Reportagem

Um ano após a maioria absoluta. A entrevista de António Costa na RTP

por RTP

Pedro A. Pina - RTP

O primeiro-ministro foi entrevistado esta segunda-feira na RTP, no dia em que se assinalou um ano desde a conquista da maioria absoluta pelo PS. António Costa prometeu apagar as más memórias de outras maiorias e dialogar com a oposição. Mas a governação tem ficado marcada por várias polémicas nos últimos meses. A entrevista foi conduzida por António José Teixeira.

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21h41 - Face aos indícios deixados por Marcelo Rebelo de Sousa, mormente quando aponta que "a maioria absoluta não é um escudo político ilimitado", o que poderia indicar no sentido de uma dissolução da Assembleia da República em caso de mau resultado socialista nas Eleições Europeias, António Costa limitou-se a dizer que o executivo continua a trabalhar dia-a-dia.
21h39 - "Não sou comentador do senhor Presidente".

21h38 - Face aos avisos do Presidente da República de que este ano será um ano sem eleições mas que para o ano logo se verá, o primeiro-ministro considera que nenhuma das perturbações (guerra, inflação) desviou o Governo do seu caminho.

21h35 - "Um governo tem de provar todos os dias aquilo que vale".

21h32 - E a habitação, que políticas? António Costa ironiza que aqui é preciso começar as políticas pela base. Lembra a existência da Porta 35, que proporciona habitação mais acessível para os jovens e aponta projectos como a lei a apresentar a 16 fevereiro (num Conselho de Ministros dedicado a esta área) que procurará mais solos públicos para implementar construção de nova habitação, incentivos para os privados acelerarem a construção, incentivos para os proprietários colocarem habitação no mercado.

21h27 - O primeiro-ministro, em relação à economia, espera que a situação externa dos parceiros da União melhore, o que fará com que o país acompanhe esse bom clima, e vê também esses índices a refletir-se na queda do desemprego.

21h21 - António Costa dá a garantia que "a negociação com os professores está em curso".

21h15 - Relativamente ao descontentamento que está a servir de combustível às greves e manifestações dos professores, António Costa lembra que "em 2018 acabámos com o congelamento das carreiras e o relógio esteve sempre a contar, não congelámos com a covid, não congelámos com a guerra".

21h12 - "A ideia que tenho é que o Presidente da República conhecia o questionário e que lhe parecia um bom sistema".

21h11 - O questionário aprovado em Conselho de Ministros para inquirir potenciais membros do Governo "junta um conjunto de respostas que os governantes que em funções já deram", garante António Costa.

21h10 - Um governante não deixa de ser investigado por estar nessa condição, garante António Costa

21h07 - O facto de haver uma acusação contra um membro do Governo tanto pode, como não, levar à sua saída. O primeiro-ministro não adopta uma posição inequívoca no caso.

21h05 - Questionado sobre a legitimidade de Fernando Medina para continuar à frente do Ministério das Finanças, António Costa lembra que o ministro e ex-autarca de Lisboa "não foi ouvido nem sequer acusado". Nem o facto de ser arguido deverá, nas palavras do chefe do Governo, condicionar a função de Medina como membro do Governo face ao processo de investigação que está a decorrer na Câmara de Lisboa.

20h56 - Nenhum ministro pode validar uma decisão tomada numa rede social, como o próprio [Pedro Nuno Santos], a propósito da autorização para a indemnização de 500 mil euros para uma funcionária da TAP, reconheceu, sublinhou o primeiro-ministro.

20h54 - Admitindo que a questão do pagamento à CEO da TAP apanhou de surpresa o próprio ministro à altura Pedro Nuno Santos, o primeiro-ministro sublinha que o essencial em realação à transportadora aérea é que o Governo teve de intervir para a TAP não fechar. "Há um programa de restruturação que está a ser executado e terá de ser fechado com a venda da TAP".

20h53 - "Nenhum país nem nehum cidadão podem estar satisfeitos depois de um ano com 7,8% de inflação", afirmou António Costa, assegurando que o Governo está nessa questão ao lado das pessoas para mitigar os impactos destes números.

20h50 - À questão sobre a existência de muitos casos a interferir no trabalho do seu executivo, António Costa admitiu que "o Governo pôs-se a jeito", mas sublinhou que "o maior tropeção que enfrentámos este ano foi a guerra desencadeada pela Rússia na Ucrânia e a consequência brutal que teve no país", em particular a inflação.


20h46
- O primeiro-ministro considera que o primeiro ano de maioria absoluta mostra como o executivo conseguiu ser dialogante. O exemplo de António Costa é o acordo de concertação social. "Conseguimos vários acordos muito importantes".Balanço do primeiro ano de maioria absoluta
A entrevista de António Costa, que assinala um ano de governação com maioria absoluta, acontece após várias semanas de polémica a envolver o Governo. Em 12 meses, foram vários os ministros ou secretários de Estado a apresentar demissão.

Marta Temido, Pedro Nuno Santos, Miguel Alves, Alexandra Reis, João Neves, Hugo Santos Mendes e Carla Alves são alguns dos nomes que saíram do executivo de António Costa envolvidos em polémica.