainda mais novidades. Com início em Alicante no mês de outubro, a primeira etapa da Volvo Ocean Race termina em Lisboa, onde está sediada a The Boatyard onde os barcos são completamente remodelados e restaurados antes de regressarem para a água.

São mais de 80 mil quilómetros a serem percorridos entre Alicante (Espanha), Lisboa (Portugal), Cidade do Cabo (África do Sul), Hong Kong, Guangzhou (China), Auckland (Nova Zelândia), Itajaí (Brasil), Newport (Estados Unidos), Cardiff (País de Gales), Gotemburgo (Suécia) e Haia (Holanda).

Até agora estão confirmadas cinco equipas: a Akzo Nobel, Dong Fong Race Team, MAPFRE, a Vestas 11th Hour Racing e por fim, a Sun Hung Kai Scallywag, de Hong Kong.



Para vencer a competição há um sistema de pontos em que as etapas mais longas e complicadas (Cidade do Cabo – Hong Kong, Auckland – Itajaí e Newport até Cardiff) darão pontos extra às melhores equipas. Existirão sempre etapas In Port, que ocorrem no local de onde partem as etapas. Estes pequenos percursos não dão pontos às equipas mas permitem, no fim, serem um tie-breaker para escolher o vencedor.

O primeiro classificado ganha nove pontos pelo primeiro lugar numa etapa, aos quais se juntam mais um ponto extra. O segundo posicionado arrecada oito pontos, enquanto o terceiro alcança os sete pontos.

No que toca a equipas, o número de homens numa tripulação foi reduzido para dar lugar também às mulheres, o que constitui, pela primeira vez, a introdução de equipas mistas na história da Volvo Ocean Race. O skipper pode levar até dez membros consigo, com sete homens e duas mulheres na tripulação. Uma equipa apenas feminina, como aconteceu já noutras edições, consiste em onze velejadoras. Caso as tripulações sejam exclusivamente masculinas, um skipper poderá levar sete velejadores consigo.

Não existe prémio monetário para os vencedores. Nesta que é uma das mais duras provas de sobrevivência do mundo, os velejadores levam para casa um troféu representativo dos sacrifícios da tripulação ao longo de oito meses.
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