Aumentou no ano passado o número das chamadas "crianças em fuga", que fugiram das famílias ou de instituições sociais. Em 2024, o Instituto de Apoio à Criança (IAC) sinalizou 35 crianças, entre os 12 e os 18 anos de idade, uma faixa etária que é também mais baixa do que a de 2023. Nesse ano, eram 30 as crianças nas ruas em Portugal. Há também mais raparigas.
"Os números podem ser maiores", alerta a coordenadora, se forem tidos em conta os dados de crianças refugiadas que chegam a Portugal, sinalizadas pela parceria com o Ministério da Administração Interna, e se forem consideradas as centenas de casos que chegaram à PSP.
Há também mais pedidos de ajuda sobre os direitos das crianças e da parentalidade. No ano passado, chegaram ao instituto cerca de 900 pedidos, como explica Ana Perdigão, coordenadora do Serviço Jurídico. Um aumento de cerca de 100 casos, em relação a 2023.
Os números avançados à Antena 1 fazem parte do relatório de 2024 do IAC, que vai ser lançado em março.