Marcelo Rebelo de Sousa na RTP. A entrevista ao minuto

por RTP

Hugo Delgado - Lusa

O Presidente da República concedeu esta quinta-feira uma entrevista à estação pública, com emissão em simultâneo na RTP1 e na RTP3. Acompanhámos aqui, ao minuto, as respostas de Marcelo Rebelo de Sousa.

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22h25 – Reveja aqui, na íntegra, a entrevista do Presidente da República à RTP.

22h16 – “O Plano de Recuperação e Resiliência do Governo é o plano possível”, diz Presidente.

22h14 – Presidente sobre Odemira: “Precisamos dos imigrantes”

O Presidente da República frisa que houve efeitos políticos imediatos da situação em Odemira, mas lembra que “há muitas situações destas no país, e portanto há aqui consequências e elações políticas mais vastas”. Uma delas “é a maneira como vemos a imigração”.

“Nós somos uma pátria de emigrantes e ficamos legitimamente revoltados quando os nossos emigrantes não são bem tratados lá fora. Temos de começar a ver da mesma maneira quando são emigrantes de outros países cá dentro”, defendeu.

Para Marcelo, a recente situação dos trabalhadores migrantes em Odemira no contexto da pandemia fez abrir os olhos para a realidade de que “precisamos dos imigrantes economicamente” e “vamos precisar de mais imigrantes”, incluindo os menos qualificados “para trabalhos que os portugueses não aceitam fazer”.

22h05 – Pessoas “querem a Justiça mais rápida” e querem que “se perceba a Justiça”

Para o Presidente, “estamos a viver um momento positivo” em que as pessoas “querem a Justiça mais rápida” e querem “que se perceba a Justiça”.

“A comunicação não é fácil mesmo nos órgãos mais políticos do poder político; mais difícil é nos órgãos menos políticos do poder político, que são os tribunais. É difícil”, declarou, aproveitando para relembrar que praticamente todos os partidos têm propostas no Parlamento quanto à Justiça portuguesa.

“Penso que há todas as condições para, daqui até julho (…), avançar este conjunto de iniciativas. O mundo político está motivado para esta matéria e está motivado porque os portugueses estão motivados”, considerou.

21h54 – Presidente sobre Justiça portuguesa: “Em 2016 propus um Pacto de Justiça, era minimalista em matéria de corrupção, admito”.

21h46 – Presidente frisa que “cabe ao primeiro-ministro” decidir se deve remodelar ou não o Governo

No dia em que uma sondagem da Universidade Católica para a RTP e para o jornal Público revela que a maioria dos portugueses defende uma remodelação no Governo, Marcelo Rebelo de Sousa frisa que “cabe ao primeiro-ministro avaliar, em cada momento, manter o Governo ou remodelar”.

“Se o primeiro-ministro entende que não deve fazer remodelações do Governo, ele é que decide sobre a matéria. É um juízo político, e faz a avaliação política e é avaliado politicamente pela avaliação que faz”, declarou o Presidente à RTP.

21h34 – “A prática mostrou que a negociação entre PS e PSD é difícil em ano eleitoral”, considera Presidente.

21h30 – Presidente “moderadamente otimista” quanto ao arranque da economia

Marcelo Rebelo de Sousa diz estar “moderadamente otimista” quanto à recuperação da economia.

“Acho que o turismo vai reagir logo que possa – turismo interno e turismo externo”, considerou, acrescentando que “há sinais de investimento direto externo ou de possível interesse que podem ser importantes”.

“É fundamental que na transição do final do ano para 2022 e para 2023 tenhamos um tempo em que haja estabilidade”, referiu.

21h24 – “Estou convencido que o OE2021 passa”

O Presidente disse estar convencido de que o Orçamento do Estado para 2021 passa “e que passa com uma base de apoio similar à do último Orçamento”.

“É a minha análise da situação”, esclareceu o Presidente. “Não estou convencido de que haja um risco grande de o Orçamento não passar”.

21h20 – Neste desconfinamento “o clima é mais liberto”

Ainda sobre a noite de multidões por Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa relembra que “este ano as pessoas sentem-se mais à vontade no desconfinamento e isso também é errado, comparado com o ano anterior”.

“No ano anterior tinha havido um grande susto com a primeira vaga” e agora “o clima é mais liberto”, por vezes “excessivamente”.

21h17 – Houve “leveza excessiva” na ideia de criar condições para aglomerado na noite do Sporting, considera Marcelo

Sobre as críticas lançadas por muitos ao ministro da Administração Interna após o sucedido na noite da vitória do Sporting, o Presidente da República disse não saber se, “no caso, houve intervenção do Ministério da Administração Interna ou se isso não foi tratado a nível de outras estruturas”.

“Para ir aos factos que apurei, de facto há uma leveza na ponderação das soluções alternativas ao Marquês de Pombal; uma leveza excessiva na ideia de criar condições para um aglomerado muito grande de pessoas em torno do estádio; e, depois, problemas de previsão e de organização e de funcionamento que levaram a que aquilo desembocasse no que desembocou”, frisou Marcelo Rebelo de Sousa.

21h07 – "O que se passou nos festejos do Sporting é uma lição"

Sobre o sucedido após a vitória do Sporting na terça-feira, o Presidente da República disse ser preocupação de todos controlar a aglomeração de pessoas, mas que dificilmente tal conseguiria ser feito.

O chefe de Estado disse ter falado com os vários protagonistas e todos disseram que “por muita prevenção que tivesse havido”, seria complicado lidar com as multidões. “É uma lição, porque temos ainda jogos de futebol, temos ainda o final da Taça, a Champions”.

“Eu vi as imagens de Fátima, por exemplo, e a disciplina e o exemplo da Igreja Católica. Aquilo que tem sido o comportamento em espetáculos, o esforço de toda a gente para observar uma disciplina sanitária, foi [na noite e madrugada após o jogo] realmente ultrapassado”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

Algo que “não pode ser replicado num futuro próximo”, considerou.

21h00 - Marcelo sobre a visita ao Alto Minho

Em entrevista à RTP, o Presidente da República disse ter notado, na visita ao Alto Minho, “grande expectativa de que a pandemia não dure muito mais”, “noção da crise económica e social” e noção de que “é preciso reconstruir”, sendo que essa reconstrução passa pela “proximidade local”.

20h50 - Entrevista com início às 20h55

A entrevista ao Chefe de Estado vai ser conduzida pelo jornalista António José Teixeira e transmitida em direto.

O desafio da recuperação económica e social, o risco de uma crise política e a relação com o Governo serão alguns dos temas a abordar.