Octávio Machado encara saída de Simão como fruto do “ambiente podre” da selecção

Em declarações à Antena 1, Octávio Machado encara a saída de Simão da selecção nacional como um resultado do mau ambiente que se vive no seio da equipa das quinas.

RTP /
Octávio Machado faz uma segunda leitura da saída de Simão da selecção nacional Foto: Lusa

"Estou preocupado, porque isto é fruto do que se passou no último Mundial, do ambiente, do conceito de grupo que os jogadores têm e que o seleccionador Carlos Queiroz tem. Entendo este gesto como um passo em frente, ou seja, não quer ficar dependente da boa ou má vontade do seleccionador em relação ao que aconteceu de menos bom no último Mundial", afirma o técnico.

"Conheço o Simão e, como todos os jogadores, gosta de representar o seu país, mas tem que ser num bom ambiente e não num ambiente podre, que não presta. Assim qualquer um rejeita a selecção nacional", sublinha.

Octávio Machado diz que Simão foi um homem ao assumir a defesa do grupo de trabalho durante o Mundial2010. "Soube ser homem e assumir a defesa do grupo no último Mundial. Continuando nessa perspectiva de reflexão, terá percebido que com Carlos Queiroz vai ser muito difícil para Portugal voltar aos mais altos patamares do futebol mundial", refere.

O treinador lembra o contexto em que o jogador surgiu na selecção nacional: "Apareceu numa altura em que a selecção nacional tinha óptimos alas, como Luís Figo, e soube esperar pela sua oportunidade".

Octávio Machado recorda como era Simão Sabrosa na altura em que o treinador o lançou ao serviço do Sporting. "Simão era um jovem de 18 anos muito solidário e aberto à aprendizagem, humilde, com ambições e com qualidades técnicas. A carreira por si fala. Teve grande importância na selecção nacional", resume.

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