O Governo escolheu Álvaro Fernando Santos Almeida para o cargo de diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, após a demissão de António Gandra d'Almeida. A informação foi avançada esta terça-feira pela ministra da Saúde, que destacou o "conhecimento" e "sensibilidade" do novo responsável.
Álvaro Fernando Santos Almeida nasceu a 17 de novembro de 1964 e é professor universitário. Foi deputado à Assembleia da República na XIV legislatura pelo Partido Social Democrata.
É atualmente diretor do mestrado em Gestão e Economia de Serviços de Saúde e professor associado na Faculdade de Economia da Universidade do Porto.
Além disso, exerce a função de diretor na pós-graduação em Gestão e Direção de Serviços de Saúde e atua como professor na Porto Business School.
Santos Almeida já foi também vereador na Câmara Municipal do Porto.
Além disso, exerce a função de diretor na pós-graduação em Gestão e Direção de Serviços de Saúde e atua como professor na Porto Business School.
Santos Almeida já foi também vereador na Câmara Municipal do Porto.
O anterior diretor executivo do SNS, António Gandra d'Almeida,
apresentou a demissão do cargo na sexta-feira, após suspeitas de
irregularidades na altura em que era responsável pelo INEM no Porto.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde já anunciou que vai investigar a alegada acumulação indevida de funções e rendimentos de Gandra d'Almeida quando era diretor da delegação regional do Norte do INEM, de 2021 a 2023.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde já anunciou que vai investigar a alegada acumulação indevida de funções e rendimentos de Gandra d'Almeida quando era diretor da delegação regional do Norte do INEM, de 2021 a 2023.
Ministra da Saúde destaca "conhecimento" de Álvaro Almeida
A ministra da Saúde sustentou a escolha de Álvaro Santos Almeida para o cargo de diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde com o seu “conhecimento” e “sensibilidade” sobre a área.
“O mais importante neste momento é concretizarmos a transformação da organização que a direção executiva precisa de ter”, começou por dizer Ana Paula Martins.
Na opinião da ministra, Álvaro Almeida é “naturalmente uma das personalidades que, no país, tem um grande conhecimento da área da saúde”, apresentando “um vasto currículo”, vincou.
A ministra relembrou que a escolha terá ainda de ir à Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP). Depois, Álvaro Almeida terá de escolher a sua equipa e submetê-la também à CReSAP.
O novo diretor executivo tem “um perfil mais de gestão (…) muito articulada com os nossos dirigentes do Serviço Nacional de Saúde e com os nossos profissionais de saúde”, declarou Ana Paula Martins aos jornalistas.
Para a ministra, o antigo deputado do PSD tem não só “sensibilidade” como “conhecimento” do terreno, já que é também coordenador de uma pós-graduação em gestão de serviços de saúde.
Em resposta aos jornalistas acerca da demissão de Gandra d’Almeida, a ministra da Saúde aproveitou para lhe agradecer o trabalho que fez no cargo e reiterou que a decisão de demissão foi individual e que o Governo a respeitou.
A ministra da Saúde sustentou a escolha de Álvaro Santos Almeida para o cargo de diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde com o seu “conhecimento” e “sensibilidade” sobre a área.
“O mais importante neste momento é concretizarmos a transformação da organização que a direção executiva precisa de ter”, começou por dizer Ana Paula Martins.
Na opinião da ministra, Álvaro Almeida é “naturalmente uma das personalidades que, no país, tem um grande conhecimento da área da saúde”, apresentando “um vasto currículo”, vincou.
A ministra relembrou que a escolha terá ainda de ir à Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP). Depois, Álvaro Almeida terá de escolher a sua equipa e submetê-la também à CReSAP.
O novo diretor executivo tem “um perfil mais de gestão (…) muito articulada com os nossos dirigentes do Serviço Nacional de Saúde e com os nossos profissionais de saúde”, declarou Ana Paula Martins aos jornalistas.
Para a ministra, o antigo deputado do PSD tem não só “sensibilidade” como “conhecimento” do terreno, já que é também coordenador de uma pós-graduação em gestão de serviços de saúde.
Em resposta aos jornalistas acerca da demissão de Gandra d’Almeida, a ministra da Saúde aproveitou para lhe agradecer o trabalho que fez no cargo e reiterou que a decisão de demissão foi individual e que o Governo a respeitou.
"Não desperta grande entusiasmo"
Carlos Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos, já reagiu ao anúncio, confessando em entrevista à RTP que não vê a nomeação com entusiasmo.
“Esta notícia não desperta um grande entusiasmo, não é uma pessoa propriamente conhecida pela sua intervenção direta no Serviço Nacional de Saúde. Não é uma pessoa conhecedora do terreno”, salientou.
“É um perfil político-partidário, e precisamente uma das linhas que a esmagadora maioria das pessoas tem traçado nestes últimos dias é nós termos um perfil fundamentalmente técnico, alguém do terreno, alguém que conhece os profissionais de saúde e as dificuldades do SNS”, acrescentou o bastonário.
“É um perfil político-partidário, e precisamente uma das linhas que a esmagadora maioria das pessoas tem traçado nestes últimos dias é nós termos um perfil fundamentalmente técnico, alguém do terreno, alguém que conhece os profissionais de saúde e as dificuldades do SNS”, acrescentou o bastonário.
Já Xavier Barreto, presidente da Associação de Administradores Hospitalares, referiu que Santos Almeida era um académico já antes de entrar no mundo político, tendo estado ligado “ao ensino da gestão em saúde”.
“Conhece a saúde em Portugal. Não está neste momento no SNS – e portanto certamente que lhe faltará esse conhecimento da prática, do dia-a-dia, daquilo que está a acontecer no terreno – e por isso eu espero que a equipa possa colmatar essa eventual falha”, afirmou.
“Tem tido algumas incursões na saúde. Foi presidente da Entidade Reguladora da Saúde, foi presidente da Administração Regional de Saúde”, explicou.“Conhece a saúde em Portugal. Não está neste momento no SNS – e portanto certamente que lhe faltará esse conhecimento da prática, do dia-a-dia, daquilo que está a acontecer no terreno – e por isso eu espero que a equipa possa colmatar essa eventual falha”, afirmou.
Joana Bordalo e Sá, presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), criticou o modo como foi escolhido o nome de Álvaro Santos Almeida e prevê uma tarefa difícil para o novo diretor executivo.
“Questionamos a forma como são feitas estas escolhas. Nós entendemos que, acima de tudo, devia haver um concurso público que garantisse regras democráticas, transparentes e se calhar com outro tipo de escrutínio”, defendeu, em nome do sindicato.
“Independentemente do nome que foi escolhido”, o novo diretor executivo “vai ter sempre muita dificuldade em conseguir gerir e fazer esta direção executiva do nosso SNS, tendo em conta que lhe faltam coisas básicas, nomeadamente os próprios recursos humanos”, antecipa Joana Bordalo e Sá.
“Questionamos a forma como são feitas estas escolhas. Nós entendemos que, acima de tudo, devia haver um concurso público que garantisse regras democráticas, transparentes e se calhar com outro tipo de escrutínio”, defendeu, em nome do sindicato.
“Independentemente do nome que foi escolhido”, o novo diretor executivo “vai ter sempre muita dificuldade em conseguir gerir e fazer esta direção executiva do nosso SNS, tendo em conta que lhe faltam coisas básicas, nomeadamente os próprios recursos humanos”, antecipa Joana Bordalo e Sá.