"Fico preocupado o que vi e ouvi, porque o que mais me preocupa é a
possibilidade de as pessoas e as instituições caírem no ridículo", disse
o presidente do FC Porto, que testemunhou a favor do seleccionador na sede da FPF.

Pinto da Costa expressou o receio de que o caso "afecte" de forma grave "o futebol português e a candidatura" ibérica à organização do Mundial 2018/22.

Referindo-se a Alex Ferguson, o presidente do FC Porto notou que a vinda
a Portugal do treinador do Manchester United, para testemunhar a favor de
Carlos Queiroz, "leva para o exterior" uma imagem negativa do futebol português.

O presidente do FC Porto manifestou ainda estranheza por "aparecer isto
agora".

"Isto passou-se na Covilhã, antes de irem para a África do Sul, com
passagem por Massamá, onde havia um campo de pedras capaz de lesionar jogadores,
como o Nani", acrescentou.

Pinto da Costa criticou ainda o secretário de Estado da Juventude e
do Desporto, Laurentino Dias, por "vir comentar um caso, considerá-lo grave
e falar das suas consequências".

"Se é um envolvimento político, não me compete julgar, agora qual a
razão porque veio falar, pois... Se calhar, nos próximos 15 dias, não se
vai falar do caso Freeport nem do Casa Pia, só se vai falar de uma frase
horrorosa que Queiroz disse. Tudo isto é muito ridículo", afirmou Pinto
da Costa.

Antes de abandonar as instalações da FPF, Pinto da Costa ainda referiu
que "não se perde tempo" quando se viaja 300 quilómetros do Porto a Lisboa
para "prestar declarações sobre pessoas que se considera e com um trabalho
que se considera".